Star Wars Ep II – O Ataque dos Clones

Crítica – Star Wars Ep II – O Ataque dos Clones

Continuemos com a saga Star Wars!

Neste segundo episódio, Anakin Skywalker vira guarda-costas de Padmé Amidala, e começa a rolar um clima entre eles. Enquanto isso, uma investigação de Obi-Wan Kenobi o leva a descobrir um exército de clones.

Dirigido novamente por George Lucas, O Ataque dos Clones não é uma obra prima, mas é bem melhor que o episódio anterior, A Ameaça Fantasma. Ok, admito que, em certos momentos, o ritmo é arrastado. Mas em compensação, temos sequências eletrizantes, como a briga entre Obi Wan e Jango Fett, ou toda a parte final na arena. Era isso o que os fãs sempre sonharam: ver jedis em ação!

(Temos que admitir que algumas das sequências parecem ser criadas para vender videogames, como a perseguição no início ou o Anakin na “fábrica de robôs”. Mas mesmo assim as cenas são muito boas.)

Uma das falhas do primeiro filme foi corrigida. Jar Jar Binks aparece bem menos aqui. E não é que ele tem uma participação discreta e importante?

O visual do filme é muito legal. No início do filme, Coruscant até lembra Blade Runner. A fábrica de clones em Kamino é belíssima; e o planeta Geonosis traz paisagens e alienígenas interessantes.

No elenco, perdemos Liam Neeson (Qui Gon Jin), mas ganhamos Christopher Lee como o vilão Conde Dooku (Conde Dookan na versão brasileira). Ewan McGregor e Natalie Portman agora dividem a tela com o até então desconhecido Hayden Christensen – tá, Christensen não é grandes coisas como ator, mas não atrapalha, pelo menos na minha opinião. Ainda no elenco, Samuel L Jackson, Frank Oz, Ian McDiarmid e Temuera Morrison.

(Sobre os nomes: deve ter algum brasileiro de sacanagem na Lucasfilm. O Ep I tinha um Capitão Panaka. Aqui, rola o Conde Dooku e o Lord Syfodias – que foi traduzido como Zaifo-vias. E no Ep III tem a Pau City! Impossível ser coincidência…)

O filme, propositalmente, não tem fim. Mas o terceiro episódio, A Vingança do Sith, é o próximo da fila!

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Professora Sem Classe

Crítica – Professora Sem Classe

Elisabeth Halsey (Cameron Diaz) é uma professora fora dos padrões: desbocada, gosta de beber e de fumar maconha, não dá bola para os seus alunos e só quer saber de juntar dinheiro para uma cirurgia para aumentar os seios. Abandonada por seu noivo, ela agora tenta conquistar um professor substituto rico e bonito.

Professora Sem Classe (Bad Teacher) parte de uma premissa interessante: uma “comédia escolar” que usa humor politicamente incorreto (na linha de Se Beber Não Case), em vez dos clichês de sempre (aluno rebelde que se socializa, nerd esquisito que consegue uma namorada…). Isso, aliado a um bom elenco, poderia resultar em um filme bem divertido.

Poderia. Mas Professora Sem Classe sofre de um grave problema: é uma comédia sem graça.

O diretor desconhecido Jake Kasdan (filho de Lawrence Kasdan, roteirista de filmes como O Império Contra-Ataca e Caçadores da Arca Perdida) teve um bom elenco à disposição. Cameron Diaz está muito bem como a professora fútil e aproveitadora, assim como Justin Timberlake e Jason Segel. E Lucy Punch, coadjuvante em Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos, impressiona num papel maior e mais importante, como uma pessoa à beira de um colapso.

Mas o roteiro é bobo… Uma cena boa aqui e outra acolá não salvam o filme.

Resumindo: Professora Sem Classe nem é ruim. É curto (92 minutos), traz bons personagens e algumas situações engraçadas. Mas, para uma boa comédia, ainda falta muito.

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Evil Dead 3 – Army Of Darkness – Uma Noite Alucinante 3

Crítica- Evil Dead 3 – Army Of Darkness – Uma Noite Alucinante 3

E vamos ao último filme da trilogia Evil Dead!

