Território Restrito

Território Restrito

Um painel sobre imigrantes de diferentes nacionalidades lutando pela legalização em Los Angeles. O filme lida com problemas com a fronteira, fraude de documento, processo de obtenção do green card, locais de trabalho para imigrantes ilegais, naturalização, terrorismo e, claro, choque de culturas.

Território Restrito é um daqueles filmes de narrativa fragmentada, mostrando vários personagens que nem sempre se cruzam. Já vimos isso antes, isso às vezes funciona, mas nem sempre. O resultado aqui é mediano.

O que gostei é que o filme escrito e dirigido por Wayne Kramer não levanta bandeiras. Em algumas subtramas, os EUA são os “mocinhos”; em outras, são os vilões. Várias raças diferentes são mostradas, e cada uma tem um caminho diferente, independente da imagem que teremos sobre o país onde querem entrar.

É difícil falar sobre o elenco de um filme assim, afinal, cada ator tem muito pouco tempo na tela. Mas deu pena da Alice Braga. Lembro que falaram do Rodrigo Santoro em As Panteras, porque ele não falava nada. Mas seu papel não era tão pequeno. Alice Braga contracena com Harrison Ford, mas só aparece em uma única cena! Sua personagem continua sendo citada, mas ela já devia estar no set de outro filme… Além dos dois, o elenco conta com Ray Liotta, Ashley Judd, Jim Sturgess, Cliff Curtis, Alice Eve, Lizzy Caplan e Sarah Shahi.

O ritmo é um pouco lento, mas a narrativa fragmentada traz fluidez ao filme, que não fica chato em nenhum momento.

Território Restrito não é um filme essencial, mas pode ser uma boa opção.

P.s.: Curiosidade sobre o poster nacional: rolou uma “photoshopada”. No poster original, não era a Alice Braga, era o Ray Liotta à direita…

Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos

Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos

O quadragésimo primeiro filme do Woody Allen!

Depois de quarenta anos de casamento, Alfie (Anthony Hopkins) se separa de Helena (Gemma Jones) e sai em busca da juventude perdida. Arrasada, Helena passa a consultar uma vidente. Ao mesmo tempo, sua filha Sally (Naomi Watts) precisa administrar o desejo pelo seu novo chefe, Greg (Antonio Banderas), com a crise em seu casamento com Roy (Josh Brolin), um escritor picareta que fez sucesso só com seu livro de estreia e enfrenta crises criativas enquanto flerta com sua vizinha violonista Dia (Freida Pinto).

Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos não é um grande filme. Allen já fez coisa melhor. Mesmo assim, não vai decepcionar seus fãs.

Parece que Allen descobriu uma boa fórmula para se fazer um filme: junte uma história simples, construa bons personagens e chame bons atores para interpretá-los. Pronto! Você pode não ter um grande filme em mãos, mas pelo menos tem um filme melhor do que a média que rola por aí. E, se a gente se lembrar que Allen está com mais de setenta anos e faz quase um filme por ano, acho que tá valendo.

Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos segue esse caminho. O filme vale pelo elenco, afinal, não é todo dia que temos Anthony Hopkins, Naomi Watts, Antonio Banderas, Josh Brolin, Freida Pinto, Gemma Jones e Anna Friel juntos, né?

Já o roteiro, bem, na minha humilde opinião, acho que muitas pontas foram deixadas soltas. Custava ter dado alguns fins nas várias histórias? Muita coisa ficou sem explicação. E sem necessidade.

Achei um detalhe técnico curioso: muitas cenas são filmadas sem cortes, com uma única câmera acompanhando o diálogo. Isso faz muitos personagens ficarem de costas para a tela enquanto falam. Definitivamente, isso é incomum!

Como disse lá no começo, Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos não é uma obra prima, mas é um filme agradável e não vai decepcionar os fãs de Woody Allen.

13º Andar

13º Andar

Depois de rever Cidade das Sombras, revi 13º Andar.

