O Senhor Dos Anéis – As Duas Torres

Crítica – O Senhor Dos Anéis – As Duas Torres

Hora de falar do segundo filme da saga!

A trama segue exatamente de onde acabou o primeiro filme. Frodo precisa levar o Um Anel até Mordor, mas a Sociedade do Anel acaba se desfazendo em três núcleos, que seguem caminhos diferentes.

As Duas Torres é uma continuação diferente da maioria. O padrão em Hollywood é só pensarem na sequência depois do sucesso do primeiro filme – por isso tantas continuações são inferiores aos originais. Mas O Senhor dos Anéis foi pensado desde o início como um filme só, dividido em três partes. Por isso, heu arriscaria dizer que As Duas Torres é ainda melhor que A Sociedade do Anel – o primeiro filme tem que nos apresentar a trama e os personagens e por isso é um pouco lento; este segundo filme vai direto ao assunto.

O grupo se separa, e a trama se divide em caminhos paralelos: temos Frodo, Sam e Gollum a caminho de Mordor; Merry e Pippin fugindo de orcs; e Aragorn, Legolas e Gimli com os cavaleiros de Rohan, entre outras sub-tramas. Sim, são quase quatro horas; sim, o ritmo é quase o tempo todo tenso. E o clímax no Abismo de Helm é sensacional. Mesmo vista hoje, dez anos depois, a batalha que coloca homens e elfos enfrentando milhares de orcs ainda é excelente. Não dá pra saber o que era ator maquiado ou o que era computação gráfica – e também, quem se importa em saber? Só sei que a pancadaria rola solta, em cenas de altíssima qualidade – a sequência é ainda hoje uma das melhores batalhas da história do cinema.

Ainda sobre os efeitos especiais: é hora de falar do Gollum. Em 1999, George Lucas resolveu colocar um personagem digital no seu Star Wars ep I – A Ameaça Fantasma: o controverso Jar Jar Binks. Foi um marco na história dos efeitos especiais, mas a concepção do personagem ficou capenga – Jar Jar era um alívio cômico caricato e insuportavelmente chato. Peter Jackson foi mais feliz: Gollum não só é um personagem mais bem construído, como tecnicamente muito superior a Jar Jar – em Star Wars, um ator com uma máscara interagiu com o resto do elenco, e depois foi substituído pelo personagem digital; aqui, o ator Andy Serkis usou uma roupa com sensores de captura de movimentos – o personagem digital inserido tinha movimentos muito melhores, assim como interagia muito melhor com o resto do elenco.

E como está o Gollum hoje, dez anos depois, agora que já estamos mais acostumados a ver filmes quase inteiros em cgi? Olha, em algumas cenas, conseguimos ver claramente que ele não está no mesmo plano que o resto do filme. Mas essas cenas são minoria, o Gollum de dez anos atrás é melhor que muito cgi atual.

Alguns novo personagens são apresentados, para acompanhar o bom elenco do primeiro filme, como Brad Dourif como Grima Língua de Cobra, Miranda Otto como Eowyn, David Wenham como Faramir e Karl Urban como Eomer. Curiosidade: John Rhys-Davies, o Gimli, faz a voz do Barbárvore!

O ritmo do filme é muito bom, mas nem tudo é perfeito. Os livros davam pouca importância à Arwen e ao seu romance com Aragorn. Já os filmes dedicam muito tempo a esse romance. Essas partes são arrastaaadas… Me pareceu ser uma imposição dos produtores, ter uma “mocinha” e um “mocinho” para ajudar a vender o filme. Não gostei, podia ser como acontece no livro: o romance está lá, mas em segundo plano.

O Oscar não foi muito generoso com esta segunda parte, da trilogia este é o filme com menos prêmios e indicações. Concorreu a seis estatuetas: ganhou efeitos especiais (merecidíssimo) e edição de som; não levou melhor filme, edição, direção de arte e som.

Em breve vou rever o terceiro filme e falo dele aqui!

