Guerra É Guerra

Crítica – Guerra É Guerra

Mais uma comédia romântica de ação!

Dois agentes da CIA, amigos inseparáveis, se apaixonam pela mesma mulher, uma profissional independente – e encalhada, sem um saber do outro. Quando eles descobrem que estão atrás da mesma mulher, resolvem entrar em uma competição pela garota – e para isso, usam tudo o que a CIA oferece a eles.

Guerra É Guerra (This Means War no original) segue a linha de Sr e Sra Smith e Par Perfeito: um filme de ação que no fundo é uma comédia romântica.

Gosto do diretor McG, que também dirigiu os dois As Panteras e o mediano Exterminador do Futuro – A Salvação, e é produtor de algumas séries de tv (entre elas, uma das minhas preferidas, Supernatural). Concordo que ele é um pouco exagerado, mas mesmo assim gosto do ritmo que impõe aos seus filmes. E ele fez um bom trabalho aqui, colocando bom humor nas cenas de ação, ajudado por uma edição rápida e uma trilha sonora moderninha.

Sobre o elenco: por um lado, heu acho que Reese Witherspoon não era a melhor escolha para o papel, talvez uma atriz mais nova e/ou mais bonita desse mais credibilidade – não acho que dois bonitões brigariam por uma mulher mais velha e que nem é tão bonita assim… Pelo menos os três (Reese, Chris Pine e Tom Hardy) são bons atores, têm carisma e conseguem uma boa química. (Aliás, foi curioso ver este filme logo depois de ver Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge, dá pra ver claramente que o ator que faz o Bane não é tão grande como parece). Ainda no elenco, Til Schweiger, Chelsea Handler, Angela Basset e Abigail Spencer.

O roteiro é previsível. Mas, como falei lá em cima, Guerra É Guerra é essencialmente uma comédia romântica, gênero que é sempre previsível. Portanto isso não chega a incomodar, o filme é divertido e tem algumas cenas muito boas, como por exemplo a sequência do paintball. Se a gente se ligar nesses momentos divertidos, pode se desligar das várias forçações de barra do roteiro, como os apartamentos chiques dos agentes da CIA, ou um agente que também pratica acrobacias de circo…

Enfim, Guerra É Guerra não vai mudar a vida de ninguém. Mas pode ser uma opção divertida para casais (romantismo para ela, ação para ele).

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Chernobyl

Crítica – Chernobyl

Seis turistas (quatro americanos, uma norueguesa e um australiano) pegam uma “excursão radical” na Ucrânia, para visitar Pripyat, onde antigamente moravam os trabalhadores da usina nuclear de Chernobyl, mas hoje uma cidade fantasma desde o acidente há 25 anos atrás.

Nova produção de Oren Peli, criador da franquia Atividade Paranormal. Peli virou um nome “quente” em Hollywood ao fazer um filme que custou 15 mil dólares e rendeu quase 200 mil. Agora Peli está diversificando, aqui ele produziu e escreveu o roteiro, mas deixou a direção para Bradley Parker, estreante na cadeira de diretor, mas com um currículo razoável na parte técnica de efeitos especiais.

Chernobyl (Chernobyl Diaries, no original) não usa a câmera subjetiva o tempo todo, como os filmes da franquia Atividade Paranormal. Mas a câmera age como um personagem, está sempre muito perto do elenco, para criar uma maior empatia com o espectador.

Pena que nem tudo funciona. A primeira parte é tudo muito previsível, a parte do meio é só correria e no fim nada é explicado. Acaba o filme e a gente se pergunta o que aconteceu.

Alguns comentários, mas antes os avisos de spoiler:

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

– Não que tudo tenha que ser explicado aos detalhes ao espectador, mas pelo menos a gente podia saber se o “inimigo” é um mutante ou um fantasma.

– Os caras acordam e saem pra procurar ajuda, que está a 20 km de distância. Em um bom ritmo, uma pessoa cobre essa distância em 3 horas e meia. Como é que eles só voltam à noite?

– Mais: será que não dava pra fazer uma maca e andar os 20 km?

