Crítica – Planeta dos Macacos – A origem
Durante experimentos genéticos para achar a cura contra o mal de Alzheimer, um chimpanzé se torna muito inteligente, e lidera um grupo de macacos para a liberdade.
Planeta dos Macacos – A origem é muito bom. Diferente da fraca refilmagem dirigida por Tim Burton em 2001, o novo filme, dirigido pelo desconhecido Rupert Wyatt não vai decepcionar ninguém, seja fã da saga ou não.
Na verdade, Planeta dos Macacos – A origem não é uma refilmagem. A linha temporal se encaixa antes do primeiro filme, de 1968. Admito que não sou um expert na saga Planeta dos Macacos, mas deu pra sacar algumas citações, como a notícia de tv que mostra o foguete Icarus indo para Marte – Charlton Heston, protagonista do filme original, estaria naquele foguete!
Aliás, rolam várias coisas legais para os fãs, como Cesar montando um quebra cabeça da Estátua da Liberdade e trechos de dois filmes estrelados por Charlton Heston. Mais: o personagem de Tom Felton fala duas frases do filme original – “It’s a madhouse! It’s a madhouse!” e “Take your stinking paws off me you damn dirty ape!”. Isso sem falar nos nomes de vários personagens, homenagens ao primeiro filme.
Antes de falar dos atores, preciso falar do trabalho de Andy Serkis. Assim como fizera antes com o Gollum de O Senhor dos Aneis e com o King Kong do filme homônimo, aqui Serkis usa uma roupa de captura de movimento e dá vida ao macaco Cesar. O trabalho feito pela Weta (a mesma companhia de efeitos especiais dos dois filmes citados) é absurdamente bem feita. Cesar é digital, mas a gente acredita que ele está lá de verdade. E não é só isso – macacos não falam, então boa parte do filme se baseia em olhares e expressões faciais dos símios. Isso seria impossível com atores maquiados, assim como também seria impossível com a tecnologia de poucos anos atrás. Palmas aos técnicos da Weta, que fizeram um trabalho impressionante.
Agora falemos dos outros atores. James Franco lidera um bom elenco, que conta com Freida Pinto, John Lithgow, Brian Cox, Tom Felton e Tyler Labine. Os atores nem estão mal. Mas o problema é que o Cesar de Andy Serkis rouba a cena…
O roteiro é muito bem estruturado. Por um lado, o “canon” da história original é respeitado; por outro, a motivação dos personagens é convincente, nada parece forçado, tudo se encaixa. Além disso, a parte final do filme é eletrizante – a sequência da ponte é sensacional!
O fim do filme é em aberto. Tanto cabe uma parte 2, quanto uma refilmagem do filme de 68. Se o filme for bem nas bilheterias, é certo que teremos outro filme. Só espero que mantenham a qualidade.
Última recomendação: rola uma importante cena durante os créditos!
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