E Aí Hendrix?

E Aí Hendrix?

Já falei antes aqui no blog, não sou muito fã de documentários. Meu interesse no documentário é proporcional ao meu interesse no assunto tratado. Pra minha sorte, gosto do assunto de E Aí Hendrix?!

O documentário de Pedro Paulo Carneiro e Roberto Lamounier fala, claro, sobre o Jimi Hendrix. Liderada pela cantora Pitty, uma equipe foi até Londres, entrevistou contemporâneos do guitarrista, visitou lugares históricos (relacionados a Hendrix) e assistiu um show cover, feito por John Campbell e a banda Are You Experienced. Entremeando o “diário de bordo de Londres”, vemos trechos de  entrevistas com gente como Roberto Frejat, Pepeu Gomes, Robertinho do Recife e Davi Moraes.

O documentário não é careta. Alguns detalhes que poderiam ser classificados como defeitos técnicos dão ao filme um charme irresistível, coisas como tomadas não convencionais, câmera trêmula, ruídos no áudio – aparece o reflexo do diretor em uma tela de computador, durante uma entrevista por skype!

Uma decisão acertada dos realizadores, na minha humilde opinião, foi manter o foco apenas na música, sem mencionar nada da sua conturbada relação com as drogas. Se bem que o filme podia explicar um pouco – a Garotinha Ruiva estava comigo, e me perguntou como Hendrix morrera…

Em alguns momentos, a edição podia enxugar um pouco o filme. Por exemplo, achei o “momento Purple Haze” longo demais. Aliás, de um modo geral, rolou um excesso de imagens do cover de John Campbell. O cover é legal, mas acredito que seria mais interessante vermos mais imagens de arquivo.

Não sei se E Aí Hendrix? será lançado, o circuito para documentários é algo complicado hoje em dia. Mas vale a pena para quem curte este que foi um dos maiores guitarristas da história!

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Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio

Crítica – Velozes & Furiosos 5 – Operação Rio

Estreou a nova polêmica envolvendo o Rio!

Neste quinto filme da franquia, Dom (Vin Diesel), Brian (Paul Walker) e Mia (Jordana Brewster) fogem para o Rio de Janeiro. Enquanto tramam um golpe milionário contra o mega traficante (português!) Hernan Reyes (Joaquim de Almeida), são perseguidos pelo agente do FBI linha dura Luke (Dwayne Johnson).

Antes de falar do filme, vou falar da tal polêmica. Muita gente aqui no Brasil ficou ofendida com o modo como o Rio é mostrado. Bem, meus comentários:
1- As pessoas reclamam, mas… É mentira? Se os bandidos não tivessem tomado conta das favelas, por que precisa de uma polícia “pacificadora” dentro da favela – as UPPs? E mais: tem muita gente graúda por trás dos bandidos, todo mundo sabe disso.
2- Ok, é “feio” admitir que aqui no Brasil a bandidagem toma conta. Mas… Tropa de Elite 2 não fez exatamente a mesma coisa? Por que é legal falar bem de um, mas é errado falar mal do outro?
3- O Rio de Janeiro tá na moda. E entrou definitivamente no rol das cidades mais famosas do mundo. Quantas vezes a gente vê filmes que se passam em cidades como Londres, Paris ou Nova York, mas que não se preocupam em retratar o local com a precisão de um morador? Gente, Velozes & Furiosos 5 é uma produção estrangeira! A única brasileira no “time principal” é a Jordana Brewster, que construiu carreira em Hollywood!

Vamos ao filme…

Velozes & Furiosos 5 é um excelente filme de ação. Não faria feio em uma lista de melhores filmes de ação dos últimos anos. Pancadaria, tiros, explosões, perseguições de carro e à pé, tudo em boas quantidades – o cardápio do filme é bem servido.

O Rio de Janeiro é cenário. E, olha, ficou muito bom – a cidade, que é uma das mais bonitas do mundo, foi muito bem fotografada através das lentes do diretor Justin Lin (o mesmo do filme anterior), que usou tomadas aéreas e terrestres, pegando ângulos turísticos e não turísticos – rola uma perseguição na favela que lembra o parkour de B13 – 13º Distrito. Aliás, li que parte das filmagens fora feitas em Porto Rico – isso deve explicar porque não consegui reconhecer as ruas da perseguição final. E aquela ponte não é a Rio-Niteroi, a Rio-Niteroi tem quatro pistas pra cada lado, aquela só tem duas…

O roteiro não é perfeito, tem suas inconsitências e seus furos. O objetivo não é um roteiro redondinho, e sim ação de tirar o fôlego. Para tal, vemos algumas sequências absurdas – aquele cofre sendo arrastado ia acabar atropelando pedestres inocentes! Mas nada grave, apenas relaxe e curta a adrenalina.