– Logo que avistam as primeiras criaturas, eles abrem fogo, mesmo antes de saber se são amigos ou inimigos.

E por aí vai…

FIM DOS SPOILERS

Algumas coisas se salvam. Gostei da sequência do urso e de toda a ambientação da cidade fantasma – Chernobyl foi filmado na Sérvia e na Hungria, e não na Ucrânia, onde está a Pripyat real.

Mas é pouco. Chernobyl só vai agradar os pouco exigentes.

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Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge

Crítica – Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge

Uma das estreias mais aguardadas do ano!

Depois dos eventos de Batman – O Cavaleiro das Trevas, Bruce Wayne agora vive recluso e Batman não aparece há anos. Até que Bane, um novo e terrível vilão, aparece para ameaçar Gotham City.

A tarefa era difícil, dar continuidade a Batman – O Cavaleiro das Trevas, um dos melhores flmes baseados em quadrinhos da história. Mas Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge fez um bom trabalho, é uma sequência à altura. Fecha bem a sólida trilogia do diretor Christopher Nolan – a qualidade foi mantida ao longo dos três bons filmes.

Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge é um filme sério e tenso. Algumas partes são sensacionais – gostei muito da sequência do estádio e de toda a parte final. Antes da sessão, pensei que talvez o filme pudesse ser um pouco mais curto, são duas horas e quarenta e quatro minutos. Mas Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge não tem “barriga”, o filme flui muito bem.

O roteiro não é perfeito, é preciso muita suspensão de descrença em algumas cenas – por exemplo, vários vilões não usam armas de fogo, mesmo com as armas nas mãos. Mas isso é um detalhe que quase não incomoda. Mesmo assim, Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge é um excelente filme, melhor que a maioria que é lançado no circuito.

Uma preocupação para este terceiro filme era o vilão, por causa do vilão do filme anterior. Não só o Coringa é um dos vilões mais famosos da história dos quadrinhos, como Heath Ledger teve uma interpretação arrebatadora – chegou a ganhar postumamente o Oscar pela sua atuação como Coringa. O vilão Bane não é tão conhecido quanto o Coringa, e Tom Hardy não foi tão impressionante. Mas o conjunto foi excelente – Bane é um vilão perfeito e assustador.

(Ainda sobre Bane: li em algum lugar que Tom Hardy não seria uma boa escolha para o papel, porque ele é pequeno (1,78m, segundo o imdb), enquanto Bane é um grandalhão. Mas, não sei se usaram truques de câmera ou cgi, no filme Hardy parece ser muito maior do que é. Seu Bane não decepciona nem pela interpretação, nem pelo tamanho!)

Aliás, o elenco é invejável. Além de Hardy, voltam aos seus papeis Christian Bale, Michael Caine, Gary Oldman e Morgan Freeman. E o filme ainda conta com Marion Cotillard, Joseph Gordon-Levitt, Mathew Modine, Juno Temple, Nestor Carbonell e Anne Hathaway.

Deixei Anne Hathaway por último porque achei a sua Selina Kyle uma das melhores coisas de Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Rolava uma comparação mental óbvia com a Mulher Gato de Michelle Pfeiffer do filme de 1992 (e não com a terrível Mulher Gato de Halle Berry de 2004!). Mas Anne consegue dar leveza, beleza e principalmente credibilidade ao seu papel – sua Selina parece uma pessoa “de verdade”. Detalhe curioso: ao longo do filme, ela nunca é chamada de Mulher Gato!

Christopher Nolan mais uma vez mostra um domínio técnico impressionante, e suas sequências de ação são absurdamente bem feitas – a parte técnica do filme é impecável. E, boa notícia: ele não gosta de 3D (e heu concordo com ele!). Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge é um dos raros blockbusters atuais sem uma versão 3D, só existem opções 2D nos cinemas.

E aí fica a pergunta: é melhor que Os Vingadores? Olha, são filmes diferentes, estilos diferentes. Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge é mais realista, não tem ninguém com super-poderes. Ambos são bons filmes. Em vez de pensar qual é o melhor, prefiro pensar que em 2012 tivemos dois excelentes filmes baseados em quadrinhos de herois.

