Doghouse

Crítica – Doghouse

Não sei por que motivos, alguns filmes passam quase desapercebidos por aqui. Não são lançados nos cinemas, e se são lançados em dvd, isso acontece de maneira discreta. Mais: sites de notícias sobre filmes os ignoram. Isso aconteceu com 4.3.2.1, bom filme que heu vi no fim do ano passado (e não conheço mais ninguém que viu); o mesmo digo sobre este Doghouse.

Um grupo de amigos – todos homens – vão viajar para uma cidadezinha pequena pra ajudar um deles a superar o divórcio. Mas ao chegarem lá, descobrem que um vírus infectou todas as mulheres a as tranformou em uma espécie de zumbi canibal.

Doghouse tem um clima trash delicioso! O filme fica naquela linha entre o terror e a comédia de humor negro. Algumas cenas são assustadoras, mas, no geral, é divertidíssimo. Rolam muitas piadas politicamente incorretas sobre o assunto “homens vs mulheres”.

Ok, algumas piadas são bobas – eles vestidos de mulher parece uma cópia sem graça da famosa cena de Todo Mundo Quase Morto. Mas, de um modo geral, o roteiro do estreante Dan Schaffer acerta em dividir a ação entre os vários personagens. Não há exatamente um protagonista, o filme é dividido pelo grupo, cada um com sua personalidade, cada um com as suas situações.

O elenco é cheio de gente pouco conhecida aqui. Na verdade, só reconheci dois atores, Stephen Graham, de Snatch, e Noel Clarke, do já citado 4.3.2.1. Mas o grupo funciona bem, como falei, gostei da dinâmica entre os personagens. E sobre as mulheres, bem, tirando a motorista do ônibus, todas as outras estão sob o efeito do vírus…

O filme tem gore na quantidade certa, e uma coisa incomum: mulheres infectadas meio zumbis, mas ainda sexy. Isso não se vê todos os dias!

O diretor Jake West dirigiu em 2005 um outro filme, chamado Evil Aliens. Já estou baixando…

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Se você gosyou de Doghouse, o Blog do Heu recomenda:
Matadores de Vampiras Lésbicas
Todo Mundo Quase Morto
Fido – O Mascote
Planeta Terror

Top 10: Melhores Vilões

Top 10: Melhores Vilões

Heróis são legais. Mas todos concordam que vilões são ainda mais legais!

Quando heu era pequeno, a gente torcia pelo Luke Skywalker, claro. Mas, lá no fundo, todos concordavam que o Darth Vader era muito mais interessante!

Tanto vilões são interessantes, que agora que terminei a lista, vi que 4 dos 10 nomes escolhidos deram Oscars a seus intérpretes…

Vou então listar aqui os melhores vilões do cinema. Mas, como sempre, alguns vilões memoráveis ficaram de fora. Menção honrosa para Norman Bates (Psicose), Hans Gruber (Duro de Matar), Lestat (Entrevista com o Vampiro), Kahn (Star Trek 2), Gru (Meu Malvado Favorito), Agente Smith (Matrix), Bruxa Má do Oeste (Mágico de Oz), Salieri (Amadeus), Max Cady (Cabo do Medo), John Ryder (A Morte Pede Carona), Tommy DeVito (Os Bons Companheiros), Ming (Flash Gordon), Cruella De Vil (101 Dálmatas) e o motorista de caminhão de Encurralado.

(Freddy Krueger, Jason Vorhees e Michael Myers são outro tipo de vilão. Em breve eles estarão em outro Top 10!)

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Vamos aos vilões?

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10- Dr. Evil – trilogia Austin Powers

O homem por trás de projetos malignos como tentar destruir a camada de ozônio, ou então desmoralizar o casamento do príncipe Charles, e assim extorquir um milhão de dólares do governo. Gosta de dar nomes “criativos” aos seus planos, como  “Alan Parsons Project”.

