Crítica – A Felicidade Não se Compra
Quando montei o Top 10 de filmes de Natal, prometi que veria A Felicidade Não se Compra no Natal seguinte. Visto!
George Bailey é um homem de bom coração, mas é um cara frustrado por não ter tido a vida que imaginou. Durante uma crise, tenta se matar, mas um anjo é mandado à Terra para lhe mostrar como o mundo seria bem pior sem a sua presença.
Admito a minha falha: sou um cinéfilo que conhece muito pouco do cinema “clássico”. Este foi o meu primeiro filme do diretor Frank Capra! Bem, se vi poucos filmes de décadas atrás, pelo menos posso dizer que já li muita coisa – já sabia que Capra era o “cineasta do otimismo”. O que é legal é que ele consegue fazer isso sem parecer piegas.
A gente precisa entender a época que o filme foi feito. Era 1946, a Segunda Guerra Mundial tinha acabado um ano antes, e, apesar de os EUA terem saído “vencedores”, muita gente morreu, muita gente perdeu amigos e parentes. Numa sociedade assim, um filme como A Felicidade Não se Compra cai como uma luva, as pessoas precisavam do otimismo. O curioso é ver que 65 anos se passaram, mas o tema continua atual: George Bailey passa por problemas financeiros, e tem um banqueiro inescrupuloso lhe perturbando a paciência.
A Felicidade Não se Compra é um dos mais tradicionais “filmes de Natal” da história do cinema, acho que só perde para o conto de Natal de Charles Dickens, que tem “trocentas” versões por aí. Uma clássica história de otimismo, pra gente acreditar que as pessoas podem e devem ser boas umas com as outras.
No elenco, não gostei do anjo Clarence de Henry Travers. Mas ele pouco aparece, o filme é de James Stewart, que manda bem como o George Bailey. O roteiro é curioso. Logo depois de uma breve introdução, temos um longo flashback que toma mais de dois terços do filme! Mas, apesar de previsível, o filme flui bem. E o final do filme é emocionante!
Feliz Natal atrasado para os leitores daqui. Andei uns dias sem postar nada, mas tô com uns textos engatilhados, em breve o fluxo volta ao normal!