Mamute

Crítica – Mamute

Serge Pilardosse (Gérard Depardieu), apelidado de Mamute, ao se aposentar, descobre que precisa reunir comprovantes de trabalho passados. Ele sai com sua velha moto para procurar seus antigos empregadores, para conseguir os papeis que ainda faltam. Nesta viagem, Mamute acaba descobrindo coisas sobre ele mesmo.

Escrito e dirigido pela dupla Gustave de Kervern e Benoît Delépine, Mamute está sendo vendido como comédia, mas, sei lá, considero um drama com alguns momentos engraçados. Algumas cenas são realmente engraçadas, como aquela do restaurante onde o sujeito fala ao telefone. Mas outras trazem um humor de gosto duvidoso – a cena do reencontro com o primo é deprimente.

O que vale a pena aqui é Gérard Depardieu, grande, gordo, de cabelos compridos, realmente um grande ator, que carrega o filme nas costas e faz a gente sentir simpatia por um sujeito bobalhão.

Sobre o resto do elenco, preciso falar de dois nomes. Um é Isabelle Adjani, que faz uma fantasmagórica participação especial. Ela aparece pouco, continua lindíssima, com seus 55 anos. O outro nome é da esquisitinha Miss Ming – nunca tinha ouvido falar dela, o que me chamou a atenção foi uma cena onde ela fala algo como “meu nome é Solange Pilardosse, mas pode me chamar de Miss Ming” – imaginei o 007 se apresentando: “My name is Bond, James Bond – mas pode me chamar de Sean Connery também…”

Mas, talvez heu esteja acostumado com cinema hollywoodiano, porque fiquei esperando alguma reação mais enfática do Mamute contra todos que tanto fizeram mal a ele. Nada, o filme passa, e muito pouco acontece…

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Capitão América – O Primeiro Vingador

Crítica – Capitão América – O Primeiro Vingador

E vamos ao último filme de super heroi da Marvel antes do aguardado Os Vingadores

1942. Steve Rogers é um jovem baixinho e magrelo que quer lutar na Segunda Guerra Mundial, mas seu tipo físico franzino o impede. Ele então aceita participar de uma experiência do exército e vira um super soldado.

A Marvel aprendeu a fórmula para fazer bons filmes de super-herois. Dirigido por Joe Johnston, Capitão América – O Primeiro Vingador pode não ser tão bom quanto Homem de Ferro, mas não vai decepcionar ninguém – e faz um belo par com o outro lançamento da Marvel de 2011, o também bom X-Men Primeira Classe.

Aliás, às vezes Capitão América – O Primeiro Vingador nem parece um filme de super-heroi, e sim um bom filme de ação – tem muito mocinho de filme de ação que parece ter mais poderes que Steve Rogers aqui. A cenografia ajuda isso, foi recriada uma boa ambientaçäo de época, e não são comuns filmes de super-herois nos anos 40.

Os efeitos especiais são excelentes. Sabe O Curioso Caso de Benjamin Button, que mostrava o Brad Pitt com várias idades diferentes? Uma técnica parecida foi usada aqui, e Chris Evans começa o filme franzino, e de repente aparece bombadão. Antes do cgi, ia precisar de dois atores diferentes…

Sobre o elenco, preciso falar da escalação de Chris Evans. Por um lado, admito que ele está bem, não me lembro de vê-lo tão bem em outros filmes. Mas, caramba, ele não deveria ser escalado para um filme de super-herois, principalmente da Marvel. Chris Evans foi o Tocha Humana nos dois filmes do Quarteto Fantástico, e isso porque não estou falando do menos conhecido Os Perdedores, adaptação de quadrinhos da DC, do qual Evans também faz parte do elenco. Tá, os dois Quarteto Fantástico foram fracos, mas o ator ficou marcado pelo papel. Aí ficou sendo o “Tocha Humana” interpretando o “Capitão América”. Nada a ver, né?

(Aliás, falanddo em “Tocha Humana”, tem um easter egg no filme relativo a outro Tocha Humana da Marvel. Isso é só pra confundir ainda mais?)