9- Keyser SozeOs Suspeitos

Não dá pra falar muito sem entregar spoilers. Mas podemos afirmar que o misterioso Keyser Soze, responsável pela chacina no cais, com 27 mortos e 91 milhões de dólares desaparecidos, é um cara muito inteligente e muito perigoso.

8- ScarRei Leão

É o invejoso e maquiavélico irmão do rei leão Mufasa, que planeja livrar-se do sobrinho Simba e assumir o trono, nesta trama que remete à Shakespeare. Um dos melhores desenhos dos anos 90, foi, ao lado de Alladin e A Bela e a Fera, um dos marcos iniciais da “ressurreição” da Disney.

7- Voldemort – saga Harry Potter

O mais poderoso bruxo das trevas de todos os tempos, “Aquele Cujo Nome Não Deve Ser Pronunciado” pretende controlar o mundo mágico, ganhar a imortalidade e espalhar a superioridade dos “sangues-puros”.

6- Anton ChigurhOnde Os Fracos Não Têm Vez

Um assassino cruel, sem remorsos ou qualquer compaixão pelo outros. Usa uma “pistola de dardo cativo”, uma arma usada para normalmente para matar gado. Uma das melhores interpretações da carreira de Javier Bardem.

5- Jack TorranceO Iluminado

Neste clássico de Stanley Kubrick, o escritor Jack Torrance aceita o emprego de zelador no isolado e gelado hotel Overlook, sem saber que forças sobrenaturais malignas do passado habitam o local. Magistral interpretação de Jack Nicholson.

4- KakiharaIchi the Killer

O sado-masoquista Kakihara não tem limites, seu prazer é causar dor e sentir ainda mais dor, e sua grande razão de viver é encontrar o assassino que vai derrotá-lo. Uma das melhores coisas do recente cinema oriental.

3- Hannibal LecterO Silêncio dos Inocentes

Inteligentíssimo, Hannibal Lecter, o psiquiatra canibal, condenado à prisão perpétua por nove assassinatos, ajuda o FBI a procurar um serial killer. O problema é que ele consegue engendrar uma espetacular fuga. Anthony Hopkins em atuação que levou Oscar.

2- JokerBatman O Cavaleiro das Trevas

Quando foi noticiado que Heath Ledger iria ser o novo Coringa, fãs de Jack Nicholson torceram o nariz. Mas Ledger surpreendeu e criou um Coringa antológico, muito melhor que o anterior. Pouco depois, Ledger pirou e se matou. E ainda ganhou um Oscar póstumo.

1- Darth Vader – Trilogia Clássica Guerra nas Estrelas

Simplesmente um dos maiores ícones do cinema do sec XX. Parte humano, parte máquina, Lorde Vader vestia uma armadura negra com capa e capacete, usava um sabre de luz vermelho, e ainda tinha uma respiração forte e uma voz potente e metálica que davam medo.

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Lanterna Verde

Crítica – Lanterna Verde

Mais um filme de super herois…

O piloto de testes Hal Jordan ganha de um alienígena um anel mágico que traz poderes fantásticos a quem o usa, e o torna parte de um time de 3.600 guardiões da paz no universo.

O Lanterna Verde não é um dos super-herois mais famosos da DC – é difícil competir com Batman e Superman em termos de popularidade. Mas é um heroi com um universo rico, daria pra fazer muita coisa se o filme estivesse nas mãos certas. Pena que o diretor Martin Campbell não tem esse perfil. Lanterna Verde não é ruim, mas fica alguns degraus abaixo de produções recentes como Batman O Cavaleiro das Trevas e Homem de Ferro. Nas mãos de Campbell, temos um filme burocrático.

Bem, pelo menos hoje existe a cartilha de “como fazer um filme de super-heroi”. Com um bom ritmo, efeitos especiais competentes e um elenco bem escolhido, Lanterna Verde funciona redondinho.

