Thor

Crítica – Thor

E a Marvel continua ampliando o seu universo hollywoodiano!

Desobedecendo as ordens de seu pai, Odin, Thor quase começa uma guerra contra os gigantes de gelo de Jotunheim. Enfurecido, Odin retira seus poderes e o expulsa de Asgard para a Terra, onde ele conhece a cientista Jane Foster. Enquanto isso, seu irmão Loki planeja assumir o poder.

De um tempo pra cá, os fãs de quadrinhos de super herois não têm tido motivo pra reclamar. Tivemos recentemente filmes muito bons baseados em hqs, tanto DC (Batman) quanto Marvel (Homem de Ferro). A dúvida agora é outra: será que vão conseguir manter o alto nível?

No caso de Thor, rolava outra dúvida além dessa. O diretor é Kenneth Branagh, que tem um currículo com muito Shakespeare, mas nada de cinema pipoca. Se o fã de quadrinhos se perguntava se a adaptação ia ser boa, o cinéfilo se perguntava se Branagh funcionaria em ambiente tão diferente do habitual. Bem, os dois podem ficar tranquilos. Thor não é nenhuma obra prima, mas é um bom filme.

Quem me lê sempre aqui já sabe, mas é sempre bom repetir: não saco nada de quadrinhos, meu negócio é cinema, então a minha crítica será apenas pelo lado cinematográfico. Se é uma adaptação fiel ou não, isso infelizmente não posso responder.

(Aliás, tem uma cena no filme que separa o cinéfilo do fã de quadrinhos. Na cena que um dos guardas pega um arco e flecha, se você viu o Gavião Arqueiro, você se liga nas hqs; se você viu uma ponta do Jeremy Renner, de Guerra Ao Terror e Atração Perigosa, você curte mais cinema. Meu caso foi o segundo…)

Bem, vamos ao filme. Thor era mais complicado que os antecessores Hulk e Homem de Ferro (e aqui também incluo o já citado Batman). Hoje em dia, os filmes seguem uma onda mais realista, afinal, é mais fácil de acreditar num super-heroi que ganha superpoderes por causa de um acidente da ciência ou porque tem dinheiro para comprar (ou construir) “brinquedos” caros e sofisticados. Thor não é assim, o cara é um deus imortal, vindo de outro planeta. Ele tem superpoderes porque nasceu assim, e ponto. Nisso, Thor perde para os outros filmes, a “suspensão de descrença” precisa ser maior.

Por outro lado, o visual de Asgard é lindíssimo – seria um forte candidato ao Top 10 de visuais deslumbrantes… Asgard tem prédios imponentes e figurinos caprichados, afinal, estamos falando da morada dos deuses nórdicos. Aliás, o cuidado com o visual do filme inteiro é impressionante, rola uma cena belíssima com chuva em câmera lenta.

E a direção de Branagh, como ficou? Bem, este é um “filme de produtor”, acredito que Branagh teve pouco espaço para arroubos criativos. Mas a gente vê o dedo de Branagh na direção dos atores entre as traições e os dramas familiares asgardianos. Branagh declarou que via paralelos entre Thor e Shakespeare, deve ser por aí…

O elenco é recheado de grandes nomes em papeis menores. Anthony Hopkins tem um papel de peso: Odin, o principal entre os deuses, chamado pelos outros de “pai de todos”; e a última ganhadora do Oscar de melhor atriz, Natalie Portman, tem o principal papel feminino, a terráquea Jane Foster. Mas os dois maiores nomes do elenco são atores desconhecidos: Chris Hemsworth faz o protagonista Thor e Tom Hiddleston brilha como o antagonista Loki, seu irmão. Ainda no elenco, Stellan Skarsgård, Kat Dennings, Colm Feore, Ray Stevenson, Rene Russo, Clark Gregg, Idris Elba e Tadanobu Asano. Aliás, achei estranha a escalação deste dois últimos como moradores de Asgard. No lugar que deu origem aos deuses nórdicos tem um negro e um oriental? Os quadrinhos são assim, ou isso é invenção do mundo politicamente correto? Deve ter sido pro filme parecer menos preconceituoso, tipo uma “reserva de vagas”. Mas aí piorou, já que Idris Elba faz Heimdall, uma espécie de porteiro… Os brancos são guerreiros, o preto fica na portaria…

Tem outra coisa estranha: Kenneth Branagh optou por filmar boa parte do filme usando a câmera inclinada, fora do prumo, criando planos tortos (o chamado “plano holandês). Não sei exatamente o que Branagh queria com isso, mas heu fiquei me lembrando dos cenários dos vilões daquele seriado do Batman barrigudo dos anos 60, que abusavam deste estilo…

Mais um problema: assim como em Tron – O Legado, o 3D me pareceu um desperdício desnecessário aqui. Algumas cenas ficaram escuras demais, me arrependi de pagar mais caro pelo ingresso…

Por outro lado, a trilha sonora em tom épico de Patrick Doyle é muito boa. É o mesmo autor da excelente trilha de Voltar a Morrer, também de Kenneth Branagh. Preciso prestar atenção no nome desse cara!

