Invasão do Mundo – Batalha de Los Angeles

Crítica – Invasão do Mundo – Batalha de Los Angeles

Depois do fraco Skyline – A Invasão, finalmente chegou “o outro filme de invasão alienígena”.

A trama é simples: alienígenas invadem o planeta e “botam pra quebrar”, e forças militares tentam se defender. Simples e eficiente.

Vou explicar a comparação feita no primeiro parágrafo. Os realizadores de Skyline – A Invasão trabalharam nos efeitos especiais de Invasão do Mundo – Batalha de Los Angeles, e as duas tramas são muito parecidas – invasão alienígena em Los Angeles. Rolou até um processo, mas não sei que fim levou a história.

O filme não perde tempo com enrolação, a ação começa logo de cara. Isso é bom, nem sempre precisamos nos aprofundar nos personagens, quando o objetivo é ver tiros e explosões em cima de e.t.s!

Mas, para curtir o filme, precisa ter boa vontade com o roteiro, extremamente previsível. A gente consegue antever metade do filme: o novato que vai matar o primeiro extra-terrestre, o helicóptero que vai ser derrubado, o soldado revoltado com o superior, etc. E, pra piorar, ainda rolam alguns elementos completamente dispensáveis, como as crianças insuportáveis e aquele dramalhão desnecessário na base aérea.

Sabendo “desligar” esses “detalhes”, Invasão do Mundo – Batalha de Los Angeles é um bom filme. As cenas de ação são muito boas, os alienígenas são convincentes e os efeitos especiais são muito bem feitos.

O competente Aaron Eckhardt lidera um elenco com poucos rostos conhecidos. Pra não dizer que não tem mais gente famosa, Michelle Rodriguez e Bridget Moynahan têm os principais papeis femininos.

O fim do filme é talvez um pouco abrupto demais. Mas este é o tipo do filme que pode ter continuações, o subtítulo brasileiro dá essa dica, ao chamar de “batalha de Los Angeles”. Não vou achar estranho ver em breve outra batalha, em outro lugar…

Por fim, é importante citar que este é o primeiro lançamento carioca em 4K, um novo sistema de alta definição para cinemas. Assim como o blu-ray veio trazer uma imagem melhor que o dvd, a tecnologia 4K promete uma imagem com definição quatro vezes maior do que o padrão atual nas telas. Talvez fosse melhor outro filme para experimentarmos a nova tecnologia, já que aqui rola muita câmera tremida. Mas valeu a experiência!

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Top 10: Marcos nos Efeitos Especiais

Top 10: Marcos nos Efeitos Especiais

Sempre fui fã de efeitos especiais. Desde criança, uma das coisas que mais me fascinava no cinema era tentar descobrir como eles faziam cada uma daquelas “mágicas”.

No Top 10 de hoje, vou falar de filmes que foram marcos na história dos efeitos especiais no cinema. Mas, importante: esta não é uma lista de “melhores efeitos especiais”, e sim de efeitos que, por algum motivo, entraram para a história do cinema. Por exemplo: ninguém questiona a qualidade do recente Avatar, mas seus efeitos foram uma evolução do que já existe. O que quero nesta lista não é a evolução, e sim a revolução. 😉

Preciso agradecer a inestimável ajuda do meu amigo Oswaldo Lopes Jr, que me auxiliou na parte pré anos 70, onde reconheço que saco menos. Valheu, Oz!

Como sempre, lembrando dos outros Top 10 já publicados aqui: filmes de zumbi, filmes com nomes esquisitos, filmes sem sentido, personagens nerds, estilos dos anos 80, melhores vômitos, melhores cenas depois dos créditos, melhores finais surpreendentes, melhores cenas de massacre, filmes dos ano 80 e 90 nunca lançados em dvd no Brasil, estilos de filmes ruins, casais que não convencem, musicais para quem não curte musicais, melhores frases de filmes, melhores momentos de Lost, maiores mistérios de Lost, piores sequencias, melhores filmes de rock, melhores filmes de sonhos, melhores filmes com baratas, filmes com elencos legais, melhores ruivas, melhores filmes baseados em HP Lovecraft, filmes que vi em festivais e mais ninguém ouviu falar, Atores Parecidos, Atrizes Parecidas, filmes de lobisomem, melhores trilogias, filmes de natal, melhores filmes de 2010, coisas que detesto nos dvds, melhores filmes da década de 00, filmes de vampiro, melhores diabos, cenas de sexo esquisitas, ficção cientifica ou não ficção científica, filmes de vingança.Visitem!