O resto do elenco está ok: Hayley Atwell, Tommy Lee Jones, Stanley Tucci, Sebastian Stan, Dominic Cooper e Toby Jones. Só não gostei muito de Hugo Weaving, achei um vilão caricato demais, na minha humilde opinião, ele estava um pouco acima do tom.

Preciso admitir que nunca simpatizei com o personagem Capitão América. Achava-o o símbolo do imperialismo americano, nas roupas, no escudo, no próprio nome – ei, alguém avisa o povo de lá que nós, aqui no Brasil, também estamos na América? Mas gostei de como isso foi encarado no filme – afinal, os EUA passam por uma crise de popularidade, eles sabiam que a aceitação não ia ser muito fácil. Achei interessante o modo como surgiu o uniforme. E a ambientação durante a Segunda Guerra foi essencial para isso. Pena que precisou forçar uma barra para juntar o Capitão América aos outros filmes do “projeto Vingadores“…

Como o filme precisava se encaixar na “franquia Vingadores“, o final ficou meio forçado, principalmente se este filme for visto sozinho. Mas, dentro do conjunto, funcionou. Mas não se esqueça da tradicional cena depois dos créditos.

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p.s.: Pra quem está por fora, Os Vingadores será o filme que vai reunir vários herois da Marvel: Homem de Ferro, Thor, Hulk e Capitão América, além de outros menos conhecidos. Este filme é  muito aguardado, porque os filmes “solo” dos quatro super-herois citados acima foram feitos já pensando nele – todos estão conectados. Tem tudo para ser um grande filme, fica pronto só ano que vem.

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No Cair da Noite

Crítica – No Cair da Noite

Quando fiz o top 10 de monstros legais, lembrei da fada dos dentes de No Cair da Noite (Darkness Falls, no original). Resolvi então rever o filme.

A pequena cidade de Darkness Falls tem uma maldição: se a criança olha a Fada dos Dentes quando esta vem buscar o último dente, a criança é levada – 0 mesmo acontece com qualquer pessoa que olhar a Fada.

Vamos direto ao assunto? A Fada dos Dentes é assustadora, é realmente um bom personagem. Mas o filme de Jonathan Liebesman (Invasão do Mundo – Batlha de Los Angeles, The Texas Chainsaw Massacre – The Beginning) é fraquinho…

Acho que o pior problema aqui é que não dá pra levar a sério um monstro que tem medo da luz. Porque a gente para pra pensar e descobre que o roteiro não tem lógica – por que diabos eles vão se esconder num velho farol deserto? Por que não ir pra casa e acender a luz? Digo mais: o cara poderia passar temporadas anuais no norte do Alasca, onde um dia dura meses…

Sobre o elenco, nenhum nome conhecido. Isso, de um filme de oito anos atrás! Chaney Kley, Lee Cormie e Emma Caulfield não fizeram nada digno de nota. Emily Browning, a protagonista de Sucker Punch, então com 15 anos, faz uma ponta como a “mocinha” adolescente.

Resumindo: um bom monstro. Mas em um filme que não vale a pena.

Top 10: Monstros Mais Legais do Cinema

Top 10: Monstros Mais Legais do Cinema

Demorei um pouco pra montar mais um “Top 10 legal”, porque rolou o Rio Fan, e dediquei meu tempo pros filmes do festival. Mas agora estou de volta!

Depois das listas de carros, naves, robôs, armas e alienígenas, hoje é dia dos monstros mais legais do cinema!

Na verdade, amigos meus de orkut já tinham me sugerido um Top 10 de monstros. Mas aí veio a dúvida: monstros assustadores ou monstros que nos fazem rir? Bem, a definição “monstros legais” engloba ambos! 😉

Como sempre, tem muito mais do que 10 monstros. Menção honrosa para o Shrek, a galera de Monstros vs Alienígenas, o dragão da sorte de A História Sem Fim, A Bolha Assassina, a criatura de Enigma de Outro Mundo, A Mosca, os trolls de The Troll Hunter e o Cloverfield.