No elenco, Ryan Reynolds foi contestado – fãs acharam que o seu estilo destoava do heroi. Mas não achei que ele foi mal – não conheço a personalidade do Hal Jordan dos quadrinhos, mas no filme, não achei ruim. Gostei do elenco, o que me incomodou foi outra coisa: um Peter Sarsgaard maquiado para parecer mais velho sendo filho do Tim Robbins. Detalhe que Robbins só é treze anos mais velho que Sarsgaard! Ainda no elenco, Blake Lively, Mark Strong, Angela Basset e Temuera Morrison (as versões com o áudio original trazem a voz de Clancy Brown como Parallax).

Os efeitos especiais são muito bons, com um porém: a produção optou por não usar uma fantasia em Ryan Reynolds, e sim criar seu uniforme em cgi. Na boa? Ficou esquisito. Acho que esse é um daqueles casos que a gente vai rever daqui a alguns anos e achar muito tosco, não precisava disso… Fora isso, os efeitos são bons, o planeta Oa é bem feito, assim como os muitos alienígenas diferentes que também portam o anel.

Quem me acompanha aqui no blog sabe que não tenho o hábito de ler quadrinhos. Mas pelo que li por aí, como adaptação, Lanterna Verde tinha potencial para ser melhor, mas não vai decepcionar os apreciadores do estilo.

Último aviso: como já é tradição, tem uma cena durante os créditos. Uma cena importante para a a provável continuação…

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Batman O Cavaleiro das Trevas
Thor
Watchmen

Passe Livre

Crítica – Passe Livre

Rick e Fred recebem de suas esposas um presente incomum: um passe livre – uma semana de férias do casamento, sem cobranças posteriores. Mas eles descobrem que a vida de solteiro não é o que eles pensavam.

Trata-se do filme novo dos irmãos Bobby e Peter Farrelly, os mesmos de Quem Vai Ficar Com Mary e Antes Só do que Mal Casado. Quem conhece a carreira dos irmãos sabe que eles sempre andam em cima daquela linha que fica entre o humor grosseiro e a piada de mau gosto. Digo isso porque os caras, quando acertam, são geniais – vide a engraçadíssima cena da Cameron Diaz com esperma no cabelo. Mas, muitas vezes, a baixaria é tão grande que a piada perde a graça…

Passe Livre (Hall Pass, no original) tem algumas piadas de gosto duvidoso – fazer piadas com fezes não é algo engraçado, pelo menos na minha humilde opinião. Mas, mesmo assim, não é tão baixaria quanto outros títulos da dupla. Apesar de algumas escorregadas desnecessárias, o filme é divertido.

No elenco, nenhum destaque, nem positivo, nem negativo. Owen Wilson segue interpretando o mesmo papel de sempre, acompanhado do menos conhecido Jason Sudeikis. As esposas, Jenna Fischer e Christina Applegate, têm papeis fáceis e previsíveis. A única surpresa do elenco é Richard Jenkins interpretando um papel que nada tem a ver com o que ele costuma fazer, o solteirão convicto Coakley. E Nicky Whelan é a candidata a “bonitinha da vez”.

Uma coisa que me incomodou um pouco foi a previsibilidade. Tudo é muito clichê, tudo a gente adivinha muito antes. Boa parte do filme perde a graça por causa disso. Como é uma comédia, isso é um problema sério…

Mas, pra quem estiver sem grandes expectativas, Passe Livre pode ser uma boa opção.

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Se Beber Não Case

Alta Fidelidade

Crítica – Alta Fidelidade

Desde que comecei a fazer meus Top 10, tenho vontade de rever este Alta Fidelidade, de 2000, onde o protagonista também gosta de criar listas.

Adaptação do livro homônimo de Nick Hornby, Alta Fidelidade é um dos melhores filmes do diretor Stephen Frears. Rob Gordon (John Cusack), dono de uma loja de discos de vinil e com mania de fazer listas de Top 5, vive uma crise dos trinta ao se separar de mais uma namorada.

