Kill Bill Vol 2

Crítica – Kill Bill Vol 2

E vamos à conclusão de uma das melhores sagas de vingança da história do cinema! Depois do sangrento Vol 1, a Noiva continua sua busca pela vingança contra o seu ex-patrão Bill, e os dois ex-comparsas que ainda estão vivos.

Como falei no post sobre Kill Bill Vol 1, a separação entre os dois filmes não é uma mera jogada de marketing, como aconteceu com o último Harry Potter, ou último Crepúsculo que está em cartaz nos cinemas – filmes que eram pra ser um só, mas resolveram lançar em duas partes para faturar em dobro. Os dois Kill Bill são bem diferentes entre si!

Se no Vol 1 tudo tinha ritmo frenético, aqui rola muito pouca ação. Na verdade, só tem uma grande luta, aquela entre Uma Thurman e Daryl Hannah – aliás, uma divertida luta, com os exageros típicos do primeiro filme (li nalgum lugar que as coreografias foram inspiradas na série Jackass). O Vol 2 tem um ritmo bem diferente, bem mais tranquilo.

SPOILERS ABAIXO!

SPOILERS ABAIXO!

SPOILERS ABAIXO!

Ouvi muitas críticas à luta entre a Noiva e Bill, a rápida luta onde é usado o golpe dos cinco pontos que explodem o coração. Mas heu particularmente achei aquilo sensacional. Durante quase quatro horas, Tarantino cria uma grande expectativa sobre o grande duelo final. E quando chega o momento, Tarantino simplesmente frustra todo mundo, jogando um balde de água fria na expectativa criada. Genial!

FIM DOS SPOILERS!

O roteiro, mais uma vez escrito pelo próprio Tarantino, é impecável. Como já é comum nos seus filmes, a linha temporal não é 100% linear, mas até que aqui são poucos os flashbacks

No elenco, Uma Thurman brilha mais uma vez no papel da vingativa Noiva. Se não tem mais Lucy Liu e Vivica A. Fox no elenco (elas aparecem rapidamente no fim da cena a igreja), aqui, no segundo filme, tem espaço para os outros astros, David Carradine, Michael Madsen e a já citada Daryl Hannah. Samuel L. Jackson faz uma ponta como o organista da igreja, e Gordon Liu faz o ótimo Pai Mei (as cenas de Pai Mei foram filmadas como velhos filmes orientais de pancadaria – muito boa a sacada!).

Na comparação com a primeira parte, porém, este Vol 2 fica para trás, na minha humilde opinião. Não que seja ruim, longe disso – mas é que prefiro o ritmo acelerado do Vol 1… Mas, enfim, os dois filmes foram feitos para serem vistos juntos!

(Existe no imdb uma página sobre um suposto Vol 3, a ser feito e lançado em 2014l. Será que vai rolar? Bem, no fim do Vol 2, existe uma interrogação no nome da Elle Driver, personagem da Daryl Hannah…)

Filmaço!

p.s.: Só falta Jackie Brown e Grande Hotel!

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Cães de Aluguel
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Um Dia

Crítica – Um Dia

Às vezes é difícil escrever uma crítica sem a interferência do gosto pessoal. Um Dia nem é muito ruim, mas a conclusão de sua trama é – pelo menos foi o que heu achei. Assim, fica complicado pra falar do filme de maneira isenta.

Adaptação do livro homônimo de David Nicholls (também autor do roteiro), Um Dia mostra o complicado relacionamento entre Emma (Anne Hathaway) e Dexter (Jim Sturgess), ao longo de vinte anos, apenas um dia por ano.

O problema do filme da diretora dinamarquesa Lone Scherfig não é cinematográfico, e sim a história em si – ou seja, deve estar também no livro. Acontecimentos na parte final da trama atrapalham qualquer identificação que o espectador pode ter com os personagens. E o filme ainda estica com uma desnecessária sequência em flashback, talvez com o intuito de se criar algo próximo de um final feliz.

