Crítica – Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge
Uma das estreias mais aguardadas do ano!
Depois dos eventos de Batman – O Cavaleiro das Trevas, Bruce Wayne agora vive recluso e Batman não aparece há anos. Até que Bane, um novo e terrível vilão, aparece para ameaçar Gotham City.
A tarefa era difícil, dar continuidade a Batman – O Cavaleiro das Trevas, um dos melhores flmes baseados em quadrinhos da história. Mas Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge fez um bom trabalho, é uma sequência à altura. Fecha bem a sólida trilogia do diretor Christopher Nolan – a qualidade foi mantida ao longo dos três bons filmes.
Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge é um filme sério e tenso. Algumas partes são sensacionais – gostei muito da sequência do estádio e de toda a parte final. Antes da sessão, pensei que talvez o filme pudesse ser um pouco mais curto, são duas horas e quarenta e quatro minutos. Mas Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge não tem “barriga”, o filme flui muito bem.
O roteiro não é perfeito, é preciso muita suspensão de descrença em algumas cenas – por exemplo, vários vilões não usam armas de fogo, mesmo com as armas nas mãos. Mas isso é um detalhe que quase não incomoda. Mesmo assim, Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge é um excelente filme, melhor que a maioria que é lançado no circuito.
Uma preocupação para este terceiro filme era o vilão, por causa do vilão do filme anterior. Não só o Coringa é um dos vilões mais famosos da história dos quadrinhos, como Heath Ledger teve uma interpretação arrebatadora – chegou a ganhar postumamente o Oscar pela sua atuação como Coringa. O vilão Bane não é tão conhecido quanto o Coringa, e Tom Hardy não foi tão impressionante. Mas o conjunto foi excelente – Bane é um vilão perfeito e assustador.
(Ainda sobre Bane: li em algum lugar que Tom Hardy não seria uma boa escolha para o papel, porque ele é pequeno (1,78m, segundo o imdb), enquanto Bane é um grandalhão. Mas, não sei se usaram truques de câmera ou cgi, no filme Hardy parece ser muito maior do que é. Seu Bane não decepciona nem pela interpretação, nem pelo tamanho!)
Aliás, o elenco é invejável. Além de Hardy, voltam aos seus papeis Christian Bale, Michael Caine, Gary Oldman e Morgan Freeman. E o filme ainda conta com Marion Cotillard, Joseph Gordon-Levitt, Mathew Modine, Juno Temple, Nestor Carbonell e Anne Hathaway.
Deixei Anne Hathaway por último porque achei a sua Selina Kyle uma das melhores coisas de Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Rolava uma comparação mental óbvia com a Mulher Gato de Michelle Pfeiffer do filme de 1992 (e não com a terrível Mulher Gato de Halle Berry de 2004!). Mas Anne consegue dar leveza, beleza e principalmente credibilidade ao seu papel – sua Selina parece uma pessoa “de verdade”. Detalhe curioso: ao longo do filme, ela nunca é chamada de Mulher Gato!
Christopher Nolan mais uma vez mostra um domínio técnico impressionante, e suas sequências de ação são absurdamente bem feitas – a parte técnica do filme é impecável. E, boa notícia: ele não gosta de 3D (e heu concordo com ele!). Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge é um dos raros blockbusters atuais sem uma versão 3D, só existem opções 2D nos cinemas.
E aí fica a pergunta: é melhor que Os Vingadores? Olha, são filmes diferentes, estilos diferentes. Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge é mais realista, não tem ninguém com super-poderes. Ambos são bons filmes. Em vez de pensar qual é o melhor, prefiro pensar que em 2012 tivemos dois excelentes filmes baseados em quadrinhos de herois.
Mais uma coisa: li por aí que esse filme seria o “fim da trilogia”. Bem, como trilogia são 3 filmes, a frase está correta. Mas rola um forte gancho para uma continuação. Será que Nolan pensou em uma quadrilogia?
Fica a dica: vá ao cinema ver Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Filmão, merece a tela grande. E que venha o próximo!
Por fim, preciso falar da desorganização do Botafogo Praia Shopping, onde fica o cinema Cinemark, local de uma das pré-estreias. A sessão estava marcada para uma quinta feira, às 23:55. Mas o shopping fechava mais cedo. Resultado: o estacionamento já estava fechado (tive que deixar o carro na rua), o segurança ficava enchendo o saco na hora de entrar no shopping (por que diabos alguém iria querer entrar no shopping com tudo fechado senão para ver o filme?), e o elevador estava desligado (o cinema fica no oitavo andar!). Ora, se o shopping não vai funcionar, por que marcar a sessão?
E não acabou aí. Pra piorar, a sessão começou com inacreditáveis 27 minutos de atraso. E a cereja do bolo: no meio da sessão, a sala ficou insuportavelmente quente – acredito que tenhma desligado o ar condicionado. Sorte que religaram antes do fim. Pode falta de respeito maior?
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