Antes de começar a lista dos 10 mais revolucionários, acho importante citar o clássico Viagem à Lua, de Georges Méliès, do distante ano de 1902, simplesmente o ponto de partida, o marco inicial, o primeiro filme de ficção científica no cinema. É deste filme a imagem inicial do Top 10!

Vamos aos filmes? Em ordem cronológica…

1- Metrópolis (1927), de Fritz Lang

Metrópolis trouxe uma inovação: o processo Schüfftan, que usava espelhos para inserir atores em cenários em miniatura. No caso, foi criada uma maquete de uma gigantesca metrópole, com ricos detalhes.

2- King Kong (1933)

Não foi a primeira vez que animação stop motion foi utilizada no cinema, 8 anos antes O Mundo Perdido trazia vários dinossauros com a mesma técnica. Mas foi em King Kong que o stop motion mais se destacou, inclusive abriu portas para o trabalho de Ray Harryhausen, que fez filmes como O Monstro do Mar, Fúria de Titãs e vários filmes do Sinbad.

3- 2001 (1969)

Em 1950, foi lançado Destino: Lua, 0 primeiro grande filme de FC produzido com a preocupação de ser o mais realista possível. E que abriu portas para 2001, de Kubrick, caso único na história do cinema onde os efeitos são tão à frente do seu tempo que impressionam até hoje, mais de 40 anos depois.

4- Guerra nas Estrelas (1977)

O marco inicial da popularização dos efeitos especiais convincentes na ficção científica no cinema. A partir de Guerra nas Estrelas, efeitos especiais em filmes aumentaram de forma exponencial no cinema e na tv.

5- O Enigma da Pirâmide (1985)

Tem gente que considera o “Projeto Gênesis” de Star Trek II – A Ira de Khan o primeiro cgi da história. Mas, na verdade, o primeiro personagem em cgi foi o vitral que sai da janela aqui neste O Enigma da Pirâmide, um filme menos famoso, mas mesmo assim, muito bom!

6- Uma Cilada Para Roger Rabbit (1987)

Misturar desenho animado com filme não era novidade. Mas era sempre em 2D, com a “câmera parada”. Roger Rabbit foi o primeiro desenho animado com profundidade, a primeira vez que um desenho parecia “sólido”.

7- Exterminador do Futuro 2: o Julgamento Final (1991)

O T1000, o novo exterminador, era um personagem de metal líquido, que podia se moldar em qualquer forma – uma evolução do que o próprio James Cameron usara pouco antes em O Segredo do Abismo. Era o início dos personagens digitais no cinema.

8- Parque dos Dinossauros (1993)

Uma perfeita mistura de cgi (computação gráfica), bonecos animatronic (robôs) e animação stop-motion criou dinossauros “reais” – pela primeira vez na história os bichos pareciam de verdade.

9- Matrix (1999)

Talvez o melhor exemplo de “marco dos efeitos especiais”: o efeito bullet-time, usado naquelas cenas onde a imagem congela e a câmera se move, foi copiado e reutilizado por metade da indústria cinematográfica a partir da estreia de Matrix.

10- Star Wars ep I (1999)

Tá, o filme é fraco. Mas pela primeira vez, um personagem digital está presente no filme inteiro – o odiado Jar Jar Binks. Dois anos depois, veio O Senhor dos Anéis, onde isso foi aprimorado, com o Gollum e seus ricos detalhes.

Se tivesse espaço para mais um, entraria Forest Gump, de 1994, com seus efeitos “invisíveis”, os efeitos estavam lá justamente para não aparecer – por exemplo, um dos personagens passa boa parte do filme sem as pernas, que foram apagadas pelos efeitos especiais…

Hoje ainda acho cedo citar o recente Tron Legacy. Mas acredito que listas semelhantes a esta feitas no futuro se lembrarão do novo Tron, acredito que este seja o futuro do cinema: um Jeff Bridges dos dias de hoje, com 60 anos, contracena com outro Jeff Bridges, rejuvenescido digitalmente. Agora um ator pode envelhecer e continuar apto para o papel que ele fez anos antes!

