Harry Potter e As Relíquias da Morte parte 1

Harry Potter e As Relíquias da Morte parte 1

E, finalmente, a saga Harry Potter chega ao fim! Quer dizer, quase…

Neste novo e incompleto filme, enquanto Harry foge de Voldemort e procura as Horcruxes, ele descobre a existência dos três objetos mais poderosos do mundo da magia: as Relíquias da Morte.

Vou explicar o “quase” do primeiro parágrafo. Todos sabem que o sétimo e último livro da saga foi dividido em dois filmes. Então, esta é só a primeira parte do último filme. O fim mesmo, só ano que vem. Entendo esta decisão dos produtores, afinal, a franquia Harry Potter é muito lucrativa. Então, a ideia é esticar a arrecadação por mais um ano. E o espectador é que saiu perdendo aqui, afinal, o sexto filme já é uma grande enrolação!

Mas, vamos ao filme, que, apesar disso tudo, não é ruim.

Como falei na crítica do sexto filme, uma das grandes vantagens da saga é a manutenção do elenco, que envelhece quase ao mesmo tempo que os personagens do livro. Assim, o clima do filme é mais sombrio, mais adulto. A saga infanto juvenil está cada vez menos infantil. Inclusive, parte do filme mostra uma política totalitarista – o novo Ministério lembra, acredito que intencionalmente, o nazismo de Hitler.

(Aliás, este “quase ao mesmo tempo” é um ponto negativo aqui neste filme, já que Harry precisava ter 17 anos, e Daniel Radcliff, com 21, está velho demais para isso. Deveriam ter feito os sete filmes em sete anos!).

Como já é quase uma tradição nos filmes da série, grandes atores britânicos marcam presença. O filme anterior trouxe Jim Broadbent, este traz Bill Nighy num pequeno mas importante papel. Além de, claro, Alan Rickman, Helena Bonham Carter, Ralph Fiennes, John Hurt, David Thewlis, Imelda Staunton e Timothy Spall, entre outros.

Também gostei da trama ter saído de Hogwarts. Ver a galera em Londres é interessante! E outro ponto positivo são os efeitos especiais. Um filme como Harry Potter sem os efeitos ia ser bem mais fraco. E aqui eles são bem usados. Inclusive, o filme traz uma interessante sequência em animação para contar a história das tais Relíquias da Morte.

O elenco cresceu, as meninas estão mais velhas. Hermione já é adulta, e virou uma mulher bonita. E Harry Potter tem bom gosto: tem uma namorada ruiva… 😉

No fim, como disse antes, só fica aquele gostinho de enganação. O filme é bom, não precisava de enrolação, principalmente porque cada filme tem duas horas e meia… Agora, só em 2011!

Top 10: Atrizes Parecidas

Top 10: Atrizes Parecidas

Fiz um Top 10 de Atores Parecidos, e prometi um de Atrizes Parecidas. Aqui está ele!

A filosofia é a mesma: aquela atriz que a gente acha que é uma, mas na verdade é outra…

Lembrando, sempre, dos outros Top 10 já feitos aqui no do blog: filmes de zumbi, filmes com nomes esquisitos, filmes sem sentido, personagens nerds, estilos dos anos 80, melhores vômitos, melhores cenas depois dos créditos, melhores finais surpreendentes, melhores cenas de massacre, filmes dos ano 80 e 90 nunca lançados em dvd no Brasil, estilos de filmes ruins, casais que não convencem, musicais para quem não curte musicais, melhores frases de filmes, melhores momentos de Lost, maiores mistérios de Lost, piores sequencias, melhores filmes de rock, melhores filmes de sonhos, melhores filmes com baratas, filmes com elencos legais, melhores ruivas, melhores filmes baseados em HP Lovecraft e filmes que vi em festivais e mais ninguém ouviu falar. Visitem!

Em ordem decrescente…

10-Paz Vega e Penelope Cruz

Além de ser parecidas, ambas são espanholas e já fizeram filmes com Almodóvar…

9- Anna Torv e Cate Blanchett

A protagonista de Fringe ainda é quase uma caloura em Hollywood. Mas poderia ser uma irmã mais nova de Cate.