O pesquisador da informática Hannon Fuller fez uma descoberta muito importante e está prestes a revelar para o seu colega Douglas Hall, mas, para evitar ser seguido, deixa uma carta em um mundo virtual criado por ambos. Logo depois, Fuller é assassinado. Douglas agora precisa descobrir onde está escondido o segredo – em qual dos mundos?

13º Andar é uma ficção científica diferente daquelas de visual futurístico com naves espaciais e mundos extraterrestres. O filme explora realidades virtuais, assim como Cidade das Sombras, feito um ano antes, e Matrix, lançado pouco depois. Achei curioso ver como imaginávamos a realidade virtual uma década atrás, depois de uma temporada inteira de Caprica e seus holobands – como será que vamos ver os holobands daqui a dez anos?

Um parágrafo para falar do trio Matrix – Cidade das Sombras – 13º Andar. Heu tinha visto 13º Andar há muito tempo, uma vez só, na época do lançamento, e achava que era mais parecido com Matrix. Mas não é. Cidade das Sombras sim, se fosse lançado depois, poderia ser acusado de plágio (foi lançado um ano antes), ambos falam de um cara que “acorda” em um mundo que na verdade é uma ilusão, e lutam contra esta ilusão. Mas 13º Andar não tem a mesma história, apenas usa a mesma premissa da vida em uma realidade virtual. Vale ressaltar que Matrix é o mais famoso dos três (e também o melhor), mas foi o último a ser lançado – por isso as comparações são válidas.

(Tem gente que inclui Existenz, também de 1999, nesta mesma lista. Mas aí já acho mais diferente, já que se trata de um jogo que usa realidade virtual.)

Voltando ao filme…

13º Andar foi escrito e dirigido por Josef Rusnak, e na minha humilde opinião, ele fez um bom trabalho. Curiosamente, ele não tem mais nada digno de nota no currículo…

Como falei, o visual de 13º Andar não lembra nem um pouco um filme de ficção científica. Parte do filme se passa nos dias de hoje, parte se passa no ano de 1937, em uma excelente reconstituição de época. Só algumas cenas isoladas têm “cara” de ficção científica.

O papel principal coube a Craig Bierko, que não está aí atéhoje, mas nunca alcançou o estrelato, nunca fez nada muito conhecido. Os coadjuvantes são melhores: Armin Mueller-Stahl (Shine, Anjos e Demônios) e Vincent D’Onofrio (Nascido Para Matar, Ed Wood) dão show, como sempre. O elenco ainda conta com Gretchen Mol e Dennis Haysbert.

Visto dez anos depois, 13º Andar ainda vale a pena!

p.s.: Existe outro 13º Andar, feito em 2007, estrelado pelo Stephen Dorff. Mas esse heu não vi, não sei se é bom!

Inferno

A Mansão do Inferno

Há um bom tempo queria rever A Mansão do Inferno, do Dario Argento, filme que vi muitos anos atrás, gravado da tv, e do qual não me lembrava de quase nada. Este filme tem a trilha sonora composta pelo meu tecladista favorito, Keith Emerson!

Rose Elliot compra um velho livro intitulado “Le Tre Madri” (As Três Mães), que fala sobre as três mães dos Infernos: Mater Suspiriorum (a Mãe dos Suspiros), Mater Lacrimarum (a Mãe das Lágrimas) e Mater Tenebrarum (a Mãe das Trevas). O autor do livro construiu uma casa para cada uma delas, e Rose passa a acreditar que mora em uma delas. Ela escreve uma carta ao seu irmão Mark, estudante de música em Roma, e pede que venha ficar com ela, mas a carta é antes lida por uma amiga de Mark, que acaba sendo assassinada antes falar com ele. Mark descobre a carta rasgada aos pés do cadáver da amiga e decide ir para Nova Iorque.

Olha, gosto do Dario Argento, já vi vários filmes dele, mas… Sinceramente? Achei A Mansão do Inferno bem fraco…

Argento é muito bom ao criar uma ambientação de terror. Nisso o filme funciona. Mas o roteiro é confuso e algumas partes não fazem o menor sentido!

