Crítica – Absentia
As resenhas do imdb elogiam muito este filme obscuro. Fui ver qualé.
Sete anos depois de seu marido ter desaparecido, uma mulher está prestes a declará-lo morto e obter uma certidão de óbito. Sua irmã, que vem ajudá-la a superar este momento difícil, começa a desconfiar de estranhos acontecimentos ligados a um túnel de pedestres que tem por perto.
Absentia tem uma característica que traz qualidades e também defeitos: é um filme quase amador, de orçamento minúsculo (70 mil dólares), parece um projeto feito por amigos do diretor / roteirista / editor. Por um lado, o produto final é melhor do que muito filme “grande”; por outro lado, a produção às vezes se mostra precária demais.
Mike Flanagan, o tal diretor / roteirista / editor, conseguiu um resultado impressionante com o seu Absentia. O roteiro é sólido e criativo, a trama é envolvente e o filme é melhor que a média atual de terror e suspense que temos por aí nos dias atuais. E ainda rolam alguns sustos não óbvios.
Mas… Penso que se tivesse uma produção mais, digamos, generosa, talvez o filme fosse melhor. Os atores são amadores demais, e a edição às vezes deixa vazios não intencionais. Só pra citar um exemplo sem spoilers: Tricia, a mulher que teve o marido desaparecido, é interpretada por Courtney Bell, esposa de Flanagan. O problema é que ela estava grávida de sete meses. Ora, uma mulher sofrendo com o desaparecimento do marido há sete anos não deveria estar grávida, né? 😉
Além disso, rola outro problema que nada tem a ver com orçamento. A solução final não convence, deixa muitas pontas soltas. Tá, não precisa deixar tudo didaticamente explicado, o clima do filme é legal mesmo sem a gente saber exatamente o que aconteceu. Mas mesmo assim, o lance poderia ser melhor explorado…
Apesar disso, Absentia é uma boa surpresa. Fiquemos de olho no nome de Mike Flanagan!
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