Um Jantar Para Idiotas

Crítica – Um Jantar Para Idiotas

Tim ambiciona um cargo mais alto em sua empresa. Para agradar o chefe, ele concorda em participar de um estranho jantar onde cada um tem que trazer um convidado esquisito. Logo depois, ele conhece Barry, que tem como hobby montar dioramas com ratos empalhados, e resolve convidá-lo.

Dirigido por Jay Roach, responsável pela trilogia do Austin Powers e pela série Entrando Numa FriaUm Jantar Para Idiotas é o novo filme de Steve Carell. Por um lado, Carell é talentoso e faz muito bem o que se espera dele; por outro lado, sabemos que ele é careteiro…

A trama é lugar comum, daquelas com a desnecessária lição de moral no fim. Isso cansa um pouco. Mas arrisco dizer que Um Jantar Para Idiotas vale a pena, nem que seja só pelo adorável e ao mesmo tempo odiavel trapalhão Barry de Steve Carell. Carell estava inspirado, e conseguiu construir um personagem cativante mas também insuportável. E os seus dioramas com os ratinhos empalhados também são muito legais.

No resto do elenco, Paul Rudd segura bem o posto de coadjuvante. Mas é Zach Galifianakis quem rouba a cena, nas poucas cenas que aparece – coincidência ou não, sempre junto de Carell. A cena do duelo mental é muito boa! Ainda no elenco, gostei de Jemaine Clement, que faz o bizarro artista plástico Kieran. E Chris O’Dowd, de FAQ About Time Travel, tem um papel pequeno como o espadachim cego.

O que mata é que a produção é “certinha” demais. Como falei antes, o roteiro é previsível e cheio de clichês. Mas quem não se importar em ver um filme assim, pode se divertir com o “mala”.

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Top 10: Melhores Filmes Trash

Top 10: Melhores Filmes Trash

E vamos a mais uma sugestão do leitor DanielFGS: os melhores filmes trash!

Sou muito fã dos famosos trash movies. Lembro de uma edição do Festival do Rio com uma mostra inteiramente dedicada a esses filmes ruins. Vi pérolas sensacionais como Papai Noel Conquista os Marcianos e 2000 Maníacos. Vi Roger Corman passar ao meu lado, mas não fui na “sessão de gala” onde ele estaria, porque tinha ingresso comprado pra ver Cynthia – A Boneca do Diabo.

O trash é um conceito difícil de trabalhar. Afinal, é complicado definir o que é um filme trash. Muita gente confunde, e chama de trash qualquer filme de terror de baixo orçamento. Mas não é por aí, alguns nem são terror. E nem todo filme ruim é trash, às vezes é ruim mesmo.

Além disso, o conceito é muito subjetivo. Estamos falando do “melhor filme ruim”. Na minha humilde opinião, existem basicamente dois tipos de filmes trash. Existem produções propositalmente com cara vagabunda – o exemplo mais famoso é a Troma, uma produtora exclusivamente de filmes trash. O outro exemplo são os trashs involuntários, filmes ruins, mas tão ruins, que ficam divertidos. Costumo dizer que estes filmes transcendem: de tão ruins, viram bons.

A lista que segue tem ambos exemplos. Claro que tive que deixar coisa boa de fora, não pude citar os primeiros do Zé do Caixão, não entrou nada do Roger Corman, nenhum japonês ultra-gore, nada da onda recente de exploitation, só peguei um filme da Troma e um do Peter Jackson… Mas acho que é uma boa seleção.

Ou não. Tudo depende se você tem bom gosto. 😉

Vamos aos filmes…

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10. Hard Rock Zombies

Parece um filme ruim como muitos por aí. Mas tem um “plot twist” sensacional: em determinado momento, o vilão revela que é o próprio Hitler! E não para aí, o filme ainda tem anões, lobisomens, nazistas pervertidos sexuais e, claro, roqueiros zumbis.

9. As Sete Vampiras

O diretor brasileiro Ivan Cardoso (O Segredo da MúmiaUm Lobisomem na Amazônia) inventou uma expressão para classificar os seus filmes: “terrir”. As Sete Vampiras traz uma trama absurda e divertidíssima que envolve vampiros, mulheres seminuas e uma planta carnívora.

8. O Vingador Tóxico

O nerd local da cidadezinha cai num barril de lixo tóxico e vira um monstro super-heroi. Talvez o mais famoso filme da Troma, produtora especializada em filmes trash, de onde saíram pérolas como Tromeu e Julieta, Terror Firmer e Poultrygeist.