À Toda Prova

Crítica – À Toda Prova

Um grande elenco, cheio de atores consagrados, liderados por uma lutadora de MMA? Pode ser uma boa…

Mallory é uma agente secreta que trabalha para uma empresa privada que presta serviços para a CIA – uma espécie de mercenária do mundo moderno. Algo aconteceu de errado em sua última missão, e agora ela está agindo sozinha para salvar a própria vida.

O diretor Steven Soderbergh alterna a sua carreira: às vezes trabalha em pequenos projetos com cara de cinema independente; às vezes são super produções hollywoodianas com elencos grandiosos. À Toda Prova (Haywire, no original)faz parte do segundo grupo. Afinal, não é todo dia que vemos um elenco que conta com Ewan McGregor, Antonio Banderas, Michael Douglas, Michael Fassbender, Channing Tatum e Bill Paxton.

Logo a figura central do elenco é “caloura”: a lutadora Gina Carano. Por um lado, foi legal colocar uma mulher que realmente sabe bater, as lutas são muito bem coreografadas, Gina convence que uma mulher pode bater em caras maiores que ela. Mas por outro lado, a inexperiência de Gina é um dos pontos fracos aqui – sua habilidade para expressar emoções parece ser inversamente proporcional à sua habilidade com a luta…

(Curiosamente, não é a primeira vez que Soderbergh traz uma atriz de outro universo para estrelar um filme seu. Em 2009 foi a vez de Sasha Grey, atriz pornô que protagonizou Confissões de uma Garota de Programa. Pelo visto Soderbergh não gosta muito de arriscar: uma atriz pornô interpretando uma prostituta; uma lutadora fazendo um filme de ação…)

A trama é um pouco confusa, são muitas idas e vindas (boa parte do filme é em flashback), mas não vi pontas soltas no fim. E Gina Carano pode ser limitada, mas não chega a atrapalhar o bom elenco. Também gostei da trilha sonora de David Holmes.

À Toda Prova não vai entrar pra história como um grande filme de ação. Mas é um filme divertido. E sempre é legal ver mulher metendo a p%$#@rrada!

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O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel

Crítica –  O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel

É hora de encarar (mais uma vez) a trilogia estendida d’O Senhor dos Anéis!

Antes de falar do filme em si, vamos a algumas informações interessantes. Os três livros O Senhor dos Anéis, escritos por J. R. R. Tolkien entre 1937 e 1949, e lançados pela primeira vez em 1954 e 55, eram considerados “infilmáveis”. O diretor neo-zelandês Peter Jackson já tinha cinco filmes no currículo, mas nada que enchesse os olhos dos estúdios – eram três trash (Bad Taste – Náusea Total, Fome Animal e Meet The Feebles), um cult (Almas Gêmeas) e uma comédia de terror feita em Hollywood (Os Espíritos). Mesmo assim, ele conseguiu convencer o estúdio New Line Cinema a bancar um projeto ambicioso: Jackson iria com toda a equipe para a Nova Zelândia (por causa das locações naturais e da mão de obra barata), ficaria lá por 13 meses e filmaria os três filmes de uma vez. Claro que o estúdio preferia fazer só o primeiro filme, afinal, se fosse um fracasso de público, o que fariam com as continuações? Mas Jackson bateu o pé e conseguiu carregar a galera para o seu país natal – e assim foi criada uma das melhores sagas da história do cinema!

Quando os três filmes foram lançados em 2001, 2002 e 2003 nos cinemas, cada um tinha cerca de três horas de duração. As versões estendidas, onde cada filme tem cerca de quatro horas, só passaram aqui no Brasil em sessões especiais, não entraram no circuito. E acho que não foram lançadas em dvd aqui no Brasil. Só recentemente tivemos versões oficiais, já em blu-ray. Mas não comprei o blu-ray nacional, já que o box importado, com 15 discos, tem legendas e dublagem em português – comprei o meu pela Amazon.