O elenco é acima da média. O quarteto incial voltara no filme anterior, mas a personagem da Michelle Rodriguez morreu. Então, aqui só temos Vin Diesel, Paul Walker e Jordana Brewster. Mas o elenco teve reforços legais, como Dwayne “The Rock” Johnson, Elsa Pataky e o português Joaquim de Almeida. E, pra completar, voltaram outros atores que já tinham participado da franquia, como Matt Schulze (do primeiro filme); Tyrese Gibson e Ludacris (do segundo); Sung Kang, Tego Valderon e Don Omar (do terceiro); e a bela Gal Gadot (do quarto) – ou seja, prato cheio pros fãs da franquia.

Comentários irônicos sobre o elenco:
– O The Rock deve ter deixado o cavanhaque crescer pra ninguém confundir ele com o Vin Diesel. Tudo bem que o Rock é muito mais forte que o Diesel, mas, afinal, são dois grandalhões carecas…
– Acho que foi a primeira vez que vi a Jordana Brewster falando português! E já tinha a visto em outros seis filmes!
– O Tego Leo não é igual ao Gil Brother, do Hermes e Renato? 😛

Teve uma coisa que não gostei: os gringos falando português. Dá pra ver que tinha alguém pra ensinar as falas, incluindo as gírias. Mas, pelo menos pra nós brasileiros, ficou muito forçado, como naquela cena antes do pega, debaixo daquele novo viaduto da linha 2 do metrô (os pegas são na Radial Oeste?). Custava muito ter contratado uns brasileiros em papeis pequenos?

O mesmo comentário vai pra Joaquim de Almeida. Gosto do cara, ele fez 24 Horas, Perigos Real e Imediato, A Balada do Pistoleiro, mas… Um português como o chefe da contravenção carioca? Forçou a barra… Tá cheio de ator brasileiro bom e disponível pra um papel desses!

Enfim, os críticos sérios torcerão o nariz. Os patriotas cegos idem. Mas se você curte um bom filme de ação e quer ver que o Rio de Janeiro continua lindo, Velozes & Furiosos 5 é a pedida!

Ah, sim, importante, rola uma cena durante os créditos. Pela cena, com certeza, teremos um Velozes e Furiosos 6, por dois motivos: um é a Eva Mendes em um “papel gancho”; a outra é impossível de falar sem spoilers… Mas fica a dica: aguarde a cena!

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Tudo Novo de Novo

Crítica – Tudo Novo de Novo

No início, este blog era só sobre filmes. Mas depois comecei a falar também de séries. Será que tem espaço pra série nacional?

A arquiteta Clara (Julia Lemmertz), recém separada, com dois filhos, um de cada ex-casamento, começa a se relacionar com o engenheiro Miguel (Marco Ricca), separado e com uma filha. Eles tentam formar uma nova família, incluindo todas as confusas ramificações de ex-cônjuges e meio-irmãos.

(Lembrei da excelente música “Kit-Homem“, do Nervoso e Seus Calmantes, que fala justamente desta atual situação da família brasileira. O cara que se separa e começa uma nova relação traz consigo um “kit”…)

Antes de falar de uma série da Globo, preciso avisar que não vejo novelas, nunca. Não saco NADA de novelas, então aqui não vai rolar nenhuma comparação com estilos e técnicas usadas pelos folhetins diários tão adorados pela população brasileira!

Tudo Novo de Novo foi uma minissérie de 12 capítulos, de aproximadamente meia hora cada, feita pela rede Globo em 2009. Não sei se todo mundo vai achar o tema interessante, mas heu, que vivo com filhos de dois casamentos diferentes, gostei da ideia.

Tudo Novo de Novo tem seus bons momentos, apesar de às vezes o roteiro cair nos clichês de comédias românticas – rola muita “tempestade em copo d’água”, muitos dos conflitos apresentados seriam facilmente resolvidos com simples diálogos. Mas, no geral, o roteiro funciona bem, a trama não cansa e deixa a gente com vontade de ver logo o próximo capítulo.

