A Capital dos Mortos

A Capital dos Mortos

Pára tudo!(*) Um filme de zumbis feito em Brasília? E já disponível para download? Este é daqueles que PRECISAMOS ver!

A trama é aquilo de sempre. Epidemia de mortos vivos, quem morre volta zumbi, blá blá blá. Quem vai ver um filme de zumbis não precisa de novidades no roteiro, né? Mesmo assim, é louvável a iniciativa do diretor Tiago Belotti, que, com uma merreca na mão (li no imdb que custou R$ 3 mil), conseguiu fazer um filme muito divertido!

(Não é o primeiro filme trash de zumbi nacional que vejo, em janeiro vi o capixaba Mangue Negro, muito bom também. Os dois fariam uma bela sessão dupla!)

A Capital dos Mortos é um filme amador. Vendo sob este ângulo, a gente releva alguns detalhes técnicos que não desculparia em uma grande produção. A luz é fraca, o som muitas vezes é ruim, as atuações são caricatas. Mas, bravamente, o filme segura a onda e não cai no escracho – saída fácil para um projeto de baixo orçamento.

Mesmo assim, é tudo muito tosco! Todas as cenas onde aparece alguma rua, vários carros estão passando, normalmente. Aos 32:50, aparece um zumbi com um buraco na cabeça – e o próprio filme fala que, para parar um zumbi, só atirando na cabeça. E por aí vai…

Não podemos exigir muito dos atores num filme assim. Apenas digo que estão caricatos dentro do que se espera. Já o roteiro, se não traz nenhuma novidade, pelo menos tem alguns diálogos divertidos. Os personagens sacam tudo de filmes de zumbi…

A trilha sonora é interessante, alternando temas instrumentais orquestrados com trash metal. Dei boas gargalhadas quando entrava o metal acompanhando os ataques de zumbis!

Dois cineastas cult são citados nos créditos: José Mojica Marins, o Zé do Caixão; e Afonso Brazza, o famoso bombeiro de Brasília que fazia filmes baratos de ação. Reconheci o Zé do Caixão, mas não conheço a cara do Brazza…

Lá em cima falei em download, né? Bem, existe o dvd oficial. Fui ao site http://acapitaldosmortos.com.br/ e mandei um e-mail encomendando o meu! Afinal, temos que valorizar iniciativas como esta, não? Só não sei se deixarei o meu dvd ao lado dos George Romeros ou ao lado dos sete Zé do Caixão…

Enfim, obrigatório para os brasileiros fãs de trash!

* Sei que depois da última reforma ortográfica, “pára” perdeu o acento. Mas na minha humilde opinião, foi um erro. “Para tudo” não me lembra o verbo parar em sua forma imperativa…

Esquadrão Classe A

Esquadrão Classe A

“Se você tem um problema, se ninguém pode ajudá-lo, e se você puder achá-los, talvez você possa contratar o Esquadrão Classe A”. Alguém se lembra disso?

Estreou ontem o longa baseado no divertido seriado dos anos 80. A ideia é arriscada, temos alguns exemplos que não deram certo, como Os Gatões. Mas desta vez, acertaram a mão!

O Esquadrão Classe A é um grupo de ex-militares meio fora do padrão, mas que conseguem realizar missões consideradas impossíveis. Pela sua natureza meio marginal, acabam vivendo no limite da lei. Aqui conhecemos o início do grupo.

O filme dirigido por Joe Carnahan é muito divertido e conseguiu captar o espírito da série, que trazia cenas de ação exageradas e mentirosas com muito bom humor. Todos os elementos da série estão presentes: os planos mirabolantes de Hannibal, os galanteios de Cara-de-Pau, as maluquices de Murdock e o temperamento instável de BA.