Outra coisa que atrapalha é a construção dos personagens – mais uma vez, não sei se o problema é do filme ou do livro. Dexter é um cara mimado e arrogante, e Emma é uma personagem vazia e sem graça. Fica difícil torcer pelo casal, por mais que seja óbvio que eles estão destinados a ficarem juntos.

Pena, porque gostei da estrutura da narrativa, bem interessante – somente um dia por ano, sempre o dia 15 de julho, a partir do fim dos anos 80, incluindo aí vários detalhes da evolução da sociedade ano a ano (roupas e penteados, aparecimento de celulares, etc). Claro que algumas coisas ficam subentendidas, mas dá pra entender tudo pelo contexto – não tinha como contar tudo o que acontece mostrando apenas um dia por ano, né?

No elenco, Jim Sturgess obtem um resultado melhor, apesar de ter um personagem naturalmente antipático. Já Anne Hathaway não consegue gerar muita simpatia. Li pelo imdb críticas ao seu sotaque britânico, mas admito que o meu inglês não é tão bom assim a ponto de analisar sotaques… Ainda no elenco, Patricia Clarkson, Rafe Spall e Romola Garai.

Conclusão: o filme em si já não é grandes coisas. E, com a virada de roteiro desnecessária no final, Um Dia entra pro grupo dos filmes “não recomendados”.

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Chromeskull – Laid To Rest 2

Crítica – Chromeskull – Laid To Rest 2

Como prometido no post de Laid To Rest, agora vamos aos comentários sobre a continuação, Chromeskull – Laid To Rest 2.

O filme começa exatamente onde o outro terminou. Inacreditavelmente, o misterioso vilão Chromeskull sobreviveu aos acontecimentos do primeiro filme, e agora mostra que é o líder de uma grande organização maligna.

Chromeskull – Laid To Rest 2 tem uma coisa muito boa, e outra coisa muito fraca. Comecemos pelo lado bom.

O diretor Robert Hall, o mesmo do primeiro filme, tem um extenso currículo como maquiador. Sua grande experiência o credencia para um realismo poucas vezes visto em mortes no cinema. São várias mortes bem filmadas, com detalhes impressionantes. Pra quem gosta, realmente vale a pena – o filme até merecia ter sido citado no Top 10 Melhores Mortes (mas nem sabia da existência do Chromeskull quando fiz o Top 10…).

Mas, por outro lado, o roteiro, também escrito por Hall, dá raiva. Acho que nunca vi policiais tão incompetentes na minha vida. Saca nos filmes da saga Star Wars, onde os Stormtroopers não conseguem acertar um único tiro? Aqui chega a ser pior. O vilão, sozinho, desarmado, consegue derrotar três policiais, treinados, preparados e com as armas apontadas para ele. É um pouco demais, não? E não é a única cena assim, rolam algumas incompetências policiais, incluindo uma inacreditável invasão à delegacia sem ninguém ver.

E o pior é que estas não são as únicas inconsistências do roteiro. A própria volta do Chromeskull já foi forçada, depois do que acontece com ele no fim do primeiro filme, mas, ok, isso já acontecia desde os velhos tempos de Michael Myers e Jason Vorhees. Mas, me diz, quem é que banca aquele staff que trabalha pro Chromeskull?

Como falei no outro post, rola uma curiosidade no elenco. Como aconteceu no primeiro filme, dois dos atores principais trabalharam juntos na série Terminator – Sarah Connor Chronicles: Brian Austin Green e Thomas Dekker, que repete o papel do outro filme. Jonathon Schaech também está de volta, mas num papel diferente. E podemos também citar a presença de Danielle Harris, que aparentemente está construindo uma carreira de “scream queen” contemporânea – ela esteve em Stake Land e nos dois novos Halloween.

Enfim, se você curte ver mortes bem feitas, não perca Chromeskull – Laid To Rest 2. Mas não se esqueça de deixar de lado “detalhes” como coerência no roteiro.

