The Loved Ones

The Loved Ones

Uêba! Novo trash australiano na área!

O jovem Brent recusa o convite da sua colega Lola para ser seu par no baile de formatura da escola. Mas Lola não vai desistir tão fácil…

The Loved Ones tem seus pontos positivos e negativos. Vamos a eles?

Uma coisa boa é o crescente da narrativa. Perto do fim, viradas no roteiro vão acontecendo, e o filme, que parecia bobinho no início, fica teeenso! E achei o fim bem legal. Além disso, o filme traz umas boas cenas de tortura. O sangue é abundante, os apreciadores do gênero não vão se decepcionar.

Mas, por outro lado, o filme não se decide na dose de humor. Às vezes é sério, às vezes, engraçadinho. Na minha humilde opinião, o diretor e roteirista Sean Byrne poderia ter se inspirado nos primeiros trabalhos de Sam Raimi (trilogia Evil Dead) e Peter Jackson (Náusea Total, Fome Animal) e ter carregado mais no humor negro do seu primeiro longa de ficção. Com certeza sua audiência ia apreciar!

No elenco, claro, nenhum nome conhecido. A boa notícia é que rolam duas discretas cenas de nudez gratuita…

Enfim, a Oceania já nos apresentou diretores com primeiros filmes mais promissorres, como o já citado Peter Jackson. Mas Sean Byrne é um nome a ser anotado, e o seu The Loved Ones vale ser visto!

Os Garotos Estão de Volta

Os Garotos Estão de Volta

Inspirado num caso real, Os Garotos Estão de Volta conta a história de Joe Warr, que teve que cuidar sozinho do filho pequeno depois que a esposa morreu de câncer, e pouco depois ganhou também a guarda do filho adolescente do primeiro casamento.

Acho que Os Garotos Estão de Volta tenta ganhar simpatia por causa dos perrengues enfrentados por Joe, o pai interpretado por Clive Owen. Porque é tudo tão clichê, tudo tão previsível…

O roteiro do filme dirigido por Scott Hicks segue todos os clichês possíveis. Pai antes ausente mas que depois vira “pai modelo”; irmãos que antes brigam pra depois se adorarem e virarem inseparáveis; mulherzinha por perto que vai se aproximar, mas com vários pés atrás; eterno “morde e assopra” com a sogra; problemas profissionais…

Isso sem falar da incoerência do filho mais velho. Primeiro o garoto diz que tá tudo ok e convence o pai a ir pra Melbourne, pra logo depois ele fazer besteira e jogar a culpa no pai. Aí ele reclama da mãe, pra depois dizer que não quer se separar da mãe porque seria ruim pra ela. Caraca, moleque, decida-se!

E Joe Warr faz tudo errado. Fica difícil ter pena de um cara que, ao ver o filho dar um piti e quebrar toda a louça, em vez de colocar o garoto de castigo, vai lá e pede desculpas… Clive Owen tem um grande carisma, mas, não rola, né?

Mas, por incrível que pareça, Os Garotos Estão de Volta não é tão ruim quanto esses clichês todos fazem acreditar. Belas paisagens australianas e uma convincente atuação de Clive Owen ajudam, o filme é até interessante. É um clichê bem feito, com elementos bem colocados.

Mesmo assim, achei o resultado final dispensável. Claro, vai agradar a plateia feminina e os mais “sensíveis”. Mas tem coisa bem melhor por aí pra ver com a patroa.

Amor por Contrato

Amor por Contrato

Bonitos, ricos e simpáticos, os Jones se mudam para uma opulenta mansão, e passam a influenciar a moda no bairro onde moram. Só que os vizinhos não sabem o segredo: os Jones não são uma família de verdade, são empregados de uma empresa que promove as vendas – uma espécie de “marketing invisível”.

A ideia é genial! Contratar pessoas bonitas e charmosas para fingirem que são uma família e despertar inveja dos seus vizinhos é algo que “acho” que ainda não foi usado pela sociedade consumista. Mas heu não me espantaria se alguém usasse isso de verdade…

O filme, o primeiro dirigido por Derrick Borte, funciona muito bem, pelo menos na sua primeira parte. Porque depois os velhos clichês hollywoodianos acabam com o ritmo do filme. Acredito que Amor Por Contrato funcionaria melhor se o roteiro esquecesse o lado “comédia romântica” e usasse altas doses de cinismo.