Em breve: Top 10 de filmes que fazem referência ao Brasil!

Jogo de Poder

Jogo de Poder

Responsável por várias operações secretas da CIA, a agente Valerie Plame (Naomi Watts) tem sua identidade revelada de propósito, em represália a um artigo escrito por seu marido (Sean Penn), criticando a invasão do Iraque pela administração Bush.

Dirigido por Doug Liman (Jumper, A Identidade Bourne), Jogo de Poder foi vendido como um thriller. O trailer era emocionante: Valerie Plame seria perseguida por reviravoltas em sua vida. Ok, essas reviravoltas realmente acontecem, mas o ritmo do filme é bem lento. A emoção foi deixada de lado…

O roteiro conta os fatos coretamente, mas tudo parece didático, documental. E fica tudo chato demais!

Pena, porque a história, baseada em fatos reais, é boa (a verdadeira Valerie Plame aparece durante os créditos) – é legal ver a administração Bush ser cutucada por causa das mentiras sobre as supostas armas de destruição em massa do Iraque. Além disso, o casal de protagonistas faz um excelente trabalho – Naomi Watts e Sean Penn, ambos em grande forma, mostram porque são dois dos maiores atores do cinema mundial.

Apesar de um pouco confuso, Jogo de Poder não é ruim. Mas, com um roteiro melhor, poderia ser mais interessante. Do jeito que ficou, é apenas um filme mediano. E meio chato…

Conspiração Xangai

Conspiração Xangai

Meses antes do ataque a Pearl Harbor, a cidade de Xangai vive sob a tensa sombra da ocupação japonesa, e é palco de traições entre espiões de diversas nacionalidades.

Trata-se do filme novo do diretor sueco Mikael Håfström, dos recentes O Ritual e 1408. Mas aqui não tem nada de terror, Conspiração Xangai parece aquelas super produções à moda antiga, com bom elenco e cenários grandiosos. Pena que a história é simples e previsível, apesar das reviravoltas no roteiro.

Achei curiosa a escolha de um diretor sueco. O elenco internacional se justifica, afinal, temos americanos, chineses, japoneses e até uma alemã, cada um com um personagem com a mesma nacionalidade – escolhas acertadas. Mas não entendi por que um diretor sueco. Pelo menos ele fez um bom trabalho.

Falando no elenco, todos estão bem: os americanos John Cusack, David Morse e Jeffrey Dean Morgan; os chineses Chow Yun-Fat e Gong Li; o japonês Ken Watanabe; e a alemã Franka Potente…

(Aliás, tenho uma dúvida sobre nomes chineses. Sempre li Chow Yun-Fat e Gong Li, mas aqui nos créditos está escrito Yun-Fat Chow e Li Gong – e não é a primeira vez que vejo assim. Afinal, qual é o certo?)

Conspiração Xangai é um filme correto, tudo funciona direitinho. Mas não espere muito, porque o resultado não é nada demais.

The Troll Hunter / Trolljegeren

The Troll Hunter / Trolljegeren

Uêba! Filme de terror norueguês! E dos bons!

Estudantes estão filmando um documentário sobre caça a ursos na Noruega, quando encontram um misterioso caçador, que na verdade caça trolls em vez de ursos.

Ok, na verdade, não existe nada de novo aqui, a fórmula é a mesma usada em vários exemplos recentes. O que diferencia The Troll Hunter de outros exemplos é que aqui tudo funciona perfeitamente, diferente, por exemplo de Cloverfield, outro filme-de-monstro-usando-câmera-subjetiva.

O filme é muito bem feito. Os atores fazem um bom trabalho na parte “documentário fake”, e a parte dos trolls tem excelentes efeitos especiais – os bichos parecem de verdade. E aparecem bem, alguns filmes nesse estilo, principalmente quando o orçamento é baixo, mostram poucos detalhes das criaturas – no bom filme Monstros, os bicharocos só aparecem no fim. E isso porque nem estou falando das belíssimas paisagens naturais norueguesas!