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Se você gostou de Chromeskull – Laid To Rest 2, o Blog do Heu recomenda o Top 10 Melhores Mortes.

O Preço do Amanhã

Crítica – O Preço do Amanhã

Num futuro próximo, a medicina evoluiu e conseguiu parar o envelhecimento. As pessoas param de envelhecer quando completam 25 anos, depois têm que trabalhar para comprar mais tempo para viver – neste caso, literalmente, “tempo é dinheiro”.

Trata-se do novo filme de Andrew Niccol, o nome por trás dos interessantes Gattaca (roteiro e direção) e O Show de Truman (apenas roteiro). E, mais uma vez, Niccol acertou a mão – O Preço do Amanhã é um bom filme!

A premissa é muito boa e foge do óbvio. Tá, não é a trama mais original do mundo, mas, no meio do mar de refilmagens, releituras e continuações que infestam Hollywood atualmente, é legal ver algo que não parece uma cópia descarada.

Assim como fizera em Gattaca, Niccol cria um conceito muito interessante para o seu filme – parece até uma história de Philip K. Dick. Gosto do seu estilo de ficção científica – nada de alienígenas ou naves espaciais, a história se passa aqui mesmo, em um possível futuro, onde a nossa sociedade vive em meio a avanços tecnológicos. Aliás, essa trama com as pessoas contando as horas que faltam inclusive poderia render um bom seriado, à la Fuga do Século 23 (Logan’s Run). A cenografia também é muito boa, um cenário moderno, mas com prédios e carros clássicos ao fundo.

A trama pode ser interpretada como uma grave crítica ao capitalismo. Mas o filme não é sisudo, também pode ser visto como diversão pipoca, com direito a cenas de ação e correria. Um bom equilíbrio entre o blockbuster e o “filme sério”.

O elenco é ótimo. Não acompanho a carreira musical de Justin Timberlake, mas posso dizer que se o cara só dependesse dos filmes para sobreviver, ele não passava fome. Assim como em A Rede Social, Amizade Colorida e Professora Sem Classe, Timberlake manda bem aqui. E ele não está sozinho, o resto do elenco também está bem: Amanda Seyfried (Mamma Mia), Olivia Wilde (Tron – O Legado), Cillian Murphy (Batman – O Cavaleiro das Trevas), Johnny Galecky (The Big Bang Theory), Alex Petyfer (Eu Sou o Número 4) e Vincent Kartheiser.

(Ainda sobre o elenco, rola uma coisa curiosa: como os personagens param de envelhecer aos 25 anos, só rolam atores jovens no filme…)

O Preço do Amanhã é bom, mas poderia ser melhor, se tivesse um roteiro mais bem amarrado. A grande quantidade de pontas soltas me incomodou um pouco. Vou citar alguns exemplos, mas, para evitar spoilers, vou deixar o texto em branco. Para ler, selecione o texto abaixo:

– Will acordou com 116 anos a mais. Por que esperar a noite para encontrar com a mãe?
– A mãe de Will foi pagar um empréstimo e saiu de lá com apenas uma hora e meia de vida, sendo que tinha que pagar uma hora no ônibus. Não é meio arriscado? E se o ônibus quebrasse? E se ela não se encontrasse com o filho?
– Um carro conversível capota ribanceira abaixo, e os dois passageiros sem cinto de segurança ficam quase intactos dentro do carro?
– Onde Will aprendeu a atirar e dirigir tão bem?
– Os “minute men” não seriam tão fáceis de ser derrotados!
E por aí vai…

Posso afirmar que essas inconsistências no roteiro não chegam a estragar o filme. Mas acho que, se não fossem as inconsistências, O Preço do Amanhã seria um forte candidato a um dos melhores filmes do ano…

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Contra o Tempo
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A Origem

Reféns

Crítica – Reféns

Confesso que já fui fã do Joel Schumacher. Nos anos 80, seu currículo era muito bom, com filmes como O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas, Linha Mortal e Garotos Perdidos. Mas parece que depois dos dos lamentáveis Batman (1995 e 1997), ele nunca mais acertou a mão. Este Reféns é mais uma prova disso.

