Batalha Por T.E.R.R.A.

Crítica – Batalha Por T.E.R.R.A.

Quando todos os últimos recursos da Terra são exauridos, os sobreviventes saem à procura de um novo planeta para recomeçar a vida. O planeta T.E.R.R.A., habitado por seres pacíficos e que vivem em harmonia, é uma opção. O problema é que a atmosfera é incompatível com a sobrevivência dos humanos.

Batalha Por T.E.R.R.A. é um desenho animado incomum. A história é séria, diferente da maioria das animações atuais, quase sempre em tom de comédia – não rola nem um alívio cômico. Mesmo assim, a temática não é adulta. Talvez isso seja um problema, porque a criançada pode se cansar, enquanto os adultos podem não curtir o visual infantil.

O traço do desenho não é tão impressionante quanto o “padrão Pixar”, mas gostei do resultado, o visual do planeta e de seus habitantes é muito interessante. E a trama é simples mas não é óbvia, boa notícia quando se fala de animações atualmente.

Vi a versão dublada, o que foi uma pena. O elenco da versão original é impressionante: Evan Rachel Wood, Brian Cox, Chris Evans, James Garner, Danny Glover, Amanda Peet, Luke Wilson, Justin Long, Rosanna Arquette, Beverly D’Angelo, Ron Perlman, Dennis Quaid, Danny Trejo e Mark Hammil. Nada mal!

Teve uma coisa que me deixou encucado: por que escolheram o nome “T.E.R.R.A.” para o novo planeta? No mundo globalizado em que vivemos, será que ninguém avisou aos gringos como é, em português, o nome do nosso próprio planeta? E tem mais: são quantas letras “R”? No estojo do dvd (original), é “T.E.R.A.”, com um “R” (como a imagem acima); nas legendas do dvd (original), é “T.E.R.R.A.”, com dois. Na dúvida, fui ao imdb, onde está com dois “R”s…

Batalha Por T.E.R.R.A. não entrará para a história como um desenho “obrigatório”. Mas não vai decepcionar ninguém.

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Top 10: Melhores Bares e Restaurantes do Cinema

Top 10: Melhores Bares e Restaurantes do Cinema

Sabe quando a gente vê um bar ou restaurante em um filme e fica com vontade de ir lá? Seja pela decoração, pelo cardápio ou pela frequência, a gente queria que o lugar fosse real pra ir lá jantar ou tomar uns drinks.

Não podemos ir a esses estabelecimentos, mas podemos fazer uma lista de quais seriam os mais legais!

Ao montar este Top 10, tive o auxílio luxuoso desta lista, elaborada pelo meu amigo Oswaldo Lopes Jr, sobre bares e restaurantes do cinema. O link vale a visita!

Mais uma vez, algumas boas sugestões ficaram de fora – só cabem dez na lista… Menção honrosa para o Rick’s Cafe (Casablanca), o St Elmo’s Bar (O Primeiro Ano Do Resto de Nossas Vidas), o The Slaughtered Lamb (Um Lobisomem Americano em Londres), o Mel’s Drive In (American Graffiti), a Lou’s Tavern (Clube da Luta), o “nosso” Bar Esperança, o restaurante de Ratatouille e o beco de A Dama e o Vagabundo.

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10. CopacabanaOs Bons Companheiros

O plano-sequência da entrada de Ray Liotta pelos fundos deste restaurante cheio de mafiosos o garante aqui no Top 10.

9. Cafe 80’sDe Volta Para o Futuro 2

Em vez de garçons, o bar usa tvs com personagens como Ronald Reagan, Aiatolá Khomeini e Michael Jackson. Mas tudo é muito caro, uma pepsi custa 50 dólares…

8. Dungeon RoomMonty Python – O Sentido da Vida

Comida havaiana servida numa autêntica atmosfera de masmorra inglesa medieval. O cardápio traz várias opções de… conversas!

7. Pônei SaltitanteO Senhor dos Aneis

Apesar do nome sugerir um estabelecimento GLS, o Pônei Saltitante é uma taverna frequentada por hobbits, onde Frodo e seus amigos encontraram Passolargo pela primeira vez.

6. Winchester Todo Mundo Quase Morto

Aqui você pode beber pints de cerveja enquanto belisca torresmos e amendoins. Ou então bater em um zumbi ao som de Don’t Stop Me Now, do Queen.