7. Manos The Hands Of Fate

História ridícula, atuação patética, edição toda errada, e por aí vai. Manos, The Hands Of Fate transcende duas vezes. Ele é tão ruim que fica bom, mas é TÃO RUIM que volta a ser ruim… Só recomendado àqueles de estômago forte.

6. Evil Dead

Hesitei muito em citar o genial Sam Raimi em uma lista dessas. Mas, ok, dou o braço a torcer: a trilogia Evil Dead é trash. É a prova que filme trash também pode ser bom, afinal, o primeiro Evil Dead, A Morte do Demônio, é um dos melhores filmes de terror da história!

5. Dark Star

Quase toda a filmografia de John Carpenter tem um pé no trash. Arriscaria dizer que é o ar trash que torna geniais filmes como Eles Vivem, Os Aventureiros do Bairro Proibido e Fuga de Nova York. Mas trash legítimo é o seu primeiro filme, este quase desconhecido Dark Star, uma ficção científica com efeitos risíveis.

4. Ataque dos Tomates Assassinos

Talvez o trash mais famoso por aqui, Ataque dos Tomates Assassinos parte de uma premissa sensacional: tomates se revoltam e atacam humanos. A falta de efeitos especiais é sensacional. Hoje estrela do primeiro escalão, George Clooney atuou na segunda parte do filme.

3.  Cinderela Baiana

Este é um dos casos de trash involuntário, afinal, acredito que a intenção era fazer um filme popular com uma dançarina famosa. Mas o filme é tão ruim, mas tão ruim, que ver Cinderela Baiana se torna uma experiência quase dolorosa. Absolutamente tudo no filme é um desastre.


2. Plano 9 do Espaço Sideral

Ed Wood foi tão cara de pau que pegou imagens aleatórias do recém falecido Béla Lugosi e misturou com cenas de outro ator cobrindo o rosto para o filme. É considerado o pior filme de todos os tempos por várias listas por aí, mas ainda acho que ele fez coisa pior, como Glen or Glenda – pelo menos Plan 9 é divertido.

1. Bad Taste – Náusea Total

Peter Jackson hoje é um cineasta respeitado, diretor de sucessos de bilheteria e dono de um Oscar de melhor diretor. Mas seu início de carreira na Nova Zelândia foi com filmes trash vagabundos e geniais. Fome Animal é melhor, mas Bad Taste –  Náusea Total é mais trash.

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Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas

Crítica – Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas

Não sei por que, nunca fui muito fã da série Piratas do Caribe. Vi todos os filmes no cinema, são bons filmes de aventura, mas, sei lá, não estava ansioso pelo quarto filme. Mas como amigos recomendaram, fui ao cinema ver qualé.

O capitão Jack Sparrow reencontra uma mulher do seu passado, que acaba o colocando em um uma corrida entre ingleses, espanhois e o temido pirata Barba Negra, atrás da Fonte da Juventude de Ponce de Leon.

É uma continuação, mas é também meio que um “reboot” da série. Alguns personagens foram trocados, assim como o diretor. Sai Gore Verbinski, que dirigiu os três primeiros (e recentemente fez a animação Rango), entra Rob Marshall, mas conhecido pelos musicais Chicago e Nine.

No elenco, o Jack Sparrow de Johnny Depp dividia o posto de protagonista com o casal formado por Keira Knightley e Orlando Bloom. Os dois não estavam agradando os fãs, então foram cortados – agora Depp tem espaço para brilhar sozinho. Não tenho nada contra Knightley e Bloom, mas é inegável que o carisma de Jack Sparrow é muito maior.

Mas Sparrow não está sozinho. O Barbossa de Geoffrey Rush também está ótimo, e foram introduzidos novos personagens para acompanhar Sparrow. Penelope Cruz e Ian MacShane funcionam bem como Angelina (um contraponto romântico para Sparrow) e Barba Negra. E Keith Richards volta em uma ponta, novamente como o pai de Sparrow (Depp nunca negou que se inspirou nos trejeitos de Richards para criar seu personagem).

São bons atores e bons personagens, mas o roteiro se estende demais por cenas desnecessárias, e o filme fica cansativo com suas duas horas e dezesseis minutos. Algumas sequências são muito boas, como a fuga de Sparrow no início do filme, ou toda a parte das sereias. Mas por outro lado, achei desnecessária a participação dos espanhois, pouco importantes para a trama; assim como o romance do novo casal, a sereia e o religioso -acho que eles devem voltar no provável próximo filme.

