Persons Unknown – Primeira Temporada

Persons Unknown – Primeira Temporada

O final de Lost foi decepcionante, mas a boa audiência ao longo dos seis anos mostrou que existe espaço para séries de mistério. Persons Unknown está aí para tentar agradar este público.

A trama de Persons Unknown mostra um grupo de pessoas que, de repente, acordam numa cidade deserta, sem idéia de como chegaram lá, nem por que foram escolhidos. Câmeras de segurança estão espalhadas por toda a cidade, vigiando cada passo, num clima meio big brother – o do Orwell, não o da Globo. Paralelamente, um repórter começa a investigar o desaparecimento de uma destas pessoas.

A série foi criada por Christopher McQuarrie, que tem um Oscar de melhor roteiro por Os Suspeitos. Ou seja, tem pedigree

O que me fez ter vontade de assistir esta série foi o fato de se tratar de uma série fechada de apenas 13 episódios. Ou seja, depois de 13 episódios, teríamos um fim – coisa que nem sempre acontece com seriados de tv.

A série teve seus bons momentos. O clima de suspense é mantido a cada episódio. As atuações são ok – ninguém se destaca, tampouco ninguém atrapalha. Ah, sim, um dos “habitantes” da cidade é Alan Ruck, que era o amigo de um tal de Ferris Bueller em Curtindo a Vida Adoidado

Mas também rolaram escorregões. A série explicou algumas coisas, mas não explicou tudo. Mas o que mais me incomodou não foi a falta de respostas. Foi a postura dos personagens. Em determinado momento, descobrem que um deles sabe algumas respostas. Até torturam o cara pra tentar extrair estas respostas! Aí ele fala, ok, vou responder. E todos deixam pra lá, vai cada um pro seu quarto, e no dia seguinte ninguém ainda perguntou nada… Mais ou menos como se um torturador encerrasse uma sessão de tortura porque o torturado concordou em falar no dia seguinte.

No fim, entre prós e contras, o resultado foi positivo. O final tem um gancho para uma possível segunda temporada, mas se parar por aí, não está ruim.