Crítica – Transformers 3: O Lado Oculto da Lua
Confesso que não sou fã da franquia Transformers – aliás, nunca achei graça no brinquedo, nem no desenho animado. Mas a crítica falou que este era melhor que o segundo, aí resolvi dar uma chance.
Neste terceiro filme, os Autobots descobrem que existe uma nave de Cybertron no lado escuro da Lua, e precisam pegar antes dos Decepticons.
Não há muito o que se falar aqui. Transformers 3 é tudo o que se espera de um filme dirigido pelo Michael Bay sobre carros-robôs: muita ação e pouco cérebro. E o resultado final fica devendo, assim como nos dois primeiros filmes…
Talvez o filme não fosse tão ruim se se preocupasse com alguns “pequenos” detalhes, como a duração – ninguém merece duas horas e quarenta minutos de uma história fraca.
Aliás, acho que a “história fraca” é pior que a “duração excessiva”. O roteiro tem tantas inconsistências que se heu fosse listar, não acabava hoje. Por exemplo: como é que um cara recém formado, cheio de contatos, que acabou de ganhar uma medalha do presidente, está desempregado?
Mas tem mais, muito mais. Toda a sequência onde Shia Labeouf conhece Frances McDormand no galpão é patética. Se a Frances McDormand fosse tão poderosa, o casal seria preso imediatamente. E aquele diálogo entre ela e o Sentinel Prime é completamente sem sentido.
Pra piorar, o filme é repleto de personagens secundários com alívios comicos sem graça: os dois robôzinhos, o John Turturro, o Ken Jeong (Se Beber Não Case)…
Mesmo assim, nem tudo se joga fora. Os efeitos especiais são de primeira linha. Algumas sequências são boas – gostei da parte do prédio “caindo”. Gostei também do esquema meio Forest Gump pra mostrar presidentes antigos no início do filme.
Sobre o elenco, o nome de Steven Spielberg na produção ajuda a trazer bons nomes para os papeis secundários – além dos já citados Turturro, McDormand, LaBeouf e Jeong, o filme ainda tem John Malkovich, Patrick Dempsey, Josh Duhamel e as vozes de Hugo Weaving e Leonard Nimoy em robôs. E ainda tem Rosie Huntington-Whiteley como a “bonitinha da vez” – como Megan Fox brigou com a produção, tinham que arranjar outra pra vaga dela. Rosie é tão bonita quanto, e tem uma característica parecida: lábios grossos – na minha humilde opinião, grossos demais…
Pra finalizar, preciso dizer que não entendi o nome original: “The Dark of The Moon” – que bom que não traduziram ao pé da letra, “O Escuro da Lua”…