Mais uma coisa: li por aí que esse filme seria o “fim da trilogia”. Bem, como trilogia são 3 filmes, a frase está correta. Mas rola um forte gancho para uma continuação. Será que Nolan pensou em uma quadrilogia?

Fica a dica: vá ao cinema ver Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Filmão, merece a tela grande. E que venha o próximo!

Por fim, preciso falar da desorganização do Botafogo Praia Shopping, onde fica o cinema Cinemark, local de uma das pré-estreias. A sessão estava marcada para uma quinta feira, às 23:55. Mas o shopping fechava mais cedo. Resultado: o estacionamento já estava fechado (tive que deixar o carro na rua), o segurança ficava enchendo o saco na hora de entrar no shopping (por que diabos alguém iria querer entrar no shopping com tudo fechado senão para ver o filme?), e o elevador estava desligado (o cinema fica no oitavo andar!). Ora, se o shopping não vai funcionar, por que marcar a sessão?

E não acabou aí. Pra piorar, a sessão começou com inacreditáveis 27 minutos de atraso. E a cereja do bolo: no meio da sessão, a sala ficou insuportavelmente quente – acredito que tenhma desligado o ar condicionado. Sorte que religaram antes do fim. Pode falta de respeito maior?

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Wanderlust

Crítica – Wanderlust

Um casal nova-iorquino se vê desempregado de repente. Após uma rápida passagem pela casa do desagradável irmão dele, em Atlanta, eles arriscam viver em uma comunidade hippie.

Wanderlust foi dirigido pelo pouco conhecido David Wain, mas a produção é de Judd Apatow, de vários filmes famosos, como O Virgem de 40 Anos, Ligeiramente Grávidos e Tá Rindo Do Quê?. Reconheço o talento de Apatow, mas admito que não sou muito fã do seu estilo de humor – na minha humilde opinião, comédia é Mel Brooks, Monty Python e Zucker Abrahams Zucker. Apatow faz uma “dramédia” (se é que essa palavra existe), são dramas com toques engraçados. Wanderlust é a cara de seu produtor e segue essa linha de “dramédia”. Uma risada aqui, outra ali… Não é ruim, mas não é exatamente o meu estilo favorito de comédia…

(E ainda rolam uns momentos bobos e até constrangedores, como a cena que Paul Rudd fala “sujo” diante do espelho.)

E assim o filme segue. Algumas boas piadas no meio de outras sem graça. E isso no meio de várias situações previsíveis…

O elenco é centrado no casal Paul Rudd e Jennifer Aniston, que fazem o feijão com arroz de sempre. Mas o melhor está no elenco coadjuvante. Justin Theroux, um rosto não muito conhecido, tem o melhor papel, uma espécie de guru hippie. E o filme ainda conta com Malin Akerman, Alan Alda, Lauren Ambrose, Michaela Watkins e Ken Marino (também co-roteirista).

Já falei aqui antes, não me lembro exatamente quando, vou repetir. Não tenho nada contra nudez masculina, principalmente quando faz parte da trama do filme. Wanderlust tem um personagem naturista, então faz sentido o cara ficar peladão o filme inteiro. Agora, o que acho errado é mostrarem o nu frontal do cara mas quando a Jeniffer Aniston tira a camisa (numa cena que também tem tudo a ver com a trama), não aparece nada de nudez. Se pode mostrar o cara feio, deveria mostrar também a mulher bonita!

Enfim, Wanderlust pode até agradar os menos exigentes. Mas tem coisa melhor por aí.

[REC]³ Génesis

Crítica – [REC]³ Génesis

[REC]³ Génesis ficou pronto!!! E aí, será que é tão bom quanto os outros dois?

Não…

Numa grande festa casamento, um convidado começa a atacar os outros, e logo começa uma epidemia de infectados. O noivo e a noiva tentam de tudo para sobreviverem.

Na minha humilde opinião, o primeiro REC não só é o melhor filme de câmera subjetiva já feito como é um dos melhores filmes de terror dos últimos anos. REC2 pode não ser tão bom, mas segura a onda muito bem, principalmente porque traz logo de cara uma reviravolta sensacional sobre a explicação do que aconteceu no primeiro filme.