O elenco foi bem escolhido. Julia Lemmertz e Marco Ricca estão bem como o casal cheio de “bagagem”. No elenco de apoio, ainda tem Guilherme Fontes, Vivianne Pasmanter, Irene Ravache, Arieta Corrêa e Marcelo Szpektor, e as crianças Poliana Aleixo, Daniela Piepszyk e Felipe Santos. Aliás, o elenco infantil é um dos pontos fracos da série – o menino Léo tem alguns diálogos ótimos, mas o ator é tão fraquinho…

Heu também tenho uma crítica sobre os sotaques. Atores cariocas com sotaque do Rio, paulistas com sotaque de São Paulo. A menina tem sotaque paulista, e mora com o irmão, com sotaque carioca. Por que é tão difícil aqui no Brasil as pessoas se preocuparem com algo tão simples?

Por outro lado, a série abusa (no bom sentido) das belas paisagens cariocas. Um dos cenários é uma obra no início da Barra, rolam várias cenas panorâmicas aproveitando a alvorada ou o por do sol. Outra coisa legal: em tomadas internas, frequentemente a fotografia colocava algum objeto perto da câmera e deixava a ação em segundo plano – maneira interessante de colocar o espectador sob um ponto de vista voyeurístico.

Não sei se a Globo pretende reprisar a série. Mas já existe em dvd.

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Megamente

Crítica – Megamente

Finalmente, mesmo que tardiamente, vi Megamente! (chega de trocadilhos horríveis!!!)

O novo desenho da Dreamworks traz o super-vilão Megamente, que, quando finalmente derrota seu arquirrival Metro Man, fica entediado e resolve criar um novo heroi, Titan.

A primeira coisa que a gente lembra quando vê a sinopse de Megamente é Os Incríveis, desenho da concorrente Pixar. Mas aí a gente se lembra da principal diferença entre a Dreamworks e a Pixar: a primeira tem um humor mais irônico, mais cínico, mais adulto que a segunda (comparem Shrek com Monstros S.A.; Formiguinhaz com Vida de Inseto; Espanta Tubarões com Procurando Nemo). Megamente não parece Os Incríveis, parece uma sátira da história do Super-Homem! E é por aí mesmo, a premissa básica é: “e se fosse o Lex Luthor a cair na Terra no lugar do Super-Homem?”. Tanto que aparece um personagem homenageando o Marlon Brando, que fez o pai do Super-Homem no filme de 1978.

O roteiro, que teve palpites de Guillermo Del Toro e Justin Theroux (creditados como “consultores criativos”), às vezes é um pouco previsível, mas traz boas piadas. As citações a Super-Homem e a outros filmes (acho que vi o sr. Myagi!) acontecem abundantemente, como, aliás, é normal nas animações hoje em dia. Adultos podem curtir tanto quanto as crianças. Tem mais: a trilha sonora traz várias músicas de pop rock da época dos pais que vão levar os filhos. Aqui rola AC-DC, Guns’n’Roses, Ozzy Osbourne, Elvis Presley e Michael Jackson, entre outros.

As animações chegaram a uma qualidade técnica absurdamente bem feita nos últimos anos. E Megamente não fica atrás – as sequências da briga final são impressionantes! Pena que vi na tv, em casa, não pude nem ver os efeitos em 3D… Por outro lado, aproveitei pra ver a versão legendada – normalmente vejo os desenhos dublados com minha filha. No legendado, as vozes são de Will Ferrell, Tina Fey, Jonah Hill, Brad Pitt, David Cross e Ben Stiller. Com boa vontade, dá pra ver os atores através dos desenhos!

Megamente não é uma obra prima, mas não vai decepcionar quem curte desenhos animados. Nem quem curte boas comédias!

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O Ritual

Crítica – O Ritual

O seminarista Michael Kovac, em crise com a própria fé, vai para o Vaticano fazer um “curso de exorcismo”, e cria um elo com o padre Lucas, um famoso exorcista.

Filmes de exorcismo têm um problema sério: é inevitável a comparação com o clássico O Exorcista, de 1973 – logo um dos melhores filmes de terror da história.

Mas, dentre os diversos filmes de exorcismo que apareceram nos últimos tempos, O Ritual não faz feio. O filme tem pelo menos duas coisas dignas de destaque. Uma delas é o realismo do roteiro. O próprio personagem padre Lucas fala que não devemos esperar por “cabeças girando e sopa de ervilha” – uma clara referência à escatologia d’O Exorcista. Além disso, o cético padre Michael vive questionando a veracidade dos casos de exorcismo que enfrenta.