O roteiro é muito mal escrito. Personagens entram e saem da trama de maneira confusa, algumas situações são mal explicadas, outras soam forçadas demais… E várias cenas sem sentido acontecem. Como por exemplo, a morte no lago, quando o cara está sendo atacado pelos ratos, e, do nada, o cara do trailer tem aquela reação???

O lance aqui é curtir a viagem sem se preocupar com detalhes como roteiro e construção de personagens. Porque o clima do filme é muito interessante, as cenas de assassinato são bem feitas, o gore é até bastante para um filme feito em 1980, e a trilha sonora é muito boa.

Novo parágrafo para falar da trilha sonora. Só consegui comprar o dvd original deste filme em 2010, mas o cd com a trilha já tenho desde os anos 90. Sou fã desta trilha, e acho que ela combina perfeitamente com o clima de terror do filme. Pena que o Keith Emerson, até onde sei, não fez nenhuma outra trilha sonora para filmes de terror…

Enfim, Dario Argento fez coisa melhor. Prefira O Pássaro das Plumas de Cristal. Mas procure a trilha sonora de A Mansão do Inferno!

Deixe-me Entrar

Deixe-me Entrar

Ninguém pediu, mas em breve entra em cartaz a refilmagem americana do ótimo filme de terror adolescente sueco Deixe Ela Entrar.

A história é a mesma: Owen é um menino de 12 anos, com problemas com os valentões da escola, e que começa a se envolver com a menina que se mudou para o apartamento ao lado, sem saber que ela é uma vampira.

Confesso que heu tinha sentimentos opostos sobre este filme antes de vê-lo. Por um lado, heu queria muito rever a atriz mirim Chloe Moretz, que fez a Hit Girl em Kick-Ass. Mas, por outro lado, sempre me pergunto: pra que refilmar? Além do mais sabendo que a direção coube ao quase novato Matt Reeves, que até agora só tinha feito um filme para o cinema, o maomeno Cloverfield.

Como é uma refilmagem, e de um filme recente, a comparação é inevitável. Além do mais porque a ambientação fria foi mantida. Ambientação fria nos cenários – é neve pra tudo quanto é canto – e também nas relações entre as pessoas. E, na comparação, o filme americano perde. Não por ser ruim, mas por ser quase uma xerox.

A nova versão tem seus méritos. Por exemplo, gostei da cena do acidente de carro, com a câmera dentro do carro. Os ataques da menina também são interessantes. Mas o próprio filme mostra que isso era desnecessário, já que o melhor ataque é a recriação da cena da piscina, onde não vemos nada, provando que o que não é mostrado às vezes funciona melhor…

E o resto é igualzinho. Tirando um detalhe aqui, outro ali, é o mesmo filme, só que com atores americanos.

No elenco, Chloe Moretz está bem, mas sua atuação não “vale o ingresso” como acontece em Kick-Ass. O garoto esquisito Kodi Smit-McPhee funciona ok, mas me parece que funciona porque ele tem cara de esquisito mesmo, não necessariamente por ser bom ator ou não. Completam o elenco Richard Jenkins e Elias Koteas.

Resumindo, não é ruim. Mas, na comparação, perde. Por isso, prefira o original!

Spartacus – Gods of The Arena

Spartacus – Gods of The Arena

Terminada a boa primeira temporada de Spartacus – Blood And Sand, os realizadores tinham dois problemas sérios para uma segunda temporada. Um era a doença de Andy Whitfield, logo o protagonista, que foi diagnosticado de câncer e no momento passa por um tratamento que o impede de trabalhar. O outro é que o manipulador e egocêntrico Batiatus, um dos melhores personagens coadjuvantes, morreu no último capítulo.

Uma única solução pros dois problemas: Spartacus – Gods of The Arena é um prequel, contando eventos anteriores à primeira temporada, mostrando como Batiatus conseguiu o status que apresenta na série original.