O elenco, liderado por Demi Moore e David Duchovny, funciona bem. A química entre o casal é boa, e Demi, em ótima forma, nem aparenta os 48 anos que tem hoje. Ainda no elenco, Amber Heard (falei dela ontem em outro filme, And Soon The Darkness!), Ben Hollingsworth e Lauren Hutton.

(Pequeno parênteses: Duchovny está bem, mas não consigo vê-lo hoje em dia e não lembrar do Hank Moody de Californication. Duchovny não tem cara de vendedor de tacos de golfe!)

O ritmo do filme cai na parte final – a ponto de um dos personagens trazer uma revelação bombástica e esta ser deixada de lado. Mas o resultado final ainda é interessante, Amor Por Contrato vale ser visto, nem que seja pela originalidade do argumento.

Redacted / Guerra Sem Cortes

Redacted / Guerra Sem Cortes

Há tempos heu adiava este último Brian de Palma. Alguma coisa já me dizia que este não era um dos seus melhores filmes…

Redacted acompanha um grupo de soldados na Guerra do Iraque, na mesma época que foi registrado o estupro seguido de morte de uma adolescente iraquiana e o assassinato de várias pessoas de sua família por alguns soldados do Exército dos Estados Unidos.

Redacted é mais um “documentário fake”, usando câmera subjetiva, como se fosse filmado pelos próprios atores. Não tenho nada contra o estilo, o problema é que o talento de De Palma foi completamente desperdiçado.

Brian de Palma é um dos poucos artesãos do cinema contemporâneo. Há pouco falei de seu O Pagamento Final, um filme onde parece que ele tem cuidado com cada plano, cada fotograma. Dá pena ver um cara com um talento desses brincando de câmera subjetiva…

O que ficou interessante na edição é que várias fontes são usadas para montar a história. Além do diário gravado pelo soldado americano, temos imagens de um documentário francês, trechos de reportagens da tv local, vídeos tirados do youtube, e até um video de extremistas publicado na internet.

O filme é uma pesada crítica à postura do exército americano na Guerra do Iraque. Isso não pegou muito bem lá nos EUA, mas aqui no Brasil não me pareceu nada demais – acho que, por aqui, ninguém nunca levou a sério esse papo de “estamos procurando armas de destruição em massa”…

Como todo filme de “realismo fake”, Redacted não traz atores famosos. Os rostos desconhecidos fazem um bom trabalho.

É curioso notar que o formato de Redacted é bem parecido com o laureado Guerra ao Terror, vencedor do Oscar de melhor filme, direção e roteiro de 2009. E Redacted, de dois anos antes, foi ignorado…

Mais um comentário: ao terminar o filme,vemos uma série de fotos, supostamente reais, de vítimas da guerra. Olha, se eram reais ou não, pouco importa. Mas com certeza eram desnecessárias…

Este filme é de 2007, e nunca foi lançado aqui no Brasil. Segundo o imdb, só passou aqui no Festival do Rio de 2008. Ok, o filme não tem muito apelo comercial, mas é do Brian de Palma, caramba! Merecia ser lançado, nem que fosse direto em dvd!

O que é estranho é que De Palma não fez nada depois deste filme. Brian, cadê você? Estamos com saudades! Volte logo! 🙂

And Soon The Darkness

And Soon The Darkness

Duas amigas norte-americanas estão viajando de bicicleta pela Argentina. Depois de uma discussão, elas se separam, e uma delas desaparece. A outra agora precisa achar a amiga, temendo pelo pior.

Longa de estreia do roteirista e diretor Marcos Efron, And Soon The Darkness é a refilmagem de De Repente a Escuridão, dirigido por Robert Fuest, lançado em 1970. Não vi o original, mas pelo que li, é bem parecido – a diferença é que são meninas inglesas passeando na França.

O elenco é interessante. As duas meninas são as jovens e bonitas Amber Heard (Fúria Sobre Rodas, Amor por Contrato) e Odette Yustman (Alma Perdida, Operation Endgame). E um dos principais papeis masculinos é de Karl Urban (Star Trek, RED). E, aparentemente, o resto do elenco é de argentinos – chega dessa mania hollywoodiana de colocar americanos para interpretar outras etnias!

O filme não tem cenas muito fortes, como acontece muito com a maioria do gênero. A cena inicial insinua algum gore, mas fica só na promessa. O grande lance de And Soon The Darkness é a tensão, e não o gore.