8-Helena Christensen e Cameron Diaz

Sabe que heu nunca tinha reparado? Até que vi as fotos…

7-Natalie Portman e Keira Knightley

Sou fã da Natalie Portman desde O Profissional, de 1994, e ela ainda fez um papel importante em Star Wars, então não confundo as duas. Mas admito que são parecidas.

6-Helen Hunt e Leelee Sobieski

O mesmo cabelo, a mesma testa grande… Será que Leelee é parente de Helen e não contou pra ninguém?

5-Leighton Meester e Isabelle Drummond

Nenhuma das duas é muito conhecida, nem a gringa, nem a brasileira. Mas são iguaizinhas!

4-Jessica Alba e Juliana Didone

Nunca tinha ouvido falar na Juliana Didone. E, se visse uma foto, era capaz de achar que era a Jessica Alba!

3-Kyra Sedgwick e Julia Roberts

Não sou o único que as acha parecidas. Elas até já interpretaram irmãs, no filme O Poder do Amor, de 95.

2-Zooey Deschanel e Katy Perry

Katy Perry não é atriz, mas, já que citei a modelo Helena Christensen lá em cima, resolvi colocar aqui no segundo lugar esta cantora que mais parece a irmã gêmea da atriz Zooey Deschanel.

1-Renée Zellweger e Joey Lauren Adams

Hoje em dia é fácil diferenciar, uma tem um Oscar, e a outra está sumida. Mas, em meados dos anos 90, vi na mesma época Um Amor e Uma 45 (1994) e Barrados no Shopping (1995), e vou te falar que achava que era a mesma atriz…

Stuck – Em Rota de Colisão

Stuck – Em Rota de Colisão

Sabe quando um filme é simples e eficiente? É o caso deste filme de 2008.

Uma enfermeira, prestes a ganhar uma promoção no hospital onde trabalha, acidentalmente atropela um homem, e, sem saber o que fazer, leva o carro para casa, com o homem atravessado no pára-brisa. A partir daí, uma série de decisões erradas criam um efeito cascata.

Baseado em fatos reais, o filme foi dirigido por Stuart Gordon, especialista em terror (e talvez o cara que mais tenha feito filmes baseados em HP Lovecraft na história do cinema). Mas Stuck – Em Rota de Colisão não é terror, está entre o suspense, o drama e o humor negro.

Me questiono se a escolha de Mena Suvari foi a melhor opção para o papel principal. Ela está bem, não me entendam errado. Mas ela, loura de olhos azuis, não me parece ter o physique du role ideal para o papel. Bem, independente disso, ela faz um bom trabalho como a enfermeira que se perde em decisões erradas. E, para os fãs de Mena: tem cena de nudez!

O outro ator está perfeito. Stephen Rea consegue dar credibilidade ao cara que estava no lugar errado, na hora errada.

Com um roteiro enxuto, Stuck – Em Rota de Colisão não é uma obra prima, mas vale o aluguel / download.

Comer, Rezar, Amar

Comer, Rezar, Amar

Liz Gilbert (Julia Roberts), escritora bem sucedida e bem casada, larga tudo e sai viajando pelo mundo em uma busca por auto conhecimento.

Comer, Rezar, Amar é baseado no best seller homônimo escrito por Liz Gilbert. Não li o livro, mas vou falar que, se outras pessoas tiverem opiniões parecidas com a minha sobre o filme, as vendas do livro cairão…

É inegável o carisma de Julia Roberts. Lembro que ela surgiu com grande sucesso em 1990 com Uma Linda Mulher, depois passou anos fazendo filmes mais ou menos. Lembro que nove anos depois, quando Um Lugar Chamado Notting Hill foi lançado, toda a mídia comemorava o sucesso, como se ela não tivesse no currículo titulos de qualidade duvidosa como Tudo Por Amor, Adoro Problemas e O Poder do Amor. Digo mais: nem a acho bonita! Enfim, se beleza e talento são questionáveis, o carisma não é.