Batiatus (John Hannah) já é dono de um ludus, local de treinamento de escravos gladiadores, herdado de seu pai; e já está casado com Lucretia (Lucy Lawless). Mas ainda aspira um local de prestígio nas lutas – seus gladiadores não têm espaço no horário nobre da arena.

Os fãs de Spartacus – Blood And Sand não vão se decepcionar com este Spartacus – Gods of The Arena. Sexo, nudez, sangue e violência, temos tudo, em quantidades abundantes. Fico imaginando um seriado desses passando na tv Globo, seria tão cortado que seus episódios de 50 min teriam tamanho de sitcom – vinte e poucos minutos!

Além de Batiatus e Lucretia, temos de volta alguns personagens. Oenomaus está menos sisudo, ainda não é doctore (uma espécie de gerente do ludus), ainda é um gladiador. Crixus pouco aparece, acabou de chegar ao ludus, e se juntou a outro “calouro”, Ashur, também com pequena participação. Barca aparece menos ainda –  certamente ainda veremos os três muitas vezes.

Os novos personagens também são muito bons. O gladiador Gannicus (Dustin Clare) é ótimo – sua primeira luta é muito boa, sua segunda luta é melhor ainda! Jaime Murray continua com a tradição de mulheres bonitas e com pouca roupa, interpretando Gaia, amiga de Lucretia. E, pela escolha de Temuera Morrison (o Jango Fett em Star Wars – ep II) como o atual doctore, acredito que o seu papel deva ter mais importância no futuro.

John Hannah faz um Batiatus sensacional. Lembro dele em um papel meio bobão, o alívio cômico de A Múmia. Nunca imaginei que ele fosse capaz de um personagem assim, capaz de tomar o papel principal de uma série para ele!

O primeiro episódio termina com um ótimo gancho. Agora aguardamos o resto da temporada. Que seja tão boa quanto o seu promissor início!

13Hrs

13Hrs

Sarah Tyler visita a família do seu padrasto, num casarão isolado em algum lugar na Inglaterra. Uma tempestade deixa a casa sem luz. E uma misteriosa criatura aparece na casa e ataca Sarah, seus irmãos e amigos.

Filme de terror de baixo orçamento, daqueles simples e eficientes. Ok, a história não traz nenhuma novidade – grupo de jovens é encurralado por violenta e misteriosa criatura – mas pelo menos é bem feito e consegue manter a tensão. E digo mais: gostei da solução apresentada no fim!

Os efeitos especiais são bons, a criatura aparece muito pouco, temos uma interessante câmera subjetiva distorcida com a sua visão. Me parece que não foram usados nenhum cgi, parece ser tudo com a boa e velha maquiagem aliada aos truques de câmera.

Sobre o elenco, tem um nome que já vimos várias vezes mas nem sempre guardamos o nome: o garoto de gorro é Tom Felton, o Draco Malfoy da série Harry Potter. E quem acompanha o blog, vai reconhecer Gemma Atkinson, de Boogie Woogie. De resto, ninguém conhecido.

Enfim, nada essencial. Mas uma boa opção para passar uma hora e meia.

Só fica uma pergunta: por que 13 horas?

Top 10: Melhores Filmes da Década de 00

Top 10: Melhores Filmes da Década de 00

Com algumas semanas de atraso, eis o meu top 10 com os melhores filmes da década que acabou de acabar!

No fim de 2009, apareceram pela internet várias listas de melhores filmes da década. Mas, caramba, a década ainda não tinha acabado! Nossa contagem não teve ano zero, a primeira década foi do ano um ao ano dez. E assim sucessivamente, até os dias de hoje. Assim como a virada do milênio aconteceu entre 2000 e 2001, a última década foi entre 2001 e 2010!

(É uma pena que 2000 não possa entrar no Top 10. Quase Famosos, um dos meus filmes favoritos, é deste ano…)

Penso neste Top 10 desde o fim do ano passado, a ideia era publicá-lo no fim do ano, junto com o Top 10 de melhores de 2010. Mas me esqueci… Falha grave!!!

