Superman 2

Crítica – Superman 2

Depois de ver o primeiro Superman, emendei logo no segundo.

Apaixonado por Lois Lane, Superman está disposto a abrir mão de seus poderes para ficar ao lado dela. Mal sabe ele que três vilões kriptonianos estão a caminho da Terra!

A versão que vi foi a de Richard Donner, diretor do primeiro filme, versão que so foi lançada em 2006. A história das diferentes versões merece ser contada.

Richard Donner tinha sido contratado para fazer dois filmes, e resolveu filmar tudo ao mesmo tempo, já que os mesmos atores repetiriam os mesmos personagens. Ao finalizar o primeiro, o segundo estava quase todo filmado. E foi neste momento que Donner brigou com os produtores Alexander e Ilya Salkind e foi mandado embora. Richard Lester (famoso por Os Reis do Iê Iê Iê, primeiro filme dos Beatles) foi chamado para ficar no seu lugar.

Lester usou parte do material filmado por Donner, filmou outras cenas, e fez um “filme frankenstein”, com partes de ambos diretores. O resultado nem ficou ruim. Mas em 2006, Donner teve a oportunidade de mexer no seu material e remontar o filme como tinha imaginado no fim dos anos 70. Este é o filme que heu vi!

Não sei se vale a pena ficar listando as diferenças entre as versões, tem tudo isso detalhado na wikipedia. O que posso dizer é que algumas coisas estranhas ficaram melhores… Por exemplo, na hora da briga final, não rola aquela tosqueira do Superman tirar o “S” do peito e derrubar o vilão, nem o momento que ele desaparece e aparece ao mesmo tempo em quatro lugares diferentes.

A parte técnica continua excelente, como no primeiro filme. E o único comentário a se fazer sobre o elenco é que Terence Stamp tem muito mais tempo de tela, enquanto Ned Beatty quase não aparece. As atuações repetem o bom nível do primeiro filme. Ah, Marlon Brando tinha sido limado da versão de Lester, mas tem boa participação aqui.

Na minha humilde opinião, a versão de Donner é melhor que a de Lester, mas traz pelo menos dois problemas:

– Lester inventou um “beijo de amnésia” pra Lois Lane se esquecer que Clark Kent é o Superman. Tosco, não? A versão de Donner não tem isso, mas copia o final ruim do primeiro filme. Não sei qual ficou pior.

– Rola uma cena no finzinho, onde o Superman volta ao bar onde apanhou. Esta cena não é coerente com o final proposto por Donner. Furo grande no roteiro!

Mesmo com essas escorregadas, Superman 2 consegue ser uma boa continuação, além do mais porque a gente tem que lembrar que Donner trabalhou com material filmado quase trinta anos antes!

Agora é tomar coragem pra ver o fraco terceiro filme…

Jesus Christ Vampire Hunter

Crítica – Jesus Christ Vampire Hunter

Um musical de kung fu onde Jesus Cristo luta contra vampiros que matam lésbicas para extrair suas peles para se proteger do sol, ajudado por Santo, ex lutador de telecatch mexicano – pára tudo, PRECISO ver isso!

A sinopse é isso aí. Vampiros matam lésbicas e usam a pele delas pra se proteger do sol (?). Jesus Cristo corta o cabelo e tira a barba para enfrentar os vampiros lutando kung fu (???). E o lendário (e gordo) Santo vem para ajudá-lo (?????). Poucas vezes li uma sinopse tão WTF!

Jesus Christ Vampire Hunter é um trash típico. Produção paupérrima, atores amadores, efeitos especiais ridículos e trama absurda. Mas – com este título, alguém achava que ia ser diferente?

Claro que o filme é ruim. Mas tem alguns momentos bem divertidos – não é qualquer filme que pode ter o protagonista falando “se eu não voltar em 5 minutos, chame o Papa!” Isso sem contar a tosquérrima luta entre Jesus e algumas dezenas de ateístas.

O problema é que a ideia é divertida, mas não sustenta a quase hora e meia do filme, principalmente porque a produção é precária demais. O filme cansa lá pelo meio. Aliás, falando em produção precária, a data do filme é 2001, mas a imagem é tão ruim que parece um filme dos anos 70…

Mais uma coisa: a divulgação fala em musical de kung fu. O filme traz várias lutas (todas toscas), mas só rola um número musical. O povo fã de Broadway precisa procurar outro trash…

Resumindo: Jesus Christ Vampire Hunter é ruim. Mas divertido se visto dentro do espírito certo.