Ela tem star power, isso é indiscutível. Mas carisma não carrega sozinho um roteiro fraco…

Podemos dividir o filme em 4 partes, o início nos EUA, e um país para cada verbo do título: “comer” na Itália, “rezar” na Índia e “amar” na Indonésia. Como o próprio título já manda spoilers, vou resumir a trama: 1- Escritora de sucesso, cercada de homens apaixonados por ela, entra em crise e larga tudo; 2- Quatro meses de férias na itália, só na farra; 3- Retiro espiritual na Índia; 4- Foi pra Bali atrás de um guru que parece o Mestre Yoda sem dentes, mas “deu um perdido” no guru e arranjou um namorado brasileiro. Que, como os homens do início do filme, é apaixonadíssimo por ela, mas ela não dá bola pra ele.

Cheguei a três conclusões ao fim do filme: 1- Deve ser bom ser rico, aí a gente pode ter crises e viajar à toa pelo mundo; 2- A escritora deve ser muito bonita, tá cheio de homem interessante atrás dela; 3- Para Liz Gilbert, a felicidade está em encontrar um homem apaixonado, tratá-lo mal, e depois desistir de desprezá-lo para ser feliz ao seu lado.

O filme foi dirigido por Ryan Murphy, que tem boa carreira na tv (Nip Tuck, Glee), mas fez pouca coisa no cinema. E o elenco traz alguns nomes legais, como Billy Crudup, James Franco, Richard Jenkins e Javier Bardem, que servem bem para o que o filme pede: escada para o carisma de Julia Roberts.

Falando em Bardem, ele só aparece no fim, num papel que  incomoda um pouco: o tal namorado brasileiro. Ele é bom ator, ok. Mas, falando português, não convence ninguém. Em tempos de globalização em Hollywood (o próprio Bardem é estrangeiro!), por que não chamar um ator brasileiro para o papel? Um Alexandre Borges da vida não ia fazer feio…

Mesmo assim, Comer Rezar Amar não é de todo ruim e vai agradar os menos exigentes. Como uma boa superprodução hollywoodiana, os detalhes são bem cuidados, e algumas paisagens são belíssimas. Mas o filme poderia ser mais curto. Não precisava de mais de duas horas…

Enterrado Vivo

Enterrado Vivo

Um filme com apenas um ator e apenas um cenário apertado? É uma ideia arriscada, porém interessante.

Motorista de caminhão trabalhando no Iraque, Paul Conroy (Ryan Reynolds) acorda dentro de um caixão, sem saber como nem por que está lá. Acompanhado de um celular e de um isqueiro, ele tenta descobrir o que aconteceu.

A ideia era arriscada, mas o resultado ficou muito bom. Enterrado Vivo (Buried, no original) tem drama e tensão bem dosados num enxuto roteiro de uma hora e meia – em tempo real.

O filme já começa bem, com créditos iniciais num estilo que lembra grandes filmes clássicos de suspense, com direito a uma música-tema forte – coisa incomum hoje em dia.

A partir daí, tudo acontece dentro do exíguo espaço do caixão. E digo uma coisa: deve ter sido difícil filmar Enterrado Vivo. O diretor espanhol Rodrigo Cortés conseguiu muitos ângulos diferentes, tudo sem sair de dentro do caixão.

Li no imbd que essa ideia surgiu porque o roteirista Chris Sparling tinha problemas para conseguir vender roteiros com locações caras. Este problema não acontece aqui, todo o set de filmagem cabe dentro de um quarto…

Ryan Reynolds, que em breve estará nas telas como o protagonista de Lanterna Verde, o novo blockbuster baseado em quadrinhos, também merece elogios. Usualmente caricato, aqui ele convence ao alternar entre o nervosismo e o desespero, passando por uma montanha russa de sentimentos, incluindo a ironia que o acompanha em quase todos os seus papéis. Este não me parece ser o estilo de filme que ganha prêmios, senão, diria que Reynolds era um forte candidato.