Agora vamos à lista. Para criar uma lista de apenas dez filmes em um universo tão grande (dez anos!), pensei em uma regra: não repetir diretores. Por melhores que sejam dois filmes do mesmo diretor, só um entra na lista. Por isso, Machete, o melhor de 2010, não está aqui, deu lugar a Sin City. (Usando o mesmo raciocínio, só escolhi um filme da Pixar.)

Lembrando, sempre, dos vários Top 10 já feitos aqui no blog: filmes de zumbi, filmes com nomes esquisitos, filmes sem sentido, personagens nerds, estilos dos anos 80, melhores vômitos, melhores cenas depois dos créditos, melhores finais surpreendentes, melhores cenas de massacre, filmes dos ano 80 e 90 nunca lançados em dvd no Brasil, estilos de filmes ruins, casais que não convencem, musicais para quem não curte musicais, melhores frases de filmes, melhores momentos de Lost, maiores mistérios de Lost, piores sequencias, melhores filmes de rock, melhores filmes de sonhos, melhores filmes com baratas, filmes com elencos legais, melhores ruivas, melhores filmes baseados em HP Lovecraft, filmes que vi em festivais e mais ninguém ouviu falar, Atores Parecidos, Atrizes Parecidas, filmes de lobisomem, melhores trilogias, filmes de natal, melhores filmes de 2010 e coisas que detesto nos dvds Visitem!

p.s.: Gosto dos filmes do Harry Potter, mas eles não estão no Top 10. Mas gostei desta imagem, e precisava de uma imagem que simbolizasse a passagem de tempo…

Em ordem cronológica…

O Senhor dos Anéis (2001 / 02 / 03)

Vou contar a trilogia como um filme só, ok? Afinal, Peter Jackson fez os três de uma vez só, e não tem sentido ver algum deles separado dos outros. A excelente adaptação da obra de Tolkien foi um grande sucesso de bilheteria e ganhou diversos prêmios.

Cidade de Deus (2002)

Um filme nacional que está em 18º lugar no Top 250 do imdb? Não é pouca coisa, né? Violento e muito bem feito, o longa de Fernando Meirelles mostrou que o cinema brasileiro tem jeito!

Kill Bill (2003 / 04)

Outro que considerarei como um filme só. A saga de vingança dirigida por Quentin Tarantino e estrelada por Uma Thurman teve vários momentos geniais ao longo de seus dois episódios.

Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (2004)

Este filme de Michel Gondry tem um dos melhores roteiros que já apareceu em Hollywood nos últimos anos. E também uma das mais belas histórias de amor contadas por Hollywood. Efeitos especiais geniais e, de quebra, a melhor atuação da carreira de Jim Carrey.

http://blogdoheu.wordpress.com/2009/07/21/brilho-eterno-de-uma-mente-sem-lembrancas/

Sin City (2005)

Robert Rodriguez chamou Frank Miller e juntos criaram um novo conceito de adaptação de quadrinhos para o cinema – os quadrinhos estão na tela, literalmente! Muita violência e um grande elenco num filme com um visual poucas vezes visto.

O Labirinto do Fauno (2006)

Guillermo Del Toro é um cara de raro talento, que consegue transitar entre o cinema pop hollywoodiano em filmes como os dois Hellboy, e produções não americanas menos comerciais como esta mistura de terror com fantasia passada na Espanha em 1944.

Borat (2006)

Documentário fake com humor escrachado (muitas vezes de mau gosto) e politicamente incorreto. O humorista Sacha Baron Cohen conseguiu cutucar as feridas certas, e fez um filme engraçado como poucos – acho que foi a vez que ri mais no cinema na última década!