Vamos ao filme? Quando o “Um Anel”, um anel mágico de poder dado como desaparecido há muito tempo, é encontrado, o pequeno hobbit Frodo tem a tarefa de levá-lo para ser destruído. Ele não está sozinho na sua jornada: é acompanhado por Aragorn, Boromir, o mago Gandalf, o elfo Legolas, o anão Gimli e seus amigos hobbits Sam, Merry e Pippin.

O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel é um daqueles raros e felizes casos onde tudo dá certo. Adaptação literária bem feita, bom elenco, excelentes efeitos especiais, tudo isso numa trama simples (o bem contra o mal), mas contada de uma maneira excepcional.

A adaptação, que era uma grande incógnita, foi muito bem feita. Os fãs mais xiitas do livro reclamaram de algumas ausências, como por exemplo os trechos envolvendo o personagem Tom Bombadil (ignorado pelo filme), mas, afinal, era uma “adaptação”, não tinha como entrar tudo em um filme para cinema (talvez em uma mini série).

Acho que uma das coisas mais difíceis era mostrar personagens de tamanhos diferentes. Temos homens, elfos e orcs, mas todos têm tamanhos semelhantes. Já os hobbits, personagens importantíssimos na saga, são seres da altura de uma criança. E ainda tem um anão – interpretado por John Rhys-Davies, um ator de 1,85. E esses seres de tamanhos diferentes aparecem juntos vááárias vezes, e em nenhuma delas parece falso. Digo mais: hoje em dia seria tudo cgi, mas naquela época o cgi ainda não era o que é hoje (vou falar mais do cgi no texto sobre o próximo filme, As Duas Torres). Jackson usou truques de câmera e dublês nas cenas em close. O resultado ficou irretocável!

O elenco misturava atores desconhecidos com alguns de fama intermediária, como Ian McKellen, Liv Tyler, Cate Blanchett, Ian Holm e Christopher Lee. Boa parte do elenco soube capitalizar em cima do sucesso dos filmes e hoje são nomes bem conhecidos, mas antes eram nomes “lado B” – também, quem estava disposto a se mandar pra Nova Zelândia por um projeto arriscado e com mais de um ano de duração? Mas mesmo assim, a escolha do elenco foi perfeita, cada ator “vestiu” perfeitamente o seu personagem.

Lembro de Viggo Mortensen como coadjuvante de Demi Moore em GI Jane e num pequeno papel em O Pagamento Final – hoje o cara é protagonista de grandes produções como A Estrada e Um Método Perigoso – e chegou a concorrer ao Oscar de melhor ator por Senhores do Crime. Antes desconhecido, Orlando Bloom depois esteve nos três primeiros Piratas do Caribe e em Os Três Mosqueteiros. Elijah Wood participou de bons filmes como Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças e Sin City. Dominic Monaghan teve papéis importantes em séries badaladas como Lost e Flash Forward; Sean Bean foi o personagem central da primeira temporada da elogiada série Game of Thrones. Hugo Weaving antes era mais lembrado por Priscilla, a Rainha do Deserto; hoje o currículo dele é bem extenso, com filmes do porte de Matrix, Capitão América, O Lobisomem, V de Vingança e a franquia Transformers.

Outros atores ainda estão por aí, mas não são tão famosos hoje. John Rhys-Davies já tinha uma extensa carreira, mesmo não sendo um rosto muito conhecido – acho que o seu papel mais famoso era o Sallah de Os Caçadores da Arca Perdida (1981) e Indiana Jones e a Última Cruzada (1989). Sean Astin é outro que também já tinha currículo, ele foi o ator principal de Os Goonies quando tinha 14 anos. E acho que o único do elenco principal que era desconhecido e continua assim até hoje é Billy Boyd, o hobbit Pippin…

Os efeitos especiais também são sensacionais. Tudo bem que o que a trilogia traz de mais impressionante (o Gollum) só aparece no segundo filme. Mas mesmo assim, tudo aqui é extremamente bem feito – a começar pelo tamanho dos personagens que falei alguns parágrafos acima. Um universo onde a magia faz parte do dia-a-dia é mostrado e, hoje, uma década depois, os efeitos ainda não “perderam a validade”.

