Crítica – Não Tenha Medo do Escuro
Novo terror com a grife Guillermo del Toro! Será que é bom?
A jovem Sally vai morar com seu pai e a namorada numa velha mansão que pertenceu a um famoso pintor que desapareceu décadas antes, e que o casal está reformando. Quando encontram um porão escondido, Sally descobre algo que não deveria ser descoberto.
A direção de Não Tenha Medo do Escuro (Don’t Be Afraid Of The Dark, no original) foi do estreante Troy Nixey; a Guillermo Del Toro coube a produção e o roteiro – curiosamente, um dos pontos fracos aqui. A ambientação na velha mansão é eficiente (algumas cenas lembram O Labirinto do Fauno), a boa trilha sonora evoca filmes de terror clássicos dos anos 70, e os monstrinhos convencem. Mas o roteiro tem algumas situações forçadas demais!
Algumas coisas no roteiro são clichê demais, como os desenhos secretos do artista serem iguais aos da menininha; ou o bibliotecário que é a única pessoa que conhece a fase misteriosa do artista. Quantas vezes a gente já viu isso, caro Del Toro?
E aí a gente começa a listar os furos no roteiro. Como é que a polícia não investigou o violento ataque sofrido pelo caseiro? Cadê as dezenas de fotos de polaroide? Se as criaturas tinham medo da luz, como aparecem na festa? Por que diabos a menina não mostrou a criatura esmagada na biblioteca? E por aí vai, a lista é longa. E isso sem mencionar outro problema: Não Tenha Medo do Escuro é um filme de terror sem sustos. E ainda desperdiçou uma boa oportunidade de usar a lenda da Fada dos Dentes…
No elenco, a boa surpresa é a menina Bailee Madison, eficiente no papel introspectivo. Os outros dois atores principais, Guy Pearce e Katie Holmes, não estão mal, mas também não fazem nada demais.
Enfim, Não Tenha Medo do Escuro tem coisas que se salvam. Mas o resultado final fica devendo.
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