Bom filme, estréia em breve nos cinemas brasileiros (hoje rolou a sessão pra imprensa). Só não é recomendado aos claustrofóbícos…

Harry Potter e o Enigma do Príncipe

Harry Potter e o Enigma do Príncipe

Estreou a primeira parte do último Harry Potter, e me toquei que ainda não tinha visto o anterior, o sexto filme, Harry Potter e o Enigma do Príncipe (Harry Potter and The Half Blood Prince, no original). Bem, fui ver este antes de ver o próximo.

No sexto ano da escola de Hogwarts, enquanto todo o elenco antes infantil agora virou adolescente, o Professor Dumbledore traz o aposentado Horace Slughorn para ser professor de poções. Harry Potter, ajudado por Dumbledore, descobre coisas importantes na luta contra Voldemort.

Harry Potter and The Half Blood Prince tem um problema sério. Pouca coisa acontece, é tudo uma grande enrolação de quase duas horas e meia, preparando para a parte final. E o pior é que o sétimo filme já vem em duas partes, um filme estreou agora e vem mais um ano que vem. E aí heu pergunto: como provavelmente este 7.1 vai ter que enrolar (afinal, serão dois filmes de duas horas e meia cada!), precisava de mais enrolação no sexto filme?

E o pior é que o início do filme engana – tem uma sequência inicial alucinante, um travelling aéreo onde Voldemort “toca o terror” em Londres. Mas depois, vamos pra Hogwarts, onde namoricos adolescentes viram o foco principal do filme.

Tem só uma vantagem nesta “fase adolescente”: uma das coisas muito boas da franquia Harry Potter é a manutenção do elenco. Daniel Radcliffe tinha 12 anos em 2001, ano do primeiro filme. O personagem creseceu quase junto com o ator. E o mesmo acontece com o resto do elenco infanto-juvenil.

Falando em elenco infanto-juvenil, Tom Felton, que interpreta o mini-antagonista Draco Malfoy, tem oportunidade de mostrar que pode investir tranquilamente na carreira de ator quando acabar a série. O jovem manda bem com seus dramas internos.

O resto do elenco, como em todos os outros filmes, traz grandes nomes, como Alan Rickman, Jim Broadbent, Helena Bonham Carter e David Thewlis. Ralph Fiennes, o Voldemort, nem aparece direito aqui…

Enfim, não é ruim. Mas poderia ser um prólogo de 30 minutos. Amanhã devo ver o 7.1, aí falo minhas impressões aqui.

Jackass 3D

Jackass 3D

Johnny Knoxville e seus amigos malucos estão de volta!

Alguém aí não sabe do que se trata? Vou explicar: um grupo de insanos inconsequentes (li em algum lugar que são dublês) começaram um programa na MTV, dez anos atrás, onde a ideia era, basicamente, ver eles mesmos se ferrando. Ou eles faziam algo perigoso e alguém saía machucado, ou então algo nojento. A parte da nojeira não me atrai, mas os momentos onde eles quase sempre se machucam são muito engraçados. A série virou filme, formato onde eles podem ousar um pouco mais. E agora, no terceiro filme, as abobrinhas são em 3D!

Este terceiro filme segue a “cartilha jackassiana”: Knoxville e seus amigos sem bom senso (Bam Margera, Steve-O, Ryan Dunn, Wee Man, Preston Lacy, Chris Pontius e Dave England, entre outros) alopram geral. E sempre caem na gargalhada quando algum deles se dá mal…

É difícil falar de um filme desses. Afinal, quem se propõe a ver, já sabe o que vai encontrar. Quem não curte, passa longe de filmes assim!

