Crítica – Gigantes de Aço
Uma produção de Steven Spielberg com robôs lutando boxe – não tem muito como dar errado, né?
Num futuro próximo, lutas de boxe são praticadas por robôs. Charlie Kenton, um ex-boxeador falido, vive procurando robôs velhos para tentar voltar às lutas. Agora ele descobriu que sua ex faleceu, e ele tem que cuidar de Max, o filho de 11 anos com quem nunca teve contato.
Na verdade, Gigantes de Aço peca por ser certinho demais. Tudo aqui é extremamente previsível. Não tem muita graça assistir uma luta quando a gente adivinha o fim… Pelo menos o filme é muito bem feito. O diretor Shawn Levy (Uma Noite no Museu, Uma Noite Fora de Série) seguiu diretinho a “receita de bolo” e entregou um filme onde tudo funciona corretamente.
Também preciso falar da parte técnica. Diferente da série Transformers, onde pouco conseguimos ver das confusas brigas entre robôs, aqui é tudo claro e cuidadosamente bem feito. As lutas são muito boas.
O elenco está bem. Hugh Jackman é um grande ator, seu Charlie Kenton não tem “cara de Wolverine”. O menino Dakota Goyo às vezes irrita um pouco, mas foi uma escolha bem melhor do que um Jaden Smith ou um Jake Lloyd. Evangeline Lilly tem um papel menor, achei uma boa opção não focar o filme no relacionamento dela com Jackman, e sim deste com seu filho. Ainda no elenco, Hope Davis, Kevin Durand, Anthony Mackie e Olga Fonda.
Mas aí vem o roteiro requentado. Parece uma “mistura Stallone”: um filme da série Rocky com muito de Falcão – O Campeão dos Campeões (por causa da morte da ex, o protagonista ganha a guarda de um filho com o qual não tem muito contato, e volta a uma competição da qual estava afastado). Até a interessante estratégia “mohamed-aliana” usada na luta final é reciclada, o mesmo acontece em Rocky III, com Apollo gritando igual ao menino Max.
Bem, como falei lá em cima, pelo menos o filme é bem feito, e dificilmente vai decepcionar o seu público alvo. Mas, se a história fosse menos previsível, ninguém ia reclamar…
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