REC (2007)

O conceito de filme com câmera subjetiva ja existia. Mas nunca antes  havia aparecido um filme tão assustador assim usando esse conceito! Esta modesta produção espanhola funcionou tão bem que já foi refilmada por Hollywood, já teve uma boa continuação e tem mais duas previstas.

http://blogdoheu.wordpress.com/2008/10/06/rec/

Wall-E (2008)

O estúdio de animação Pixar é genial. Numa lista de melhores com espaço para mais títulos, não seria errado colocar vários desenhos da Pixar. Mas, como falei na regra lá em cima, aqui só cabe um. Então escolhi Wall-E, não só um dos melhores desenhos da Pixar, como também um dos melhores desenhos da história do cinema.

Tropa de Elite 2 (2010)

O primeiro Tropa de Elite já foi muito bom, um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Aí veio a continuação, ainda melhor que o original. E já bateu o recorde: é o filme nacional mais visto da história. Sim, o cinema brasileiro tem jeito!

http://blogdoheu.wordpress.com/2010/10/10/tropa-de-elite-2-o-inimigo-agora-e-outro/

Será que ainda dá tempo de um Top 10 de melhores filmes fantásticos da década?

Die

Die

Seis pessoas, desconhecidas entre si, todas com tentativas de suicídio no passado, acordam em uma espécie de cadeia, sem saber por que, onde são submetidas a testes, que podem levar a mortes semelhantes a que teriam se tivessem conseguido o suicídio. Um misterioso homem comanda os testes, sempre usando dados para decidir o destino.

A ideia inicial era promissora. Uma espécie de mistura de Jogos Mortais com O Método. Mas a execução deixou a desejar.

Pra começar, o roteiro é extremamente burocrático e previsível. E, pra piorar, a parte final do filme não só não não faz o menor sentido como o roteiro ainda é cheio de furos – por exemplo: por que os suicidas têm marcas de cigarros nos pulsos? Ou, se Sophia estava suspensa da polícia, como é que ela conseguiu tantos policiais para a batida no esconderijo do vilão?

Ah, o vilão! Que vilão fraco! Se Die quer ser um novo Jogos Mortais, tem que melhorar de vilão, porque o Jigsaw é um bom vilão!

Pra piorar, se a ideia é ser um novo Jogos Mortais, cadê o gore? Todas as (poucas) mortes são “limpinhas”!

No elenco, o único nome conhecido é Elias Koteas. Dá pena dele, ele já fez coisa muito melhor…

Enfim, completamente dispensável.

Cidade das Sombras

Cidade das Sombras

Estou aproveitando a fraca safra de séries para rever filmes legais. O da semana foi este Cidade das Sombras (Dark City), interessante ficção científica de 1998.

John Murdoch acorda em um quarto de hotel com amnésia, e descobre que é suspeito de uma série de assassinatos. Enquanto tenta juntar as peças para entender a sua situação, descobre que a cidade é controlada por um grupo de seres chamados Os Estranhos, que têm o poder de alterar tanto a arquitetura da cidade como o comportamento de seus habitantes.

Um cara acorda e descobre que está num mundo diferente, controlado por pessoas diferentes – parece Matrix, né? Mas Cidade das Sombras foi feito um ano antes!

Matrix é mais famoso, e seus efeitos especiais foram um marco em Hollywood. Os efeitos de Cidade das Sombras não foram revolucionários, mas também são impressionantes, com seus cenários que mudam de forma sob os nossos olhares.

Escrito e dirigido por Alex Proyas, que pouco antes fizera O Corvo, e recentemente fez o interessante Presságio, Cidade das Sombras tem um visual impressionante até hoje, treze anos depois. A “cidade escura” é repleta de elementos góticos e está sempre à noite, o que proporciona uma bela fotografia.

O elenco traz algumas curiosidades. O protagonista, Rufus Sewell, é menos conhecido que os três coadjuvantes, Jennifer Connelly, Kiefer Sutherland e William Hurt. E o ator Richar O’Brien, o Mr. Hand, é o autor do musical The Rocky Horror Picture Show. Mais uma: é o filme de estreia de Melissa George, que faz a prostituta início do filme.

Agora preciso rever 13º Andar, outro “precursor” de Matrix – e depois, rever Matrix, claro…

Filme essencial para a cinemateca fantástica dos anos 90!