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Se você gostou de Jesus Christ Vampire Hunter, o Blog do Heu recomenda o Top 10 de melhores filmes trash.

2 Coelhos

Crítica – 2 Coelhos

Uêba! Filme nacional com cara de blockbuster hollywoodiano!

Insatisfeito com a vida, Edgar resolve elaborar um plano que colocará criminosos e corruptos em rota de colisão, e assim matar 2 coelhos com uma “caixa d’água” só.

2 Coelhos mostra o cinema nacional como poucas vezes visto. Cenas de ação, tiroteios e explosões, trechos em animação e muita câmera lenta. E o melhor: tudo feito com boa qualidade. Os fãs dos blockbusters americanos não tem o que reclamar.

Méritos para o diretor/produtor/roteirista/editor Afonso Poyart, que soube misturar de maneira primorosa a linguagem de comerciais e videoclipes com um roteiro cheio de violência estilizada e referências nerds, e nos trazer o que seria uma continuação do caminho trilhado por Cidade de Deus e Tropa de Elite. E isso sem se basear apenas nos “primos” brasileiros badalados. Porque o liquidificador de Poyart traz, além dos nacionais, elementos do cinema hollywoodiano de Quentin Tarantino, Robert Rodriguez, Zack Snyder e Guy Ritchie.

Li pela internet alguns comentários sobre 2 Coelhos “pecar pelo excesso” – muita câmera lenta, muitos cortes rápidos, muita edição estilizada… Discordo. Acho que o objetivo de Poyart era exatamente este. E heu sou um dos que gosta deste tipo de excesso.

O roteiro é bem amarrado, a trama rocambolesca e os vários personagens são apresentados aos poucos, com o uso de vários flashbacks. Tudo funciona redondinho. Só tem um problema: achei que a trama dá tantas voltas que o plano de Edgar peca por precisar de muitos fatores improváveis para ser bem sucedido. Muita coisa diferente tinha que acontecer ao mesmo tempo, achei isso meio forçado. Para usar uma referência nerd, acho que Edgar precisaria de algo parecido com o gerador de improbabilidade infinita…

Os atores estão excelentes. Fernando Alves Pinto lidera um elenco que conta com Alessandra Negrini, Aldine Muller, Caco Ciocler, Marat Descartes, Thaide, Thogun, Neco Vila Lobos – todos estão bem. Os personagens bem construídos e o roteiro com diálogos divertidos devem ter ajudado o trabalho dos atores.

O resultado final não vai agradar a todos, porque muitos cinéfilos que apreciam o cinema nacional não aceitam o cinema pop; por outro lado, fãs de blockbusters muitas vezes têm preconceito com filmes feitos aqui no Brasil. Mas acho que quem curte o estilo e for ao cinema sem preconceitos não vai se decepcionar.

Parabéns a Afonso Poyart pelo seu início de carreira. Continue assim!

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As Aventuras de Tintim

Crítica – As Aventuras de Tintim

Estreou a aguardada adaptação dos quadrinhos franceses belgas!

Junto com o Capitão Haddock e o cachorrinho Milu, o intrépido repórter Tintim sai em uma caça a um tesouro em um navio no fundo do mar.

A história desse filme vem de longe. Quando Steven Spielberg lançou Caçadores da Arca Perdida em 1981, um crítico comparou o filme com os livros do Tintim, do desenhista Hergé. Spielberg não conhecia Tintim, comprou os livros e virou fã. A admiração foi recíproca: Hergé declarou que Spielberg seria o nome certo para uma possível adaptação cinematográfica. Quando Hergé faleceu em 83, Spielberg comprou os direitos e quase rolou um filme em 84 (Jack Nicholson foi cogitado para ser o Capitão Haddock!).

Mas o projeto foi deixado de lado, sabe-se lá por qual motivo. Até que, recentemente, Spielberg resolveu retomar os trabalhos, e entrou em contato com Peter Jackson, para ver a viabilidade de fazer um cãozinho Milu digital através da WETA (companhia de efeitos especiais de Jackson). Jackson já era fã do Tintim, e resolveram então fazer uma parceria e produzir três filmes em animação por captura de movimento – atores usam sensores pelo corpo, que são interpretados pelo computador.