Mas, para quem curte, é um prato cheio. Como falei lá em cima, não curto muito a parte escatológica (quase vomitei no “momento suor”). Mas, por outro lado, rolei de rir diversas vezes, como quando um deles, vestido de pato, é jogado para o alto enquanto os outros, armados de espingardas de paintball, tentam acertá-lo no ar; ou quando Knoxville, pintado igual a um painel, tenta “ficar invisível” para um touro não encontrá-lo; ou quando eles tentam ficar atrás da turbina de um jato; ou quando Steve-O e mais um tentam acalmar um bode com instrumentos de sopro, ou então os “prisioneiros” tentando fugir através de um corredor cheio de armas de choque…

E o momento mais engraçado de todo o filme não teve nada de perigoso, nem de escatológico. Foi um momento completamente nonsense: mostram um bar, com pessoas comuns, filmadas com câmeras escondidas. Um casal de anões vai até o balcão, pedem uma cerveja. Chega outro anão, começa a discutir, porque aquela seria a namorada dele. O anão sai, e volta com mais 3 anões, que começam a bater no primeiro anão.Alguém chama a polícia, entram dois anões vestidos de policiais, que entram na briga! Alguém chama os paramédicos, entram dois anões vestidos de paramédicos! Acho que desde os filmes do George Lucas nos anos 80 que não vejo tantos anões juntos!

Os efeitos em 3D são bem utilizados, assim como uma câmera lenta que capturava 1000 frames por segundo (um filme “normal” usa 24 quadros por segundo). Determinado momento, atiram algo na direção da tela. Quando a imagem fica nítida, notamos que é um pênis de borracha, que depois passeia em câmera lenta por alguns cenários, antes de bater em alguém. E rolam vááários socos em câmera lenta…

Claro, o filme não é 100%, além da escatologia desnecessária (mas que faz parte da mitogia Jackass), alguns momentos são meio bobos. Mas, por outro lado, eles estão juntos há tanto tempo, que a química que rola entre eles fica nítida. Em alguns momentos (como, por exemplo, na cena da super-cola), a gente vê o brainstorm de bobagens pairando no ar. Isso é bem legal!

Este é pra ver no cinema, em 3D. Mas de barriga vazia!

Jogos Mortais 7

Jogos Mortais 7

E vamos para mais um Jogos Mortais…

Pra ser sincero, rola até preguiça de escrever aqui sobre este filme. Dá vontade de fazer um ctrl c ctrl v do texto que escrevi pra Jogos Mortais 6. Afinal, a essência do texto é igual. Vou resumir:

Gosto muito do primeiro Jogos Mortais. Um filme cru, violento e com um dos finais mais surpreendentes da história do cinema. Mas nunca dei bola pras continuações, acho todas elas iguais, bem mais fracas que o original, e me confundo sobre o que acontece em cada uma delas. Mesmo assim, continuo assistindo. Por que?, alguém vai me perguntar. Ora, os filmes não são obras primas, mas são filmes honestos! Os tais jogos mortais citados no título brasileiro são criativos, rola muito sangue, muito gore, e sempre temos mortes bem feitas, graficamente falando. Mais: os filmes são curtos, e a edição é eficiente, principalmente no clímax final, onde, não raro, rola uma surpreendente virada no roteiro.

A única novidade é a inclusão de efeitos em 3D, e também a volta do personagem de Cary Elwes, do primeiro filme. O resto é basicamente o mesmo. Mortes legais num filme curtinho. Nada mais.

Diz o título que será o último filme. Será que a gente acredita?

Sangue e Chocolate

Sangue e Chocolate

Enquanto Hollywood está infestada de filmes sobre vampiros, o tema lobisomem ainda tem poucas opções – mesmo contando com vários filmes / séries de vampiros que usam lobisomens como coadjuvantes (True Blood, Crepúsculo, Anjos da Noite). Sangue e Chocolate, de 2007, é uma dessas raras opções.

Vivian (Agnes Bruckner) é descendente de uma antiga linhagem de lobisomens em Bucareste, na Romênia. Quando conhece e se apaixona pelo desenhista americano Aiden (Hugh Dancy), fica em dúvida se alimenta o romance com o humano ou se segue o seu destino como “lobismulher”.

Dirigido por Katja von Garnier, Sangue e Chocolate é baseado no livro homônimo escrito por Annette Curtis Klause. Não li o livro, mas li vários comentários no imdb criticando a adaptação. Uma das críticas deve ser relacionada ao nome do filme. Não sei se “Sangue e Chocolate” tem algo a ver com o livro, mas posso dizer que não tem nada a ver com o filme.