Se [REC]³ Génesis fosse um filme “independente”, seria um filme legal. Mas, como parte da franquia REC, decepciona.

Em primeiro lugar, o estilo “encontramos uma filmagem perdida” é deixado de lado logo após a introdução do filme. E essa introdução é feita com mais de uma câmera, as imagens de fontes diferentes foram editadas.

Mas pra mim, isso nem incomodou, a mudança da câmera subjetiva para a câmera convencional foi até interessante. O pior de [REC]³ Génesis é que enquanto o primeiro filme é tenso e tem um clima de medo, este terceiro tem momentos de comédia! Nada contra comédia de terror, sou muito fã da série Evil Dead – mas isso não tem nada a ver com REC!

E ainda tem um agravante: o título fala “Gênese” – ué, pensei que a gente ia ver o começo da história, pensei que ia contar o que aconteceu antes do misterioso apartamento do primeiro filme (se não me falha a memória, tinha uma menina portuguesa infectada). Nada disso, é uma trama paralela, que nada acrescenta à mitologia de REC

[REC]³ Génesis foi dirigido por Paco Plaza, que foi um dos diretores dos dois primeiros filmes, ao lado de Jaume Balagueró. A dupla se dividiu, enquanto Plaza fazia este terceiro filme, Balagueró assumiria o quarto, REC4 Apocalypse. Não sei o quanto tem de cada um nos filmes anteriores, mas este terceiro é nitidamente um filme diferente. Aparentemente Plaza não segura a onda sozinho.

No elenco, ninguém muito famoso. Já tinha visto dois filmes com a bonitinha Leticia Dolera, mas nada muito conhecido (Semen, Uma História de Amor e Spanish Movie). Mas o elenco não é o problema aqui…

Agora aguardamos REC4 Apocalypse. Torcendo para Balagueró ser “o cara” dos dois primeiros filmes.

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Dirty Girl

Crítica – Dirty Girl

1987. Danielle é a “bad girl” da escola. Seu mau comportamento faz com que ela seja transferida para uma turma especial, só de alunos problemáticos, onde ela é escalada para um trabalho de grupo ao lado de um gordinho gay.

Mistura de drama com comédia com “road movie”, Dirty Girl é um bom filme independente e por enquanto obscuro por aqui pelo Brasil – esse só deve chegar através de dvd, acho difícil ver um filme desses no cinema.

Longa de estreia do diretor e roteirista Abe Sylvia, Dirty Girl tem um problema: a primeira metade é melhor que a segunda. Senti uma queda no ritmo. Não que o filme tenha ficado ruim, mas é uma pena que o bom pique inicial não aguente a hora e meia de projeção.

No elenco, o grande nome é Juno Temple. Ainda desconhecida do grande público, Juno esteve em Desejo e Reparação e no novo Os Três Mosqueteiros, além de ter estrelado o bom (e underground) Kaboom – ela também está no novo Batman, mas esse ainda não estreou. Juno está ótima aqui, como uma garota que desperta ao mesmo tempo amor e ódio. O quase estreante  Jeremy Dozier também está muito bem como Clarke, o amigo gordo, gay e com problemas com o pai. Ainda no elenco, Milla Jovovich, Mary Steenburgen, Nicholas D’Agosto e William H. Macy.

Ah, preciso falar de um dos melhores personagens: Joan, o “saco de farinha”. Um trabalho da escola aproxima Danielle e Clarke: eles precisam cuidar de um saco de farinha como se fosse um filho. Eles pegam um pilot e desenham dois olhos e uma boca, o batizam de Joan e passam a carregar o saco de farinha para tudo quanto é canto. E os olhos e a boca (pintados) de Joan reagem a cada cena, criando um alívio cômico discreto e genial.