Além de ter dois grandes nomes na produção, o roteiro de As Aventuras de Tintim (baseado nos livros O Caranguejo das Pinças de Ouro e O Segredo do Licorne) também tem pedigree: foi escrito pelo trio britânico Edgar Wright (Todo Mundo Quase Morto, Scott Pilgrim), Steven Moffat (Doctor Who, Sherlock BBC) e Joe Cornish (Attack The Block). Spielberg dirigiu este primeiro filme e Jackson está dirigindo o segundo – não achei no imdb qual será a previsão de estreia.

Há anos que Spielberg deixou o seu auge, mas mesmo assim ele não costuma decepcionar. Seus últimos 15 anos foram mais fracos que o início de sua carreira, mas ele ainda manteve uma média bem melhor do que a maioria em volta dele (com filmes como O Resgate do Soldado Ryan ou O Terminal). E aqui Spielberg está novamente em boa forma. As Aventuras de Tintim é muito bom. Não sei se vai se tornar um clássico e figurar ao lado de Contatos Imediatos do Terceiro Grau, Caçadores da Arca Perdida, ET, Tubarão ou Parque dos Dinossauros. Mas com certeza é melhor que Minority Report e Guerra dos Mundos

Tecnicamente, o filme é impressionante. O sistema de captura de movimento não é novidade, já vimos antes em filmes como Expresso Polar e Beowulf. Mas aqui a qualidade está muito superior. Ainda mais em 3D. A qualidade da imagem é algo poucas vezes visto – pena que o Oscar não aceita captura de movimentos no Oscar de animação, senão acho que As Aventuras de Tintim seria a grande barbada (além do mais porque o filme da Pixar este ano foi o fraco Carros 2).

(O novo Planeta dos Macacos usa o mesmo sistema para os macacos do filme. A diferença é que em As Aventuras de Tintim é o filme inteiro, e não alguns personagens. Coincidência ou não, Andy Serkis teve papeis centrais em ambos os filmes.)

Uma das sequências sozinha já valeria o ingresso, mesmo se As Aventuras de Tintim fosse ruim (o que não é). Sabe plano-sequência, quando a câmera acompanha uma cena sem cortes? Bem, em uma animação, um corte e uma emenda podem facilmente ser feitos. E mesmo assim, As Aventuras de Tintim traz um dos planos-sequência mais sensacionais que heu já vi, na cena da perseguição aos três pergaminhos. A “câmera” passeia por ângulos que seriam impossíveis de ser usados se fosse uma filmagem real.

Com relação ao elenco, é complicado falar do trabalho de atores que não aparecem na tela. Mas deu pena de ver o filme dublado e descobrir que a dupla de detetives atrapalhados Dupon e Dupon é feita por Simon Pegg e Nick Frost, de Todo Mundo Quase Morto, Chumbo Grosso e Paul – aposto como isso está mais engraçado no som original. No resto do elenco, Jamie Bell e Daniel Craig se juntam ao “veterano” Andy Serkis no sistema de captura de movimento.

O filme, propositalmente, não tem fim, rola um gancho para a continuação. Aguardemos o filme de Peter Jackson!

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Superman (1978)

Crítica – Superman (1978)

Chegou meu box do Superman em blu-ray com 8 discos. Aproveitei o fim de semana prolongado e vi os dois primeiros.

O filme conta a origem do Superman, um dos mais famosos super-herois da história, desde bebê ainda no planeta Krypton, passando pela juventude em Smallville e já adulto em Metropolis, onde trabalha no jornal Daily Planet usando a identidade secreta Clark Kent.

Superman está em invariavelmente todas as listas de melhores adaptações cinematográficas de super-herois. Digo mais: é considerado o marco inicial para o que conhecemos sobre filmes de herois. E, revendo hoje, mais de 30 anos depois, continua sendo um grande filme.

A parte técnica do filme dirigido por Richard Donner é impressionante para um filme dos anos 70. Tá, alguns chroma key estão “vencidos”, mas nada grave. Não vemos nenhum cabo segurando um ator, nem nenhuma emenda – lembrem-se que efeitos especiais eram bem toscos na época, e cgi ainda era um sonho distante.