(Se tivesse espaço pra algo mais trash, lembraria também das piranhas voadoras de Piranhas 2, da Geladeira Diabólica, do Elevador Assassino, da criatura de Olhos Famintos (Jeepers Creepers) e da fada dos dentes de No Cair da Noite (Darkness Falls). Também gosto de recentes trashs como Tentáculos, Seres Rastejantes e Malditas Aranhas, mas não sei se merecem estar num Top 10. Talvez num Top 100..)

A tempo: não me esqueci dos “monstros clássicos” – Drácula, Frankenstein, Múmia, etc. Mas achei-os fora do contexto, então optei em deixá-los de fora…

Vamos aos monstros?

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10. Godzilla – vários filmes

Talvez o mais clássico de todos os monstros cinematográficos, foi protagonista de dezenas de filmes. Só não ganhou uma posição melhor na lista porque seu último filme, dirigido por Roland Emmerich em 1998, foi meio ruinzinho.

9. King KongKing Kong (2005)

Assim como Godzilla, King Kong, o macaco mais famoso do cinema, também esteve presente em vários filmes. Peter Jackson fez uma nova versão em 2005 – pode não ser a “definitiva”, mas é um bom filme.

8. Stay PuffOs Caça Fantasmas (1984)

Um gigantesco monstro de marshmellow andando pelas ruas de Nova York! Precisa dizer mais?

7. RancorO Retorno do Jedi (1983)

Sarlaac era citado como pior, pelo sistema digestivo que demoraria mil anos para digerir quem caísse lá. Mas sempre achei aquele buraco de areia sem graça. Principalmente porque logo antes rolou a luta entre Luke Skywalker e o Rancor!

6. KrakenFúria de Titãs (1981)

Calibos, Medusa, escorpiões gigantes, um cachorro de duas cabeças… São vários os monstros legais de stop motion presentes na versão original de Fúria de Titãs. Mas o Kraken é o mais legal de todos!

5. O HospedeiroO Hospedeiro (2006)

Este surpreendente filme sul coreano não só tem um assustador monstro tecnicamente perfeito, como ainda usa bom humor para falar de assuntos sérios como ecologia e política social.

4. Tiranossauro RexParque dos Dinossauros (1993)

O Tiranossauro Rex sempre habitou o imaginário dos fãs de monstros no cinema. E o filme de Spielberg trouxe tiranossauros perfeitos pela primeira vez nas telas dos cinemas.

3. AlienAlien – O Oitavo Passageiro (1979)

Ok, ok, o bicharoco também esteve presente no Top 10 de melhores alienigenas. Mas um bicho que mata em mais de uma fase da vida e ainda tem um corrosivo ácido como sangue merece estar aqui também.

2. GremlinsGremlins (1984)

O mogwai é fofinho, parece um bichinho de pelúcia. Mas, cuidado, se você der comida para ele depois de meia noite, ele vira um perigoso (e genial) gremlin!

1. SulleyMonstros S.A. (2001)

E o primeiro lugar fica com este genial desenho da Pixar, que nos mostra que monstros podem ser feios, mas estão apenas fazendo o trabalho deles quando assustam crianças…

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Em breve, Top 10 de gadgets legais no cinema!

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Homens em Fúria

Crítica – Homens em Fúria

Imagine um bom elenco completamente desperdiçado. É o caso deste Homens em Fúria (Stone, no original).

Um presidiário, prestes a ser libertado, passa por uma série de entrevistas com um agente de condicional, ainda dentro do presídio. Ao mesmo tempo, a esposa do presidiário começa a assediar o agente fora da cadeia.

O problema deste filme dirigido por John Curran é simples: não há história. As cenas passam e naaada acontece.

Pena, porque Robert De Niro e Edward Norton são dois dos maiores atores contemporâneos, e ambos estão muito bem aqui, principalmente Norton, exercitando bem sua habilidade de criar sotaques. E as coadjuvantes Milla Jovovich e Frances Conroy também não fazem feio.

Mas o filme segue, e a gente espera que aqueles diálogos entre De Niro e Norton nos levem a algum lugar, e nada. O filme acaba e o espectador fica com cara de tacho, e percebe que perdeu 105 minutos.

Dispensável.