“Ué, próximo? Será que vai ter um quinto filme?” Rola uma cena depois dos créditos que deixa claro que existe a intenção de mais. Enquanto houver ouro pelas bilheterias dos sete mares, a franquia não vai morrer…

Enfim, vai divertir os fãs da franquia, e também quem curte um bom filme de aventura. Mas poderia ser melhor.

p.s.: Rola uma cena depois, mas definitivamente isso não é divulgado. Vi o filme no Via Parque, e fui o único dentro da sala de cinema até o fim dos créditos…

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Top 10: Piores Adaptações de Quadrinhos de Super-Herois

Top 10: Piores Adaptações de Quadrinhos de Super-Herois

Semana passada listei aqui as melhores adaptações de quadrinhos de super herois. Hoje é dia da lista oposta: as piores adaptações!

Como acontece quase sempre, tive que deixar alguns filmes de fora. Filmes frequentemente lembrados em listas de piores adaptações, como o recente The Spirit, o Hulk dirigido pelo Ang Lee, o Justiceiro do Dolph Lundgren e o Capitão América feito nos anos 70. Ok, nenhum desses é bom, mas heu achei 10 piores.

Vamos aos filmes? A outra lista, a das melhores adaptações, fiz em ordem cronológica, mas muita gente reclamou. Então vamos em ordem de “ruindade” – do “menos pior” até o “pavorosamente ruim”!

10. Supergirl (1984)

Nunca sabemos detalhes como qual o parentesco dela com o Superman, nem como ela conseguiu o uniforme. Christopher Reeve ficou de aparecer, mas deu uma desculpa e pulou fora.

9. Homem Aranha (1977)

Os saudosistas vão defender este Homem Aranha. Mas, com roteiro tosco, atores capengas e efeitos especiais preguiçosos, não tem muito como defender.

8. Fantasma (1996)

Não só o filme ignorou o lado sombrio e ficou parecendo uma mistura de Indiana Jones com Os Trapalhões; como Billy Zane saiu do armário na época do lançamento, gerando a infame piada “Fantasma – O Espírito que ‘Senta’ e Anda”.

7. Spawn (1997)

Rolava uma grande expectativa por ser um dos primeiros filmes com um super-heroi negro. Mas foi tudo jogado fora com uma trama incoerente, efeitos especiais ridículos e atuações fracas…

6. Motoqueiro Fantasma (2007)

Não sei o que ficou pior, se foi o roteiro mal escrito e os efeitos especiais ridículos, ou se foi inventarem que Nicholas Cage tem a mesma idade que Eva Mendes.

5. Mulher Gato (2004)

O ponto mais alto da carreira de Halle Berry foi o Oscar de melhor atriz por A Última Ceia, em 2001. O ponto mais baixo foi esse Mulher Gato, três anos depois. Prefira a Michelle Pfeiffer.

4. Demolidor (2003) e Elektra (2005)

Ambos mereciam lugares na lista, mas os deixei juntos pra dar espaço pra outros filmes. Demolidor já foi muito ruim, mas conseguiu a proeza de ter um spin off ainda pior com Elektra. Não serve nem pela Jennifer Garner com roupas coladas.

3. Superman IV (1987)

Não se sabe ao certo por que este Superman IV foi feito. É tudo muito ruim. A briga na lua contra o Homem Nuclear é digna do seriado Power Rangers.

2. Quarteto Fantástico (1994, 2007)

Outro caso juntar filmes pra deixar espaço pros outros. O Quarteto Fantástico de 2005 nem é tão ruim. Mas sua continuação, Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado, de 2007, é pavorosa. Mas a versão de 1994, produzida por Roger Corman, é um forte candidato em qualquer lista de piores filmes da história.

1. Batman & Robin (1997)

Um bom elenco jogado fora. As armaduras tinham mamilos, e temos closes da bunda do Batman. Precisa dizer mais?

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A Casa / La Casa Muda

Crítica – A Casa / La Casa Muda

Laura está com seu pai em uma velha casa, quando ouvem ruídos misteriosos no segundo andar. Ao investigar, a casa aos poucos revela segredos obscuros. Baseado em uma história real acontecida nos anos 40.

O grande chamariz deste filme uruguaio de terror é que ele teria sido filmado com uma câmera fotográfica, em um único e longo plano sequência de 72 minutos – impossível não lembrar de Festim Diabólico, clássico de Hitchcock feito com pouquíssimos planos. O legal aqui é que A Casa é filme de terror, daqueles que criam tensão e dão medo. Nunca rola cara de teatro filmado, inclusive, a câmera entra e sai da casa mais de uma vez.