A outra coisa boa é o elenco acima da média. Ok, o ator principal, o desconhecido Colin O’Donoghue, não faz nada demais (só heu achei ele igualzinho a Jared Padalecki, o Sam Winchester de Supernatural?). Mas, por outro lado, Anthony Hopkins arrebenta! Só a sua atuação na parte final do filme já vale o ingresso / aluguel / download. Completam o elenco Alice Braga, Rutger Hauer, Ciarán Hinds, Toby Jones e Maria Grazia Cucinotta.

A direção é de Mikael Håfström, que recentemente fez o bom 1408, com John Cusack. O roteiro, baseado em fatos reais, não é perfeito, tem alguns clichês aqui e alguns escorregões acolá, mas acerta no geral.

O Ritual não ameaça o posto de “melhor filme de exorcismo da história”. Mas vai agradar os fãs do gênero.

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Top 10: Mulheres Duronas no Cinema

Top 10: Mulheres Duronas no cinema

Todo menino que conheço gosta de ver meninas brigando. Se estiverem empunhando armas, sejam brancas ou de fogo, também é legal. Resumindo: gostamos de ver garotas “kicking ass”! A lista de hoje é uma homenagem a essas mulheres especiais. Seria uma espécie de “Top 10: Lei Maria da Penha Às Avessas”!

A parte mais difícil de fazer listas é separar apenas 10 – aqui, mais uma vez, vários nomes legais ficaram de fora. E, na elaboração desta lista em particular, teve um outro problema: separar as atrizes das personagens. Por exemplo, a Michelle Rodriguez sempre faz cara de má, em filmes como Velozes e Furiosos, Shaft, Machete – mas ela não tem nenhum personagem marcante para entrar na lista…

Como só cabem 10 na lista, abro espaço para menções honrosas para, além da Michelle Rodriguez, Tura Satana (que ilustra o Top 10 de hoje), Keira Knightley (em Domino), Rhona Mitra (Juízo Final), Kate Beckinsale (Anjos da Noite), Natasha Henstridge (A Experiência), Cynthia Rothrock (uma espécie de Chuck Norris de saias, que fazia filmes de pancadaria nos anos 80), Charlize Theron (Aeon Flux), Brigitte Nielsen (Guerreiros de Fogo), Kristana Loken (Exterminador do Futuro 3), Lori Petty (Tank Girl), e, claro, todo o elenco feminino de DOA (Jaime Pressly, Devon Aoki, Holly Valance, Sarah Carter e Natassia Malthe).

Vamos às 10, em ordem decrescente…

10. Cherry Darling (Rose McGowan) – Planeta Terror

Rose McGowan não tem muito o perfil de “mulher durona”. Mas, aqui, ela perde uma perna e coloca uma metralhadora no lugar!!! Até hoje não sei como ela apertava o gatilho…

9. Nikita (Anne Parillaud) – Nikita

Sou muito fã do primeiro Nikita, o francês, dirigido pelo Luc Besson. Mas a refilmagem americana com a Bridget Fonda também poderia ser citada.

8. Sarah Connor (Linda Hamilton) – Exterminador do Futuro

Nunca questione o instinto materno! Para defender seu filho, Sarah Connor enfrenta um robô do tamanho do Arnold Schwarzenneger!

7. Jen Yu (Zhang Ziyi) e Yu Shu Lien (Michelle Yeoh) – O Tigre e o Dragão

Uma lista dessas não pode ser completa sem orientais, que sempre lutaram melhor que os ocidentais. Feras em artes marciais, Zhang Ziyi e Michelle Yeoh representam bem a China.

6. Trinity (Carrie Ann Moss) – Matrix

Roupas de couro, efeitos “bullet time” e muitos, muitos tiros. Nunca um tiroteio em câmera lenta teve um visual tão cool!

5. Ripley (Sigourney Weaver) – Alien

Única personagem presente nos quatro Alien, a Ripley é uma das únicas pessoas que consegue matar os bicharocos com ácido correndo nas veias.

4. Lara Croft (Angelina Jolie) – Lara Croft

Angelina Jolie briga bem nesta adaptação de videogame que parece uma versão feminina de Indiana Jones. Seu filme O Procurado também poderia estar aqui.

3. Alice (Milla Jovovich) – Resident Evil

Já foram quatro filmes, e em todos a Milla Jovovich enche zumbis de porrada. E os filmes ainda têm Michelle Rodriguez, Ali Larter e Sienna Guillory! E Milla também bate bem em Ultravioleta!

