Crítica – Chernobyl
Seis turistas (quatro americanos, uma norueguesa e um australiano) pegam uma “excursão radical” na Ucrânia, para visitar Pripyat, onde antigamente moravam os trabalhadores da usina nuclear de Chernobyl, mas hoje uma cidade fantasma desde o acidente há 25 anos atrás.
Nova produção de Oren Peli, criador da franquia Atividade Paranormal. Peli virou um nome “quente” em Hollywood ao fazer um filme que custou 15 mil dólares e rendeu quase 200 mil. Agora Peli está diversificando, aqui ele produziu e escreveu o roteiro, mas deixou a direção para Bradley Parker, estreante na cadeira de diretor, mas com um currículo razoável na parte técnica de efeitos especiais.
Chernobyl (Chernobyl Diaries, no original) não usa a câmera subjetiva o tempo todo, como os filmes da franquia Atividade Paranormal. Mas a câmera age como um personagem, está sempre muito perto do elenco, para criar uma maior empatia com o espectador.
Pena que nem tudo funciona. A primeira parte é tudo muito previsível, a parte do meio é só correria e no fim nada é explicado. Acaba o filme e a gente se pergunta o que aconteceu.
Alguns comentários, mas antes os avisos de spoiler:
SPOILERS!
SPOILERS!
SPOILERS!
– Não que tudo tenha que ser explicado aos detalhes ao espectador, mas pelo menos a gente podia saber se o “inimigo” é um mutante ou um fantasma.
– Os caras acordam e saem pra procurar ajuda, que está a 20 km de distância. Em um bom ritmo, uma pessoa cobre essa distância em 3 horas e meia. Como é que eles só voltam à noite?
– Mais: será que não dava pra fazer uma maca e andar os 20 km?
– Logo que avistam as primeiras criaturas, eles abrem fogo, mesmo antes de saber se são amigos ou inimigos.
E por aí vai…
FIM DOS SPOILERS
Algumas coisas se salvam. Gostei da sequência do urso e de toda a ambientação da cidade fantasma – Chernobyl foi filmado na Sérvia e na Hungria, e não na Ucrânia, onde está a Pripyat real.
Mas é pouco. Chernobyl só vai agradar os pouco exigentes.
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