Um bem sucedido negociador de diamantes mora com a esposa e a filha adolescente em uma mansão e tem um carro esporte conversível. Mal sabe ele que bandidos invadirão sua casa atrás do seu dinheiro.

Nem sei dizer exatamente qual é o problema aqui. O filme simplesmente não engrena. Não sei se é o roteiro ruim ou as atuações fracas, mas o resultado deixa a desejar.

O roteiro, assinado pelo estreante Karl Gajdusek, vai direto ao assalto. Isso pode dar agilidade à trama, mas causa um problema: não há nada que nos faça ter simpatia por Kyle, o arrogante personagem de Nicolas Cage. Se não há conexão com o personagem, não temos vontade de torcer por ele enquanto ele enfrenta os bandidos. E ainda tem outro problema, o roteiro traz um monte de reviravoltas, e nem todas são coerentes. E a falta de coerência também atinge a construção de alguns personagens.

Schumacher conseguiu dois nomes de peso para o elenco. O problema é que Nicolas Cage há tempos também passa por uma fase ruim na carreira – é só a gente se lembrar dos seus últimos filmes, como Fúria Sobre Rodas e Caça às Bruxas. Seu Kyle não é tão caricato como tem sido comum, mas está longe de ser uma boa interpretação. E aí sobra pra Nicole Kidman, grande atriz, mas que não faz milagre com um roteiro fraco nas mãos. Ainda no elenco, Cam Gigandet, Liana Liberato e Ben Mendelsohn.

Tem crítico por aí dizendo que Reféns é o pior filme do ano. Discordo. Não que seja bom, mas é que tem coisa pior por aí – por exemplo, 11-11-11, post de quatro dias atrás. Mas, mesmo não sendo “o pior filme do ano”, Reféns nem vale a pena.

Laid To Rest

Crítica – Laid To Rest

Outro dia apareceu no legendas.tv o slasher Chromeskull – Laid To Rest 2. Fui procurar pela internet, descobri que o tal Chromeskull é um novo vilão que tem uma legião de fãs por aí, e seus filmes são generosos no gore. Baixei então o primeiro filme, este Laid To Rest, de 2009, pra ver qualé.

Uma mulher acorda dentro de um caixão, sem se lembrar do próprio nome nem de como foi parar lá. Logo ela descobre que está sendo perseguida por um misterioso assassino que esconde o rosto atrás de uma brilhante máscara metálica.

Laid To Rest é aquilo que se espera de um slasher de baixo orçamento: muita violência, muito gore, algumas mortes graficamente interessantes – e só. Acho que hoje em dia não tem mais como se juntar “criatividade” e “slasher” no mesmo filme. Pelo menos o filme é competente no que se propõe, algumas das mortes não fariam feio diante de clássicos do gênero.

O filme tem um bom timing, não perde tempo com explicações e já começa acelerado. Por um lado isso é legal, não rola espaço pra enrolação. Mas por outro lado, heu não ia reclamar se explicassem alguma coisa sobre a história do Chromeskull – quem é esse cara, e por que ele faz isso? Espero que isso role na parte 2…

Sobre o elenco, rola uma coisa curiosa. A protagonista Bobbie Sue Luther foi coadjuvante na série Terminator – Sarah Connor Chronicles. E os dois atores principais da série, Lena Headey e Thomas Dekker, têm papeis aqui. Quer mais? Brian Austin Green, outro dos principais de TSCC, está na parte 2, Chromeskull – Laid To Rest 2! O diretor e roteirista Robert Hall trabalhou na maquiagem de TSCC, ele deve ter feitos alguns amigos por lá.

Em breve verei a parte 2, depois comento aqui.