And Soon The Darkness não é ruim, mas também não é um dos melhores filmes do estilo. Acho que o tema “turistas sequestrados” já está meio batido, não? Pelo menos é melhor que o fraco Turistas, passado no Brasil…

Procurei pela internet, não achei um nome em português para And Soon The Darkness, muito menos data de lançamento. O negócio é o download, procurando pelo título original…

ERRATA: O filme tem nome em português: Viagem do Medo! Falha minha!

Um Parto de Viagem

Um Parto de Viagem

Nova comédia de Todd Phillips, o diretor de Se Beber Não Case!

Peter Highman (Robert Downey Jr) está em Atlanta, a negócios, e precisa voltar para Los Angeles para o nascimento do seu primeiro filho. Mas uma série de incidentes o impedem de pegar um avião, ele acaba tendo que pegar carona com o esquisitão Ethan Tremblay (Zach Galifianakis). Peter está prestes a entrar na mais terrível e agonizante viagem de sua vida.

Um Parto de Viagem parece uma releitura do argumento de Antes Só do que Mal Acompanhado (Planes, Trains and Automobiles, filme de John Hughes de 1987), onde Steve Martin e John Candy passam por diversos perrengues para conseguir viajar juntos – e brigam diversas vezes durante o percurso. Mas não se trata de uma refilmagem, as histórias são parecidas, mas diferentes.

O filme foi co-escrito e dirigido por Todd Phillips, que um ano antes nos deu o divertido Se Beber Não Case (com o mesmo Galifianakis no elenco). Os dois filmes têm formatos parecidos – uma “road trip” de homens adultos – diferente da maioria das comédias de hoje em dia, que usam temas adolescentes na onda do sucesso de American Pie e semelhantes. Bem, claro que o formato é semelhante, Phillips tinha uma carreira meia bomba, e alcançou o sucesso com o filme anterior… Mas pelo menos ele conseguiu manter o nível com este novo filme!

Um Parto de Viagem não é tão politicamente incorreto quanto Se Beber Não Case, mas – felizmente – Phillips não virou um “menino comportado”. Afinal, o filme tem seus momentos “errados”, não é todo dia que um adulto de saco cheio bate numa criança pentelha…

O grande mérito de Um Parto de Viagem é a construção dos dois personagens principais. Robert Downey Jr. faz um Peter que tenta fazer tudo certinho, mas está no limite dos nervos e acaba se atropelando; Zach Galifianakis faz um Ethan Tremblay genial, ingênuo e ao mesmo tempo irritante ao extremo, tudo isso exalando uma inocência infantil – ele realmente parece acreditar nele mesmo! O que é legal é que não dá pra torcer por nenhum dos dois…

O elenco ainda traz alguns nomes famosos em papeis menores, como Michelle Monaghan, Jamie Foxx, Juliette Lewis e Danny McBride. Mas o filme é de Downey Jr e Galifianakis. Parece que os outros atores estão lá só por amizade – Downey Jr. fez Beijos e Tiros com Monaghan, O Solista com Foxx e Trovão Tropical com McBride; Juliette Lewis fez antes outros dois filmes com o diretor Phillips, Starsky & Hutch e Dias Incríveis, e estará no próximo, Se Beber Não Case 2.

Um Parto de Viagem não é um dos melhores filmes do ano. Mas é uma boa opção de comédia – talvez uma das melhores comédias do ano…

Muita Calma Nessa Hora

Muita Calma Nessa Hora

E, mais uma vez, vamos dar uma chance ao cinema nacional…

No novo filme de Felipe Joffily (Ódiquê?), três amigas (Andréia Horta, Fernanda Souza e Gianne Albertoni) resolvem fazer uma viagem a Búzios quando uma delas descobre que está sendo traída pelo noivo às vésperas do casamento.

Numa época de Tropa de Elite 2 e cinema nacional em alta, Muita Calma Nessa Hora se baseia na nova geração de humoristas para tentar fazer uma comédia nacional com cara nova. Mas, se todos os vícios cometidos por comédias nacionais antigas estão presentes aqui, não muda muita coisa, né?

O roteiro, escrito por João Avelino, Rosana Ferrão e Bruno Mazzeo (este último faz uma ponta como ator), lembra demais o formato de esquetes dos humorísticos televisivos. Assim, algumas cenas começam e terminam sem muita continuidade, a lógica se perde algumas vezes ao longo do filme (exemplo: pra que serviu aquela cena onde Gianne Albertoni perdea parte de cima do biquini, se nem rola uma nudez gratuita?). E o filme também traz algumas cenas desnecessárias – como a apresentação do personagem que faz o “Chez Gay”.

