Crítica – Os Homens Que Não Amavam As Mulheres
Quando vi que a refilmagem americana de Os Homens Que Não Amavam As Mulheres (Män som hatar kvinnor em sueco ou The Girl With The Dragon Tatoo em inglês) estava prestes a estrear, procurei o original sueco para ver antes.
O jornalista Mikael Blomkvist, prestes a ser preso, é contratado para tentar descobrir o paradeiro da sobrinha de um milionário, desaparecida 40 anos antes. A hacker esquisitona Lisbeth Salander acaba ajudando-o.
Este é o primeiro filme da falada trilogia Millenium, baseada nos livros do escritor sueco Stieg Larsson. Dei uma checada no imdb, a produção sueca foi rápida: os outros dois filmes vieram logo em seguida, ainda no mesmo ano de 2009, e ainda rolou uma série de tv no ano seguinte. E, agora, a refilmagem hollywoodiana (e pelo sucesso que este primeiro filme está fazendo, aposto que teremos os outros dois nos próximos anos).
Para um filme europeu, sem a grana e os recursos de Hollywood, Os Homens Que Não Amavam As Mulheres funciona direitinho. A produção é bem cuidada e o trabalho dos atores está muito bem, principalmente Noomi Rapace, a Lisbeth Salander. O filme é um pouco longo (pouco mais de duas horas e meia), mas o ritmo é bem equilibrado e não chega a cansar.
Mas admito que não entendi todo esse frisson em torno do filme. Refilmagem americana dois anos depois do original (foi lançado lá fora no fim de 2011), livros nas vitrines de todas as livrarias… Me pareceu um certo exagero. Os Homens Que Não Amavam As Mulheres é bom, mas nada impressionante – principalmente porque segue a cartilha hollywoodiana de “como fazer um thriller”.
Acho que o único destaque é mesmo a já citada Noomi Rapace. Não sei como era a Lisbeth Salander do livro, mas esta aqui é um personagem excelente – estranha e fascinante na medida certa – e completamente diferente do que imaginamos sobre o padrão de beleza sueco. Tanto que Noomi já está em Hollywood, onde fez o segundo Sherlock Holmes e está no elenco do esperado Prometheus (filme que traz Ridley Scott de volta ao univrso Alien). (O protagonista Michael Nyqvist também foi pra Hollywood, onde fez o novo Missão Impossível)
Agora tenho que ver os outros dois filmes, A Menina que Brincava com Fogo e A Rainha do Castelo de Ar. Mas antes, falarei aqui sobre a refilmagem – no post de amanhã.