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Robocop – O Policial do Futuro

Crítica – Robocop – O Policial do Futuro

O “nosso” José Padilha (Tropa de Elite) está em Hollywoood trabalhando na refilmagem de Robocop – O Policial do Futuro. Resolvi então rever o original, de 1987.

Num futuro próximo, Detroit é controlada  por uma grande companhia, a OCP, que resolve criar um robô, o ED-209, para combater a elevada criminalidade que atua na cidade. Quando o projeto dá errado, a OCP tenta um outro projeto, o Robocop, um robô feito a partir de um policial dado como morto.

Clássico dos anos 80, Robocop é uma ficção científica policial dotada de uma violência cruel e sarcástica, incomum pros padrões hollywoodianos da época. Talvez isso seja o que faz o filme ser interessante ainda hoje, mais de vinte anos depois.

Robocop é um dos bons filmes da fase americana do diretor holandês Paul Verhoeven, fase que rendeu alguns filmes excelentes, como Conquista Sangrenta e O Vingador do Futuro, mas que também teve filmes de qualidade questionável, como Instinto Selvagem, Tropas Estelares e O Homem Sem Sombra (além de um filme de qualidade inquestionável: Showgirls, mas, neste caso, trata-se de falta de qualidade… 😉 ). Bem, sou suspeito, gosto de todos. Enfim, Robocop está junto com os dois primeiros que citei, na galeria dos grandes filmes de Verhoeven.

Verhoeven já tinha mostrado em Conquista Sangrenta o seu estilo de violência. Robocop segue a mesma linha, e traz várias cenas antológicas, como por exemplo o ED-209 falhando na sala da diretoria da OCP, ou o Robocop pegando um bandido com um tiro através das pernas da vítima, ou ainda o vilão saído do lixo tóxico.

O roteiro, escrito por Edward Neumeier e Michael Miner, traz uma fina ironia – as cenas são coladas por jornais na tv, sempre trazendo notícias sobre violência e sobre a degradação do planeta. A boa trilha sonora orquestrada de Basil Poledouris é outro destaque.

No elenco, o hoje sumido Peter Weller tem o melhor papel de sua carreira, ao lado de Nancy Allen, Miguel Ferrer e Ronny Cox. E o que achei mais curioso foi ver Kurtwood Smith, o pai do protagonista Eric Forman nas oito temporadas de That 70’s Show, no papel do cruel chefe dos vilões.

Robocop teve duas continuações (em 90 e 93). Vi na época dos lançamentos nos cinemas, e lembro que não gostei. Mas um dia hei de dar uma segunda chance para a parte 2, dirigida por Irving Kershner (O Império Contra-Ataca) e com roteiro de Frank Miller (Sin City).

E aí fica a pergunta: precisava de uma refilmagem? Bem, na minha humilde opinião, nenhum grande filme precisa ser refilmado, e este é o caso de Robocop. As únicas coisas que “perderam a validade” são os efeitos em stop motion do robô ED-209 e os penteados femininos oitentistas – o resto do filme ainda está atual.

Mas, enfim, Hollywood gosta de refilmagens. Tomara que José Padilha faça um bom trabalho, talento para isso a gente sabe que ele tem.

11-11-11

Crítica – 11-11-11

Antes de tudo, precisamos esclarecer que a data 11/11/11 nunca foi objeto de qualquer misticismo – como aconteceu com 2012. Mas os marketeiros de plantão em Hollywood resolveram inventar alguma coisa pra aproveitar a data. A pergunta que fica é: por que não inventar algo bom?

Um escritor, atormentado pela morte da esposa e do filho, vai até Barcelona, encontrar seu irmão padre e seu pai, doente terminal. E vários incidentes indicam que algo pode acontecer no dia 11/11.

Se 11-11-11 tivesse um bom roteiro, a gente até “comprava” a ideia, mesmo sem existir uma prévia mitologia sobre a data. Mas o roteiro, escrito pelo diretor Darren Lynn Bousman, é ruim ruim ruim, como pouco se vê por aí.