Gostei muito da ambientação do filme. Mas acho que os figurinistas erraram. O filme se passa em 1987, mas aqueles penteados e roupas estão mais próximos dos anos 70 do que dos 80. Se pelo menos fosse no início dos anos 80, ainda dava, mas 87 o visual já era outro…

Falando em cabelos, achei a Juno Temple a cara da atriz pornô Traci Lords. Não sei se foi intencional, mas, lá pra 87, Traci tinha um visual parecido. Vejam aqui:

(Traci Lords é a de cima…)

Enfim, Dirty Girl não é um filme essencial, mas é uma boa opção – principalmente pra quem curte os anos 80.

Claustrofobia

Crítica – Claustrofobia

Depois de A Espiã, mais um filme holandês! Desta vez, um mais recente, e sem nenhum nome conhecido envolvido.

Claustrofobia é daquele tipo de filme que o quanto menos você souber, melhor. Simplificando em uma frase: “A estudante de veterinária Eva acorda e se vê algemada a uma cama, sozinha num porão.”

Claustrofobia é uma agradável surpresa. Um filme simples com uma trama interessante, um suspense não tem nada de sobrenatural – o filme trata de um cara desequilibrado, que pode ser o seu vizinho. E com um roteiro eficiente em construir reviravoltas – quando você acha que “matou” a história, logo alguma coisa te direciona para outro caminho.

Li na internet que Bobby Boermans, o diretor de Claustrofobia, estreante em longas, optou por não lançar seu filme nos cinemas, e liberar o download gratuito. Por um lado é uma pena, já que o filme tem qualidades e é melhor que alguns títulos que são lançados no circuito. Por outro lado, isso deu uma visibilidade maior ao filme e ao seu realizador. Acho que ainda veremos o seu nome por aí.

(Tem mais: um filme de suspense holandês, sem nenhum nome conhecido, NUNCA ia ser lançado por aqui. Então, pra gente, tanto faz…)

O elenco, claro, não tem nenhum nome famoso. Alison Carroll e Dragan Bakema, os principais nomes na trama, cumprem bem seus papeis.

Fica a dica: uma boa opção off-Hollywood. E esse pode baixar que não é pirataria!

p.s.: Não entendi o poster. Até rola uma breve nudez, mas nada como sugere o poster…

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Top 10: Melhores Filmes de Trem

Top 10: Melhores Filmes de Trem

Seguindo mais uma sugestão do meu amigo Bernardo Araujo, vamos aos melhores filmes com trens!

Hoje o tema é simples: trem. Nem precisa explicar, né?

Como sempre, alguns tiveram que ficar de fora. Manções honrosas para O Último Trem, A Última Ameaça, Expresso Para o Inferno e a série Harry Potter – lembrei do trem que leva a Hogwarts, mas o trem em si não é muito importante para a trama, o foco do Top 10 está em trens essenciais para os seus filmes.

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10. Viagem a Darjeeling

Ok, confesso, não vi esse. Mas um filme com um elenco desses – Owen Wilson, Adrien Brody, Bill Murray e Angelica Huston – merece ser citado.

9. Incontrolável

Um trem desgovernado carregando produtos químicos tóxicos está indo em direção a uma cidade. Eficiente filme de ação de Tony Scott.

http://blogdoheu.wordpress.com/2011/01/04/incontrolavel/

8. Sequestro do Metro 123

Não vi o original, só conheço a boa refilmagem de Tony Scott, com John Travolta e Denzel Washington.

7. O Assalto ao Trem Pagador

O representante nacional é O Assalto ao Trem Pagador, clássico policial de Roberto Farias, lançado em 1962.

6. Expresso Polar

Animação pioneira no sistema de captura de movimento, Expresso Polar se passa boa parte dentro do trem que vai até o Pólo Norte.

5. Assassinato no Expresso Oriente

Um grande elenco interpretando uma das mais famosas histórias do detetive Hercule Poirot, personagem de Agatha Christie.

4. Missão Impossível

O primeiro filme da série estrelada por Tom Cruise traz uma alucinante sequência com um helicóptero preso a um trem – dentro de um túnel!