Ash (Bruce Campbell) vai parar em um castelo medieval ameaçado por forças do mal. Acham que ele é um salvador citado em uma profecia, que seria capaz de pegar o livro Necronomicon e afastar o mal. Mas, ao pegar o livro, ele recita as palavras erradas e acaba libertando um exército de cadáveres.

O ano era 1992. Sam Raimi já não era um nome desconhecido, mas ainda estava no underground – além da trilogia, ele tinha feito apenas Crimewave e Darkman (mal sabia ele que exatos dez anos depois, ele estaria dirigindo um blockbuster, o primeiro Homem Aranha). Raimi mais uma vez foi responsável pelo roteiro e direção. E sua câmera continua genial, como nos filmes anteriores.

Evil Dead – A Morte do Demônio não passou nos cinemas brasileiros; Evil Dead 2 – Uma Noite Alucinante teve uma carreira razoável nas telas. Evil Dead 3 – Uma Noite Alucinante 3 até passou, mas, se me lembro bem, ficou só uma semana em cartaz. Lembro que vi correndo, antes de tirarem do circuito!

Se os dois primeiros filmes têm um visual bem semelhante, isso não acontece aqui. A trama se passa quase toda na Idade Média, no ano 1300. Revendo hoje, o visual do filme lembra algumas séries produzidas por Sam Raimi nas décadas seguintes, como Hercules, Xena e Legend of the Seeker – aventuras medievais com um pé na magia.

Mas, apesar de ter cara de aventura medieval, Evil Dead 3 – Uma Noite Alucinante 3 nunca nega as suas origens. Não só o banho de sangue continua, como ainda rolam demônios alados e um exército de esqueletos em stop motion – o tal “Army of Darkness” do titulo.

(Aliás, segundo o imdb e a capa do meu dvd gringo, o nome do filme é apenas “Army of Darkness“. Cadê o “Evil Dead 3“?)

O elenco continua basicamente desconhecido, com excessão do mesmo Bruce Campbell de sempre. A novidade é uma ponta de Bridget Fonda logo no início do filme.

Por coincidência, baixei na mesma época uma versão em avi e logo depois consegui comprar o dvd. São finais diferentes! O dvd traz o final no supermercado; o avi tem um final dentro de uma caverna – preferi o do dvd…

Evil Dead 3 – Uma Noite Alucinante 3 não é levado muito a sério, é deixado de lado por muitos apreciadores de cinema de horror. Mas fecha bem a trilogia!

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Os Smurfs

Crítica – Os Smurfs

Adaptação do desenho animado que passava na tv nos anos 80, que por sua vez era uma adaptação dos quadrinhos do desenhista belga Peyo.

Fugindo do temível Gargamel, seis smurfs vão parar em Nova York. Mas Gargamel e seu gato, Cruel, vão atrás.

O filme dos Smurfs sofre de um problema. O desenho era bem famoso, mas era bem ingênuo, bem bobinho. Vai despertar saudades em muitos marmanjos, que provavelmente nem se lembram de como a temática era infantil. Ou seja, quem estiver movido apenas por nostalgia tem uma grande chance de se decepcionar, porque o filme mantém o foco no mesmo público alvo: a criançada.

Dirigido por Raja Gosnell (também responsável pela adaptação de Scooby Doo), o filme é bobinho como era o desenho. Mas agrada em cheio a molecada – na sessão que heu estava, bateram até palmas!

Se a trama é ingênua e previsível, pelo menos o roteiro mexe com alguns clichés “smurfianos”. Por exemplo, implica com a mania que eles têm de colocar a palavra “smurf” em quase todos os diálogos, e também com os nomes, ligados às personalidades de cada um. E a musiquinha repetitiva (e às vezes irritante) também é citada.