Não gostei da parte final. Mas antes de falar disso, vamos aos avisos de spoiler:

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

Na minha humilde opinião, o filme se perde a partir da cena do Destruidor. Em primeiro lugar, achei que os quatro desistiram rápido demais da luta. Depois, achei que a solução da luta foi muito besta – se Odin podia fazer tudo aquilo, por que esperar até o último momento? E o plano de Loki me pareceu besta, assim como a luta final entre Thor e Loki, principalmente se comparada com a luta no início do filme, contra os gigantes de gelo.

FIM DOS SPOILERS!

No fim, Thor é um bom filme, mas perde na comparação com o último filme da “patota”, que é o Homem de Ferro 2. Afinal, no fim do filme, tem um aviso dizendo que Thor voltará no filme dos Vingadores, filme que trará, juntos, Hulk, Homem de Ferro, o próprio Thor e o Capitão América (que tem um filme prestes a estrear).

Última recomendação: fique até o fim dos créditos. Rola uma cena importante, assim como tem acontecido sempre nos filmes da Marvel!

.

.

Se você gostou de Thor, o Blog do Heu recomenda:
Batman – O Cavaleiro das Trevas
Homem de Ferro
Watchmen

Sobrenatural

Crítica – Sobrenatural

Sem alarde, sem muita mídia, estreou nos cinemas cariocas um dos melhores filmes de terror dos últimos tempos!

Uma família (casal com dois meninos e um bebê) se muda para uma casa, e estranhas e assustadoras coisas começam a acontecer com eles. Assustados, resolvem se mudar de novo – mas as mesmas coisas continuam acontecendo.

Alguns vão dizer que a história é batida, outros dirão que o filme é cheio de clichês. Mas, ora, o objetivo de Sobrenatural era assustar. E isso o filme faz muito bem – como poucos hoje em dia!

A dupla James Wan (direção) e Leigh Whannnell (roteiro) foi responsável pelo primeiro Jogos Mortais, de 2004. De primeira, isso não parece bem no currículo, afinal, as continuações enfraqueceram o filme, ninguém mais tem saco, já foram 6 continuações em 6 anos – parece especial do Roberto Carlos, todo ano tem apesar de ninguém mais aguentar. Mas, se a gente parar pra pensar, vai se lembrar que o primeiro filme foi muito bom, era uma ideia original, bem filmada e com um final sensacional. Se não fosse a banalização pelas continuações, hoje Jogos Mortais seria um clássico.

Wan aqui opta por um caminho bem diferente de seu filme mais famoso. Se Jogos Mortais era um banho de sangue (o chamado “terror pornô”), Sobrenatural não tem NADA de gore! O grande barato aqui são os sustos, quase sempre feitos com truques de câmera e usando efeitos sonoros pra criar tensão. O filme tem ótimos momentos, a sequência da mãe jogando o lixo fora e do garotinho correndo pela casa é muito boa. E o vulto atrás do berço gerou uma gritaria dentro do cinema!

Os sustos são bem feitos, e vêm em grande quantidade. Os apreciadores vão se fartar, este tipo de filme tem sido raro – parece que hoje em dia os realizadores, em vez de causar medo, querem criar desconforto mostrando muito sangue e muito gore… Aqui não tem isso, o objetivo de Sobrenatural é fazer o espectador pular da poltrona!

O elenco está bem. Patrick Wilson (o Coruja de Watchmen) e Rose Byrne (Presságio) convencem como o casal que não sabe onde procurar ajuda, e a veterana Barbara Hershey aparece com um papel pequeno. Lin  Shaye, desconhecida apesar de ter dezenas de filmes de terror no currículo (ela era a Granny Boone de 2001 Maníacos), brilha como a médium; e o roteirista Leigh Whannnell faz um alívio cômico como o auxiliar, uma espécie de “Caça-Fantasma moderno”.

A parte final do filme não vai agradar a todos, o filme efetivamente entra no mundo sobrenatural que antes era só sugerido. E algumas das caracterizações ficaram um pouco caricatas. Mas isso não ofusca o mérito do filme, afinal, o filme ainda termina bem depois disso.

Recomendado para quem curte levar sustos! Mais: recomendado para se ver na sala escura do cinema!

p.s.: Curiosidade para os fãs: reparem no Jigsaw desenhado no quadro negro!

p.s.2: Fui só heu que achei o demônio parecido com o Darth Maul, vilão de Star Wars ep 1?

.

.