Em primeiro lugar, o filme não assusta. Não só as criaturas que aparecem são tão toscas que parecem saídas de um filme dos Trapalhões dos anos 70, como todas as suas aparições são previsíveis – é mais fácil rir daquelas máscaras malfeitas do que levar um susto. E tem mais: os irmãos têm o mesmo diálogo “fé vs ateísmo” várias vezes ao longo da projeção. E a cereja do bolo é a quantidade de referências forçadas relativas ao tal 11/11.

O diretor Bousman, o mesmo de Repo! The Genetic Opera e das partes 2, 3 e 4 da franquia Jogos Mortais, tinha a oportunidade de dar um passo à frente na sua carreira. Mas ainda não foi dessa vez. Aliás, o currículo do diretor sugeria um banho de sangue, mas, neste aspecto, o filme é discreto. Acho que ele quis seguir os passos de James Wan, diretor do primeiro Jogos Mortais, que mudou de estilo com o bom Sobrenatural. Mas, se as continuações de Jogos Mortais são bem inferiores ao primeiro filme, este 11-11-11 consegue ser muito pior que Sobrenatural.

Dispensável…

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O Ritual
Evocando Espíritos
Sobrenatural

Top 10: Melhores Cenas de Nudez Gratuita

Top 10:  Melhores Cenas de Nudez Gratuita

E vamos a mais um top 10!

O assunto hoje é nudez gratuita. Uma cena de nudez gratuita é aquela onde a atriz não precisava tirar a roupa, mas, para sorte do público masculino, ela mostra mais do que o necessário.

Antes de fazer a lista, preciso avisar que não tenho absolutamente nada contra mulheres que tiram a roupa sem necessidade! Espero que continuem fazendo, sempre e sempre!

(Minha amiga Aurinha fez uma pergunta que outras meninas podem fazer: por que só mulheres? Bem, acho que todos concordam que as mulheres são mais bonitas que os homens, né? Deixo para outra pessoa a honra de fazer um Top 10 de nudez masculina… Pode começar com o desnecessariamente pelado Jason Segel em Ressaca de Amor)

Para montar esta lista, tive que criar alguns critérios. Em primeiro lugar, nudez é nudez, quase não conta. Por exemplo: Cameron Diaz, em Quem Vai Ficar Com Mary, parou no quase.

Segundo: a nudez tem que ser gratuita. Se a atriz continuasse vestida, não mudaria nada. Digo isso porque existem cenas de nudez dentro do contexto, como a Charlize Theron em Advogado do Diabo (quando ela mostra o que aconteceu com o corpo dela), ou a Heather Graham em Boogie Nights (ela era uma atriz pornô!).

Terceiro: a atriz tem que ter alguma relevância, ou, pelo menos, o filme. Atrizes desconhecidas tiram a roupa facilmente em filmes menores. Pra entrar num Top 10, a atriz tem que ser conhecida, ou o filme ser muito bom!

Como acontece de vez em quando, só cabem 10 na lista, então tive que deixar de fora algumas cenas interessantes. Manção honrosa para Keira Knightley (O Buraco), Kelly Preston (Spellbinder), Kely Le Brock (A Dama de Vermelho), Elizabeth Hurley (O Peso da Água), Dina Meyer (Tropas Estelares), Nastassja Kinski (Por Uma Noite Apenas) e Linnea Quigley (A Volta dos Mortos Vivos  – sei que Linnea não é famosa como as outras, mas uma zumbi gostosa e pelada tinha que ser citada!).

Antes das fotos, preciso lembrar que este blog é um espaço família, então preferi não colocar fotos de mulher pelada – de mais a mais, hoje, com a internet, é muito fácil ver cada uma destas cenas em alta definição. Meu amigo Afonso Melo teve criativas ideias pra mostrar as cenas sem exibir nada demais. E as ideias ficaram sensacionais! Recomendo ver cada imagem!