É muito boa a ideia usada pelo diretor estreante Gustavo Hernández (que também co-escreveu o roteiro e foi responsável pela edição). A primeira parte do filme, a construção do suspense, funciona redondinho. Mas a parte final, a explicação e conclusão, é muito fraca e confusa. Findo o filme, tive que procurar o imdb pra esclarecer algumas dúvidas.

(Aliás, tem gente no imdb duvidando que o tal take único seja verdade – li que a câmera usada só filmaria 12 minutos. Mas isso pouco importa, o resultado é impressionante, mesmo que rolem alguns cortes imperceptíveis.)

O roteiro é eficiente na construção do clima tenso e na coreografia da câmera, que passeia ininterrupta pelo cenário e pelos atores. Mas tem falhas, Laura é talvez um pouco histérica demais, e, na minha humilde opinião, acho que dificilmente ela continuaria vasculhando a casa.

Também gostei da opção de Hernández de não usar a câmera subjetiva, como muitos filmes por aí têm feito (tipo Bruxa de Blair, [REC], Diário dos Mortos e Atividade Paranormal). Hoje isso é tão comum que a ideia perdeu um pouco de força. Aqui a câmera não está na mão de um personagem, apenas observa.

Pena que o fim estraga o que seria um dos mais inovadores filmes de terror da história. Mesmo assim, acho que vale. Início bom, fim ruim, média 5. Dá pra passar.

Ah, sim, claro… O filme ainda não estreou aqui (tem previsão para julho), mas já tem refilmagem hollywoodiana com estreia agendada para este ano..

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Super

Crítica – Super

Kick-Ass foi uma agradável surpresa, um dos melhores filmes de 2011. E o que Hollywood faz com boas ideias? Repete!

Frank é um cara comum. Mas, quando sua esposa o deixa para ficar com um traficante de drogas, ele resolve virar o “Crimson Bolt”, um super-heroi, mesmo sem ter nenhum super poder.

Super nem é ruim. O problema é a ideia é MUITO parecida com Kick-Ass. Um garoto meio nerd, fã de quadrinhos e com poucos amigos, que resolve virar um super-heroi, mesmo sem ter super poderes… A diferença está no “sidekick”: em vez de Hit Girl, aqui rola a Boltie, boa personagem de Ellen Page. E Super tem outro problema: um cara com o perfil de Frank não ia ser bom em briga de rua, o cara ia apanhar mais do que bater.

Apesar disso tudo, Super é um bom filme – é só a gente esquecer de Kick-Ass. Um dos acertos é o elenco. Rainn Wilson, com sua cara de ultra nerd, é a escolha perfeita para o esquisitão que resolve combater o crime. Ellen Page também está ótima, bonitinha e maluquinha na dose exata. E ainda tem Kevin Bacon, Liv Tyler, Michael Rooker e Nathan Fillion.

O diretor é James Gunn, cria da Troma, e que anos atrás fez o divertido Seres Rastejantes. Aqui ele deixou o ar trash de lado e fez um filme com cara de quadrinhos – em alguns momentos, o visual lembra Scott Pilgrim Contra O Mundo, aparecem até onomatopéias na tela. E a abertura do filme é uma simpática animação no estilo dos quadrinhos que aparecem na trama.

O roteiro, também escrito por Gunn, é eficiente ao alternar estilos – às vezes parece comédia, às vezes ação, às vezes, até drama. E os personagens são interessantes, principalmente os dois principais.

Como falei antes, Super não é ruim. Mas a comparação com Kick-Ass é inevitável. E, na comparação, Super perde.

Ah, e para quem gosta do estilo, li no imdb que tem mais um, Defendor, que faz uma “trilogia” ao lado de Super e Kick-Ass. Vou baixar pra ver qualé.

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Homem Aranha (1977)

Crítica – Homem Aranha (1977)

Outro dia me mandaram por e-mail um link para baixar este Homem Aranha, piloto de uma série de tv que rolou no fim dos anos 70. Baixei pra rever e ver o quanto era tosco.

Peter Parker (Nicholas Hammond) é picado por uma aranha radioativa e descobre que agora pode subir pelas paredes. Aí ele resolve costurar uma roupa e combater o crime. Neste piloto, ele enfrenta um vilão que está chantageando a cidade, ameaçando “destruir” algumas pessoas.