Se você gostou de Sobrenatural, o Blog do Heu recomenda:
REC
Jogos Mortais 6
Demônio

Vips

Vips

Marcelo (Wagner Moura) é um mitômano – um cara que mente, e realmente acredita naquela mentira. Com suas mentiras, primeiro ele vira um piloto de avião, e depois aplica um golpe no carnaval de Recife, se passando pelo filho do dono de uma companhia aérea.

Assim como falei que o melhor de Bruna Surfistinha é o talento de Deborah Secco, o melhor aqui é a inspirada atuação de Wagner Moura, que brilha no papel que todo bom ator almeja: um personagem camaleônico – são pelo menos quatro personagens distintos em um só!

Wagner Moura está em alta. Depois do capitão / coronel Nascimento, seu star power cresceu tanto que ele foi escalado para viver o principal vilão de Elysium, nova ficção científica de Neil Blomkamp (Distrito 9), com previsão de estreia em 2013, onde ele vai contracenar com Matt Damon, Jodie Foster e William Fichtner. Vips, que foi filmado antes disso, agradece a exposição…

Vips pelo menos é um bom filme, coisa que infelizmente não é muito comum no cinema nacional – seria bem pior se depois de “virar internacional” aparecesse algo como Ó Pai Ó no currículo… A produção do filme dirigido por Toniko Melo é bem cuidada, a parte técnica funciona redondinha. E o ritmo do filme é leve e ágil, Vips não é exatamente uma comédia, mas tem seus momentos engraçados.

Vips não é um filme essencial, mas é uma boa diversão.

.

.

Se você gostou de Vips, o Blog do Heu recomenda:
Meu Nome Não é Johnny
Tropa de Elite 2
O Primeiro Mentiroso

Top 10: Os Favoritos do Heu!

Top 10: os favoritos do Heu!

Já tenho 43 Top 10 aqui no blog, mas nunca fiz aquele que deveria ter sido o primeiro de todos: os meus favoritos!

Aí, semana passada, comecei a fazer o curso “O Cinema e a Arte da Crítica“, ministrado pelo meu amigo Marcelo Janot, crítico, dj e tricolor. Na primeira aula, o Janot pediu pra que cada um fizesse uma lista dos seus 10 filmes favoritos. Claro que pensei em transformar o “dever de casa” num Top 10, mas… caramba, nunca tive um Top 10 tão difícil!

Em primeiro lugar, criei uma regra: não repetir diretor. Se fosse repetir, a lista ia passar de 100 títulos. Porque, passando os olhos pela minha coleção de dvds, já listei quase 50 – sem repetir diretor…

Aí vem a parte difícil. Escolher dentre tantos os que seriam os 10 mais. Quase abri uma excessão e fiz um Top 40. Mas, não! Aceitei o desafio, e criei o Top 10!

Mas, admito que estes outros trinta filmes poderiam ter entrado no Top 10, sem ordem de preferência: O Vingador do Futuro (Paul Verhoeven), Evil Dead (Sam Raimi), Os Irmãos Cara de Pau (John Landis), Boogie Nights (Paul Thomas Anderson), O Balconista (Kevin Smith), Era uma vez na América (Sergio Leone), Short Cuts (Robert Altman), Dublê de Corpo (Brian De Palma), O Enigma de Outro Mundo (John Carpenter), Coração Satânico (Alan Parker), O Quinto Elemento (Luc Besson), Labirinto do Fauno (Guillermo Del Toro), O Senhor dos Aneis (Peter Jackson), Laranja Mecânica (Stanley Kubrick), Curtindo a Vida Adoidado (John Hughes), Gremlins (Joe Dante), O Jovem Frankenstein (Mel Brooks), Top Secret (Zucker – Abrahams – Zucker), Clube da Luta (David Fincher), Hellraiser (Clive Barker), Watchmen (Zack Snyder), Os Caçadores da Arca Perdida (Steven Spielberg), À Espera de um Milagre (Frank Darabont), Delicatessen (Jean Pierre Jeunet), Apocalipse Now (Francis Ford Coppola), Snatch (Guy Ritchie), Trainspotting (Danny Boyle), Touro Indomável (Martin Scorsese), Monstros S.A. (pra representar a Pixar) e um Monty Python qualquer.

(E ainda tô deixando muita gente boa de fora, como James Cameron, Tim Burton, Roman Polanski, Woody Allen, Álex de la Iglesia, Neil Marshall, Christopher Nolan, Richard Linklater, George Romero, Tony Scott, Bryan Singer, Edward Wright, Rob Zombie… E se for procurar, devo ter esquecido um monte!)

Resumindo: “hoje”, meu Top 10 é o que segue abaixo. Mas amanhã pode mudar, ou pode entrar outro filme de cada diretor citado…

(Acho que quem acompanha este blog vai ver uma certa coerência na minha lista – pelo menos assim espero!)

