Crítica – Pink Floyd – The Wall
Quinta agora tem show do Roger Waters aqui no Rio, com o show The Wall. Bom momento pra rever o filme do Alan Parker, não?
O filme mostra o popstar Pink e seus problemas com drogas, com a perda do pai na guerra, com os professores na época da escola e com as mulheres.
O disco The Wall, lançado em 1979, é um clássico, um dos melhores discos da história do rock, tanto que Roger Waters (baixista do Pink Floyd e autor da maior parte das músicas do disco) está com uma grande turnê mundial lotando estádios com um show onde toca só este disco – e isso hoje, em 2012, 33 anos depois do lançamento. Mas, e o filme? Será que o grande diretor Alan Parker (Coração Satânico, The Commitments) conseguiria fazer um bom trabalho com tão rico material em mãos?
Infelizmente não. Se o disco merece frequentar listas de melhores, o filme lançado em 1982 passa longe disso.
Pink Floyd – The Wall é compostos de sequências com imagens viajantes sem sentido em cima de um fiapo de história. O roteiro é do próprio Roger Waters, ele deveria ter sido mais humilde e ter chamado um escritor mais experiente. Tanto que o próprio Alan Parker, que pensou em desistir do projeto algumas vezes por causa de brigas de ego com Waters, declarou que este era “the most expensive student film ever made” (“o mais caro filme de estudante já feito”).
Pink Floyd – The Wall parece um longo videoclipe de uma hora e meia. Ou talvez uma coleção de videoclipes. Claro que tem bons momentos, como a parte da música mais famosa (Another Brick in The Wall), com os alunos indo pro moedor de carne. Algumas animações, a cargo de Gerald Scarfe, também são bem legais.
Mas o problema é que alguns momentos não salvam um filme – principalmente quando a história é mal contada. Tudo bem que a boa música ajuda a passar o tempo, mas, como filme, Pink Floyd – The Wall fica devendo.
Sobre o elenco: o único papel importante é o personagem Pink (todo o resto é bem secundário), interpretado por Bob Geldof. Geldof nunca mais atuou em um longa para o cinema. Mas ele é muito famoso por ter organizado o projeto Band Aid (a versão inglesa do USA For Africa) e depois o mega-show Live Aid. Ah, e o próprio Roger Waters aparece numa ponta, como o padrinho de Pink no seu casamento.
Só recomendado aos fãs de Pink Floyd, ou àqueles que gostam de ver filmes enquanto estão com a mente alterada…
.
.
Se você gostou de Pink Floyd – The Wall, o Blog do Heu recomenda:
Across The Universe
The Doors
Quase Famosos