Os Top 5 de Alta Fidelidade são quase todos ligados à música. Mas um deles, o Top 5 de piores separações, é a linha que guia o filme. Acho que é isso o que torna tão interessante. Por um lado, é um filme delicioso para apreciadores de música de um modo geral e amantes de discos de vinil em particular; por outro lado, é a velha história do cara que gosta da garota.

No elenco, um inspirado John Cusack é o nome do filme. Fica difícil imaginar Rob Gordon sem o rosto de Cusack, que inclusive usa diversas vezes o artifício de “quebrar a quarta parede” para maior empatia com a sua audiência. Além dele, o elenco conta com um Jack Black um pouco menos exagerado que o atual, Tim Robbins, Catherine Zeta-Jones, Lisa Bonet, Joan Cusack, Lili Taylor e os desconhecidos Iben Hjejle e Todd Louiso.

Em nenhum momento Alta Fidelidade tem a pretensão de ser um filme grandioso. Assim, com clima intimista, o filme conquistou muitos fãs pelo mundo – incluindo este que vos escreve.

Pra fechar, vou montar a minha lista pessoal de Top 5 – de discos, afinal, sobre filmes, vocês podem ler diversos posts pelo blog…

Top 5 melhores discos do Heu
1- Brain Salad Surgery – ELP
2- A Night At The Opera – Queen
3- Machine Head – Deep Purple
4- Jardim Elétrico – Os Mutantes
5- Nós Vamos Invadir a Sua Praia – Ultraje a Rigor

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Se você gostou de Alta Fidelidade, o Blog do Heu recomenda:
500 Dias Com Ela
Quase Famosos
Escola do Rock
Across The Universe

Diário de um Banana

Crítica – Diário de um Banana

No sábado, chamei minha filha pra ver um filme da minha época, Os Goonies. No domingo, ela me chamou pra ver um da sua época, este Diário de um Banana.

Na adaptação do livro homônimo (Diary of a Wimpy Kid no original), Greg Heffley (Zachary Gordon) tem 13 anos de idade e sofre problemas por falta de popularidade. E está numa fase perigosa na escola, onde outros colegas já cresceram, enquanto ele continua com a aparência de criança.

Uma explicação pros adultos sem filhos: Diário de um Banana é uma série de livros pra garotada. Já são quatro volumes, mais um especial “faça o seu próprio diário”. Não li nenhum deles, mas minha filha, que leu todos, disse que a adaptação foi boa.

Como cinema, Diário de um Banana tem um grande mérito: é um “filme família” que não insulta a inteligência do espectador – o filme não usa os clichês óbvios. O diretor Thor Freudenthal é o mesmo de Um Hotel Bom Pra Cachorro, filme cheio dos tais clichês óbvios. Aqui a estrutura é outra, vamos seguindo o diário de Greg ao longo de seus problemas de adaptação ao mundo. E, para dar mais leveza à narrativa, rolam alguns desenhos adaptados do livro como elos de ligação entre algumas cenas.

Leve, engraçado, despretensioso – Diário de um Banana consegue ser uma boa diversão tanto pra criançada quanto pros pais!

O elenco já foi escalado pensando nas continuações. Zachary Gordon, com 11 anos, interpreta o protagonista Greg, de 13 – boa sacada, dá tempo pra fazer outros filmes antes dele ficar com cara de mais velho. A boa surpresa do elenco (pra mim) foi Chloe Moretz, de Kick-Ass e Deixe-me Entrar, como a menina esquisita mais velha. Ela tem um papel importante, mas pequeno, espero que sua participação cresça nos próximos filmes. Ainda no elenco, Steve Zahn, Rachael Harris e os meninos Robert Capron e o engraçado Grayson Russell, o ruivinho sem noção.

Diário de um Banana não foi lançado nos cinemas daqui, só em dvd. Enquanto isso, a parte 2 (Diary of a Wimpy Kid: Rodrick Rules) desbancou Sucker Punch nas bilheterias no fim de semana do lançamento americano…

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Se você gostou de Diário de um Banana, o Blog do Heu recomenda:
Toy Story 3
A Pedra Mágica
As Crônicas de Spiderwick

Os Goonies

Crítica – Os Goonies

Empolgado com o elenco infanto-juvenil de Super 8, chamei minha filha de dez anos pra rever Os Goonies!