Um último comentário: quase sempre penso no diretor quando vejo um filme. Por exemplo, Cães de Aluguel está lá na lista, mas, hoje, quando penso em Cães de Aluguel, penso junto em Pulp Fiction, Jackie Brown, Grande Hotel, Kill Bill, À Prova de Morte e Bastardos Inglórios. Mas, curiosamente, com 4 dos 5 primeiros da lista penso só nos filmes, a carreira dos diretores pouco importa…

Ah, sim, a foto acima não tem nada a ver com cinema. Mas gostei dela, e é uma foto recente – foi tirada 10 dias atrás, na minha festa de aniversário de 40 anos!

Em ordem decrescente…

10. A Outra Face (John Woo)

Heu já era fã do John Woo pelos seus filmes chineses, como The Killer e Bala na Cabeça. Nos Estados Unidos, ele virou um dos melhores diretores de filmes de ação da história. A Outra Face é seu melhor filme americano, uma trama absurda cheia de imagens antológicas com tiroteios, explosões e pombas em câmera lenta. Recentemente, Woo voltou a filmar na China, fez o épico A Batalha dos 3 Reinos.

9. O Grande Lebowski (Irmãos Coen)

Acho que Um Homem Sério é o único filme que não gostei dos irmãos Joel e Ethan Coen. Sou fã dos outros 14 filmes que vi deles. E, se é pra escolher um, fico com o genial O Grande Lebowski, com personagens sensacionais sendo interpretados por um elenco inspiradíssimo: Jeff Bridges, John Goodman, Steve Buscemi, Julianne Moore, e ainda tem o John Turturro numa ponta maravilhosa.

8. Brazil – O Filme (Terry Gilliam)

Terry Gilliam já mostrara sua genialidade ao ser um dos integrantes do Monty Python, uma das melhores coisas na história do humor no cinema. E depois se firmou como um excelente diretor, cheio de filmes bons no currículo. Fiquei na dúvida, quase escolhi 12 Macacos, mas preferi este Brazil – O Filme, onde um burocrata vira um inimigo do Estado num mundo retro-futurista.

7. Blade Runner (Ridley Scott)

Se pudesse escolher dois, aqui entrariam Alien e Blade Runner, dois clássicos incontestáveis. Apesar de ser muito fã da franquia Alien, fiquei com Blade Runner, apesar de ter uma história pessoal curiosa com o filme (não gostei da primeira vez que vi no cinema, ainda nos anos 80). Direção de arte impecável e trilha sonora excepcional em uma das melhores ficções científicas da história.

6. Um Drink No Inferno (Robert Rodriguez)

Todo mundo que acompanha o blog sabe que sou fã do Robert Rodriguez, tanto pelos seus filmes infantis (A Pedra Mágica, Shark Boy & Lava Girl) quanto pelos seus filmes “adultos” (Sin City, Planeta Terror, Machete). E o melhor, na minha humilde opinião, é este Um Drink No Inferno, com roteiro de um tal de Quentin Tarantino. Talvez seja a melhor “reviravolta de roteiro” da história – o filme começa num estilo e termina noutro completamente diferente.

5. Quase Famosos (Cameron Crowe)

O filme definitivo para quem gosta de rock’n’roll dos anos 70. Um adolescente se passa por repórter da Rolling Stone e passa a acompanhar uma banda na estrada. Trilha sonora excelente, tanto na escolha de músicas da época quanto nas músicas da banda fictícia Stillwater (os atores ensaiaram por seis semanas, como se a banda fosse real) – como poucas vezes na história de Hollywood, a banda parece realmente uma banda na tela.

http://blogdoheu.wordpress.com/2009/03/25/quase-famosos/

4. A Fera do Rock (Jim McBride)

A cinebiografia do pianista de rock’n’roll Jerry Lee Lewis, interpretado por um Dennis Quaid perfeito, careteiro e exagerado como o pianista, e que estudou piano para aparecer tocando no filme. Mais: é um dos principais motivos por heu tocar piano! Depois de ver A Fera do Rock, na época do lançamento, intensifiquei meu estudo de piano – pena que nunca consegui chegar aos pés do que o Jerry Lee Lewis tocava…

3. A Pequena Loja dos Horrores (Frank Oz)

Falo da refilmagem de 1986, não do original de Roger Corman, da década de 60, sobre uma planta carnívora que veio do espaço. A história é boa, o elenco está sensacional, a direção de arte é fenomenal, e a planta carnívora cresce, se movimenta, pula, fala e canta, numa época sem efeitos computadorizados – com movimentos labiais perfeitos! De quebra, uma das melhores trilhas sonoras da história.