O elenco foi muito bem escolhido. Liam Neeson e Bradley Cooper estão bem como o coronel John “Hannibal” Smith e o tenente Templeton “Cara-de-Pau” Peck, e Sharlto Copley rouba a cena com o seu alucinado capitão H.M. Murdock. Ficou para Quinton Jackson tentar o impossível: substituir Mr. T e o seu sargento Bosco “BA” Barracus (claro que sentimos falta do Mr. T, mas, fazer o que?). Completam o elenco Jessica Biel, Patrick Wilson, Brian Bloom e Henry Czerny.

O filme não é comédia, mas tem momentos hilários. Sharlto Copley é a melhor coisa do filme, está inspiradíssimo como o louco Murdock. Curioso que li uma entrevista dele na época do lançamento de Distrito 9, dizendo que não pretendia seguir a carreira de ator. Que bom que ele mudou de ideia! Ele é o alívio cômico perfeito!

Alias, já que lá em cima falei em mentira, este filme parece querer redefinir o que conhecemos como mentira no cinema. Esquadrão Classe A traz várias sequências exageradamente mentirosas! Várias vezes ao longo do filme, você pensa “ah, mas isso é impossível!”. Sim, e esta é a graça!

Algumas das sequências são sensacionais. A fuga aérea do tanque é mentirosa, divertida e de tirar o fôlego. O mesmo podemos dizer da sequência inicial, da parte onde eles roubam as placas, do momento pendurado no edifício na Alemanha… Tudo isso para culminar na cena onde containers parecem peças de dominó!

Enfim, um excelente filme para os fãs do seriado e para quem curte um bem humorado filme de ação. E tudo indica que teremos continuações. Tomara que mantenham o nível!

Ah, sim, fiquem no cinema até o fim dos créditos! Temos uma curta cena com participação especial de Dirk Benedict e Dwight Schultz, o Cara de Pau e o Murdock originais!

Not The Messiah – Ao Vivo em Londres

Not The Messiah – Ao Vivo em Londres

Levei um susto quando vi num anúncio de site de dvds algo que parecia ser um novo filme do Monty Python. Corri e comprei para ver do que se tratava.

Na verdade, Not The Messiah não é um filme. É o registro de um espetáculo que aconteceu ano passado, na comemoração de 40 anos do grupo de humor inglês Monty Python. Um grande concerto no Royal Albert Hall, em Londres, com orquestra e coro, e várias participações especiais.

O espetáculo é uma versão musical do filme A Vida de Brian. Pra quem não viu o filme: Brian nasceu na manjedoura ao lado de Jesus Cristo e é confundido com Este ao longo de toda a sua vida – inclusive morre crucificado no fim. Tudo isso, claro, com o humor ácido e nonsense do genial e anárquico grupo inglês.

Claro que este Not The Messiah não é tão engraçado, afinal, e um musical e não uma comédia. E quase todas as piadas aqui são tiradas dos filmes. Sim, como homenagem é muito legal. Mas não espere piadas novas!

Mais legal que as homenagens são as participações especiais. Quatro dos cinco ex-Pythons vivos estão presentes (Graham Chapman morreu em 1989). Eric Idle é o principal narrador e está no palco quase o tempo todo; Michael Palin faz alguns papéis; Terry Jones canta uma música; e Terry Gilliam faz uma curta e engraçadíssima ponta. E ainda tem espaço para Carol Cleveland e Neil Innes, coadjuvantes em vários momentos da carreira do grupo.

(Me pergunto onde estava John Cleese, logo o ex-Python com a mais prolífica carreira como ator. Segundo o imdb, ele está envolvido em dois filmes no momento. Será que não dava pra voltar pra Londres por uma noite pra participar do show? Ou será que ele brigou com os outros?)

Os quatro solistas, William Ferguson, Shannon Mercer, Rosalind Plowright e Christopher Purves, são excelentes cantores, mas, como comediantes, deixam a desejar. Já a orquestra, regida por John Du Prez, traz várias inovações criativas e bem-humoradas, como acessórios usados pelo coro, ou então instrumentos não usuais em uma orquestra, como gaitas de foles ou o “momento mariachi”.