O elenco foi muito bem escolhido. Marlon Brando foi contratado a peso de ouro para uma pequena participação como Jor-El, o pai do Superman. Gene Hackman, o Lex Luthor, era o outro grande nome do elenco. Christopher Reeve era desconhecido, mas encarnou tão bem o Homem de Aço que até hoje é lembrado como “o Superman”. Ainda no elenco, Margot Kidder, Ned Beatty, Valerie Perrine e Terence Stamp.

O roteiro, baseado em história do badalado Mario Puzo (O Poderoso Chefão), é muito bom, mas não é perfeito. O Lex Luthor de Gene Hackman é meio caricato, a ideia inicial era fazer algo mais próximo ao Batman barrigudo dos anos sessenta. Superman não tem esse tom cartunesco, mas Luthor, juntamente com seu ajudante Otis, viraram alívios cômicos. Hoje em dia estamos acostumados a vilões mais realistas, o que enfraquece o personagem de Luthor.

O fim do filme também sempre foi um ponto polêmico – se na época muita gente não gostou, hoje a ideia de voltar o tempo invertendo a rotação da Terra parece um absurdo digno de uma co-produção entre Uwe Boll e Roland Emmerich! (Digo mais: se era possível voltar a rotação da Terra, por que não voltar um pouco mais e impedir os mísseis?)

Mesmo com essas inconsistências no roteiro, Superman ainda é um filmaço. E abriu caminho para outras produções semelhantes, sendo diretamente responsável pelo conceito atual de “filme de super-herói”.

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Indicados ao Oscar 2012

Indicados ao Oscar 2012

Chegou a hora do burburinho entre cinéfilos – saiu a lista dos indicados ao Oscar 2012!

O fato de um filme ser indicado para o Oscar não o torna obrigatoriamente um bom filme. Mas não deixa de ser uma lista interessante para aqueles que querem se atualizar com o cinema hollywoodiano contemporâneo.

Pensando nisso, vou fazer alguns comentários sobre alguns indicados. Lembrando que, como só vi alguns deles, vou ter que dar muitos palpites – e depois posso descobrir que palpitei errado… 😉

Só vou falar sobre algumas categorias. Quem quiser ver a lista completa, está aqui: http://www.imdb.com/oscars/nominations/

Vamos aos indicados?

Melhor filme:

O Artista
Os Descendentes
Cavalo de Guerra
O Homem que Mudou o Jogo
A Árvore da Vida
Meia Noite em Paris
Histórias Cruzadas
A Invenção de Hugo Cabret
Tão Forte e Tão Perto

Desses aí, só três passaram no Brasil: Meia Noite em Paris, que é muito bom, mas não tem cara de ganhador de Oscar; A Árvore da Vida, chaaato, adorado pelo povo cabeça, e que também não deve ganhar; e Cavalo de Guerra, que está em cartaz e heu ainda não tive tempo de assistir.
Aguardo ansiosamente por A Invenção de Hugo Cabret, fantasia dirigida por Scorsese, e também estou muito curioso com O Artista, filme francês mudo e em preto e branco, apesar de ter sido realizado ano passado. Se heu fosse apostar, seria em um desses dois.
Ainda na lista tem dois que não me interessaram quando vi os trailers: Os Descendentes e Histórias Cruzadas. Tampouco me interessei por O Homem que Mudou o Jogo. Mas agora vou procurar os três.
Por fim, admito que nunca tinha ouvido falar de Tão Forte e Tão Perto

Melhor diretor:

Martin Scorsese (A Invenção de Hugo Cabret)
Michel Hazanavicius (O Artista)
Alexander Payne (Os Descendentes)
Woody Allen (Meia Noite em Paris)
Terrence Malick (A Árvore da Vida)

Nem dá pra palpitar aqui. Scorsese passou anos sendo ignorado pela academia e ganhou seu primeiro Oscar há pouco tempo, em 2007, por Os Infiltrados. Talvez a Academia queira dar outro prêmio para ele, pelos muitos anos de bons serviços. Woody Allen também tem um currículo brilhante e não seria mal se ganhasse mais um (ele já tem pelo roteiro de Hannah e Suas Irmãs e direção e roteiro de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa ), mas, sei lá, o vejo afastado desse burburinho de Oscar. Não gostei do trabalho de Terrence Malick, mas o cara é queridinho. O filme de Alexander Payne está badalado, mas talvez ele seja alternativo demais. E Michel Hazanavicius tem uma carreira promissora, acredito que ele tem um grande futuro, mas acho difícil um estreante ganhar de tantos feras.

