The Graves

The Graves

Outro dia, navegando pela web, vi um site falando de um festival de filmes de terror, o Horrorfest. Da lista dos 8 filmes indicados, já tinha visto dois, o interessante Lentes do Mal e o caricato Zombies of Mass Destruction. Baixei mais um pra ver qualé, este The Graves.

A trama é simples: duas irmãs bonitinhas e inseparáveis estão viajando de carro quando param numa cidadezinha onde coisas estranhas acontecem.

Podemos dividir The Graves em três partes. O primeiro terço traz uma premissa interessante, o filme até parecia promissor. Já o segundo terço é bem mais fraco. E o terço final é inacreditavelmente ruim!

Vamos por partes. A ideia inicial é batida, mas é boa. Duas irmãs vão parar numa cidade de malucos no meio do nada. Isso, nas mãos certas, pode render uma boa diversão – além do mais porque um elemento sobrenatural é acrescentado logo de cara à história.

Mas aí vem o desenrolar disso. A atriz Clare Grant não convence ninguém naquele jogo de gato e rato. O filme cai, e muito, nessa parte.

Mas o pior ainda estava por vir. O trecho do pastor Tony Todd é ridículo! E aquele “cheiro que deixa as pessoas loucas” é tão constrangedor quanto o “vento que faz as pessoas cometerem suicídio” de Fim dos Tempos!

Li na internet que o diretor e roteirista Brian Pulido é também escritor de quadrinhos. Deve ser por isso que a trama tenta forçar uma barra pra falar de quadrinhos, quando o assunto não tem nada a ver com a história. Anyway, não li os quadrinhos do cara, mas recomendo a ele que fique com eles e deixe o cinema para quem tem mais talento para isso.

Alguns comentários sobre o elenco. As meninas Clare Grant e Jillian Murray são bonitinhas, mas não são lá grandes coisas como atrizes. Principalmente Clare Grant, mais bonita que a outra, e pior atriz também. O elenco também traz dois nomes de peso relativos a filmes de terror: Bill Moseley e Tony Todd. Moseley, que esteve em filmes como O Massacre da Serra Elétrica 2 e Rejeitados Pelo Diabo, não faz feio em sua pequena participação. O mesmo não podemos dizer de Todd, o Candyman em pessoa – o seu pastor é patético, senti vergonha de ver aquilo.

Ainda preciso falar dos efeitos especiais. Na boa, hoje em dia não é difícil fazer um filme de baixo orçamento com efeitos decentes. Os efeitos aqui são toscos, toscos, mas tão toscos que nem sei se quero falar sobre eles… Só digo uma coisa: preste bem atenção quando aparecer o primeiro cadáver. Porque será o único mostrado, todos os outros estão fora do ângulo da câmera.

Enfim, agora estou na dúvida se procuro outros filmes do Horrorfest. E o pior é que achei no wikipedia uma lista com todos os filmes de várias edições! Vou tomar coragem…