A parte técnica é excelente. Os smurfs são cgi, mas são muito bem feitos – tão “reais” que parecem estar realmente lá com os atores. A vila dos smurfs também é muito bem feita, com detalhes impressionantes. Mas o que achei ainda mais legal foi o gato Cruel. Entre optar por um gato de verdade, ou um gato digital (como o Garfield), fizeram um meio termo: o gato tem a aparência de um gato real, mas tem expressões criadas digitalmente. O Cruel é um espetáculo à parte!

O filme está disponível em versão 3D. Não sei se vale a pena pelo filme todo, mas pelo menos duas sequências ficaram legais em 3D: o travelling inicial e a viagem pelo portal.

No elenco, o destaque óbvio é Hank Azaria, irreconhecível como Gargamel. Não só a caracterização está perfeita como ele ainda faz um vilão à moda antiga, daqueles que a plateia torce contra. O resto do elenco conta com nomes vindos da tv: Neil Patrick Harris (How I Met Your Mother), Jayma Mays (Glee) e Sofia Vergara (Modern Family).

Vi a versão dublada, então não posso falar sobre os atores que dublam os smurfs no original. Mas consegui pegar uma “piada interna”: Katy Perry, cantora da música “I Kissed a Girl”, faz a voz da Smurfete, que determinado momento solta um “I Kissed a Smurf”… Funciona bem, assim como outras piadas discretas aqui e acolá – reparem que, em cima dos táxis, rolam propagandas de Blurray e do Blue Man Group.

Durante os créditos, rolam desenhos originais de Peyo. E mais uma boa piada: “Nenhum gato digital foi machucado durante as filmagens”.

Enfim, boa opção pra criançada. Mas acho que adultos podem achar infantil demais.

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Evil Dead 2 – Uma Noite Alucinante

Crítica – Evil Dead 2 – Uma Noite Alucinante

E vamos à continuação de Evil Dead – A Morte do Demônio!

Um casal chega a uma cabana abandonada e invoca sem querer forças do mal ocultas na floresta, ao ler em voz alta trecho do Necronomicon, o Livro dos Mortos. E recomeça o banho de sangue…

Antes de falar do filme, vamos voltar uns 25 anos no tempo…

Segunda metade dos anos 80. Tv a cabo não existia no Brasil, locadoras de vhs ainda eram novidade pra muita gente. Só era possível ver Evil Dead – A Morte do Demônio em vídeo, mas esta segunda parte passou nos cinemas, e acho que teve um relativo sucesso – lembro de ter visto em um cinema São Luiz bem cheio.

Na época, heu achava que era uma refilmagem do primeiro filme, com mais dinheiro para os efeitos especiais e mais humor negro. E me perguntava por que diabos Ash (Bruce Campbell) voltaria para aquela cabana depois do que aconteceu no filme anterior.

Bem, isso realmente é confuso. Parece uma refilmagem, e também parece uma continuação. O imdb explica: como Sam Raimi não tinha direitos sobre as imagens do primeiro filme, ele refilmou algumas passagens, mas depois disso continuou o filme. Então é uma refilmagem/continuação… 😉

Enfim, a história pouco importa aqui. O negócio é continuar com o ritmo frenético e os travellings alucinantes. A diferença é que Raimi resolveu assumir o lado trash e caprichou no humor – Raimi declarou que se inspirou na antiga série de tv Os Três Patetas. E fez de Evil Dead 2 – Uma Noite Alucinante uma das melhores comédias de humor negro da história!

O humor negro é farto. A sequência da mão possuída é sensacional. Um dos personagens chega a engolir um olho de demônio. E uma genial sequência em stop motion mostra um balé com um cadáver decapitado. A ironia é tão boa que aparece a capa de um livro de Ernest Hewingway, chamado “A Farewell to Arms”!

O clima de terror continua, mas agora com a galhofa assumida. Muito, muito gore, e muitas gargalhadas em cima dessa nojeira toda. Pra quem curte terror, o primeiro filme é obrigatório; pra quem quer rir, o segundo é a melhor opção.

O fim do filme é em aberto, porque, àquela altura, a parte 3 já era prevista.

Em breve, Evil Dead 3 – Uma Noite Alucinante 3!