5. Titty TwisterUm Drink No Inferno

O bar de motoqueiros e caminhoneiros tem uma decoração, digamos, exótica. Fetichistas podem beber vinho direto dos pés de Salma Hayek. Mas cuidado quando gritarem “dinner time”!

4. Korova Milk BarLaranja Mecânica

Um lugar futurista, com máquinas de leite em forma de mulheres nuas, servindo moloko de vaca misturado com velocet, synthemesc ou drencron.

3. Ink and Paint ClubUma Cilada Para Roger Rabbit

O clube tem pinguins como garçons e apresenta números como um duelo de pianos entre Patolino e Pato Donald, ou a sensacional ruiva Jessica Rabbit.

2. Mos Eisley CantinaGuerra nas Estrelas

Mos Eisley pode ter uma grande concentração de escória e vilania, mas tem essa simpática (e perigosa) cantina, onde rolam shows da banda Figrin D’an and the Modal Nodes.

1. Jack Rabbit Slim’sPulp Fiction

Não bastasse a sensacional decoração temática, os garçons são sósias de celebridades dos anos 50. E ainda rola concurso de dança!

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Viagem 2: A Ilha Misteriosa

Crítica – Viagem 2: A Ilha Misteriosa

Um dos primeiros textos aqui do blog foi sobre Viagem Ao Centro da Terra – foi o meu segundo post. Chegou a hora de falar da continuação.

O jovem e rebelde Sean descobre um mapa para encontrar a Ilha Misteriosa de Julio Verne, lugar onde seu avô parece estar perdido. Com a ajuda do padrasto, de um piloto de helicóptero e de sua filha, ele vai até a ilha.

Viagem 2: A Ilha Misteriosa tem basicamente dois problemas. O primeiro é a falta de definição sobre ser uma continuação ou não. A começar pelo título – “Viagem 2” – título incomum, não? Um personagem do primeiro filme está de volta, mas todos os outros são solenemente ignorados – assim como todos os acontecimentos do outro filme. Sei lá, acho que poderiam deixar o “2” de lado e investir em um filme independente com o jovem Sean.

O outro problema é que precisamos de muita suspensão de descrença aqui. Assim como acontece no primeiro filme, os acontecimentos daqui são altamente improváveis – só pra citar um exemplo do início do filme: três ilustrações de livros diferentes formam um mapa – não foi uma certa coincidência as edições terem ilustrações do mesmo tamanho? E assim o filme segue, um absurdo atrás do outro. 007 perde na mentirada!

Várias pontas soltas no roteiro só pioram isso. São muitas questões não respondidas, como o que acontece com os animais locais durante os 140 anos que a ilha fica submersa; ou ainda como ruínas centenárias ficam de pé, se, quando a ilha afunda, terremotos destroem tudo.

Relevando esses “detalhes”, Viagem 2: A Ilha Misteriosa até é divertido. Assim como no filme de 2008, a sensação que o filme passa é que estamos em um parque de diversões – principalmente por causa do efeito 3D. Nisso, o filme é eficiente. Os efeitos especiais são muito bem feitos. Viagem 2: A Ilha Misteriosa é daquele tipo de filme que ficaria capenga com efeitos fracos. Temos insetos gigantes ao lado de elefantes em miniatura, vôos em abelhas e cenários deslumbrantes.

O elenco é até legal. Josh Hutcherson (Minhas Mães e Meu Pai) é o único remanescente do outro filme – Brendan Fraser, protagonista do primeiro, foi ignorado e trocado por Dwayne “The Rock” Johnson (Velozes e Furiosos 5). Além deles, o elenco conta com Michael Caine (Batman – O Cavaleiro das Trevas), Vanessa Hudgens (Sucker Punch) e Kristin Davis (Sex And The City). Pra mim, a única bola fora é o personagem de Luis Guzmán, um alívio cômico caricato e sem graça. Guzman, de O Pagamento Final e Boogie Nights, merece mais do que isso!

Ah, sim, a “cena do peitoral”. Li pela internet várias críticas à cena onde o “The Rock” coloca os músculos para dançarem. Mas, olha, achei tão ridículo (no bom sentido) que não me incomodou. Me pareceu que o Rock estava tirando sarro de si mesmo.

Por fim, preciso falar de uma bola fora da cópia dublada em português. Determinado momento, Dwayne Johnson canta uma versão de What A Wonderful World. A música não foi dublada, ponto positivo. Mas tampouco rolam legendas – e a letra está diferente da original. Traduzi para a minha filha, que estava ao meu lado, mas acredito que boa parte do cinema não entendeu a piada do “older than Yoda”…

Enfim, nada demais. Mas pode divertir quem estiver no clima certo.