O filme não é lá grandes coisas. De positivo, mostra belíssimas locações em Bucareste, na Romênia. Outra coisa que gostei foi da forma como mostra os lobisomens correndo (enquanto estão sobre dois pés).

Mas, por outro lado, me lembrei de como falei mal da transformação do lobisomem de Lua Nova. E as transformações aqui são ainda piores! São horríveis, uma pessoa pula, e de repente rola um efeito de luz e a ela vira um lobo. Quando volta à forma humana, está sem roupas. Mas, ora, pra onde foram as roupas na primeira transformação?

Ainda rola outro problema: os lobisomens não assustam nem um pouco. Acho que a diretora quis dar maior ênfase ao romance do que ao terror…

Enfim, vale, por ser um filme de lobisomens, o que não tem muito por aí. Mas não espere muita coisa!

RED – Aposentados e Perigosos

RED – Aposentados e Perigosos

A dama britânica Hellen Mirren, aquela que, há pouco, foi a Rainha da Inglaterra, empunhando uma metralhadora? Definitivamente, isso é uma coisa que a gente não vê todo dia!

Frank Moses (Bruce Willis), ex-agente da CIA, aposentado, leva uma vida pacata num típico subúrbio americano, de onde fica flertando ao telefone com a atendente do telemarketing do seguro social. Até que descobre que querem matá-lo. Frank resolve contra-atacar, e se une a velhos companheiros da sua época, todos “RED” – “Retired Extremely Dangerous” (“Aposentados Extremamente Perigosos”).

A princípio, pensei que seria algo no estilo de Os Mercenários, onde Stallone junta vários atores com a “idade vencida” para um filme de ação. Mas não, RED é muito mais do que isso. O elenco aqui é MUITO melhor! Se acompanhando Stallone estão Dolph Lundgren, Mickey Rourke, Eric Roberts, Jason Statham e Jet Li; ao lado de Bruce Willis estão Hellen Mirren, John Malkovich, Morgan Freeman, Brian Cox, Mary Louise Parker, Richard Dreyfuss e Ernest Bornigne! Um elenco assim faz diferença.

Bruce Willis faz o de sempre. Mas seus companheiros não costumam fazer este estilo de filme. John Malkovich, completamente alucinado, é um alívio cômico sensacional. Helen Mirren continua com a classe de sempre, mesmo quando revela “I kill people, dear” (“Eu mato pessoas, querida”). Morgan Freeman, com 80 anos, num asilo, ainda tem pique para ação. E Brian Cox, que não está no cartaz, também está ótimo como o veterano russo. E tem mais: o elenco “não veterano” também manda bem. Mary-Louise Parker, lindíssima com seus 46 anos, está engraçadíssima como a mulher “comum” que de repente se vê no meio de situações de alta periculosidade. E Karl Urban (o McCoy do novo Star Trek) manda bem como o antagonista agente da CIA. Isso porque não falei dos pequenos (e importantes) papeis de Richard Dreyfuss e Ernest Bornigne.

Dirigido por Robert Schwentke, RED foi inspirado na graphic novel homônima de Warren Ellis e Cully Hamner. Não li os quadrinhos, mas pelo que li na internet, estes são mais sérios. Felizmente, o filme pegou o caminho da galhofa. E assim, se tornou uma das mais divertidas opções do ano. Além de ser um bom filme de ação, RED traz tantos momentos hilariantes que pode também ser classificado como comédia. O cinema inteiro gargalhava o tempo todo!

Também preciso falar da excelente trilha sonora de Christophe Beck, usando uma espécie de soft jazz, meio lounge, meio rock, pontuando com bom humor todo o filme. Vou procurar o cd. E vou procurar mais trabalhos desse cara.

O roteiro não é perfeito, tem vários furos. Por exemplo, como é que um evento onde existe uma ameaça ao vice-presidente não usa câmeras de segurança e nem tem guardas em todas as saídas? Mas, se você não se ligar nesses detalhes, a diversão está garantida.

Boa opção pra quem quiser um bom blockbuster!