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Top 10: Gadgets Mais Legais do Cinema

Top 10: Gadgets Mais Legais do Cinema

E vamos a mais um Top 10 legal!

Depois das listas de carros, naves, robôs, armas, alienígenas e monstros, hoje vamos falar dos gadgets mais legais que a gente ja viu nos cinemas.

Pra quem não sabe: gadgets são dispositivos eletrônicos portáteis – ou seja, aquelas geringonças eletrônicas que cada dia mais incorporamos ao nosso dia-a-dia. Acho que não tem tradução pra português…

Na verdade, a este Top 10 era pra ser o primeiro dos “Top 10 legais”. Meu amigo Gustavo Guimarães me mandou a sugestão na lista do-balacobaco, e o papo evoluiu, criando as outras “categorias”. Mas resolvi deixar este, de gadgets, pra depois.

Como em outras vezes, lembrei de seriados, mas são gadgets que não podem entrar na nossa lista. Então, deixaremos de fora itens como o sapatofone do Agente 86, o cinto de utilidades do Batman e bateria do celular do Jack Bauer em 24 Horas – aquela que dura a temporada inteira sem precisar recarregar!

Como sempre, são mais gadgets do que a lista comporta. Menção honrosa pro chapeu-helicóptero de Inspetor Buginganga, pro relógio laser de 007 Contra Goldeneye, pra armadilha de fantasmas dos Caça-Fantasmas, pro dispositivo de voz pra cachorros de Up, pro canivete suíço do Agente 86, pra máquina de diminuir pessoas do Querida, Encolhi as Crianças, pro download de técnicas de luta em Matrix e pro lance de gravar memórias e sentimentos de Estranhos Prazeres.

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Vamos aos gadgets?

10. ArmaduraHomem de Ferro (2008)

Heu lembrei do terno do Jackie Chan, mas a armadura do Homem de Ferro é mais legal, né?

9. Esper Photo AnalyserBlade Runner (1982)

Um aparelho do tamanho de um dvd player, que amplia fotos de uma maneira incrível.

8. Tênis que se amarra sozinhoDe Volta Para o Futuro 2 (1989)

Fiquei na dúvida entre este e o skate que flutua no ar. Não ando de skate, mas amarro cadarços todos os dias…

7. CamuflagemPredador (1987)

Invisibilidade. Nuff said.

6. JetpackKick-Ass (2010)

Pensei no jetpack de Rocketeer. Mas o de Kick-Ass tem metralhadoras acopladas!

5. TricorderJornada nas Estrelas (1979)

É um aparelho usado para digitalizar alguma área ou pessoa, interpretando e exibindo os dados após uma varredura.

4. Controle RemotoClick (2006)

Um controle remoto capaz de voltar bons momentos e avançar discussões e dias chatos.

3. NeuralizerMIB (1997)

Um aparelho que apaga memórias escolhidas.

2. O guia do mochileiro das galaxiasO Guia do Mochileiro das Galáxias (2005)

O livro tem respostas para basicamente todas as perguntas que existem.

1. Sabre de LuzGuerra nas Estrelas (1977)

Ok, o sabre de luz também foi o primeiro lugar na lista de armas mais legais do cinema. Mas, caramba, arma ou gadget, quem não ia querer um desses?

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filmes de zumbi
filmes com nomes esquisitos

filmes sem sentido
personagens nerds
estilos dos anos 80
melhores vômitos
melhores cenas depois dos créditos
melhores finais surpreendentes
melhores cenas de massacre
filmes dos ano 80 e 90 nunca lançados em dvd no Brasil
estilos de filmes ruins
casais que não convencem
musicais para quem não curte musicais
melhores frases de filmes
melhores momentos de Lost
maiores mistérios de Lost
piores sequencias
melhores filmes de rock
melhores filmes de sonhos
melhores filmes com baratas
filmes com elencos legais
melhores ruivas
melhores filmes baseados em HP Lovecraft
filmes que vi em festivais e mais ninguém ouviu falar
Atores Parecidos
Atrizes Parecidas
filmes de lobisomem
melhores trilogias
filmes de natal
melhores filmes de 2010
coisas que detesto nos dvds
melhores filmes da década de 00
filmes de vampiro