2. Hit Girl (Chloe Moretz) – Kick Ass

Chloe Moretz, com apenas 13 anos, bate melhor que muito adulto, em uma das melhores surpresas de 2010. E ainda manda bem nas cenas dramáticas!

1. A Noiva (Uma Thurman) – Kill Bill

Uma Thurman, sozinha, enfrenta 88 japoneses numa das mais sangrentas lutas de espada da história do cinema. E não é a única luta no filme!

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8 1/2

Crítica – 8 1/2

Esta semana, no curso A Arte da Crítica, o crítico Marcelo Janot disse que ia analisar dois filmes. Disse que ia provar que 8 1/2 era bom, e que 127 Horas era ruim. Aproveitei o fim de semana para rever 127 Horas, e ver pela primeira vez 8 1/2, um dos filmes mais famosos de Federico Fellini.

A trama traz um alter ego do Fellini, o diretor de cinema Guido (Marcello Mastroianni), que sofre de bloqueio criativo enquanto é cercado por pessoas envolvidas na sua próxima produção. No meio dessa onda metalinguística, Fellini encaixa várias citações autobiográficas.

8 1/2 frequenta 9 entre 10 listas de melhores filmes por aí. O filme é realmente muito conceituado – dei uma pesquisada pela internet, é papo de Cidadão Kane, Poderoso Chefão e 8 1/2, um ao lado do outro. Por isso, a espectativa era alta. Mas… Será que posso dizer que não gostei?

O filme é uma grande egotrip do diretor. A impressão que a gente tem é que Fellini estava completamente perdido (assim como o seu Guido), e saiu filmando qualquer coisa!

(E isso se a gente for benevolente. Porque a outra interpretação para o parágrafo acima seria “Fellini é um picareta que, sem ter algo sólido para filmar, enrolou por pouco mais de duas horas.”)

O roteiro, cheio de simbolismos pouco interessantes pra quem não é fã do diretor, é vazio. Uma prova disso é o próprio título do filme: o “oito e meio” não tem nada a ver com o filme em si, é porque Fellini já tinha feito antes sete filmes e “meio” – na verdade, fizera antes um quarto do filme Boccaccio 70. Ou seja, o próprio Fellini não sabia o que ia filmar!

O pior é que ele já desconfiava que isso podia dar errado. Tanto que criou um crítico como um dos personagens principais, que passa quase o tempo todo falando mal do filme enquanto ele é feito. E em alguns momentos, concordei com ele, quando ele falou coisas como: “Bem, à primeira vista, vê-se que a falta de uma ideia problemática, ou, se quiser, de uma premissa filosófica, transforma o filme numa suíte de episódios totalmente gratuitos e até divertidos, na medida do seu realismo ambíguo. Perguntamo-nos o que os autores realmente querem.” É, o cara estava perdido…

Mesmo assim, o filme não é de todo ruim. Fellini não tinha uma história nas mãos, mas ele era talentoso e sabia como colocar as imagens na tela. Algumas partes são muito boas, como por exemplo a sequência inicial, do pesadelo; ou a sequência onde Guido está cercado de mulheres no lugar onde ele tomava banho quando criança.

A bela fotografia em preto e branco é outro destaque, assim como a inspirada trilha sonora de Nino Rota, apesar desta trazer um problema: rola um tema no final que é igualzinho ao tema de O Poderoso Chefão, do mesmo Rota. Ok, 8 1/2 veio antes. Mas O Poderoso Chefão é mais famoso…

O resultado final não me agradou. Fiquei com a impressão de que é um filme feito apenas para os apreciadores de Federico Fellini e seu estilo cheio de simbolismos, surrealismo, elementos circenses e mulheres gordas e feias. E, para o espectador “normal”, o filme não funciona…

Quem sabe daqui a alguns anos heu vejo o filme de novo e revejo a minha crítica… Mas, por enquanto, o Fellini ficou devendo…

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p.s.: Depois de rever 127 Horas, notei algumas falhas, como a queda de ritmo no terço final e algumas incoerências do roteiro. Mas mesmo assim, não acho um filme tão ruim assim como o Janot pichou…

Top 10: Melhores Filmes de Humor Negro




Top 10: Melhores Filmes de Humor Negro

Outro dia o leitor DanielFGS me mandou várias sugestões de Top 10, algumas muito boas. E aqui está a primeira: um Top 10 de filmes de humor negro.