Gostei de ver uma mitologia diferente do óbvio usado em Hollywood – rola até um lance falando que trolls perseguem cristãos! Nada contra vampiros e zumbis, mas é legal ver algo novo! Mas talvez, por isso mesmo, exista um problema para a plateia “não nórdica”. Li no imdb que o filme tem muitos detalhes da mitologia escandinava dos trolls. Não tem nada essencial, que faça o espectador “leigo” ficar perdido. Mas acho que quem entende mais de trolls vai curtir mais o filme. Mais ou menos como se um cineasta brasileiro fizesse um bom filme de terror usando alguma lenda brasileira, tipo Saci, Curupira ou Boitatá – um gringo pode até curtir o filme, mas não tanto quanto alguém que lê sobre esses personagens desde a infância nos livros de Monteiro Lobato…

Vou guardar o nome do diretor André Øvredal. Mas tenho quase certeza que daqui a pouco vamos ler notícias sobre uma refilmagem hollywoodiana…

Não sei se The Troll Hunter vai ser lançado por aqui, filme norueguês, independente, sei lá, tem cara de só passar em festivais. Mas já existe pra download!

Ah, sim, fique até o fim dos créditos. Rola uma informação importante: “No trolls were harmed during the making of this movie” (“Nenhum troll foi machucado durante as filmagens”). 😀

Top 10: Melhores Filmes de Vingança

Top 10: Melhores Filmes de Vingança

Depois de três filmes de vingança quase seguidos (Rápida Vingança, A Vingança de Jennifer e Doce Vingança), pensei “por que não um Top 10 de filmes de vingança?”

Vingança não é um sentimento bonito, mas é bastante cinematográfico. Afinal, lá no fundo, apesar de saber que é errado, a gente sempre torce pra vingança dar certo, né? Deve ser por isso que tem muito filme de vingança por aí…

A oferta de filmes de vingança é grande. Espero me lembrar dos melhores aqui!

Lembrando, sempre, dos outros Top 10 já publicados aqui: filmes de zumbi, filmes com nomes esquisitos, filmes sem sentido, personagens nerds, estilos dos anos 80, melhores vômitos, melhores cenas depois dos créditos, melhores finais surpreendentes, melhores cenas de massacre, filmes dos ano 80 e 90 nunca lançados em dvd no Brasil, estilos de filmes ruins, casais que não convencem, musicais para quem não curte musicais, melhores frases de filmes, melhores momentos de Lost, maiores mistérios de Lost, piores sequencias, melhores filmes de rock, melhores filmes de sonhos, melhores filmes com baratas, filmes com elencos legais, melhores ruivas, melhores filmes baseados em HP Lovecraft, filmes que vi em festivais e mais ninguém ouviu falar, Atores Parecidos, Atrizes Parecidas, filmes de lobisomem, melhores trilogias, filmes de natal, melhores filmes de 2010, coisas que detesto nos dvds, melhores filmes da década de 00, filmes de vampiro, melhores diabos, cenas de sexo esquisitas e ficção cientifica ou não ficção científica.Visitem!

Em ordem decrescente…

10- Doce Vingança

Abrirei com a refilmagem do clássico trash I Spit On Your Grave, com uma vingança mais elaborada e mais gráfica que a original. Jennifer é espancada, estuprada e deixada para morrer. Ela volta e pega cada um de seus algozes.

9- V de Vingança

V (Hugo Weaving) convoca seus compatriotas a se rebelar contra a tirania e a opressão do governo inglês, e provoca uma verdadeira revolução para trazer liberdade e justiça ao país, onde está em vigor um regime totalitário.

8- Desejo de Matar

Depois de ter a filha estuprada e a esposa assassinada, e de constatar que a polícia é incompetente, homem comum (Charles Bronson) se arma e sai pelas ruas, matando assassinos e ladrões, fazendo justiça com as próprias mãos.

7- O Troco

Mel Gibson faz um assaltante, traído pelo parceiro e pela esposa, que é baleado e dado como morto. Depois de um tempo reaparece, decidido a receber a sua parte, mesmo que para isto tenha de enfrentar todo mundo em volta.

6- Mr Vingança

Primeiro filme da Trilogia da Vingança de Park Chan-Wook, não é tão famoso quanto Oldboy, mas é eficiente ao mostrar a dupla vingança entre o surdo-mudo que perde a irmã e o empresário que perde a filha.