Todos conhecem a sinopse, não? Um grupo de garotos embarca em uma aventura atrás do tesouro do pirata Willie Caolho, pra tentar levantar dinheiro para salvar suas casas da hipoteca.

Lançado em 1985, Os Goonies é simplesmente uma das melhores aventuras do cinema na década de 80. Mesmo revendo hoje, o filme continua delicioso!

Dirigido pelo grande Richard Donner (Superman, Máquina Mortífera), Os Goonies tem um ótimo roteiro escrito por Chris Columbus (que depois dirigiria filmes como Percy Jackson e o Ladrão de Raios e os dois primeiros Harry Potter), baseado em uma genial história de Steven Spielberg. Qual a criança ou adolescente que não se empolgaria com uma caça ao tesouro de um pirata, andando por cavernas cheias de armadilhas, tendo perigosos bandidos seguindo seus passos?

O elenco é ótimo. Era o primeiro filme para cinema do protagonista Sean Astin (Mikey), hoje mais conhecido como o Sam de O Senhor dos Aneis. Josh Brolin (Brand), também estreante, passou vários anos fazendo filmes de menor importância, mas, de 2007 pra cá, a carreira do cara deslanchou, e ele fez, entre outros, filmes como Planeta Terror, Onde os Fracos Não Têm Vez, W., Wall Street, Você Vai Conhecer o Homem dos seus Sonhos e Bravura Indômita – chegou a ser indicado ao Oscar de melhor ator cadjuvante por Milk. Corey Feldman (Bocão) já tinha feito outros filmes, incusive Gremlins, um ano antes – e depois se firmaria como uma das grandes estrelas jovens de Hollywood nos anos 80, com títulos como Conta Comigo e Garotos Perdidos. Ke Huy Quan (Dado) nunca foi um grande nome, mas tinha feito um dos principais coadjuvantes de Indiana Jones e o Templo da Perdição um ano antes. Só Jeff Cohen (Bolão) que nunca fez nada mais relevante. (As meninas Kerri Green e Martha Plimpton tiveram algum sucesso na época, mas nada tão importante quanto Goonies).

O roteiro é muito bom, mas não o acho perfeito. Não gostei da perseguição dos Fratelli, no fim do filme. Acho que hoje em dia estamos acostumados com um maior realismo, por isso o tom cartunesco me pareceu caricato demais. Mas nada que atrapalhe o resultado final: um dos filmes mais divertidos da década!

Se você já viu, reveja. E se não viu, faça um favor a si mesmo e alugue / compre / baixe!

p.s.: A bola fora é a edição nacional do dvd e do blu-ray. Nenhum dos dois tem dublagem em português! Custava deixar a dublagem como opção?

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Se você gostou de Os Goonies, o Blog do Heu recomenda:
Super 8
Os Caça-Fantasmas
As Múmias do Faraó
Gremlins

Lado a Lado com um Assassino

Crítica – Lado a Lado com um Assassino

Galia é uma assassina que trabalha para a máfia local contra sua vontade. Eleanor é uma caixa de supermercado que apanha do marido e sonha com o dia que vai conseguir fugir dele. Vizinhas, elas se juntam contra os seus opressores.

Interessante produção franco-israelense, falado em inglês, russo e hebraico, Lado a Lado com um Assassino (Kirot, no original) não é um grande filme. Mas ganha pontos justamente por não ser pretensioso.

Lado a Lado com um Assassino é um eficiente filme de ação. O que o diferencia de muitas outras produções por aí é a bem trabalhada relação entre as duas personagens femininas, juntas e individualmente, cada uma com o seu problema.

No elenco, o único nome conhecido é o da ucraniana Olga Kurylenko, de Hitman, Centurião, Max Payne e 007 – Quantum Of Solace. Ninette Tayeb (que só tem este filme no currículo!) faz o outro papel.