melhores diabos
cenas de sexo esquisitas

ficção cientifica ou não ficção científica

filmes de vingança

marcos nos efeitos especiais
filmes estrangeiros que fazem referência ao Brasil

personagens que morreram e voltaram

filmes de macho
filmes de máfia
visual deslumbrante
favoritos do heu
filmes de humor negro
mulheres duronas
filmes com viagem no tempo
melhores lutas longas
melhores adaptações de quadrinhos de herois
piores adaptações de quadrinhos de herois
melhores filmes trash
filmes com teclados
stop motion
carros legais
naves legais
robôs legais
armas legais
alienígenas legais
monstros legais

Super 8

Crítica – Super 8

1979. Um grupo de crianças, fazendo um filme de zumbis com uma câmera Super 8, testemunha um grande acidente de trem. Mas, quando estranhos eventos começam a acontecer na cidade, eles desconfiam que pode não ter sido exatamente um acidente.

Trata-se do novo e incensado projeto que reune Steven Spielberg (na produção) e JJ Abrams (no roteiro e direção). Vou te falar que heu estava com o pé atrás, primeiro porque há anos que o Spielberg não faz filmes com a qualidade de décadas atrás; segundo, porque sempre achei JJ Abrams superestimado.

Mas não é que desta vez eles acertaram? Super 8 é muito bom!

O grande barato de Super 8 é ser um “filme homenagem” – não só o filme tem cara de “feito nos anos 80”, como fãs de cinema vão se deliciar com inúmeras referências. O grupo de crianças parece uma mistura de Goonies com Conta Comigo, e podemos ver claras citações a E.T., Parque dos Dinossauros, Contatos Imediatos do Terceiro Grau e Guerra dos Mundos, todos do produtor / padrinho Spielberg – a cena das lanternas vindo na direção dos meninos é muito E.T.! (Isso porque não estou citando a semelhança na filosofia de “não mostrar quase nada”, como em Alien – O Oitavo Passageiro…) Isso tudo, aliado a uma boa reconstituição de época, deixa Super 8 com um delicioso ar oitentista!

Já falei aqui, no meu post sobre Cloverfield, do meu pé atrás com JJ Abrams. Felizmente, ele está se redimindo e me provando que tem talento atrás do hype. Antes heu desconfiava, por causa do fraco seriado Alias, do irregular Lost, e do Missão Impossível 3, que apesar de não ser ruim, é mais fraco que os dois primeiros. Mas aí JJ fez um bom trabalho com o Star Trek de 2009, e agora, acertou de novo.

O elenco de garotos desconhecidos funciona muito bem. Tirando Elle Fanning, conhecida por filmes como O Curioso Caso de Benjamin Button e Um Lugar Qualquer (e também por ser irmã de Dakota Fanning), o resto do elenco infanto-juvenil é desconhecido – é o filme de estreia da dupla principal, Joe Lamb (o protagonista) e Riley Griffiths (o cineasta). Guardemos os nomes do jovem elenco, quem sabe daqui a alguns anos eles não se firmarão como estrelas, como aconteceu com Jerry O’Connel, que estreou com Conta Comigo, ou Sean Astin, que teve como primeiro papel nos cinemas o de protagonista de Goonies?

A parte técnica também é muito boa. O filme tem cara de anos 80, mas os efeitos especiais são de primeira linha.

Na minha humilde opinião, o ponto fraco é o fim do filme. Não vou falar pra não entregar spoilers, mas posso dizer que o final quase põe tudo a perder.

Enfim, apesar do fim ter escorregado, Super 8 vale a pena. Nem que seja pra matar as saudades de como era o cinema nos anos 80.