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Superman 3

Crítica – Superman 3

Depois de ver os dois primeiros, encarei o terceiro Superman, de 1983, nitidamente inferior aos outros.

Gus Gorman é um desempregado trapalhão que resolve fazer um curso de informática e vira um super gênio dos computadores da noite para o dia. Um rico empresário resolve usar os seus talentos para o mal – e para derrotar o Superman.

Superman 3 é um desastre. Parece que não se decidiram entre um filme de super-heroi e uma comédia pastelão. O resultado: fraco enquanto comédia; ridículo enquanto filme de heroi.

O roteiro é tão absurdo que fiquei com medo: será que em 83 a gente era tão ingênuo, pra acreditar naquilo? É uma abobrinha seguida de outra. Só pra citar um exemplo: determinado momento o vilão resolve hackear um satélite para fazer chover (?) e destruir as plantações de café da Colômbia!!! E o roteiro é repleto de situações patéticas como essa. Na cena final, o Superman vira um videogame, e uma vilã vira um robô… A sensação de vergonha alheia torna difícil de assistir até o fim…

(Li em algum lugar que Mel Brooks deveria ser o diretor. Pelo menos o filme seria engraçado!)

Acredito que boa parte da culpa é do diretor Richard Lester e dos produtores Alexander e Ylia Salkind. Diz a lenda que os produtores queriam este tom caricato desde o primeiro filme, mas Richard Donner, contratado para ser o diretor, mudou o conceito e fez um filme sério. Donner foi demitido e Lester foi contratado para completar o segundo filme – por isso que existem duas versões, uma mais séria e outra não. O terceiro filme teve Lester (e a galhofa) desde o início…

No elenco, Christopher Reeve repete o papel de sempre, mas parece que o nome principal não é o Superman, e sim o atrapalhado (e bobo) personagem de Richard Pryor. Margot Kidder aparece rapidamente, o papel principal feminino fica com Anette O’Toole, no papel de Lana Lang.

Agora preciso de coragem (muita coragem) pra ver o quarto filme. Superman 3 é ruim, mas conheço gente que gosta. Já o 4 é unanimidade: todos concordam que é o pior de todos!

A Mulher de Preto

Crítica – A Mulher de Preto

Alvíssaras! A Hammer está de volta!

No início do século passado, o jovem advogado Arthur Kipps viaja até um vilarejo, onde descobre um vingativo fantasma que assombra os habitantes locais.

Duas coisas chamam a atenção neste A Mulher de Preto: Daniel Radcliffe fazendo algo diferente de Harry Potter; e a volta da Hammer. Pra mim, a segunda coisa chama mais atenção. Afinal, a Hammer foi uma produtora inglesa que lançou inúmeros filmes entre as décadas de 50 e 70, quase todos de terror – incluindo aí vários filmes com Drácula, Frankenstein e múmias, e estrelas como Christopher Lee e Peter Cushing.

O cinema de terror está banalizado hoje em dia. Efeitos especiais muitas vezes parecem mais importantes que a história em si. Claro que os resultados têm sido bem fracos por causa disso… E é aí que os fãs do verdadeiro cinema de horror podem ficar felizes. A Mulher de Preto segue o estilo dos filmes antigos de terror e quase não tem efeitos especiais aparentes, os sustos são quase sempre resultado de truques de câmera e maquiagem. E rolam alguns bons sustos!

A ambientação também é muito boa. Ajudado por cenários que dão medo, o diretor James Watkins (que já tinha feito um bom trabalho em seu filme de estreia, Sem Saída) conseguiu criar um clima que remete aos tempos áureos da Hammer. Curiosamente, o roteiro foi baseado em um livro escrito em 1983 pela escritora Susan Hill…

Sobre o elenco, Daniel Radcliffe continua sendo a cara do Harry Potter, mesmo com penteado diferente, costeletas e barba por fazer – vai demorar um tempo para as pessoas desassociarem o ator do personagem (isso se ele conseguir, até hoje Mark Hamill é o Luke Skywalker). Mas posso afirmar que funciona, Radcliffe está bem no papel. Além dele, o unico nome conhecido é Ciarán Hinds.

A Mulher de Preto não entrará na história como um clássico do terror. Mas é uma excelente opção atual para os fãs do gênero.