http://blogdoheu.wordpress.com/2009/02/01/a-pequena-loja-dos-horrores/

2. Cães de Aluguel (Quentin Tarantino)

Admito que sou muito fã do Tarantino, gosto de todos os seus filmes (menos À Prova de Morte, que tem seus pontos altos, mas o resultado final é fraco). E, se é pra escolher um, fico com a crueza seu primeiro, Cães de Aluguel. Diálogos geniais, elenco bem escolhido e muito, muito sangue nesta obra prima do cinema violento. Pulp Fiction também poderia estar aqui na lista…

1. Guerra nas Estrelas (George Lucas)

Falo da primeira trilogia, a trilogia clássica – Guerra nas Estrelas (o início de tudo), O Império Contra-Ataca (o melhor, segundo critérios técnicos) e O Retorno do Jedi (o meu favorito, pela época que vi). Uma saga intergalática e atemporal que mudou a história do cinema. A trilogia nova tem seus bons momentos, mas não chega aos pés. May the Force be with you – always!

.

p.s.: dos 40 filmes citados nesta lista, 18 não têm críticas ainda aqui no blog… Providenciarei!

.

.

Se você gostou do Top 10: Os Favoritos do Heu!, o Blog do Heu recomenda os outros Top 10 já publicados aqui:
filmes de zumbi
filmes com nomes esquisitos

filmes sem sentido
personagens nerds
estilos dos anos 80
melhores vômitos
melhores cenas depois dos créditos
melhores finais surpreendentes
melhores cenas de massacre
filmes dos ano 80 e 90 nunca lançados em dvd no Brasil
estilos de filmes ruins
casais que não convencem
musicais para quem não curte musicais
melhores frases de filmes
melhores momentos de Lost
maiores mistérios de Lost
piores sequencias
melhores filmes de rock
melhores filmes de sonhos
melhores filmes com baratas
filmes com elencos legais
melhores ruivas
melhores filmes baseados em HP Lovecraft
filmes que vi em festivais e mais ninguém ouviu falar
Atores Parecidos
Atrizes Parecidas
filmes de lobisomem
melhores trilogias
filmes de natal
melhores filmes de 2010
coisas que detesto nos dvds
melhores filmes da década de 00
filmes de vampiro

melhores diabos
cenas de sexo esquisitas

ficção cientifica ou não ficção científica

filmes de vingança

marcos nos efeitos especiais
filmes estrangeiros que fazem referência ao Brasil

personagens que morreram e voltaram

filmes de macho
filmes de máfia
visual deslumbrante

Bruna Surfistinha

Crítica – Bruna Surfistinha

Raquel (Deborah Secco) é uma jovem de classe média que tem uma vida normal, apesar dos problemas de relacionamentos em casa e na escola. Até que ela resolve largar tudo e virar garota de programa. Usando o “nome artístico” Bruna Surfistinha, ela fica conhecida na casa onde trabalha, e depois fica ainda mais famosa ao criar um blog onde relata suas experiências.

Bruna Surfistinha tem uma grande virtude e um grande defeito. O melhor aqui é a atuação de Deborah Secco. Mas, por outro lado, sua personagem principal é uma pessoa difícil…

Deborah Secco tem um papel complicado, sua Bruna é complexa e, pra piorar, passa boa parte do filme sem roupa e contracenando com dezenas de homens diferentes. Mas ela manda bem, passa credibilidade em todas as nuances pelas quais a sua personagem passa. E ela não está sozinha, ela encabeça um bom elenco, com poucos nomes conhecidos (de famoso, mesmo, só Cássio Gabus Mendes e Drica Morais). As meninas que fazem as outras garotas de programa estão todas bem.

Mas a personagem em si… Olha, não tenho nada contra a profissão escolhida, o problema é que a Bruna, pelo menos no filme (não li o livro), não mostra nenhum motivo convincente para ter entrado nessa vida. E, pra piorar, ela trata mal todos que a querem bem. Fica difícil simpatizar com alguém assim, né?

(Tem outro problema, mas aí não tem jeito. Bruna começa a fazer sucesso entre as garotas de programa. Bem, Deborah Secco é muito mais bonita que as outras atrizes, então, claro que ela faria mais sucesso. Mas, se a gente olhar fotos da Bruna real, ela é bem mais parecida com as colegas… Aliás, quem tiver curiosidade de ver a Bruna real, ela faz a hostess do restaurante onde Hudson marca o encontro.)

O filme acerta na dose de assuntos polêmicos, afinal, é um filme recheado de sexo e drogas (mostra o envolvimento de Raquel / Bruna com a cocaína), mas não cai no caricato nem vira sensacionalista por causa disso. Palmas para o roteiro e para a direção do estreante Marcus Baldini!