Me parece que a maior parte das músicas é inédita. Mas ainda tem espaço para clássicos “pythonianos” como “Always Look At The Bright Side Of Life” e “Lumberjack Song”.

Not The Messiah não é para todos, acho que só os fãs de Monty Python vão curtir. Para quem ainda não conhece, veja primeiro o filme A Vida de Brian!

88 Minutos

88 Minutos

Jack Gramm (Al Pacino) é um psiquiatra forense e professor universitáio, responsável pela condenação de um criminoso condenado à morte. No dia marcado para a execução, Gramm recebe uma ligação dizendo que tem apenas 88 minutos de vida. Gramm agora tem que correr contra o tempo para descobrir a identidade e os motivos de seu assassino.

A trama de 88 Minutos é cheia de reviravoltas, todos são suspeitos até o último momento. Quando bem feito, isso é muito legal. Pena que aqui não é bem feito, tudo é confuso demais e quando acaba o filme, a gente fica com aquela sensação que faltou fechar algumas pontas soltas.

Pra piorar, sabe o lance dos 88 minutos? Isso poderia gerar uma interessante narrativa em tempo real, com uma angustiante contagem do tempo que faltava. Mas o roteiro resolveu bagunçar com essa ideia, e o vilão fica deixando ridículas pistas e telefonemas com a contagem regressiva. Lamentável!

Dirigido por Jon Avnet, 88 Minutos é nitidamente um “filme de apoio”, denominação usada na época das videolocadoras para aqueles filmes menos importantes que acompanhavam os grandes lançamentos. Mesmo assim, o filme traz um elenco de primeira linha. E não falo só de Al Pacino, o elenco também conta com Alicia Witt, Leelee Sobieski, Amy Brenneman, Deborah Kara Unger e William Forsythe. Elenco melhor que muito blockbuster por aí!

Mesmo assim, o resultado é bem fraco. Tem coisa melhor por aí.

The Oxford Murders / Los Crimenes de Oxford

The Oxford Murders / Los Crimenes de Oxford

Na Universidade de Oxford, um professor inglês (John Hurt) e um aluno americano (Elijah Wood) ajudam a polícia a tentar solucionar uma série de crimes aparentemente ligados a símbolos matemáticos.

O filme é daquele tipo “mistérios misteriosos”, onde a gente fica tentando adivinhar quem será o próximo a morrer, como e por que, e logo vem uma virada de roteiro que nos joga em outra direção. Neste ponto, o filme flui bem, apesar da trama ser um pouco confusa. O problema é que certas coisas na história parecem meio forçadas demais, e aí o que antes funcionava perde a credibilidade.

Sou fã do diretor espanhol Álex de la Iglesia. Gosto de quase todos os seus filmes: Ação Mutante, O Dia da Besta, Perdita Durango, A Comunidade, Crime Ferpeito… Todos trazem um delicioso ar de filme B, um irresistível humor meio trash. Bem, quase todos. Este The Oxford Murders não tem cara de Álex de la Iglesia… Não falo isso só porque o filme se passa na Inglaterra e os atores principais são hollywoodianos. Perdita Durango é em inglês e se passa na América! The Oxford Murders simplesmente parece ser feito por outra pessoa. Não é um filme ruim, apenas não tem a cara do diretor.

Elijah Wood e John Hurt estão bem em seus papéis, o aluno e o professor que desconfiam um do outro. Nos papéis femininos, temos Julie Cox e Leonor Watling (o único nome espanhol no elenco principal). O francês Dominique Pinon faz um pequeno e importante papel.

A trama usa muitas referências matemáticas e é um pouco difícil de acompanhar, mas pelo menos a solução do filme tem uma certa lógica, apesar de também soar meio forçação de barra – ainda não “enguli” o terceiro assassinato, e achei muita viagem o quarto.