3. De Volta Para o Futuro 3

O grande barato dos três filmes são os carros De Lorean. Mas justamente o clímax da trilogia envolve um trem!

http://blogdoheu.wordpress.com/2011/11/13/de-volta-para-o-futuro-3/

2. A Invenção de Hugo Cabret

Um dos melhores filmes do ano passado, Hugo se passa quase todo dentro de uma estação de trem, e uma das melhores sequências envolve um trem.

1. Contra o Tempo

Bom filme mal lançado aqui ano passado, Contra o Tempo tem a trama intimamente ligada a um acidente de trem.

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filmes de zumbi
filmes com nomes esquisitos

filmes sem sentido
personagens nerds
estilos dos anos 80
melhores vômitos
melhores cenas depois dos créditos
melhores finais surpreendentes
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filmes dos ano 80 e 90 nunca lançados em dvd no Brasil
estilos de filmes ruins
casais que não convencem
musicais para quem não curte musicais
melhores frases de filmes
melhores momentos de Lost
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piores sequencias
melhores filmes de rock
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filmes com elencos legais
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melhores filmes baseados em HP Lovecraft
filmes que vi em festivais e mais ninguém ouviu falar
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filmes de lobisomem
melhores trilogias
filmes de natal
melhores filmes de 2010
coisas que detesto nos dvds
melhores filmes da década de 00
filmes de vampiro

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cenas de sexo esquisitas

ficção cientifica ou não ficção científica

filmes de vingança

marcos nos efeitos especiais
filmes estrangeiros que fazem referência ao Brasil

personagens que morreram e voltaram

filmes de macho
filmes de máfia
visual deslumbrante
favoritos do heu
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filmes com viagem no tempo
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piores adaptações de quadrinhos de herois
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alienígenas legais
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filmes doentios
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realidade fake
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atrizes mirins que cresceram
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filmes onde Nova York é destruída
atores que envelheceram mal
atores que envelheceram bem
atores feios
sinopses bizarras
atrizes feias

A Espiã

Crítica – A Espiã

O filme “novo” do Paul Verhoeven!

Na Holanda ocupada por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, uma cantora judia se une à Resistência, e se infiltra nos quarteis generais alemães, onde vira a amante de um oficial.

As aspas lá em cima são porque na verdade A Espiã (Zwartboek no original, Black Book em inglês) é um filme de 2006, seis anos atrás. Mas é o mais recente filme de Verhoeven – na verdade, por enquanto é o único filme que ele fez depois que largou a fase hollywoodiana de sua carreira. Entre 1985 e 2000, ele dirigiu sete filmes, alguns muito bons (Conquista Sangrenta, O Vingador do Futuro, Robocop), alguns não tão bons mas mesmo assim muito legais (Tropas Estelares, Instinto Selvagem) e alguns não tão bons e não tão legais (Showgirls, O Homem Sem Sombra). Verhoeven estava sumido desde 2000, até que este A Espiã foi lançado. Heu já tinha o blu-ray, mas estava com preguiça de ver…

A Espiã foge um pouco do Verhoeven das décadas de 80 e 90 – é um drama de guerra. Mas a qualidade é bem superior ao seu filme anterior (O Homem Sem Sombra). O tema “Segunda Guerra Mundial” já está bem batido no cinema, mas pelo menos vemos por um ângulo pouco usado: a vida na Holanda ocupada. A trama, cheia de reviravoltas, prende a atenção do início ao fim e não deixa um filme de quase duas horas e meia ficar cansativo.

Pelo que li por aí, a trama de A Espiã começou a ser rascunhada ainda nos anos 70, antes de Verhoeven ir para Hollywood. Ele teria tido a ideia quando fez O Soldado de Laranja, também passado na Holanda ocupada por nazistas. Mas só agora no sec XXI, de volta à Europa, é que ele deu continuidade ao projeto.

A Espiã pode ser diferente da filmografia hollywoodiana do diretor holandês, mas uma marcante característica continua presente. Verhoeven tem um modo peculiar de mostrar sexo e violência em imagens graficamente fortes. Isso está presente em cenas como a morte de Smaal, ou quando Ellis pinta os pelos pubianos (alguém mais se lembrou da cruzada de pernas de Instinto Selvagem?). Verhoeven não decepciona seus fãs!