The Amazing Spider-Man (no original) passou nos cinemas brasileiros, mas é um filme para a tv – o mesmo aconteceu com Galactica, Astronave de Combate. Se a tecnologia da época já não permitia vôos muito altos, a situação era ainda pior com telefilmes. O filme se esforça em colocar um cara fantasiado pendurado nos prédios – em tempos de cgi, isso é legal de se ver, apesar de parecer que ele mal toca as paredes. Mas rolam também cenas em chroma-key, e não tiveram o cuidado de encaixar o ator engatinhando em cima de paredes – várias vezes ele passa por parapeitos e janelas como se fosse tudo uma superfície lisa. Isso ficou muito capenga.

O roteiro é muito mal escrito e é cheio de coisas forçadas. Um vilão que hipnotiza pessoas para cometerem suicídio? Detalhe: só pessoas que o procuram! Não faz o menor sentido. Será que não havia vilões melhores nos quadrinhos do Homem Aranha? E isso é só uma coisa, procurando, a gente acha um monte de outras inconsistências, como o romance de Peter Parker ou as lutas, onde o Aranha parece que foge mais do que luta.

Ninguém no elenco ficou conhecido depois. E o elenco não funciona bem, não sei se é porque os atores são fracos, ou porque os personagens são mal escritos. Talvez seja uma combinação dos dois. Mais: o ator principal me pareceu velho demais – Nicholas Hammond tinha 27 anos na época. Mas Tobey Maguire também tinha 27 quando começou a interpretar Peter Parker nos filmes do Sam Raimi, então, xapralá…

Nem tudo no filme é de se jogar fora. A trilha sonora, um instrumental funkeado, é sensacional. Ok, às vezes parece um filme pornô dos anos 70. Mas mesmo assim ficou legal no filme.

Depois do filme, rolou uma curta temporada com apenas 13 episódios, exibidos entre setembro de 77 e julho de 79. E a série quase caiu no esquecimento. Curiosamente, O Incrível Hulk, outro seriado da mesma época, também baseado num heroi da Marvel, vive até hoje na memória dos fãs de seriados.

Enfim, este Homem Aranha não é bom, visto hoje, parece até um trash. Mas vai agradar os saudosistas.

Psych 9

Crítica – Psych 9

Uma mulher um pouco desequilibrada consegue um emprego pra trabalhar sozinha, no turno da noite, em um hospital abandonado. Ela desconfia que o hospital tem algo a ver com um assassino serial que age nas redondezas.

Dirigido pelo estreante Andrew Shortell, Psych 9 tem um grave problema: não se decide entre “filme sobrenatural” e “filme de serial killer”. Às vezes, ruma para um lado, às vezes pro outro. E acaba se perdendo, sem identidade.

Pena, porque nem tudo no filme é ruim. Gostei muito dos cenários no hospital abandonado. O filme foi rodado em Praga, na República Tcheca. Aparentemente, pegaram um grande prédio abandonado no Velho Mundo para set de filmagens. Boa ideia, o clima ficou sinistro.

O elenco é “lado B”, mas ninguém compromete. Me pergunto por que Sarah Foster nunca teve uma boa chance na carreira – me lembro dela em The Big Bounce, e nada mais, acho que ela merecia um bom papel em um grande filme. Além dela, o filme conta com Cary Elwes (Jogos Mortais, Robin Hood do Mel Brooks), Michael Biehn (Exterminador do Futuro) e Gabriel Mann.

Psych 9 não é ruim. Mas também não é bom. Dispensável…

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Supernatural – Sexta Temporada – Season Finale

Crítica – Supernatural – Sexta Temporada – Season Finale

Admito que sou fã desta série. Tanto que já falei dela três vezes aqui no blog. Sou tão fã que preciso dedicar mais um post a ela. Pena que hoje não é pra falar bem.

Pra quem não conhece a série: os irmãos Dean (Jensen Ackles) e Sam Winchester (Jared Padalecki) são “caçadores”. Vivem de cidade em cidade, caçando monstros, demônios e outras criaturas bizarras e assustadoras. A série começou no estilo “mosntro da semana”, mas, aos poucos, o clima foi ficando mais sério. Um dos irmãos se envolveu com demônios, o outro, com anjos, que apareceram na trama.

Tudo rumava para um fim de série épico – isso, no fim da quinta temporada. O problema é que a série não acabou, rolou a sexta, e agora, pelo jeito, teremos a sétima temporada.