Ah, não vá embora antes dos créditos! Passa o filme de zumbis que eles fizeram, com referências, claro, a George A. Romero…

p.s.: A “onda oitentista” foi tão forte que chegou a ser veiculado pela internet um poster com cara de década de 80. Olha ele aqui, que legal:

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Paul
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Evil Dead – A Morte do Demônio

Crítica – Evil Dead – A Morte do Demônio

Estou aproveitando a época com poucos seriados pra rever filmes legais que não vejo há tempos. Comecei com a trilogia Evil Dead!

Um grupo de amigos vai para uma cabana no meio do mato e lá encontram o Necronomicon, o Livro dos Mortos. Ao tocar um velho gravador com a tradução do livro, eles evocam espíritos malignos que estavam na floresta.

É difícil falar de Evil Dead – A Morte do Demônio, primeiro longa dirigido por Sam Raimi, hoje, 30 anos depois do lançamento (o filme é de 1981). Todo mundo já viu, e todo mundo sabe que é um filme super importante na história do cinema de horror. Muita coisa atual usa referências tiradas daqui.

Posso dizer que a câmera de Sam Raimi continua impressionante. Claro, todo mundo se lembra dos alucinantes travellings pela floresta, mas não é só isso – Raimi também é muito criativo nas escolhas dos ângulos pouco convencionais para suas cenas. E o ritmo do filme é frenético, muita coisa acontece durante os rápidos 85 minutos de duração. Rola até um” estupro ecológico”!

Os efeitos especiais são muito bons, se a gente lembrar das limitações técnicas da produção. Incapacitado de mostrar um demônio convincente, Raimi usa e abusa da câmera subjetiva com seus travellings rápidos. Só nas gostei do uso de stop motion na sequência final – aquilo ficou tosco demais.

Sobre o elenco, o único conhecido é Bruce Campbell, aliás, famoso justamente por causa da série Evil Dead – Campbell nunca mais fez nada relevante, apenas filmes “B” como Bubba Ho-Tep e My Name is Bruce, ou pequenos papeis em outros filmes (ele esteve nos três Homem Aranha dirigidos por Raimi).

Muita gente considera Evil Dead – A Morte do Demônio um filme trash. Heu não, pra mim, é um bem humorado filme de terror. Trash mesmo só as continuações…

Evil Dead – A Morte do Demônio nunca foi lançado no circuito comercial aqui. A segunda parte, Evil Dead 2 – Uma Noite Alucinante, passou nos cinemas, mas pra ver o primeiro filme, só no videocassete. E hoje em dia é fácil encontrar o dvd largado nas prateleiras de 9,99 das Lojas Americanas…

Ainda preciso falar mal do nome. Ok, na época era meio que tradição colocarem títulos esdrúxulos nos filmes aqui lançados. Este foi mais um caso – “A Morte do Demônio”???

p.s.: Em breve, Evil Dead 2 – Uma Noite Alucinante!

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A Historia de Ricky / Lik Wong

Crítica – A Historia de Ricky / Lik Wong

Olha que legal: por causa dos meus textos sobre o Rio Fan, fui convidado para participar da Maratona Trash, organizada pelo grupo Blatella, no simpático Cinema Nosso. Pena que heu já tinha um compromisso marcado, e por isso só consegui ver o primeiro filme, este divertido A Historia de Ricky, de 1991, do qual heu nunca tinha ouvido falar.

Baseado em um mangá. O jovem Ricky, dotado de força sobre-humana, vai preso em uma cadeia onde reina a corrupção e o tráfico. Usando o kung fu, ele quer “limpar” o sistema.

Diferente da maioria dos trashs por aí, A Historia de Ricky não tem nada de terror nem de ficção científica. É um filme de ação, mas com direito a tudo que um bom trash tem: situações exageradas, atuações caricatas e muito, muito gore.

A trama é ridícula. Um cara com os poderes de Ricky não ficaria preso, ele logo quebraria a parede e sairia (e o filme não aconteceria), afinal, o soco do cara é capaz de perfurar qualquer coisa – concreto, barras de aço, partes dos corpos dos inimigos… E por aí vai, se a gente for procurar furos no roteiro, o post vai ser looongo…

Mas, convenhamos, a graça de se assistir um filme como A Historia de Ricky não é a profundidade do roteiro, né? O filme é engraçadíssimo! O barato aqui é se divertir com cenas absurdas, como o momento onde, durante uma briga, um dos lutadores comete hara-kiri e usa o próprio intestino pra tentar enforcar seu oponente!!!

