A Capital dos Mortos
Pára tudo!(*) Um filme de zumbis feito em Brasília? E já disponível para download? Este é daqueles que PRECISAMOS ver!
A trama é aquilo de sempre. Epidemia de mortos vivos, quem morre volta zumbi, blá blá blá. Quem vai ver um filme de zumbis não precisa de novidades no roteiro, né? Mesmo assim, é louvável a iniciativa do diretor Tiago Belotti, que, com uma merreca na mão (li no imdb que custou R$ 3 mil), conseguiu fazer um filme muito divertido!
(Não é o primeiro filme trash de zumbi nacional que vejo, em janeiro vi o capixaba Mangue Negro, muito bom também. Os dois fariam uma bela sessão dupla!)
A Capital dos Mortos é um filme amador. Vendo sob este ângulo, a gente releva alguns detalhes técnicos que não desculparia em uma grande produção. A luz é fraca, o som muitas vezes é ruim, as atuações são caricatas. Mas, bravamente, o filme segura a onda e não cai no escracho – saída fácil para um projeto de baixo orçamento.
Mesmo assim, é tudo muito tosco! Todas as cenas onde aparece alguma rua, vários carros estão passando, normalmente. Aos 32:50, aparece um zumbi com um buraco na cabeça – e o próprio filme fala que, para parar um zumbi, só atirando na cabeça. E por aí vai…
Não podemos exigir muito dos atores num filme assim. Apenas digo que estão caricatos dentro do que se espera. Já o roteiro, se não traz nenhuma novidade, pelo menos tem alguns diálogos divertidos. Os personagens sacam tudo de filmes de zumbi…
A trilha sonora é interessante, alternando temas instrumentais orquestrados com trash metal. Dei boas gargalhadas quando entrava o metal acompanhando os ataques de zumbis!
Dois cineastas cult são citados nos créditos: José Mojica Marins, o Zé do Caixão; e Afonso Brazza, o famoso bombeiro de Brasília que fazia filmes baratos de ação. Reconheci o Zé do Caixão, mas não conheço a cara do Brazza…
Lá em cima falei em download, né? Bem, existe o dvd oficial. Fui ao site http://acapitaldosmortos.com.br/ e mandei um e-mail encomendando o meu! Afinal, temos que valorizar iniciativas como esta, não? Só não sei se deixarei o meu dvd ao lado dos George Romeros ou ao lado dos sete Zé do Caixão…
Enfim, obrigatório para os brasileiros fãs de trash!
* Sei que depois da última reforma ortográfica, “pára” perdeu o acento. Mas na minha humilde opinião, foi um erro. “Para tudo” não me lembra o verbo parar em sua forma imperativa…