5- O Conde de Monte Cristo

Homem é traído e preso numa ilha, e, pra piorar, ainda roubam a sua noiva. Quando consegue escapar, prepara a melhor maneira de se vingar de todos que o prejudicaram.

4- O Corvo

O rockstar Eric Draven (Brandon Lee) e sua noiva são assassinados por uma gangue. Um ano depois, volta para se vingar, com a ajuda de um misterioso corvo.

3- Cabo do Medo

Um Robert de Niro bombado e tatuado é preso por causa de um erro de seu advogado. Na cadeia, estuda Direito, e, quando se vê livre, seu único objetivo é se vingar do advogado e da família dele a reboque.

2- Kill Bill

A saga da Noiva (Uma Thurman), que depois de ser deixada em coma pelos seus ex-companheiros, volta e se vinga de cada um da sua antiga gangue, é um grande momento do genial Quentin Tarantino.

1- Oldboy

O filme coreano de Park Chan-Wook, não só foi um dos melhores da década passada, como ainda traz a mais cruel vingança da história, na minha humilde opinião.

p.s.: Lady Vingança, o terceiro filme da Trilogia da Vingança de Park Chan-Wook, não entrou na lista, porque, diferente da originalidade apresentada nos dois primeiros filmes, parece uma cópia de Kill Bill

Um ano após ter sido assassinado juntamente com sua noiva por uma gangue, Eric Draven (Brandon Lee), um músico de rock, retorna da sepultura com a ajuda de um misterioso corvo, com a intenção de se vingar de seus assassinos.

Caça Às Bruxas

Caça Às Bruxas

Sabe quando a gente acaba de ver um filme e fica se perguntando qual o sentido de alguém fazer aquilo? É o caso aqui.

O guerreiro Behmen (Nicolas Cage) lutou nas Cruzadas por vários anos, até que, ao lado de seu velho amigo Felton (Ron Perlman), começou a questionar a Igreja e virou um desertor. Presos, eles recebem uma missão que pode deixá-los livres: levar uma suposta bruxa para um distante mosteiro.

O novo filme do diretor Dominic Sena (60 Segundos, Terror na Antártida) fica entre a ação e o terror. Mas tem problemas sérios: a ação é entediante e o terror não assusta. Aí fica difícil, né?

A boa sequência inicial até engana. Mas depois o filme vira chato e previsível. E aquela parte final, se era pra ser assustadora, falhou fragorosamente.

Pode piorar? Claro que sim! Os efeitos especiais são tão toscos que evidenciam a vocação trash do filme!

A carreira de Nicolas Cage é uma incógnita. O cara tem um Oscar (por Despedida em Las Vegas) e vários grandes filmes no currículo, como Coração Selvagem, Con Air, A Outra Face e Presságio, entre outros. E, mesmo tendo participado de um dos melhores filmes do ano passado (Kick-Ass), ele tem protagonizado filmes de qualidade duvidosa nos últimos anos, como Motoqueiro Fantsma e Perigo em Bagkok. Este Caça Às Bruxas é mais um para a coleção…

Se alguma coisa se salva é Ron Perlman, o Hellboy, fazendo um coadjuvante mais interessante que o personagem principal. Mas é pouco…

E aí, acaba o filme e a gente se pergunta duas coisas. Uma é: por que alguém faz um filme assim? A outra é: por que alguém assite um filme assim?

Dispensável…

Voltar a Morrer

Voltar a Morrer

Seguindo a recomendação do meu amigo Cleiton, da lista synth-br, baixei e revi Voltar a Morrer, de 1991, um dos melhores filmes de Kenneth Branagh.

Em 1949, o compositor Roman Strauss (Kenneth Branagh) é condenado à morte pelo assassinato de sua esposa Margaret (Emma Thompson). Quarenta anos depois, o detetive particular Mike Church (Branagh) é contratado para descobrir quem é Grace (Thompson), uma misteriosa mulher com amnésia que tem recorrentes pesadelos envolvendo tesouras e a morte de Margaret. Para ajudá-la, Church procura a ajuda através da hipnose – que pode trazer surpresas.