Não vi nada sobre este filme aqui no Brasil, apesar dele ser de 2008. Nem título em português! Por enaquanto, só via download…

Dr. Horrible’s Sing-Along Blog

Dr. Horrible’s Sing-Along Blog

Um musical, estrelado pelo Neil Patrick Harris (o Barney de How I Met Your Mother), sobre um cara que quer se tornar um vilão de quadrinhos, e chamado “o blog ‘cante-comigo’ do Dr Horrível”? Esse é daqueles que a gente PRECISA ver!

Dr Horrível (Neil Patrick Harris) é um aspirante a super-vilão, que quer entrar na “Evil League of Evil” (algo como a “Malvada Liga do Mal”). Seu grande inimigo é o super herói Capitão Martelo (Nathan Fillion), e, tímido, ele tem um amor platônico por Penny (Felicia Day), uma menina ruiva que frequenta a lavanderia.

Trata-se de uma minissérie. Mas “mini”, mesmo! São 3 capítulos curtinhos, tudo dura pouco mais de 40 minutos. Foi feito para a internet, nunca passou na tv convencional.

O clima trash é genial! Situações hilariantes e bizarras embaladas por músicas cantadas por todo o elenco! Claro, não vai agradar a todos, os mais caretas vão torcer o nariz. Mas, convenhamos, não é qualquer um que vai ver um musical com uma sinopse esquisita assim e vai sair correndo pra assistir, né?

Dirigido por Joss Whedon, cultuado por séries como Buffy e Firefly, Dr. Horrible’s Sing-Along Blog traz no elenco, além dos três nomes já citados, Simon Helberg, o Wolowitz de The Big Bang Theory, como Moist, ajudante do Dr. Horrível.

Não gostei do fim, achei um tanto abrupto. Me parece que deve ter uma continuação, afinal, se terminar assim, será um fim digno de Lost… 😉

Que venha a “segunda temporada” de Dr. Horrible’s Sing-Along Blog!

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo

Dastan era um garoto de rua, órfão, que foi adotado pelo rei da Pérsia. Anos depois, quando o rei morre, Dastan, já adulto, é acusado injustamente pelo assassinato, ao mesmo tempo que descobre uma adaga mágica com poder de voltar no tempo.

Mais um filme baseado em videogame. Quem me lê por aqui sabe que não tenho o hábito de jogar videogames. Quando vejo um filme baseado em jogo, meu foco é o filme, se é bom ou ruim, não me importo se este é fiel ou não ao jogo.

A diferença aqui, pelo menos pra mim, é que conheci a versão “jurássica” deste jogo. Meu primeiro computador, em meados dos anos 90, era um XT daqueles com monitor verde monocromático. E tinha Prince of Persia nele! Joguinho simples, coerente com o hardware da época. Mesmo assim, muito divertido, e impressionantemente bem feito para um computador que só usava disquetes daqueles grandões!

Se o filme é fiel ao jogo? Sei lá. Alguns lances no início, quando Dastan ainda é criança, lembram o jogo tosco. O resto, não sei mesmo…

Deixemos o jogo de lado e falemos do filme. Trata-se de uma parceria Disney com o barulhento produtor Jerry Bruckheimer – a mesma parceria de Piratas do Caribe. Daí dá pra gente ter uma ideia do que vem pela frente: sim, é uma espécie de Piratas da Pérsia

É um eficiente filme-pipoca. Tem alguns momentos muito bons. Também tem suas falhas, claro. Mas, no geral, achei o saldo positivo.

Acho que um dos principais lances negativos é que, como se trata de um filme Disney, a violência é comedida e o sangue, inexistente. Pô, o filme pedia um pouquinho de sangue, né?