Ainda preciso falar das locações. Jackson estava certo quando quis fazer seu filme na Nova Zelândia – florestas, montanhas, planícies, rios, neve, tem todas as paisagens que o livro pedia. Boa escolha!

O filme concorreu a 13 Oscars, incluindo melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro adaptado e melhor ator coadjuvante para Ian McKellen. Não ganhou nenhum desses, mas levou quatro estatuetas: trilha sonora, fotografia, efeitos especiais e maquiagem.

Heu poderia continuar falando do filme, mas – caramba, o post já tá gigantesco! Só preciso falar mais uma coisa: a versão que passou nos cinemas é boa, mas, se você é fã, procure a versão estendida. É um total de 12 horas de filme, mas vale a pena!

Em breve, falo do segundo filme aqui!

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Identidade Paranormal

Crítica – Identidade Paranormal

Uma psiquiatra forense especializada em desmascarar casos falsos de múltipla personalidade encontra um paciente mais complexo do que o habitual.

Dirigido pela dupla Måns Mårlind e Björn Stein, a mesma que fez o fraco Anjos da Noite 4, Identidade Paranormal (Shelter no original) é um daqueles filmes onde tudo dá errado. Digo mais: o filme começa mais ou menos, fica ruim, e, perto do fim, rola um “plot twist” e o que já era ruim consegue ficar ainda pior!

De início, parece que vamos ver um suspense sobre múltipla personalidade, lembrei de As Duas Faces de um Crime, bom filme de estreia de Edward Norton. Mas logo o filme descamba para o terror vagabundo. E, nessa troca de estilo, parece que esqueceram do roteiro. E ainda tem aquele “plot twist”, mas antes de falar disso, os avisos de spoiler!

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

O cara vê uma nuvem no video de segurança. Copia e cola a imagem da nuvem num programa de música, e transforma em uma onda sonora. E a onda sonora fala com a voz da velhinha!!! Sério mesmo, ninguém se tocou de quão ridículo isso seria???

FIM DOS SPOILERS!

Acho que a única coisa que se salva aqui é a atuação dos principais atores. Julianne Moore, como sempre, está bem. E Jonathan Rhys Meyers é a melhor coisa do filme – ele consegue convencer em suas diferentes personalidades.

Pena que o resto do filme é bem ruim…

The Walking Dead – Segunda Temporada

The Walking Dead – Segunda Temporada

E chegou ao fim a segunda temporada de The Walking Dead!

Continuamos acompanhando o pequeno grupo que sobreviveu aos zumbis na primeira temporada. Eles encontram uma fazenda habitada por uma família e montam acampamento por lá.

A primeira temporada teve seus altos e baixos. O início foi muito bom, o meio foi fraco, mas terminou bem. A segunda temporada teve uma baixa significativa: Frank Darabont (Um Sonho de Liberdade, O Nevoeiro), que além de ser produtor executivo, trabalhou como roteirista e chegou a dirigir o episódio piloto, se afastou do projeto. Seu nome continua como produtor executivo, mas pelo que se lê por aí, ele não palpita mais.

Curta, com apenas 13 episódios, a temporada foi dividida em duas partes: seis episódios em outubro e novembro de 2011, sete episódios em fevereiro e março de 2012. E a estrutura das duas metades foi bem parecida: ritmo demasiado lento até o penúltimo episódio, e um último capítulo muito bom.

Os dois capítulos “finais” (o último e o antes da pausa) foram tão bons que mascararam o clima monótono que rolou ao longo da série – determinados momentos parecia que estávamos vendo a novela das oito!

Um outro problema foi a falta de carisma de certos personagens. Lori, a esposa do protagonista, era tão chata que gerou uma onda de protestos pela internet que me lembrou a revolta gerada pela filha do Jack Bauer entre os fãs de 24 Horas. Fica difícil torcer por uma série com personagens mala…

Mas como foram apenas 13 episódios de 40 minutos, a série passou “rápido”. E, como disse, terminou bem, tivemos inclusive a introdução de um novo e misterioso personagem muito elogiado por aqueles que acompanham os quadrinhos da série. Agora é torcer pra acertarem a mão na terceira temporada.