Não vai mudar a vida de ninguém, mas pode ser um bom passatempo.

A Árvore da Vida

Crítica – A Árvore da Vida

Mais uma polêmica em cartaz nos cinemas cariocas!

O novo filme do cultuado Terrence Malick conta a história de uma família com três irmãos nos anos 50. O filme foca no irmão mais velho, desde a infância até a perda da inocência.

Trata-se de uma polêmica bem diferente da última. Enquanto Srpski Film (A Serbian Film – Terror Sem Limites) foi censurado em vários países, A Árvore da Vida traz uma recomendação oposta: ganhou a Palma de Ouro no último Festival de Cannes. Se um chega cercado de coisas negativas, o outro vem super badalado.

Mas então por que a polêmica? Fácil. A Árvore da Vida é um filme cabeça, cheio de momentos “herméticos”. Mas o público “normal”, que vai ao cinema pra ver “um filme que tem o Brad Pitt e um bebê fofinho no cartaz”, não sabe que vai ver um filme de arte. E, muitas vezes, reclama em voz alta – na sessão que fui, no Unibanco Arteplex, teve discussão entre espectadores revoltados com o filme. E pelo que tenho lido por aí, discussões e brigas têm sido constantes nas salas de cinema!

O diretor Terrence Malick é um sujeiro esquisitão. Não gosta de aparecer em fotos (tinha isso no contrato dele em Além da Linha Vermelha), e faz filmes em um ritmo diferente da maioria. Este é apenas o seu quinto filme – e seu primeiro foi em 1973, 38 anos atrás! Bem, pelo menos admito que o cara tem talento ao capturar belas imagens.

Mas, na minha humilde opinião, Malick se perdeu. As cenas de planetas e dinossauros são completamente desnecessárias. São uns vinte minutos de imagens aleatórias, sem diálogos, só com música erudita ao fundo. Admito, imagens belíssimas. Mas dispensáveis.

(Posso estar enganado, mas a impressão que tive é que Malick queria evocar 2001, Uma Odisseia no Espaço. Imagens espaciais e música clássica. O problema é que Malick não é Kubrick…)

Outra coisa dispensável é a participação de Sean Penn. Sean Penn no escritório, Sean Penn no elevador, Sean Penn andando em uma grande cidade. Tire essas cenas, o filme não perde nada – na verdade, o filme ficaria menos cansativo. O mesmo digo sobre frases soltas, em off, espalhadas pelas cenas contemplativas.

Apesar disso tudo, A Árvore da Vida não é ruim. Acho que a única parte que achei realmente ruim foi o momento “Nosso Lar”, com todo o elenco junto na praia…

Vamos falar do que funciona. A parte do Brad Pitt e sua família é boa. Os personagens são bem construídos, os atores estão ótimos, e a reconstituição de época é perfeita.

Sobre o elenco, Brad Pitt está excelente – não sei se é cedo, mas não me espantarei se ele for um dos favoritos ao Oscar 2012. A mãe interpretada pela desconhecida Jessica Chastain traz o equilíbrio perfeito para o papel de Pitt. O garoto Hunter McCracken, estreante, também manda bem.

Além disso, o filme tem um visual realmente bonito. A gente vê o cuidado de Malik em cada cena, são vários os momentos belos e contemplativos ao longo das quase duas horas e vinte minutos de duração.

Mas, como disse antes, A Árvore da Vida não é para todos. Arrisco a dizer que a maioria não vai gostar. Heu não gostei, me cansei um pouco de filmes cabeça… Assista por sua conta e risco! Só não vale discutir no cinema, ok?