Os efeitos especiais, claro, são espetaculares. O efeito da adaga é sensacional! E, nas cenas de luta, rolam vários lances em câmera lenta, dá pra ver tudo, sem o habitual problema de câmeras tremendo. E outra coisa legal é que no jogo Dastan é uma espécie de praticante de parkour, o cara pula, escala paredes, se pendura, pula entre prédios…

Outro ponto alto é a fotografia. Belíssimas paisagens, e rolam uns travellings maneiríssimos pelas cidades – sei que deve ser tudo computador, mas, e daí? Ficou legal!

O elenco tem um problema: por que não usar um ator com ascendência árabe para ser o “príncipe da Pérsia”? Nada contra Jake Gyllenhaal, mas o cara é ocidental demais! Ben Kingsley, pelo menos, tem o physique du rôle necessário… Alfred Molina, como o comerciante 171 bonachão usado como alívio cômico, também funciona bem.

Independente disso, um nome merece um parágrafo à parte: Gemma Arterton. Mesmo sem ter uma beleza que chama a atenção como uma Monica Bellucci ou uma Megan Fox, ela conseguiu algo difícil: emplacou dois blockbusters seguidos – ela também está em cartaz como o principal nome feminino de Fúria de Titãs. Olha, se ela souber capitalizar, será uma estrela de primeira linha logo logo.

Achei o fim do filme meio forçado, mas não vou dizer mais por causa de spoilers. Mesmo assim, é uma boa diversão-pipoca. E tudo indica que, assim como Piratas do Caribe, teremos uma trilogia…

Fúria de Titãs (2010)

Fúria de Titãs (2010)

Depois de rever o Fúria de Titãs original, fui ao cinema checar a refilmagem!

A história não é exatamente igual à do primeiro filme, mas é bem parecida. O semi-deus Perseu, filho de Zeus com uma humana, luta contra monstros mitológicos como a Medusa e o Kraken, para salvar a cidade de Argos.

Bem, é claro que precisamos fazer uma comparação entre o original e a refilmagem, né? Pois bem, a nova versão tem méritos e defeitos.

Tem algumas coisas que não entendo. Por que desprezaram Bubo, a corujinha robô? Ela aparece, rapidamente, para dizerem que ela não será necessária. Outra coisa deixada de lado foi o romance com a princesa Andromeda. Devem ter pensado que o filme ficaria mais “mulherzinha”. Mas achei isso bem nada a ver, principalmente porque acaba rolando outro interesse romântico para Perseu. Mais uma coisa: Pegasus negro? Como assim? Pegasus sempre foi branco! Este foi um dos piores exemplos de politicamente correto da história!

Tem outras coisinhas. Algumas coisas foram alteradas, mas não ficaram nem melhores, nem piores, apenas diferentes. Mesmo assim, me pergunto: por que mudar coisas como a origem dos escorpiões gigantes e a história de Calibos?

O filme tem outro problema, infelizmente comum em filmes de ação dos dias de hoje. As lutas parecem filmadas por câmeras com problemas epiléticos. Tudo treme demais! Sabe a cena dos escorpiões gigantes? Não consegui contar quantos são os escorpiões!

Mas nem tudo piorou. Gostei muito do personagem Hades, que não existia na primeira versão. Gostei também de alguns cenários, como o lugar onde as bruxas moram. E o que pedia melhores efeitos, claro, também ficou melhor. Sou fã do stop motion de Ray Harryhausen, mas admito que aquilo era tosco. O Kraken, a Medusa, o vôo do Pegasus, tudo isso ficou muito legal.

A direção desta refilmagem ficou a cargo de Louis Leterrier, diretor francês que tem bom currículo com filmes de ação – ele fez os dois primeiros Carga Explosiva e O Incrível Hulk com o Edward Norton (o filme do Hulk com o Eric Bana é do Ang Lee!).