Melhor ator:

Demián Bichir
George Clooney
Brad Pitt
Gary Oldman
Jean Dujardin

Se a gente seguir a lógica do Globo de Ouro, George Clooney leva para casa o seu segundo Oscar (ele ganhou em 2005, por Syriana). Não vi o filme de Brad Pitt, mas ficaria feliz se ele ganhasse – o considero um grande ator, e ele nunca ganhou Oscar. Também gosto de Gary Oldman, outro que não tem Oscar.

Melhor atriz

Glenn Close
Viola Davis
Rooney Mara
Meryl Streep
Michelle Williams

Pelo que a gente lê por aí, o prêmio já tem o nome da Meryl Streep, pela sua interpretação de Margareth Thatcher no filme A Dama de Ferro. Bem, se for, não será surpresa, ela já foi indicada dezessete vezes (ganhou “só” duas vezes).

Melhor ator coadjuvante

Kenneth Branagh (Sete Dias com Marilyn)
Jonah Hill (O Homem Que Mudou o Jogo)
Nick Nolte (Guerreiro)
Christopher Plummer (Toda Forma de Amor)
Max von Sydow (Tão Forte e Tão Perto)

Melhor atriz coadjuvante

Bérénice Bejo (O Artista)
Jessica Chastain (Histórias Cruzadas)
Melissa McCarthy (Missão Madrinha de Casamento)
Janet McTeer (Albert Nobbs)
Octavia Spencer (Histórias Cruzadas)

Não tenho ideia sobre atores e atrizes coadjuvantes, não vi nenhum dos filmes…

Melhor Roteiro Original

O Artista
Missão Madrinha de Casamento
Margin Call – O Dia Antes do Fim
Meia-Noite em Paris
A Separação

Me parece que a briga fica entre O Artista e Meia-Noite em Paris. Mas é chute.

Melhor Roteiro Adaptado

Os Descendentes
A Invenção de Hugo Cabret
Tudo pelo Poder
O Homem Que Mudou o Jogo
O Espião Que Sabia Demais

Se tem um prêmio que não tenho a menor ideia este ano, é o de Roteiro Adaptado. Por mim, os cinco candidatos estão aptos.

Melhor filme de animação

Chico & Rita
Rango
A Cat in Paris
O Gato de Botas
Kung Fu Panda 2

Achei estranho não ver As Aventuras de Tintin aqui, acho que merece mais do que O Gato de Botas e que Kung Fu Panda 2. E não conhecia nem Chico & Rita nem A Cat in Paris. Mas acho que o Oscar vai pra Rango

Filme estrangeiro

Bullhead – Bélgica
Monsieur Lazhar – Canadá
A Separação – Irã
Footnote – Israel
In Darkness– Polônia

Não vi nenhum. Mas em todo lugar só se fala do filme iraniano. Pena, preferia ver Tropa de Elite 2 e A Pele Que Habito nesta lista.

Canção Original

Man or MuppetOs Muppets – Música e Letra de Bret McKenzie
Real in Rio – Rio – Música de Sergio Mendes e Carlinhos Brown e letra de Siedah Garrett

Apesar de gostar do desenho que tem o nome da cidade onde nasci, estou na torcida pelos Muppets – lembrem-se que é o Sheldon (Jim Parsons) na tela!

Trilha sonora

As Aventuras de Tintim – John Williams
O Artista – Ludovic Bource
A Invenção de Hugo Cabret – Howard Shore
O Espião que Sabia Demais – Alberto Iglesias
Cavalo de Guerra– John Williams

Alguém sabe quantas vezes John Williams já concorreu ao Oscar? Segundo o imdb, foram 41 vezes (ganhou cinco), mas não sei se já conta as duas indicações deste ano. Acho que ele leva por As Aventuras de Tintim.

Efeitos visuais

Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2
A Invenção de Hugo Cabret
Gigantes de Aço
Planeta dos Macacos: A Origem
Transformers: O Lado Oculto da Lua

Taí, nenhum dos filmes destoa. Mas acho que Planeta dos Macacos e seu “macaco-ator-digital” leva. Pelo menos é o que mais merece.

