Crítica – Jackboots on Whitehall
Um filme de Segunda Guerra Mundial protagonizado apenas por bonecos, mostrando uma realidade paralela onde Hitler invadiu a Inglaterra, e ainda por cima com vozes de vários atores legais? Ei, isso pode ser legal!
A trama é mais ou menos isso aí. Nazistas invadem Londres, e Churchill foge para a Escócia, com a ajuda do fazendeiro Chris (Ewan McGregor), que não pode ser soldado porque tem mãos grandes demais.
Falei que poderia ser legal, né? Mas não é. Jackboots on Whitehall tem um grave problema: é uma comédia com poucas piadas. Acho que só consegui rir no momento “Mel Gibson”, o resto do filme é bobo e sem graça. Chega a ter momentos sérios e solenes, como a cena onde eles cantam “Jerusalem”.
Tem mais: a animação é amadora demais. Os bonecos parecem barbies e kens comuns, só alguns têm a aparência de personagens históricos, como Churchill. E a movimentação deles é muito tosca. A gente espera algo do nível de um Thunderbirds ou Team America, mas Jackboots on Whitehall é bem inferior.
Pena, porque o elenco é invejável: Ewan McGregor, Rosamund Pike, Richard E. Grant, Timothy Spall, Tom Wilkinson, Alan Cumming, Dominic West, Richard Griffiths e Richard O’Brien, dentre outros.
Os irmãos escoceses Edward e Rory McHenry vão ter que se esforçar mais no seu próximo filme, porque esta estreia ficou devendo…