O elenco traz no papel principal um dos nomes mais badalados do momento, Sam Worthington, protagonista de Avatar e do novo Exterminador do Futuro. E temos alguns grandes atores em papéis secundários, como Liam Neesson e Ralph Fiennes como Zeus e Hades – será que rolou uma lembrança da época de A Lista de Schindler? E também tem Pete Postlethwaite como o pai de Perseu. Ainda no elenco: Gemma Arterton (que também está em Príncipe da Persia), Elizabeth McGovern, Jason Flemyng, Alexa Davalos e Mads Mikkelsen.

Enfim, bom filme-pipoca para ser visto nos cinemas, na tela grande. Mas o original ainda é melhor…

Top 10: Maiores Mistérios de Lost

Top 10: Maiores Mistérios de Lost

Lost acabou, e deixou centenas de perguntas sem resposta, o que desagradou a maioria dos fãs. Vários sites pululam pela internet com discussões sobre estas questões.

Mas acho que tem um monte de perguntas importantes que estão sendo deixadas de lado. Ora, qual a importância de saber o porque da estátua ter apenas quatro dedos? Mickey Mouse sempre teve quatro dedos e ninguém nunca levantou teorias para explicar!

Então, deixemos de lado perguntas sem importância como quem é Henry Gale, por que as referências egípcias ou o que significava a luz dentro da caverna. Aqui falaremos de questões realmente pertinentes! 😛

Lembrando claro, dos outros Top 10 que já rolaram aqui no blog. Outro dia mesmo fiz um com os melhores momentos de Lost. Além deste, temos filmes de zumbi, filmes com nomes esquisitos, filmes sem sentido, personagens nerds, estilos dos anos 80, melhores vômitos, melhores cenas depois dos créditos, melhores finais surpreendentes, melhores cenas de massacre, filmes dos ano 80 e 90 nunca lançados em dvd no Brasil, estilos de filmes ruins, casais que não convencem, musicais para quem não curte musicais e melhores frases de filmes. Visitem!

Vamos a elas?

10- Por que Sayid fica com Shannon na realidade paralela, se o seu grande amor sempre foi a Nadia?

Por que? Será que a atriz que fez Shannon tinha no contrato que precisava voltar? Só porque ela é loirinha e bonitinha padrão americana enquanto a outra é árabe? Que preconceito!

9- Por que questões levantadas há temporadas atrás foram deixadas de lado?

Não sei se foi esquecimento ou desleixo. Mas teve um monte de coisas que foram simplesmente ignoradas. Por exemplo, lembram de uma tal caixa mágica citada por Ben na terceira temporada? Cadê? E aquele papo do mostro de fumaça não sair da ilha? Por que ele apareceu pro Jack no hospital?

8- Por que o Hurley não emagrece?

Ok, o cara tinha um esconderijo de comida e quando saiu da ilha virou milionário, então poderia ter engordado de volta. Mas, caramba, foram pelo menos duas estadias na ilha, e nada de emagracer?

7- O que era pra ser o Lostzilla antes de inventarem o monstro de fumaça?

Vocês se lembram da primeira aparição do Lostzilla? O chão tremia, árvores eram arrancadas, a gente ouvia um barulho metálico. Com certeza não era pra ser um monstro de fumaça!

6- Por que ninguém conversava sobre o que encontrava na ilha?

Vocês repararam que, ao longo da série, sempre que alguém descobria algo, não contava pra ninguém? “Que legal, descobri uma nova estação da Dharma cheia de paradas legais, mas não vou contar pro meu colega náufrago do meu lado…”

5- Por que a teoria do limbo foi rejeitada?

Desde a primeira temporada, a primeira coisa que se falou pelos quatro cantos do mundo era “eles estão mortos!”. Esta teoria sempre foi rejeitada pelos roteiristas. Por que então eles resolveram usar a mesma teoria para explicar a realidade paralela?

4- Por que os roteiristas inventaram um personagem criança?

Santa falta de planejamento, Batman! Como é que criam uma história que se desenvolverá por alguns anos e um dos personagens-chave é uma criança, no caso, o pequeno e especial Walt? Claro que ele não estará no fim, afinal, o ator cresceu e hoje deve ser um marmanjo maior que metade do elenco!