A sexta temporada nem foi ruim. Foi irregular, alternou bons episódios com outros dispensáveis. O problema é que a temporada anterior lidava com o Apocalipse. Na boa, depois de enfrentar o Apocalipse, todo o resto parece sem importância. A sexta temporada pareceu uma grande (e longa) encheção de linguiça.

(Mas admito que, mesmo sem estar nos seus melhores dias, a temporada teve vários momentos excelentes. O episódio onde eles vão parar num mundo alternativo – a vida real, por trás das câmeras! – foi sensacional. E achei genial a ideia de salvar o Titanic porque ninguém mais aguenta a música da Celine Dion.)

O último episódio (duplo) foi bom, cheio de referências a H.P. Lovecraft. Mas terminou com um cliffhanger perigoso. Cliffhanger é aquele gancho que rola no fim de um episódio, que deixa os espectadores boquiabertos. A temporada termina com um gancho que, na minha humilde opinião, não terá fôlego pra segurar uma temporada inteira. Ou seja, a sétima temporada provavelmente vai ter mais enrolação…

Sou fã de Supernatural. Sou tão fã que preferia que ela não continuasse, mas tivesse um final digno…

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Outros posts sobre Supernatural aqui no Blog do Heu:
Supernatural – S05E01
Supernatural S05E08
Supernatural.S06E01

Top 10: Melhores Adaptações de Quadrinhos de Super-Herois

Top 10: Melhores Adaptações de Quadrinhos de Super-Herois

Quem me lê sempre por aqui sabe que não tenho o hábito de ler quadrinhos. Mas como curto ver “cinema pipoca”, então vejo muitos filmes baseados em quadrinhos. Mesmo assim, sempre os analiso pelo ângulo cinematográfico, pra mim é mais importante o filme em si ser bom do que ser uma adaptação fiel.

Conversando com amigos numa lista de discussão, me foram sugeridas duas listas de Top 10, uma com as melhores adaptações de quadrinhos de super-heróis, outra com as piores. Duas listas complementares, assim como fiz com as listas de atores e atrizes parecidos. (Aliás, acho que de vez em quando farei isso, listas de piores e melhores…)

Começarei com a lista de melhores, daqui a alguns dias, publicarei a lista de piores!

Mais uma coisa: esta é uma lista de adaptações de quadrinhos de super-heróis. Assim, filmes legais como Sin City, 300 e V de Vingança, apesar de serem boas adaptações de quadrinhos, não entram na lista.

Vamos aos filmes? Em ordem cronológica…

1. Superman (1978)

Considerado por muitos a melhor adaptação de todos os tempos, é referência até hoje, mais de 30 anos depois.

2. Batman (1989)

O terceiro e o quarto Batman (95 e 97) foram tão ruins que muita gente esqueceu que o primeiro, de Tim Burton, é muito bom.

3. Blade 2 (2002)

O primeiro Blade foi apenas legal. Guillermo Del Toro assumiu o segundo, e foi um daqueles casos de continuação muito melhor que o original.

4. X-Men 2 (2003)

O primeiro X-Men foi bom, o segundo foi ainda melhor. O terceiro escorregou, assim como o spin off Wolverine. Vem mais um filme esse ano…

5. Homem Aranha 2 (2004)

Sam Raimi praticamente inaugurou a atual safra de boas adaptações de quadrinhos. Se o primeiro Homem Aranha já foi bom, o segundo foi ainda melhor.

6. Hellboy (2004 / 2008)

Guillermo Del Toro voltou ao universo dos quadrinhos com as duas adaptações deste personagem meio underground. Ambos os Hellboy valem a pena.

7. Homem de Ferro (2008)

Um super-heroi com a cara do Robert Downey Jr. A continuação é tão boa quanto o original.

http://blogdoheu.wordpress.com/2009/02/12/homem-de-ferro/

8. Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008)

A franquia Batman renasceu com o bom Batman Begins, e teve neste Dark Knight um dos melhores filmes do ano – com direito a Oscar póstumo para o Coringa de Heath Ledger.

9. Watchmen (2009)

Eram quadrinhos considerados “infilmáveis” por muita gente. Zack Snyder assumiu o desafio e, caprichando no visual, fez um bom trabalho.

http://blogdoheu.wordpress.com/2009/03/07/watchmen/

10. Thor (2011)

A Marvel continua investindo pesado em Hollywood, e trouxe Keneth Branagh para o universo dos quadrinhos. Em breve teremos Capitão América e Os Vingadores…

http://blogdoheu.wordpress.com/2011/04/30/thor/

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Aguardem, em breve mandarei a lista das piores adaptações de quadrinhos de super-herois!

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