As Amazonas Na Lua

Crítica – As Amazonas Na Lua

Ano passado ganhei do meu amigo Luiz Alberto Benevides o dvd de As Amazonas Na Lua (gringo, claro, acho que só foi lançado por aqui nos tempos do vhs). Revi no fim de semana, não via este filme desde os “saudosos” tempos do vhs.

Esta comédia nonsense mostra vários trechos de diferentes programas de tv, como se alguém estivesse mudando de canal. E, ao longo da programação,  vemos alguns pedaços do longa fictício As Amazonas Na Lua, filme vagabundo de ficção científica dos anos 50.

Como quase todo filme em episódios, As Amazonas Na Lua (Amazon Women on the Moon no original) é irregular. Algumas cenas são muito engraçadas, outras são meio bobas. O resultado final é positivo – o filme não é excelente, mas é uma boa diversão.

São cinco diretores – dentre os quais John Landis (Irmãos Cara de Pau) e Joe Dante (Gremlins) – e um elenco estelar, que conta com Michelle Pfeiffer, Rosanna Arquette, Kelly Preston, Steve Guttemberg, Arsenio Hall, BB King, Joe Pantoliano, Sybil Danning, Jenny Agutter, Carrie Fisher, Paul Bartel e Ed Begley Jr., dentre outros.

As Amazonas Na Lua traz boas críticas ao american way of life, satirizando vários clichês da programação televisiva. Se por um lado algumas piadas ficaram velhas, por outro lado algumas das situações mostradas fazem mais sentido hoje em dia, já que a tv a cabo faz parte da nossa realidade (o filme é de 1987, na época não existia tv a cabo aqui no Brasil).

As Amazonas Na Lua não é um filme “obrigatório”. Mas é uma boa diversão, principalmente pra quem curte tv.

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Alvin e os Esquilos 3

Crítica – Alvin e os Esquilos 3

Férias com as crianças, cinema é a maior diversão. Pena que nem sempre com um bom filme.

Dave (Jason Lee) viaja com os seis esquilinhos cantores num cruzeiro. Mas uma peraltice de Alvin faz os esquilos virarem náufragos em uma ilha deserta.

A animação dos esquilinhos é muito bem feita, assim como os arranjos das músicas. Mas…

Além da trama clichê e dos personagens caricatos e unidimensionais, confesso que o efeito “gás hélio” na voz dos esquilos pode ser bonitinho da primeira vez que a gente ouve, mas enche o saco antes da metade do filme.

Para não dizer que nada se salva, gostei da dupla personalidade do esquilo Simon. Pena que os antagonistas mal desenvolvidos coloquem tudo a perder.

Ainda tem outro problema: a concorrência. Hoje em dia são muitas as opções de excelente qualidade pra criançada ver nos cinemas. Alvin e os Esquilos 3 nem é tão ruim, mas perde feio pra outras opções em cartaz.

Divertido pra criançada, mas dispensável para os pais…

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A Hora da Escuridão

Crítica – A Hora da Escuridão

Dois americanos estão em Moscou para uma frustrada tentativa de negócio, quando alienígenas invadem a Terra e matam quase todos ao redor.

Não li muita coisa sobre este A Hora da Escuridão, mas o que me parece é que trata-se de uma produção russa com alguns atores americanos contratados, com o nome de Timur Bekmambetov (O Procurado) por trás.

A Hora da Escuridão é um típico filme B. Efeitos especiais baratos, elenco sem muita gente conhecida e trama cheia de clichês. Claro que não é um filmaço. Mas pode servir como diversão pros menos exigentes.

O diretor Chris Gorak encontrou um bom método pra baratear seus efeitos: os alienígenas usam camuflagem e ficam invisíveis. Tá, admito que às vezes o efeito fica risível. Mas gostei do resultado.

No elenco, apenas um nome conhecido: Emile Hirsch, protagonista de Na Natureza Selvagem e Speed Racer. Bom ator, mas acho que precisa escolher melhor os futuros projetos. No resto do elenco, ninguém se destaca positivamente. Por outro lado, alguns personagens são caricatos demais, como o sueco rival dos americanos ou o eletricista russo.

A Hora da Escuridão foi lançado em cópias 3D. Vi num cinema 2D, não senti falta do 3D…

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Sin City – A Cidade do Pecado

Crítica – Sin City – A Cidade do Pecado

Comprei uma edição dupla gringa de Sin City – A Cidade do Pecado em blu-ray, com duas versões do filme – além da versão que passou nos cinemas, tem a “extended”, “uncut” e “recut”. Revi a original, assim que ver a outra, compará-las-ei no TBBT. Mas, antes disso, vou falar do filme aqui.