Tem outra coisa: o filme quer ser “jovem”, e, no início, ao mostrar pela primeira vez as três meninas, apresenta-as como “vinte e poucos anos”. Ora, as três atrizes já têm “vinte e muitos anos” – uma é de 84, outra de 83, a mais velha de 81. Se a ideia era fazer um “filme jovem”, tinha que ter feito como As Melhores Coisas do Mundo, que pegou uma galera realmente mais nova!

Outros dois problemas recorrentes no cinema nacional também estão presentes aqui. Um é o som: “pra variar”, na maioria das cenas as músicas estão muito mais altas que os diálogos, dificultando a compreensão dos mesmos. E o outro é o excesso de merchandising – uma companhia telefônica é citada diversas vezes. Ok, a gente sabe que alguém tem que pagar a conta, mas será que não podia ser mais discreto?

O elenco, cheio de nomes conhecidos na tv, tem seus altos e baixos. Das três principais, Andréia Horta e Fernanda Souza estão bem; Gianne Albertoni, que é modelo, e não atriz, funciona ok ao lado das outras. Débora Lamm, a “quarta mosqueteira”, carregando uma samambaia pra tudo quanto é lado, ficou caricata demais…

O elenco ainda traz um monte de nomes famosos em papeis minúsculos. Um dos pontos altos do filme são alguns dos personagens secundários muito bons, como o micareteiro de Lucio Mauro Filho e o paulista fã de tecnologia de Marcelo Adnet. Normalmente caricato, Sergio Mallandro não atrapalha aqui como o tatuador; Hermes e Renato e sua trupe fazem um divertido grupo de boçais; Leandro Hassum está desperdiçado numa ponta como policial.

O filme não traz nudez, acredito heu que por causa da censura. Mas traz um monte de referências à maconha, ou seja, não adiantou nada. Era melhor ter mostrado nudez gratuita, como o cinema nacional fazia muito bem décadas atrás…

O desfecho da história é previsível. Mas, como tudo se parece com um humorístico televisivo, acho que não vai incomodar a plateia…

Muita Calma Nessa Hora até diverte. Mas o cinema nacional pode fazer melhorque isso.

Pânico na Neve

Pânico na Neve

Confesso que não dei bola quando este Pânico na Neve (Frozen, no original) passou nos cinemas. Não me pareceu que seria grandes coisas. Agora que vi, retiro o que disse: é um “pequeno” bom filme.

Por vários azares combinados, três amigos ficam presos à noite em um teleférico, a uma altura perigosa para pular. Quando eles constatam que foram esquecidos pelo resort, eles precisam decidir se tentam sair do teleférico ou enfrentar o frio – e talvez congelarem até a morte.

Pânico na Neve corria um risco grande, afinal, boa parte do filme se baseia nos diálogos dos três únicos personagens, presos em um único cenário onde não podem se mover. Mas o filme soube escapar das armadilhas. Não vou adiantar muitas coisas aqui por causa de spoilers, mas o roteiro consegue usar vários elementos diferentes para manter a tensão do início ao fim.

A produção, independente, é espartana. Basicamente só vemos os três atores na tela, e as filmagens foram feitas usando um teleférico de verdade, com altura real e neve real. Os atores, claro, não são nomes muito conhecidos. Shawn Ashmore foi Iceman, um mutante coadjuvante nos dois primeiros X-Men; Emma Bell ganhou, pouco depois, um papel na boa série The Walking Dead; Kevin Zegers esteve no também independente Transamerica.

Pânico na Neve fez sucesso no festival independente Sundance, mas foi mal no circuito convencional. Pena, Pânico na Neve não é um filmaço, daqueles que se tornam “obrigatórios”, mas merecia melhor sorte no circuito…

The Kentucky Fried Movie

The Kentucky Fried Movie

Com anos de atraso, finalmente vi o famoso The Kentucky Fried Movie!

The Kentucky Fried Movie não tem exatamente uma sinopse. É uma série de esquetes soltas, simulando uma programação de tv, passando vários programas diferentes. Programas jornalísticos, comerciais, filmes eróticos, um filme de kung fu inteiro, trailers de outros filmes… Mais ou menos como fazia o TV Pirata, um dos melhores humorísticos da história da tv brasileira.