O roteiro foi baseado no livro O Doce Veneno do Escorpião, escrito pela Bruna real a partir do seu blog. O roteiro deixa de lado algumas fases famosas da vida de Bruna, como o próprio livro e o envolvimento com o cinema pornô – sim, a Bruna Surfistinha real fez alguns filmes pornôs, depois de famosa. O filme acaba antes do livro e do cinema pornô…

No fim, Bruna Surfistinha não é ruim, mas faltou um pouquinho pra ser bom. Mas vale, nem que seja pelo talento de Deborah Secco.

.

.

Se você gostou de Bruna Surfistinha, o Blog do Heu recomenda:
Confissões de uma Garota de Programa
Nome Próprio
Meu Tio Matou um Cara

Encontro Explosivo


Crítica – Encontro Explosivo

June Havens (Cameron Diaz) levava uma vida simples até esbarrar com o misterioso agente secreto Roy Miller (Tom Cruise) num aeroporto, e ser obrigada a acompanhá-lo em perigosíssimas missões para proteger uma bateria especial, que nunca descarrega.

Encontro Explosivo é uma eficiente mistura de comédia com ação exagerada. A ação tem um ritmo frenético, deve ser pra gente não reparar nas várias inconsistências do roteiro – muita coisa lá é absurda! Mas, relevando o lado impossível, dá pra se divertir.

O grande trunfo de Encontro Explosivo é a dupla de atores protagonistas. Tom Cruise está ótimo como o super agente com ar paternalista, e tem uma boa química com Cameron Diaz (eles já tinham trabalhado juntos em Vanilla Sky). Não é preciso dizer que, se você não gosta de Tom Cruise, passe longe deste filme – é um típico “veículo de ator”… Além deles, o elenco conta com Peter Sarsgaard, Jordi Mollà, Viola Davis, Paul Dano e uma ponta de Maggie Grace.

A direção é de James Mangold, autor de filmes de diversos estilos (Garota Interrompida, Cop Land, Johnny & June), em cima do roteiro do estreante Patrick O’Neill. Os efeitos especiais podiam ser melhores, mas não chegam a atrapalhar, afinal, o filme não se leva a sério nunca.

Enfim, Encontro Explosivo é perfeito para aqueles dias que queremos ver um bom filme pipoca. Divertido, e facilmente esquecível logo depois.

.

.

Se você gostou de Encontro Explosivo, o Blog do Heu recomenda:
RED – Aposentados e Perigosos
Par Perfeito
Trovão Tropical

Los Ojos de Julia

Crítica – Los Ojos de Julia

Mais um bom filme de suspense / terror espanhol produzido por Guillermo Del Toro, assim como O Orfanato.

Julia e Sara são gêmeas, e ambas têm um problema genético na vista que pode levar à cegueira. Quando Sara (que já está cega) é encontrada enforcada no porão de sua casa, Julia desconfia que não foi suicídio e resolve procurar o assassino, ao mesmo tempo que começa a perder a própria visão.

O nome de Guillermo Del Toro está aqui só para vender o filme. O filme foi co-escrito e dirigido pelo ainda desconhecido Guillem Morales, que fez um bom trabalho tanto no roteiro quanto na direção. A trama é original e interessante – a cegueira vai crescendo junto com a tensão. O roteiro não é perfeito, a motivação do assassino não me convenceu. Mas ainda é melhor que muito roteiro clichê hollywoodiano.

Gosto muito do clima desses filmes de terror e suspense feitos na Espanha. Os caras sabem como construir a tensão, e Los Ojos de Julia é mais uma prova disso, com seus momentos de ficar quase de pé na poltrona. Mais: Los Ojos de Julia quase não usa efeitos especiais, e tem pouco gore, apesar de ter uma cena TENSA envolvendo um olho e uma agulha!

O grande nome do elenco é Belén Rueda, também protagonista de O Orfanato. Com 45 anos, ainda bonita, ela está mais uma vez excelente no papel de “balzaquiana assombrada”. O resto do elenco está ali para acompanhar Belén…

Los Ojos de Julia não é uma obra prima, mas vale o download – infelizmante, não vi em lugar algum indicação de se vai ser lançado ou não por aqui no Brasil.

.

.

Se você gostou de Los Ojos de Julia, o Blog do Heu recomenda:
O Orfanato

[Rec]
Hellboy

Eu Sou o Número 4

Crítica – Eu Sou o Número 4

Depois de uma guerra no planeta Lorien, nove crianças conseguem fugir e se esconder na Terra. Aqui, separados, cada um vive sua vida, tentando se misturar aos humanos sem chamar a atenção. Eles se escondem dos Mogadorians, inimigos que pretendem eliminar todos, na ordem certa, e que já conseguiram assassinar os números Um, Dois e Três…

Ok, a história não é novidade. A gente já viu isso outras vezes. Podemos então analisar Eu Sou o Número 4 sob dois pontos de vista: ou é um bom filme de ação; ou é mais uma história igual a dezenas de outras.