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O Artista

Crítica – O Artista

O que? Um filme mudo e preto e branco concorrendo a vários Oscar em pelo 2012? Sim! E não é que o filme é bom?

Hollywood, 1927. A estrela do cinema mudo George Valentin testemunha o início do som no cinema, e começa a cair no ostracismo, enquanto assiste a ascenção da jovem estrela Peppy Miller, ajudada por ele no início da carreira.

Quando apareceu o cinema falado, muitas das estrelas do cinema tiveram problemas e não conseguiram se adaptar – uns tinham a voz feia, outros tinham sotaques fortes… O Artista fala sobre esta transição – George Valentin não se adapta ao “novo cinema” e fica para trás.

Confesso que fiquei com o pé atrás quando li sobre O Artista. Como seria um filme mudo hoje em dia? O único filme mudo que me lembro nas últimas décadas é A Última Loucura de Mel Brooks, de 1976, que é mudo mas não tem cara de filme velho – a ausência de diálogos é usada como parte da piada no filme.

Escrito e dirigido pelo francês Michel Hazanavicius, O Artista não é comédia. E foi feito para parecer um filme da época do cinema mudo – a fotografia do filme, figurinos e maquiagem dos atores, intertítulos com os diálogos… Na verdade, acho que só duas cenas têm som (o pesadelo e a cena final), o resto filme poderia ter sido feito nos anos 20.

Neste aspecto, o roteiro e, principalmente a trilha sonora, fazem um excelente trabalho. O filme não tem falas – ação e tensão, drama e comédia, tudo é guiado pela música. E tudo flui normalmente. Os atores usam gestos exagerados – os intertítulos só aparecem em diálogos importantes, muita coisa fica subentendida pelos gestos e expressões faciais do elenco.

Nisso, achei importante os dois protagonistas serem rostos menos conhecidos do grande público. O francês Jean Dujardin e a argentina Bérénice Bejo parecem saídos diretamente dos tempos do cinema mudo. Têm papeis coadjuvantes atores mais famosos, como John Goodman, Penelope Ann Miller, James Cromwell, Missi Pyle e Malcom McDowell numa rápida ponta.

(Um papel importantíssimo é interpretado pelo cachorrinho Uggy, mas não sei se entra como “elenco”. De qualquer maneira, o cão é sensacional!)

Não entendo muito de cinema clássico, então não reparei em citações a filmes antigos. Mas acredito que elas devem estar lá. Já li que o casal protagonista foi inspirado em atores reais, assim como a trilha sonora também tem citações a filmes clássicos.

O Artista está concorrendo a 10 Oscars: filme, diretor, ator, atriz coadjuvante (por que coadjuvante?), roteiro original, trilha sonora, direção de arte, figurino, edição e fotografia. Ainda não vi os outros pra saber como está a concorrência. Mas digo que se ganhar, não será surpresa. Aliás, será surpresa sim: O Artista tem a chance de ser o primeiro filme francês a ganhar o Oscar principal, de melhor filme!

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Filha do Mal

Crítica – Filha do Mal

Filme novo de terror estilo “documentário fake”. Fui ver qualé.

Quando Isabella Rossi era criança, sua mãe matou três pessoas em um ritual de exorcismo, e foi transferida para um hospital psiquiátrico em Roma. Agora, vinte anos depois, Isabella quer saber a verdade sobre o que aconteceu com sua mãe, e vai visitá-la com a companhia de um documentarista.

Sabe quando um filme tem boas ideias mas sai quase tudo errado? Filha do Mal (The Devil Inside, no original) é um caso desses. São tantos os erros que fica difícil de listar tudo.

Nem tudo é ruim. A cena do exorcismo no porão é boa, e também gostei da mãe, Maria Rossi (Suzan Crowley). O filme também traz alguns sustos, mas acho que o melhor deles é o do cachorro, que nada tem a ver com a trama.

Mas o roteiro é tão forçado que fica difícil de “comprar” o filme. Tipo assim: a mulher vai pra Roma pra fazer um documentário sobre o que aconteceu com a mãe. Até aí, ok. Chegando em Roma, ela aparece em uma aula de exorcismo e nesta única aula conhece dois padres que de repente viram os especialistas máximos no assunto. Pior: mesmo sabendo que estão contra as normas da Igreja Católica, os padres topam contar todos os segredos para a câmera, sem nenhuma hesitação.