3- Por que os melhores personagens foram estragados?

Locke era um excelente personagem. Morreu. Benjamin Linus, quando surgiu, era maquiavélico. Depois virou um banana. Desmond, no início, era um apaixonado alucinado. Virou outro banana. Não era melhor estragar personagens bobos, como Kate e Jack?

2- Será que hoje J. J. Abrams repetiria a frase: “Nunca perdemos o controle. Ao fim da trama, todas as pontas se ligarão.”?

Esta frase foi dita no meio do caminho. Será que ele seria capaz de repetí-la hoje?

1- Por que será que os fãs xiitas não conseguem admitir as falhas no roteiro de Lost?

Pela internet tem muito fã dizendo que a série foi “perfeita”, e que se alguém não entendeu, deve ser burro. Ora, não é questão de entender ou não. Muita gente entendeu, e viu que tem coisa incompleta aí. Acho que quem não vê isso é que não entendeu…

E agora, chega de Lost! Em breve, Top 10 de piores continuações!

Prova Final

Prova Final

Alunos de uma escola reparam que alguns de seus professores estão com comportamentos estranhos. Até que descobrem uma possível invasão alienígena, que está rapidamente tomando conta de toda a escola. Seis alunos, diferentes entre si (o atleta, a patricinha, o bad boy, a esquisitona, o nerd e a novata), tentam combater a invasão.

Prova Final é uma mistura de Invasores de Corpos com O Enigma de Outro Mundo, ambientado num clima Clube dos Cinco – a referência a Invasores de Corpos é tão grande que este é citado algumas vezes no roteiro!

Se não traz muitas novidades, pelo menos o roteiro é bem escrito e o filme é leve e divertido. Ok, algumas coisas são meio forçadas – como eles sabiam que ao matar o monstro original os outros voltariam ao normal? Mesmo assim, o filme é muito bom, uma das melhores misturas de terror com ficção científica da década passada!

Lançado em 1998, Prova Final trazia uma inédita e interessante parceria entre o diretor Robert Rodriguez e o roteirista Kevin Williamson. Williamson na época estava badalado por ser um dos responsáveis pelo sucesso dos filmes da série Pânico (Scream), dirigida por Wes Craven. Já Rodriguez era ainda quase um novato, apesar de já ter o genial Um Drink no Inferno na bagagem.

E, realmente, olhando hoje em dia, o filme tem muito mais a cara de Williamson do que de Rodriguez. Prova Final está muito mais para Pânico e Eu Sei o Que Vocês Fizeram Verão Passado do que para Sin City e Planeta Terror

Falando em olhar hoje em dia, é legal vermos o elenco. Vários nomes se valorizaram, como Elijah Wood (que pouco depois interpretou Frodo Bolseiro, personagem principal da saga O Senhor dos Anéis), e Josh Hartnett, hoje com uma extensa lista de sucessos no currículo (Dália Negra, 30 Dias de Noite, Divisão de Homicídios, Falcão Negro em Perigo, etc.) . A brasileira Jordana Brewster (Velozes e Furiosos, Texas Chainsaw Massacre) era uma quase estreante, e Clea DuVall (Garota Interrompida, Identidade) já tinha um currículo grandinho mas nenhum filme de expressão. Laura Harris tem feito muita coisa para a tv ultimamente (24 Horas, Defying Gravity, Dead Like Me); e Shawn Hatosy é o único dos seis principais jovens que sumiu…

E isso porque ainda não falei do elenco “adulto”: Robert Patrick, Piper Laurie, Bebe Neuwirth, Daniel Von Bargen, Christopher McDonald, Jon Stewart… E ainda sobra espaço para Famke Janssen de professora e Salma Hayek de enfermeira!

Enfim, pode até não dar sustos, mas a diversão é garantida!