Não sei se o humor negro ainda vai sobreviver por muito tempo neste nosso mundo cada vez mais politicamente correto. Afinal, é “feio” rir da desgraça alheia. Mas heu admito que gosto muito deste tipo de humor. Sim, sei que sou uma pessoa ruim por isso, acho que não vou pro céu…

Mas, vamos aos filmes. Essa é um daquelas listas com muitas opções. Dava pra fazer um Top 20 fácil, fácil. Tem MUITO filme bom usando o tema. Pra escolher 10, tive que deixar de fora títulos como Crimewave – Dois Heróis Bem Trapalhões, Mamãe é de Morte, Papai Noel Às Avessas, MASH, Delicatessen, Ensina-me a Viver, Fido – O Mascote, Zumbilândia, Os Fantasmas se Divertem, Noiva Cadáver, Comendo os Ricos… É, a lista “de fora” também é boa…

Bem, vamos aos 10. Em ordem decrescente…

10. Família Addams

Os dois filmes feitos nos anos 90 sobre a famosa família mórbida abrem a nossa lista. Personagens como Gomez, Mortícia, Vandinha, Feioso, Tio Chico, Tropeço e Mãozinha são ao mesmo tempo macabros e adoráveis. Teve um terceiro filme em 1998, mas com outra história e outro elenco…

9. Crime Ferpeito

Os filmes de Àlex de la Iglesia têm sempre um pouco de humor negro, mesmo os que não são comédia (como Ação Mutante e O Dia da Besta). Crime Ferpeito é o seu melhor filme neste estilo de humor, com a história de um vendedor galã que traça planos para matar a colega feiosa.

8. Matadores de Velhinha

Metade da filmografia dos Irmãos Coen tem um pé no humor negro. Filmes como Arizona Nunca Mais e Queime Depois de Ler poderiam estar nesta lista. Mas, imho, o seu filme mais representativo no estilo é Matadores de Velhinha, com seu grupo de assaltantes que precisa matar uma senhorinha.

7. Planeta Terror

O projeto Grindhouse, de Tarantino e Robert Rodriguez, era uma homenagem aos filmes vagabundos dos anos 70. A parte de Rodriguez é um divertidíssimo trash que conta a história de um gás venenoso que transforma as pessoas em zumbis canibais. Escatologia e gargalhadas à vontade!

6. Monty Python – O Sentido da Vida

Tinha muito humor negro no estilo do genial grupo inglês Monty Python. E o filme O Sentido da Vida traz algumas piadas muito boas no gênero, como as esquetes da máquina que faz “bing”, da doação de órgãos e a família católica vs a família protestante.

5. Uma Noite Alucinante

Sam Raimi surgiu no início dos anos 80 com o excelente Evil Dead- A Morte do Demônio, de 1981. Seis anos depois, ele lançou Evil Dead 2 – Uma Noite Alucinante, uma continuação que na verdade parecia uma refilmagem, mas transformando o terror em comédia.

4. Dr. Fantástico

Clássico de Stanley Kubrick, de 1964, Dr. Fantástico – Ou Como Aprendi a Parar de Me Preocupar e Amar a Bomba (sim, este é o nome completo aqui no Brasil) é uma comédia satirizando a corrida nuclear. Peter Sellers, ótimo, interpreta três papeis.

3. Todo Mundo Quase Morto

Simon Pegg estrela esta comédia meio trash dirigida por Edgar Wright (em cima de um roteiro escrito pelos dois), que faz piada em cima de todos os clichês de filmes de zumbi. Várias cenas antológicas e hilárias, como os personagens andando imitando zumbis, para se disfarçarem.
http://blogdoheu.wordpress.com/2011/06/21/todo-mundo-quase-morto/

2. A Pequena Loja dos Horrores

Uma planta carnívora alienígena precisa de sangue humano pra se alimentar. O filme tem cara de trash, mas é muito bem feito. É o melhor filme de Frank Oz, especialista em filmes com bonecos – a planta se mexe, fala e canta. E a trilha sonora é sensacional.
http://blogdoheu.wordpress.com/2009/02/01/a-pequena-loja-dos-horrores/

1. Fome Animal

Peter Jackson é mais conhecido pela trilogia O Senhor dos Aneis. Mas, antes da fama, ele fez três filmes trash na sua Nova Zelândia natal. Este Fome Animal é o melhor dos três, uma comédia / terror onde um macaco-rato da Sumatra transforma as pessoas em zumbis. Clássico!

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