A trama é realmente batida. Um alienígena está escondido na Terra, porque o seu planeta foi atacado por uma raça muito muito malvada. Aqui, enquanto ele vive todos os clichês de high school americana, os malvadões vêm atrás dele, que terá que desenvolver seus poderes para se defender.

É batido, mas é bem feito. Dirigido pelo competente D.J. Caruso (Controle Absoluto), o filme demora um pouco a engrenar, mas, quando engrena, vira um empolgante filme de ação, como não se vê todos os dias. Os efeitos especiais são excelentes, e o terço final do filme é de tirar o fôlego. Batalhas envolvendo monstros, super poderes e super explosões. Ah, se todos os filmes de super-herois tivessem essa adrenalina…

O elenco não traz muita gente conhecida. Timothy Oliphant (The Crazies – A Epidemia, A Trilha) e Kevin Durand (Lost, Legião) são coadjuvantes no filme estrelado por Alex Petyfer (Alex Rider Contra o Tempo) e Dianna Agron (Glee), que ainda conta com Teresa Palmer, Callan McAuliffe e Jake Abel. Ninguém se destaca, tampouco ninguém faz feio.

Eu Sou o Número 4 tem cara de ser “o início da série”. Não sei se vêm outros filmes, ou se vai virar série de tv, mas é clara a intenção de que a ideia é continuar a história. O fim do filme é aberto, outros personagens ainda vão entrar na trama.

Quem não curte o estilo vai ver primeiro os defeitos. Mas é uma boa opção para os fãs de filmes de ação e, por que não, para os fãs de super-herois…

.

.

Se você gostou de Eu Sou o Número 4, o Blog do Heu recomenda:
Jumper
Herois
X-Men Origins – Wolverine

Top 10: Filmes com Visual Deslumbrante

Top 10: Filmes com Visual Deslumbrante

Tem alguns filmes que chamam a atenção pelo visual impressionante. Daqueles que dá vontade de ver numa tela grande, pra gente ficar embasbacado com a beleza das imagens. Este Top 10 é para escolher filmes assim.

Resolvi criar uma regrinha: não repetir diretor. Alguns diretores se destacam neste aspecto, uma lista dessas poderia facilmente ter uns três filmes de gente como Terry Gilliam ou Zack Snyder. Assim, espero ter uma lista mais variada.

Outra coisa: estamos falando de cinema. Não usarei exemplos de paisagens naturais, por mais belas que sejam. As imagens deslumbrantes deste Top 10 são artificiais, criadas para cada filme.

(Mais: me sugeriram incluir na lista imagens deslumbrantes por causa de belas atrizes. Mas aí é outro tipo de Top 10, né?)

Acho que nem precisa falar, mas… Esses filmes devem ser vistos na tela do cinema, ou pelo menos, em alta definição!

Vamos à lista?

10- O Cozinheiro, o Ladrão, a Mulher e seu Amante

Não gosto do Peter Grenaway como diretor. Acho que seus filmes têm sérios problemas de ritmo, além de ser tudo muito cabeça – no mau sentido. Mas reconheço que o cara seria um bom diretor de fotografia, o visual de seus filmes é muito legal. Cito como exemplo o jogo de cores usado neste filme. Cinco cenários, cada um com uma cor predominante.

9- Delicatessen

Jean-Pierre Jeunet e Marc Caro chamaram a atenção em 1991 na França com este Delicatessen, um filme bizarro, com visual diferente de quase tudo o que rolava na época. Pouco depois a dupla fez o ainda mais bizarro Ladrão de Sonhos, depois disso a dupla se desfez e Jeunet foi pra Hollywood fazer filmes mais comportados, como O Fabuloso Destino de Amelie Poulan.

8- Um Olhar do Paraíso

Coincidência ou não, 11 anos depois de um filme dirigido por um neo-zelandês mostrando um visual impressionante em cenas pós morte (Além da Vida), outro neo-zelandês nos apresentou outro filme com o mesmo tema e imagens também impressionantes. Peter Jackson caprichou no visual deste Um Olhar do Paraíso.

7- O Labirinto do Fauno

O mexicano Guillermo Del Toro administra sua carreira de maneira interessante, fazendo filmes em Hollywood e na Espanha, mas sempre mantendo um apuro visual, mesmo em filmes mais pop como Blade II ou os dois Hellboy. Aqui em O Labirinto do Fauno Del Toro caprichou ao mostrar uma fábula de terror na Espanha na década de 40.

6- Tron

Aqui fico na dúvida sobre qual dos dois Tron entra, o primeiro, de 1982, ou a continuação, de 201o. O primeiro filme foi inovador ao mostrar um filme dentro do computador numa época pré internet; a continuação não só mostrou um mundo virtual muito mais elaborado, como ainda trouxe um ator digital.