Top 10: Filmes doentios

Top 10: Filmes doentios

A recente (e absurda) censura a Srpski Film (A Serbian Film – Terror Sem Limites) me convenceu a montar este Top 10 de filmes doentios. Na verdade, heu tive essa ideia há um tempo atrás. Mas esse não é o tipo de filme que gosto de recomendar, então deixei a ideia de lado. Agora, como a polêmica sobre a censura está no ar, resolvi terminar o Top 10…

Pensei muito sobre a inclusão ou não de Laranja Mecânica, afinal, trata-se de um filme muito violento. Mas o deixei de fora porque, diferente dos outros da lista, Laranja Mecânica é um filme muito bom, que sempre recomendo!

Priorizei filmes que heu já assisti. Só vi os sete primeiros da lista. Mas, pelo que li dos três outros filmes, eles também merecem estar aí.

Vamos aos filmes? Mas antes, lembrem-se: heu não recomendo nenhum deles!

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10. Begotten (1990)

Achei essa sinopse na internet: “São 78 longos minutos de imagens sombrias e perturbadoras com direito a tripas escorrendo, sexo oral explícito, auto-flagelação, estupro e muuuita blasfemia.” Não vi, acho que nem quero ver…

9. Nekromantik (1987)

Homem que trabalha com resgate de corpos aproveita para roubar cadáveres para fazer sexo. Chega a rolar um sexo a três envolvendo sua esposa. Ainda tem espaço para crueldade com animais e auto-mutilação. Tenho esse filme baixado há tempos, nem sei quando vou ver.

8. Guinea Pig (1985)

Série japonesa de filmes de terror, feita para parecer filme amador. Olha a sinopse do imdb: “A group of guys capture a young girl with the intent of hurting her. They torture her in many ways, from beating her to putting a sharp piece of needle-like metal through her eye which pierces across her retina”.

7. Funny Games (1997)

Antes de ganhar a Palma de Ouro em Cannes e ser indicado ao Oscar por A Fita Branca, Michael Haneke fez este pequeno filme onde dois homens barbarizam uma família em um lindo cenário de quebra-cabeça. O próprio Haneke dirigiu a refilmagem hollywoodiana em 2007, mas ainda não vi.

6. A Invasora / A l’Interieur (2007)

Muito gore em um filme que não tem nada de terror sobrenatural. A violência – física e psicológica – é “real”: uma mulher louca e violentíssima simplesmente invade uma casa e começa a cometer barbaridades. Poucas vezes vi tanto sangue pelas telas!

http://blogdoheu.wordpress.com/2009/02/12/a-linterieur-inside/

5. Cannibal Holocaust (1980)

O diretor italiano Ruggero Deodato chegou a ser preso, porque acharam que as cenas chocantes eram reais, neste documentário fake. As cenas de morte, estupro e tortura são encenadas. Mas as mortes gráficas de animais realmente aconteceram.

4. Serbian Film (2010)

Um ator pornô aposentado é drogado e acorda três dias depois, e refaz seus passos pra descobrir o que aconteceu. Violência, tortura, assassinato, necrofilia, pedofilia… O filme pega pesado nas cenas chocantes, com sexo quase explícito. A parte final do filme é um soco na cara do espectador.

3. Pink Flamingos (1972)

Talvez o filme mais bizarro e nojento da história. Sexo explícito incestuoso, sexo com uma galinha viva no meio, canibalismo, um tal “Singing Asshole”… É aqui que rola a famosa cena onde o travesti Divine come as fezes de um cachorrinho, sem cortes.

http://blogdoheu.wordpress.com/2009/03/03/pink-flamingos/

2. Irreversível (2002)

O filme traz duas das mais violentas cenas já vistas. A longa cena de estupro é um dos momentos mais desconfortáveis da história do cinema; a cena do extintor não fica muito atrás.

1. Saló ou os 120 Dias de Sodoma (1975)

Clássico de Pier Paolo Pasolini, Saló mostra quatro fascistas que levam um grupo de dezesseis jovens para um castelo, onde realizam experiências baseadas nas obras do Marquês de Sade: os Círculos das Taras, da Merda e do Sangue. Não conheço ninguém que viu esse filme e saiu ileso.

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Em breve, um Top 10 mais agradável… 😉

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