Vamos às peladas?

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10. Brigitte BardotO Desprezo

Os produtores exigiram que o diretor Jean-Luc Godard explorasse a beleza de Brigitte no filme. Como o roteiro não tinha espaço pra isso, os créditos inciais são sobre o corpo nu dela.


9. Sharon StoneRápida e Mortal

A nudez mais famosa de Sharon foi a cruzada de pernas em Instinto Selvagem. Mas lá era coerente com o filme. Aqui é um faroeste…


8. Demi MooreGI Jane

Demi tira a roupa com frequência, e na maior parte das vezes tem a ver com o filme. Mas não aqui, onde ela faz uma militar de cabelos raspados.


7. Charlize TheronCaminho sem volta

Mais uma que gosta de tirar a roupa, quase sempre coerentemente. Mas não aqui, Charlize tira a blusa e logo a câmera termina a cena.


6. Angelina JolieO Procurado

Mais uma que gosta de aparecer sem roupa, Angelina aqui não precisava mostrar que estava nua quando saiu da banheira.


5. Halle BerrySwordfish

Halle, badalada na época, fez sua primeira cena de nudez, mostrando os seios em uma cena dispensável.


4. Nicole KidmanBilly Bathgate

Nicole é outra que tira a roupa com frequência, quase sempre em situações coerentes. Será que aqui precisava mostrar tanto?


3. Kirsten DunstMelancolia

Kirsten já tinha ficado no “quase” algumas vezes, em filmes como Gostosa loucura e Maria Antonieta. Aqui ela mostra tudo, numa rápida e dispensável cena.


2. Milla JovovichResident Evil

Milla acorda em uma camisola de hospital, e quando cai no chão, mostra pra todo mundo que está sem calcinha.


1. Jennifer ConnellyRéquiem Para Um Sonho

Não que alguém esteja reclamando, mas determinado momento do filme, Jennifer fica se olhando no espelho, com os “países baixos” à mostra.

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De Volta Para o Futuro 3

Crítica – De Volta Para o Futuro 3

Fechemos a trilogia!

Depois da frenética parte 2, a trilogia encerra com menos viagens no tempo. Agora em 1885, no velho oeste, Marty McFly e Doc Emmet Brown precisam descobrir como acelerar um carro para ativar o capacitor de fluxo. Enquanto isso, precisam evitar os confrontos com Bufford Tannen, antepassado de Biff.

Uma coisa muito legal aqui é a repetição de situações que ocorreram nos dois primeiros filmes, adaptadas para o ambiente do velho oeste. O roteiro, novamente escrito por Robert Zemeckis e Bob Gale, flui perfeitamente, e aproveita para brincar com clichês de filmes de faroeste. As referências à cultura pop são em menor quantidade, mas também estão presentes.

A manutenção do elenco foi importante para isso. Thomas F. Wilson, exagerado como nunca, brilha como o “Cachorro Louco” Tannen. Claro, temos novamente Michael J. Fox, Christopher Lloyd, Lea Thompson e Elisabeth Shue. A novidade está com Mary Steenburgen, interpretando Clara, a única personagem que não tem nada a ver com os outros dois filmes.

Mas confesso que, dos três filmes, esse é que menos gosto. Não que seja fraco, longe disso, é que o nível da série é muito alto.

De Volta Para o Futuro 3 não só tem menos viagens no tempo, como tem um ritmo mais lento. Também rola uma leve mudança de foco – Doc Brown tem uma importância maior, chega a ter um par romântico. Isso não faz o filme ser ruim, mas o faz perder na comparação com os outros.

Mesmo assim, o filme dirigido por Zemeckis tem sequências de tirar o fôlego, como o tradicional duelo no velho oeste, ou a eletrizante parte final no trem. Mesmo um pouquinho mais fraco, é uma excelente conclusão para uma das melhores trilogias da história!