5- Avatar

James Cameron demorou anos elaborando a técnica usada em Avatar. E  valeu a pena, o visual mostrado no planeta Pandora, com toda uma fauna e flora criada por computador, é de cair o queixo de tão bem feito. Nunca antes cenários em cgi foram tão reais, tão convincentes e tão impressionantes.

4- Alice no País das Maravilhas

Tim Burton é um dos poucos diretores atuais que sempre insistiu em manter um estilo próprio. Ele já mostrava isso desde o fim dos anos 80, com filmes como Os Fantasmas se divertem e Edward Mãos de Tesoura. E, com Alice no País das Maravilhas, ele aproveitou a história lisérgica de Lewis Carroll para extrapolar no visual viajante.

3- Watchmen

Zack Snyder já tinha mostrado em 300 que era capaz de criar um visual legal, ao transpor uma graphic novel para as telas de uma maneira pouco vista na história do cinema. O visual, que já era impressionante, foi ainda mais elaborado em Watchmen, também baseado em quadrinhos. Seu filme mais recente, Sucker Punch, também não faria feio nesta lista.

2- O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus

Terry Gilliam é um artesão de imagens, um dos poucos em atividade no cinema atual. Ele já mostrava habilidade com imagens impressionantes em filmes como As Aventuras do Barão Munchausen e Brazil – O Filme. Em O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus, Gilliam usa tudo o que a tecnologia oferece para criar um visual poucas vezes visto.

1- Amor Além da Vida

Este filme de Vincent Ward, de 1998, que fala sobre o que acontece depois da morte, traz o visual mais incrível que já vi no cinema. Robin Williams, depois de morrer, vai parar dentro de um quadro que ele gostava. Os cenários são tinta! E não é a única imagem deslumbrante do filme – cada cenário mostrado no pós morte é mais impressionante que o outro.

.

.

Se você gostou do Top 10: Filmes com Visual Deslumbrante, o Blog do Heu recomenda os outros Top 10 já publicados aqui:
filmes de zumbi
filmes com nomes esquisitos

filmes sem sentido
personagens nerds
estilos dos anos 80
melhores vômitos
melhores cenas depois dos créditos
melhores finais surpreendentes
melhores cenas de massacre
filmes dos ano 80 e 90 nunca lançados em dvd no Brasil
estilos de filmes ruins
casais que não convencem
musicais para quem não curte musicais
melhores frases de filmes
melhores momentos de Lost
maiores mistérios de Lost
piores sequencias
melhores filmes de rock
melhores filmes de sonhos
melhores filmes com baratas
filmes com elencos legais
melhores ruivas
melhores filmes baseados em HP Lovecraft
filmes que vi em festivais e mais ninguém ouviu falar
Atores Parecidos
Atrizes Parecidas
filmes de lobisomem
melhores trilogias
filmes de natal
melhores filmes de 2010
coisas que detesto nos dvds
melhores filmes da década de 00
filmes de vampiro

melhores diabos
cenas de sexo esquisitas

ficção cientifica ou não ficção científica

filmes de vingança

marcos nos efeitos especiais
filmes estrangeiros que fazem referência ao Brasil

personagens que morreram e voltaram

filmes de macho
filmes de máfia

Atividade Paranormal Tóquio

Crítica – Atividade Paranormal Tóquio

Como prometi em Atividade Paranormal 2, fui ver Atividade Paranormal Tóquio.

A trama é mais do mesmo. Em Tóquio, um casal de irmãos começa a ser assombrado por algo misterioso e filma tudo. Igualzinho aos outros filmes da franquia.

Já que falei em franquia, preciso citar que este Atividade Paranormal Tóquio traz uma grande incoerência. Em determinado momento, o roteiro faz uma conexão com o que aconteceu no primeiro Atividade Paranormal americano – o que faz a gente pensar que este seria o segundo da série. Mas, ora, como é que na mesma época surgiu Atividade Paranormal 2, outra continuação do mesmo primeiro filme?

Falei que Atividade Paranormal Tóquio é mais do mesmo. O que esse aqui traz de vantagem é que demora menos pra mostrar alguma coisa, e achei os momentos de tensão “um pouquinho” melhores que os filmes americanos. Isso não é exatamente uma surpresa, já que nos últimos anos tivemos muitos exemplos de bons filmes de terror orientais.

Mas, mesmo assim, é pouco. Se o estilo apresentado no primeiro filme já mostrava sinais de falta de fôlego, o que dirá em um terceiro filme quase igual… Atividade Paranormal Tóquio só funcionaria se fosse o primeiro – e único.

Vale pros fãs. Só.

.

.

Se você gostou de Atividade Paranormal Tóquio, o Blog do Heu recomenda:
Ichi The Killer
[REC]
The Troll Hunter