Vamos falar um pouco do diretor e ator principal Kenneth Branagh? Branagh dirigiu seu primeiro filme em 1989, uma adaptação de Shakespeare, Henrique V – ele ainda dirigiria e protagonizaria outros dois filmes baseados em Shakespeare, Muito Barulho Por Nada em 93 e Sonhos de uma Noite de Inverno, baseado em Hamlet, em 95. Mas era pouco conhecido fora da Inglaterra. Este filme foi um bom “cartão de visitas”. Hoje, Branagh está meio sumido, seu último filme como diretor foi em 2007. Mas ele está na direção do aguardado Thor, que estreia ainda este ano. Ou seja, em breve falaremos dele – mal ou bem…

(Pequeno parênteses: não acho que Branagh tenha o perfil para um “filme de super-heroi”. Mas não vou “cornetar” antes de ver o filme…)

O elenco de Voltar a Morrer é muito bom. Branagh e sua então esposa Emma Thompson fazem um bom trabalho, cada um com dois papeis. E o elenco ainda tem Andy Garcia, Derek Jacobi, Hanna Schygulla, Wayne Knight e uma ponta de Robin Williams, em um dos primeiros papeis sérios de sua carreira.

O roteiro é acima da média, consegue prender o espectador na cadeira, e traz interessantes viradas na trama, alternando o presente a cores e o passado em p&b. E não podemos deixar de citar a excelente trilha sonora, que pontua o filme de maneira brilhante.

Uma curiosidade: o disco conceitual “Scenes From A Memory”, de 1999, da banda de “metal progressivo” Dream Theater, foi inspirado neste filme. O álbum narra a história de Nicholas, que descobre vidas passadas ao fazer uma regressão, mas se contar mais aqui, vira spoiler…

Acho que Voltar a Morrer nunca foi lançado em dvd por aqui, se foi, foi mal lançado, nunca vi por aí. Por isso, mais uma vez, viva o download!

Top 10: Ficção Científica ou não Ficção Científica

Top 10: Ficção Científica ou não Ficção Científica

Semana passada rolou uma discussão interessante em uma lista que faço parte, a lista do balacobaco: afinal, o que define um filme ser ficção científica (FC)? Quase todos na lista são fãs de Guerra nas Estrelas e também de FC. E Guerra nas Estrelas é FC? Tem gente que defende que sim, mas rola uma corrente dizendo que não é…

A wikipedia fala: “Há, evidentemente, muitos casos de obras que se situam na fronteira do gênero, usando a situação no espaço exterior ou tecnologia de aspecto futurista, apenas como decoração para narrativas de aventuras ou de romance, e outros temas dramáticos típicos”, e cita, como exemplo, justamente Guerra nas Estrelas

Alguém na lista propôs um Top 10. Pedi então ajuda aos meus amigos de lá pra fazermos esta lista, de 10 filmes que podem ser classificados como FC. Ou não…

Pensei em chamar a lista de “Top 10: Filmes normalmente classificados como Ficção Científica, mas que podem ser de outro estilo”, mas achei grande demais. Aí lembrei das listas de livros, divididos em “ficção” e “não ficção”. Ora, então podemos usar “ficção científica” e “não ficção científica”. 😉

Como sempre, lembrando dos outros Top 10 já publicados aqui: filmes de zumbi, filmes com nomes esquisitos, filmes sem sentido, personagens nerds, estilos dos anos 80, melhores vômitos, melhores cenas depois dos créditos, melhores finais surpreendentes, melhores cenas de massacre, filmes dos ano 80 e 90 nunca lançados em dvd no Brasil, estilos de filmes ruins, casais que não convencem, musicais para quem não curte musicais, melhores frases de filmes, melhores momentos de Lost, maiores mistérios de Lost, piores sequencias, melhores filmes de rock, melhores filmes de sonhos, melhores filmes com baratas, filmes com elencos legais, melhores ruivas, melhores filmes baseados em HP Lovecraft, filmes que vi em festivais e mais ninguém ouviu falar, Atores Parecidos, Atrizes Parecidas, filmes de lobisomem, melhores trilogias, filmes de natal, melhores filmes de 2010, coisas que detesto nos dvds, melhores filmes da década de 00, filmes de vampiro, melhores diabos e cenas de sexo esquisitas. Visitem!