Adaptação da graphic novel de Frank Miller, Sin City – A Cidade do Pecado mostra três histórias interligadas, envolvendo policiais corruptos, mulheres sedutoras e marginais durões, uns em busca de vingança, outros em busca de redenção.

Sin City – A Cidade do Pecado é uma das melhores adaptações da história do cinema. Aliás, nem sei se dá pra chamar de adaptação, porque às vezes nem parece filme, parece que estamos vendo na tela os quadrinhos da graphic novel.

A história disso vale ser contada. Um dos maiores nomes da história dos quadrinhos, Frank Miller não tinha um bom currículo em Hollywood. O convidaram para escrever os roteiros do fraco Robocop 2 e do ainda mais fraco Robocop 3. Miller deve ter ficado traumatizado, já que se afastou do cinema – pra que se aventurar num terreno onde não conseguiu bons resultados?

Aí apareceu Robert Rodriguez, que já tinha alguns sucessos na filmografia (A Balada do Pistoleiro, Um Drink no Inferno, Prova Final, Era Uma Vez no México). Rodriguez chamou Josh Hartnett e Marley Shelton e fez, sem ter a aprovação de ninguém, um filminho de poucos minutos, capturando o estilo da graphic novel. E perturbou Miller até conseguir mostrá-lo. Com esse curto filme, convenceu Miller a acompanhá-lo ao set e dividir com ele a cadeira de diretor. Miller pensaria nos quadrinhos da sua graphic novel, enquanto Rodriguez se preocuparia com a parte técnica.

Antes avesso a adaptações cinematográficas, Miller agora sabia que sua graphic novel tinha boas chances de virar um bom filme e finalmente aprovou o projeto.

O visual é todo estilizado. Rodriguez filmou tudo em estúdio, e acrescentou os cenários em chroma-key. O filme é preto e branco, com alguns detalhes coloridos (olhos azuis de uma personagem aqui, tênis vermelho de outro personagem ali). Mais: o preto é realmente preto, e o branco é realmente branco, criando contrastes pouco comuns no cinema (mas comuns nos quadrinhos) – o sangue é quase sempre branco em vez de vermelho (e olha que tem muito sangue, o filme é bem violento). Até alguns movimentos de câmera são como se uma câmera estivesse passando sobre a revista. Como disse, a adaptação foi fantástica, como poucas vezes vista na história do cinema.

Os créditos do filme trazem os nomes dos dois como co-diretores, mas o filme é a cara do Robert Rodriguez, que aqui fez o de sempre: além de dirigir, editou, contribuiu com a trilha sonora, coordenou os efeitos especiais, a fotografia… o cara foi até operador de câmera! Robert Rodriguez é um workaholic do cinema!

(Ainda falando de direção, Sin City – A Cidade do Pecado tem uma participação especial de Quentin Tarantino, que dirigiu a cena no carro com Clive Owen e Benicio Del Toro.)

O elenco também chama a atenção: Mickey Rourke, Clive Owen, Rosario Dawson, Jessica Alba, Elijah Wood, Rutger Hauer, Bruce Willis, Carla Gugino, Michael Madsen, Brittany Murphy, Benicio Del Toro, Michael Clarke Duncan, Devon Aoki, Jaime King, Alexis Bledel, Powers Boothe, além de Josh Hartnett e Marley Shelton (o curta feito antes por Rodriguez foi aproveitado, e abre o filme). Nada mal, não?

Claro, o filme não é para qualquer um. O ritmo quase sempre com narração em off pode cansar. Outra coisa que pode desagradar são os personagens, quase todos no limite da caricatura – todos os homens são durões, todas as mulheres são fatais e gostosonas. Pelo menos essas duas coisas ajudam a criar um clima de filme noir diferente…

Desde a época do lançamento (2005), rola um boato sobre uma continuação. Mas até hoje, sete anos depois, não há nada confirmado. Se vier, que mantenha a qualidade!

p.s.: Frank Miller tentou de novo, e, três anos depois, dirigiu The Spirit. Mas foi um fracasso. Senti falta do Robert Rodriguez.

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300