Não reconheci nenhum nome ligado ao filme, uma co-produção Japão / China (Hong Kong). O imdb fala de uma parte 2, que, curiosamente, foi lançada um ano antes. Estranho, não? Enfim, tosqueiras assim nem sempre geram boas continuações. Não sei se vale o risco…

Enfim, fica aqui o meu parabéns ao Cinema Nosso e à galera do grupo Blatella, que organizaram esta maratona. Que venham outras! E que na próxima heu consiga ficar mais tempo!

p.s.: Ainda na Maratona Trash, rolaram sessões de Evil Aliens – Um novo Contato (Evil Aliens, 2005) e A Semente da Maldição (The Suckling, 1990). Vou procurar ambos pra baixar…

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Harry Potter e as Reliquias da Morte Parte 2


Crítica – Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2

E chega ao fim a bem sucedida saga do bruxinho Harry Potter!

Na segunda parte do final, finalmente a ação começa. A batalha entre o bem e o mal no mundo da magia se torna uma guerra entre centenas de bruxos. O confronto final entre Harry Potter e Lorde Valdemort se aproxima.

Diferente da enrolação que aconteceu nos dois últimos filmes (O Enigma do Príncipe e As Reliquias da Morte Parte 1), aqui tudo funciona direitinho, a trama é bem amarrada e o filme, mais uma vez dirigido por David Yates, é muito bom.

Uma coisa que sempre gostei na saga foi o “amadurecimento”. Assim como o público cresceu e amadureceu, o mesmo aconteceu com os personagens e com o clima dos filmes. Este oitavo filme é sério, sombrio, nem de longe lembra o clima leve e infantil dos primeiros filmes.

A onda agora é resolver todas as pontas soltas. Gostei da solução que deram para Snape (Alan Rickman), um personagem que sempre foi dúbio – achei coerente o seu motivo para ser como era. Por outro lado, achei que Neville (Mathew Lewis) ganhou espaço demais, e com isso Ron (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) foram meio que deixados de lado – nem rola direito o tradicional alívio cômico de Grint. Até entendi o maior foco em Neville, mas heu preferiria se mantivesse nos dois de sempre.

O elenco é um dos pontos fortes de toda a saga. Enquanto todo o elenco juvenil foi mantido ao longo dos dez anos, vários grandes atores ingleses passaram por Hogwarts. Aqui não tem nenhuma novidade, Maggie Smith, Alan Rickman, Helena Bonham Carter, Ralph Fiennes, Michael Gambon, John Hurt e David Thewlis, entre outros, voltam aos seus papeis. (Só um ator foi trocado ao longo da saga, mas por motivos de força maior – Richard Harris, o primeiro Dumbledore, morreu depois do segundo filme…)

Sobreo elenco juvenil, agora que acabou a saga, espero rever em outros filmes atores que despontaram aqui, como Tom Felton (Draco Malfoy), que teve participação discreta aqui, e, claro, Emma Watson, a Hermione, que cresceu e virou uma bela mulher.

A parte técnica é muito boa, como era de se esperar. Rola uma cena onde um grande dragão tenta levantar vôo e sai quebrando telhados, com um detalhamento impressionante. A batalha dentro de Hogwarts também enche os olhos.

Uma coisa importante foi que a história realmente acabou. Numa época de histórias prolongadas demais por ganância (principalmente com seriados de tv que não sabem a hora de parar), deve ter sido uma decisão difícil para todos os envolvidos na produção, já que Harry Potter é uma das sagas mais lucrativas da história do cinema.

Outra coisa boa foi a manutenção do nível ao longo dos oito filmes. Ok, nem tudo foi perfeito, mas, entre altos e baixos, o saldo foi positivo. Harry Potter pode figurar entre as maiores sagas do cinema.

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