No elenco, o único nome cohecido é Carice Van Houten, de Operação Valquíria e Os Coletores, e que esteve na última temporada de Game of Thrones. Ainda no elenco, Sebastian Koch, Thom Hoffman e Halina Reijn.

Quando A Espiã foi lançado, pensei “legal, Verhoeven largou voltou à ativa!” Mas já se passaram seis anos, e este ainda é seu único filme desde a virada do milênio. Será que agora ele parou de vez? Sendo que ele já tem quase 74 anos (faz aniversário amanhã!), é capaz de ter se aposentado. Tomara que não!

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Além da Liberdade / The Lady

Crítica – Além da Liberdade / The Lady

Biografia de Aung San Suu Kyi, que apesar de ter se mudado para a Inglaterra e ter se casado com um inglês, foi uma das personagens mais importantes na democratização da sua Birmânia (hoje Myanmar) natal.

Além da Liberdade é um daqueles dramas épicos sobre grandes personagens, como Ghandi ou Gritos do Silêncio. O filme funciona muito bem. Só não entendi a escolha do diretor. Por que Luc Besson?

Sou fã de Besson desde os anos 80, desde a época de Subway e Imensidão Azul. Foi ele quem mostrou ao mundo que bons filmes de ação podem ser feitos fora de Hollywood, quando dirigiu Nikita (1990) e depois O Profissional (94). Isso sem contar com a ótima ficção científica O Quinto Elemento, de 97. Desde Joana D’Arc (99), Besson deixou a carreira de diretor em segundo plano – em dez anos, só dirigiu Angel-A e a série infantil Arthur e os Minimoys. Por outro lado, roteirizou e produziu muitos filmes de ação (Busca Implacável, os dois B13, Dupla Implacável, Cão de Briga, Revólver, as séries Carga Explosiva, Taxi, etc). Em 2010, Besson voltou à direção de um filme de ação, a divertida aventura As Múmias do Faraó. E agora, este Além da Liberdade.

Veja bem, Além da Liberdade não é ruim, longe disso. O problema é que heu esperava algo diferente do diretor. Sinto falta daquele Luc Besson das antigas. No cinema “pop”, Besson é um grande nome; em dramas históricos, Besson é apenas mais um…

Pelo menos ele não fez feio. Besson deixou de lado a sua vocação pop e fez um drama-épico-com-cara-de-Oscar. Não conhecia a história de Aung San Suu Kyi, seu caso foi pouco comentado na mídia ocidental. Ponto para o diretor francês, que chama a atenção para o problema.

O grande nome aqui é Michelle Yeoh, outra que tem vários filmes pop no currículo (007 – O Amanhã Nunca Morre, O Tigre e o Dração, A Múmia – Tumba do Imperador Dragão). Não só Michelle tem uma interpretação digna de premiações (será que este filme vai pegar o Oscar do ano que vem?), como ela é fisicamente parecida com Suu Kyi. Vejam aqui no google! David Thewlis, o Remus Lupin da série Harry Potter, também está excelente.

Li pela internet críticas ao roteiro que dá pouca importância a algumas passagens da vida de Suu Kyi, como por exemplo o pouco espaço na trama dado aos vários anos de sua prisão domiciliar. Discordo. Gostei da opção do roteiro de manter o foco na vida familiar de Suu Kyi em vez de falar mais de política. As difíceis escolhas na vida de Suu Kyi foram sofridas, mas ela conseguiu resultados. E ainda ganhou um Nobel da paz de quebra.

O filme tem ótimos momentos. Gostei muito de Suu Kyi ouvindo o discurso de seu filho pelo rádio, depois tocando no piano a mesma música que era tocada a quilômetros de distância. Belíssima cena!

Além da Liberdade foi filmado parte na Tailândia, parte na própria Birmânia, mesmo sem ter uma autorização oficial. Besson usou uma câmera portátil e se fingiu de turista para driblar o rígido regime local e conseguir imagens do país “certo”.

Espero que Luc Besson ganhe muitos prêmios com o belo trabalho feito em Além da Liberdade. E depois, espero que ele volte ao universo pop! 😉