Fúria de Titãs 2

Crítica – Fúria de Titãs 2

Ninguém pediu, mas, olha lá, tem continuação de Fúria de Titãs em cartaz nos cinemas…

Dez anos depois de derrotar o Kraken, Perseu virou um pescador e leva uma vida pacata ao lado do filho pequeno. Até que ele é chamado para salvar seu pai, Zeus, aprisionado por Hades e Ares, que pretendem libertar Kronos, o terrível pai dos deuses.

Parece que o único objetivo desta continuação, desta vez com Jonathan Liebesman na cadeira de diretor, era mostrar efeitos especiais. Rolam quimeras, cíclopes e um minotauro, além do grande vilão, um gigantesco monstro de fogo do tamanho de uma montanha. Só não gostei do minotauro (que só aparece direito depois de terminada a luta), o resto é muito bem feito. Ah, sim, também gostei da concepção do labirinto, ficou bem legal a cena.

Mas, por outro lado, achei os personagens rasos demais. Sam Worthington volta ao papel principal. Na época do primeiro filme, achei que ele seria uma grande promessa, já que estrelara dois grandes blockbusters, Avatar e o novo Exterminador do Futuro, mas hoje revejo os meus conceitos. Ralph Fiennes e Liam Neeson, grandes atores, voltam aos seus papeis de Hades e Zeus, mas estão meio perdidos – Hades mudar de ideia tão rapidamente não me convenceu. Andromeda, interpretada pela bela Rosamund Pike, passa quase o filme inteiro com um sorriso bobo no rosto. E o grande Bill Nighy está completamente desperdiçado num papel minúsculo. E ainda tentaram arranjar um alívio cômico com o Agenor de Toby Kebbell, mas o seu “sub Jack Sparrow” ficou caricato e não funcionou.

Some o roteiro fraco aos personagens rasos, e o resultado é um filme que só empolga nas cenas de ação – parece que foi a única coisa bem cuidada no filme.

Fúria de Titãs 2 nem é ruim. Mas passa longe de ser bom. Prefira o primeirão, lá de 1981!

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A Supremacia Bourne

Crítica – A Supremacia Bourne

Segundo filme da trilogia visto!

Dois anos depois dos acontecimentos do primeiro filme, Jason Bourne (Matt Damon) continua vivendo escondido. Até que um incidente o coloca de novo contra a CIA.

Quase sempre, continuações são inferiores aos originais. Infelizmente, o mesmo acontece aqui, neste filme de 2004. Acho que a pior coisa que aconteceu com esta continuação foi a troca do diretor. Paul Greengrass entrou no lugar de Dog Liman. Greengrass filma sempre com a câmera na mão, e o resultado disso é uma imagem balançando por todo o filme. Num filme de ação, com sequências frenéticas, o resultado chega a dar dor de cabeça.

Também achei a história mais fraca, mas isso acontece porque a história continua de onde o primeiro filme acabou, não temos muitas novidades.

Algumas coisas boas que acontecem no primeiro filme se repetem aqui. A Supremacia Bourne usa belas locações espalhadas pelo mundo, em países como Índia, Alemanha e Rússia. E, pra manter a “tradição”, temos uma “nervosa” perseguição de carro.

No elenco, Matt Damon continua sendo “o cara” – ele manda muito bem nas cenas de ação. Franka Potente tem uma participação menor; Brian Cox e Julia Stiles voltam a seus papeis. E o elenco ganha alguns reforços de peso, como Joan Allen e Karl Urban – que há pouco tempo esteve em Star Trek e Red.

A Supremacia Bourne é inferior a A Identidade Bourne, mas não chega a ser um filme ruim, ainda rola vontade de ver o terceiro, O Ultimato Bourne – apesar de saber de antemão que foi dirigido pelo mesmo Paul Greengrass (imagem tremida à vista!). Em breve falo dele aqui!