E por aí vai, o filme inteiro. E olha que é um filme curto, de menos de uma hora e meia. E o terço final ainda é extremamente previsível – tudo o que acontece foi antes avisado no curto trecho da aula de exorcismo…

Tem outro problema, semelhante a Apollo 18. Se era pra ser “encontramos filmagens reais” não era pra ter tantas câmeras com tantos ângulos diferentes – a cena da aula de exorcismo tem câmeras espalhadas em vários lugares. Quem editou esse material? Era melhor assumirem que é ficção – além do mais, hoje em dia esse papo de “filmagem real” não engana mais ninguém.

No elenco, a única coisa digna de nota (pra nós) é a presença de uma protagonista brasileira, Fernanda Andrade. Como o filme foi bem nas bilheterias, Fernanda deve ter mais chances em Hollywood. Tomara que em filmes melhores…

O fim do filme ainda gerou uma grande vaia no cinema. Mas, sei lá, nem achei o final em si tão ruim. A vaia podia ter começado bem antes…

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Millenium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Crítica – Millenium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Depois de ver o original, fui ao cinema ver a refilmagem.

A sinopse é exatamente igual à do outro filme, então copiei do texto de anteontem: “O jornalista Mikael Blomkvist, prestes a ser preso, é contratado para tentar descobrir o paradeiro da sobrinha de um milionário, desaparecida 40 anos antes. A hacker esquisitona Lisbeth Salander acaba ajudando-o.”

Millenium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres é um bom filme. Mas… É tudo tão igual ao filme sueco, que a gente se pergunta: pra que refilmar?

Dirigido por David Fincher (Se7en, Clube da Luta), Millenium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres tem um roteiro com um ou outro detalhe diferente, mas tudo coisas sem importância – como Mikael Blomkvist ter ou não alguma coisa no passado ligada a Harriet Vanger (não sei como era no famoso livro homônimo de Stieg Larson). E, no filme em si, algumas coisinhas são diferentes, e talvez até melhores que o original – por exemplo, gostei muito da trilha sonora de Trent Reznor e Atticus Ross, que já tinham feito um excelente trabalho em A Rede Social, filme de Fincher. Mas, na minha humilde opinião, nada que justifique um novo filme.

Ah, a Lisbeth Salander… Se no original Noomi Rapace mandou bem, o mesmo aconteceu aqui com Rooney Mara. Rooney realmente está muito bem e é uma das melhores coisas do filme – foi até indicada ao Oscar pela sua atuação. Mas, se ela ganhar, acho que deveria dedicar seu prêmio a Noomi – suas Lisbeths são bem parecidas…

O elenco é bom. Além da pouco conhecida Rooney, o filme conta com Daniel Craig, Christopher Plummer, Stellan Skarsgård, Robin Wright e Joely Richardson. E, num papel mínimo, Julian Sands fazendo o personagem de Christopher Plummer quando novo.

De resto, não vejo nada mais a se falar sobre o filme. É um bom filme, mas só para quem não viu o original. Porque, pra ver um filme igual, é sempre melhor ver o primeiro – principalmente com um intervalo tão curto de tempo.

Para finalizar, olhem a ironia: existe americanos refilmam filmes estrangeiros por causa da língua, né? Baixei o filme sueco, veio dublado em inglês. E fui ao cinema ver o filme americano, a sessão era dublada em português…

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Os Homens Que Não Amavam As Mulheres

Crítica – Os Homens Que Não Amavam As Mulheres

Quando vi que a refilmagem americana de Os Homens Que Não Amavam As Mulheres (Män som hatar kvinnor em sueco ou The Girl With The Dragon Tatoo em inglês) estava prestes a estrear, procurei o original sueco para ver antes.

O jornalista Mikael Blomkvist, prestes a ser preso, é contratado para tentar descobrir o paradeiro da sobrinha de um milionário, desaparecida 40 anos antes. A hacker esquisitona Lisbeth Salander acaba ajudando-o.

Este é o primeiro filme da falada trilogia Millenium, baseada nos livros do escritor sueco Stieg Larsson. Dei uma checada no imdb, a produção sueca foi rápida: os outros dois filmes vieram logo em seguida, ainda no mesmo ano de 2009, e ainda rolou uma série de tv no ano seguinte. E, agora, a refilmagem hollywoodiana (e pelo sucesso que este primeiro filme está fazendo, aposto que teremos os outros dois nos próximos anos).