Em ordem cronológica…

Guerra nas Estrelas (1977)

Nossa lista começa justamente com o filme que deu origem à discussão. FC ou fantasia que usa elementos espaciais?

Alien (1979)

Alien é um excelente filme de suspense e terror. O fato de se passar em uma nave espacial é um detalhe…

E.T. – O Extraterrestre (1982)

O clássico de Spielberg tem um extra terrestre como figura central, mas, lá no fundo, trata-se de uma aventura infanto-juvenil.

Os Caça-Fantasmas (1984)

Esqueça toda a tecnologia usada nos raios de prótons e nos medidores de ectoplasma. Os Caça-Fantasmas é comédia, com um pé no terror!

Força Sinistra (1985)

Pode até rolar uma introdução no espaço, ao lado do cometa Halley. Mas, lá no fundo, Força Sinistra é um filme de vampiros!

Spaceballs (1987)

Spaceballs, de Mel Brooks, é uma comédia, paródia de filmes de FC, usada como pano de fundo.

Apollo 13 (1995)

Muitas locadoras colocam Apolo 13 na prateleira de FC só porque o filme fala de viagem espacial. Mas, ora, é um drama baseado em fatos reais!

A Experiência (1995)

Trata-se de um filme de terror, que usa uma (bela) alienígena. Troque a extra-terrestre por algo sobrenatural, o filme continua o mesmo.

Independence Day (1996)

Sim, o filme fala de invasão alienígena. Mas, na verdade, é um filme de aventura misturado com filme catástrofe…

MIB – Homens de Preto (1997)

Filme de ação misturado com comédia, a FC aqui é apenas uma particularidade na trama.

Em breve, Top 10 de filmes gringos que fazem referência ao Brasil!

1972

1972

Sabe quando a gente nutre uma enorme simpatia por um projeto, mas mesmo assim, o resultado decepciona? É o caso aqui, neste filme lançado em 2006.

Rio de Janeiro, 1972. Snoopy (Rafael Rocha) e Júlia (Dandara Guerra) se conhecem e vivem uma turbulenta paixão, pontuada pelo amor que amboes têm por rock’n’roll e tendo a ditadura militar como pano de fundo.

Pra começar, sou fã dos anos 70. Olho com bons olhos qualquer filme ambientado nesta época. E tem mais: o filme foi co-escrito pela jornalista Ana Maria Bahiana, provavelmente a melhor jornalista brasileira sobre cinema – lembro que, anos atrás, ela tinha uma coluna semanal sobre Hollywood no Segundo Caderno d’O Globo, e heu colecionava a coluna!

Alguém que entende pra caramba de cinema, fazendo um filme sobre um assunto que me interessa, esse é daqueles que viro fã antes de ver o resultado… Pena que o tal resultado ficou muito aquém do que poderia…

É o filme de estreia do também jornalista José Emílio Rondeau, marido de Ana Maria e também autor do roteiro. Sem experiência na direção, ele chamou atores também novatos para os papeis principais. E aí ficou assim: diretor inexperiente trabalhando com atores inexperientes em cima de um roteiro também inexperiente…

Os atores são fracos, só alguns coadjuvantes se salvam no elenco (como Tony Tornado e Lúcio Mauro Filho), e alguns diálogos são tão constrangedores que dá vontade de desistir e assistir um filme melhor. Acho que a inexperiência falou mais alto…

Sobre o casal principal, o único comentário que faço é que Dandara Guerra é a cara da mãe, Cláudia Ohana. Mas, pelo menos por este filme, parece que ela não herdou o talento da mãe… Ainda no elenco, os novatos Bem Gil, Fábio Azevedo e Débora Lamm, apoiados pelos experientes Tony Tornado, Lúcio Mauro Filho, Louise Cardoso e Elizângela.

O roteiro ainda falha na recriação rasa da ambientação política da ditadura. Para isso, o filme O Ano em que meus Pais Saíram de Férias, lançado no mesmo ano, funcionou muito melhor.

Em defesa do filme, podemos dizer que é uma simpática história de amor ambientada no Rio de Janeiro dos anos 70, com direito ao famoso pier de Ipanema. E a trilha sonora traz um monte de boas músicas nacionais da época. Mas é pouco, muito pouco. Infelizmente…