Lançado em 1977, The Kentucky Fried Movie tem pedigree. O filme foi escrito pelo trio David Zucker, Jim Abrahams e Jerry Zucker, que ficaria famoso anos depois por alguns dos mais hilariantes filmes dos anos 80, como Apertem Os Cintos, O Piloto Sumiu e Top Secret – Superconfidencial. E foi dirigido por John Landis, outro que brilhou nos anos 80, com filmes como Os Irmãos Cara de Pau, Um Lobisomem Americano em Londres e Trocando as Bolas.

Na época, Zucker, Abrahams e Zucker tinham um grupo de teatro, o “Kentucky Fried Theater”, e estavam tentando vender seu projeto, mas os estúdios recusavam, com a desculpa que “audiências não gostavam de filmes compostos de esquetes”. Eles não só conseguiram vender o projeto, como fizeram história. Seu estilo de humor nonsense é referência até hoje, ao lado de gente como Monty Python e Mel Brooks!

O elenco não tem muitos nomes conhecidos. Como são esquetes curtas (tirando o filme de artes marciais “A Fistful of Yen”, quase um média metragem), quase todos no elenco têm pequenas participações. Podemos citar os nomes de Donald Sutherland, Leslie Nielsen, George Lazenby e Bill Bixby (o Bruce Banner do seriado Hulk).

Curiosamente, The Kentucky Fried Movie nunca foi lançado aqui no Brasil. Lembro da época do vhs, este filme de vez em quando era citado em listas de melhores comédias da história. Mas nunca apareceu no mercado, nem em vhs, nem em dvd. Mais um daqueles casos de filmes mal lançados… Sorte que hoje em dia sei onde comprar o dvd gringo!

E finalmente vi o filme. Mas… Sei lá, achei meio bobo. Algumas piadas são boas, quem conhece o estilo nonsense do trio ZAZ já consegue ver várias tiradas com a cara deles. Mas, no geral, as boas piadas se perdem no meio de vários momentos bobos.

O filme não é ruim. Mas, na minha humilde opinião, a edição perdeu tempo demais em algumas coisas. Por exemplo, o filme de kung fu é longo demais, chega a ser chato – falha imperdoável para um filme neste estilo. E algumas das esquetes não têm graça…

Mesmo assim, ainda vale a pena. Nem que seja pelo valor histórico. Mas confesso que fiquei com medo de rever As Amazonas da Lua, outro filme no mesmo estilo “programação de tv zapeando entre os canais” (que contou com o mesmo John Landis, entre outros, na direção). Amazonas foi lançado aqui (em vhs, não em dvd), e gostei na época. Será que, visto hoje em 2011, acharei tão bobo como The Kentucky Fried Movie?

Hunger

Hunger

Outro dia, meu amigo Luis Syren postou no Facebook comentários sobre dezenas de filmes. Aproveitei para pegar algumas sugestões. Este Hunger é uma delas.

Cinco pessoas, desconhecidas entre si, acordam em uma espécie de porão, sem saber por que estão lá. Como provisões, apenas água. E, junto da água, um bisturi para cortar pele e carne humana. Eles logo descobrem que são o objeto de um sádico estudo para testar os limites de sobrevivência enquanto a fome aumenta.

A ideia é boa – o quão longe você iria pela sua própria sobrevivência? Inicialmente parece que vai ser uma cópia de Jogos Mortais, onde pessoas também acordam dentro de armadilhas. Mas o desenvolvimento dos dois filmes é completamente diferente – aqui em Hunger o ritmo é mais lento, já que não existe uma saída para o “jogo”.

Dirigido pelo desconhecido Steven Hentges, Hunger não traz nenhum nome famoso no elenco – talvez Lori Heuring, coadjuvante em alguns filmes famosos. Mas todos funcionam ok.

Teve um detalhe técnico que me incomodou um pouco. Estamos falando de pessoas deixadas para morrer de fome, certo? 30 dias sem comer, e sem nenhum cuidado, nada além de água. Caramba, as pessoas deveriam estar muito mais magras e acabadas no fim do filme! Será que não dava pra se fazer algo neste sentido usando maquiagem e cgi? Digo mais: falando de maquiagem: acredito que, depois de um mês sem banho e sem cuidados, as pessoas deveriam estar bem mais sujas, com barbas, cabelos e unhas  bagunçados…

Achei o fim um pouco forçado, não sei se depois de tantos dias sem comer aquilo seria possível. Mesmo assim, foi interessante, vale a pena. Um filme desses não se recomenda pra qualquer um, claro. Mas os apreciadores do gênero vão gostar.