Para um filme europeu, sem a grana e os recursos de Hollywood, Os Homens Que Não Amavam As Mulheres funciona direitinho. A produção é bem cuidada e o trabalho dos atores está muito bem, principalmente Noomi Rapace, a Lisbeth Salander. O filme é um pouco longo (pouco mais de duas horas e meia), mas o ritmo é bem equilibrado e não chega a cansar.

Mas admito que não entendi todo esse frisson em torno do filme. Refilmagem americana dois anos depois do original (foi lançado lá fora no fim de 2011), livros nas vitrines de todas as livrarias… Me pareceu um certo exagero. Os Homens Que Não Amavam As Mulheres é bom, mas nada impressionante – principalmente porque segue a cartilha hollywoodiana de “como fazer um thriller”.

Acho que o único destaque é mesmo a já citada Noomi Rapace. Não sei como era a Lisbeth Salander do livro, mas esta aqui é um personagem excelente – estranha e fascinante na medida certa – e completamente diferente do que imaginamos sobre o padrão de beleza sueco. Tanto que Noomi já está em Hollywood, onde fez o segundo Sherlock Holmes e está no elenco do esperado Prometheus (filme que traz Ridley Scott de volta ao univrso Alien). (O protagonista Michael Nyqvist também foi pra Hollywood, onde fez o novo Missão Impossível)

Agora tenho que ver os outros dois filmes, A Menina que Brincava com Fogo e A Rainha do Castelo de Ar. Mas antes, falarei aqui sobre a refilmagem – no post de amanhã.

Top 10: Melhores Jesus do Cinema

Top 10: Melhores Jesus do Cinema

Seguindo a onda dos Top 10 religiosos… Depois de melhores deuses e melhores anjos, vamos de melhores Jesus?

Definir a ordem aqui é tarefa complicada. Afinal, são os melhores Jesus, e não os melhores filmes com Jesus. E qual foi melhor, o Jim Caviezel do Mel Gibson, ou o Willem Dafoe do Scorsese? Para resolver o problema, a ordem é cronológica!

Mais uma coisa: acho o Buddy Christ (Dogma) simpaticíssimo, mas como ele é apenas uma estátua,deixei-o de fora da lista. Mas o coloquei como a imagem inicial do post!

Vamos aos Jesus!

p.s.: Durante as pesquisas pra este Top 10, encontrei dois títulos que preciso um dia ver: Ultra Christ, com um Jesus super-heroi; e Zombie Jesus – acho que o nome diz tudo…

Jeffrey HunterRei dos Reis (1961)

Épico dirigido por Nicholas Ray, o filme se baseia nos evangelhos para mostrar a história de Jesus de uma forma bem convencional.

Enrique Irazoqui – O Evangelho Segundo São Mateus (1964)

O filme de Pier Paolo Pasolini traz um Jesus que mais parece um líder revolucionário de esquerda – polêmico como quase toda a carreira do diretor.

Victor GarberGodspell (1973)

Victor Garber, hoje conhecido por papeis sisudos na tv em seriados como Alias ou Justice, faz um Jesus meio hippie numa Nova York contemporânea.

Ted NeeleyJesus Cristo Superstar (1973)

O filme é meio chato, mas as músicas de Andrew Lloyd Weber são sensacionais. E o Jesus de Ted Neeley canta pra caramba.

Robert PowellJesus de Nazaré (1977)

Dirigido por Franco Zefirelli, na verdade é uma minissérie de tv, mas passou nos cinemas…

Kenneth ColleyA Vida de Brian (1979)

Jesus aqui é um mero coadjuvante. Mas ele tem um “dado nerd” interessante: seu papel seguinte foi um tal de Admiral Piett em O Império Contra-Ataca

Willem DafoeA Última Tentação de Cristo (1988)

O filme de Martin Scorsese gerou muita polêmica quando sugeriu, entre outras coisas, que Jesus poderia ter uma relação com Maria Madalena.

Maurício GonçalvesAuto da Compadecida (2000)

O representante nacional também tem seu quinhão de polêmica. O filme de Guel Arraes traz um Jesus negro!

Phil CaracasJesus Christ Vampire Hunter (2001)

Um musical de kung fu onde Jesus Cristo luta contra vampiros que matam lésbicas para extrair suas peles para se proteger do sol, ajudado por Santo, ex lutador de telecatch mexicano – precisa de mais?

Jim CaviezelA Paixão de Cristo (2004)

Mais polêmica, desta vez no filme de Mel Gibson, que mostrava um Jesus apanhando de modo nunca antes visto.

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