Procura-se Um Amigo Para O Fim Do Mundo

Crítica – Procura-se Um Amigo Para O Fim Do Mundo

Um grande meteoro se chocará com a Terra em três semanas, causando a extinção de toda a vida no planeta. Com o fim da existência decretado, as pessoas se dividem entre orgias, revoltas nas ruas e conversões religiosas. Dodge (Steve Carell), abandonado pela esposa, resolve procurar outra coisa para fazer nos seus últimos dias.

Procura-se Um Amigo Para O Fim Do Mundo parte de um princípio que fascina ao mesmo que apavora a maioria de nós: e se todos fôssemos morrer em poucas semanas? Acho difícil alguém assistir o filme escrito e dirigido por Lorene Scafaria e não sair do cinema pensando no que faria com os seus últimos dias. O filme apresenta várias opções para a questão proposta acima. E a solução encontrada por Dodge não é previsível, tornando o filme ainda mais interessante.

Procura-se Um Amigo Para O Fim Do Mundo tem uma estrutura que mistura comédia romântica, drama e road movie. A parte road movie ajuda a mostrar personagens com diferentes posturas diante da catástrofe inevitável. E a parte comédia romântica só é atrapalhada pela improbabilidade de termos um final feliz. Mas mesmo assim, posso dizer que gostei muito do fim.

A ideia lembra um pouco o recente Melancolia, picaretagem assinada por Lars Von Trier. Mas diferente de MelancoliaProcura-se Um Amigo Para O Fim Do Mundo tem um roteiro bem escrito e uma história interessante, em vez de atores improvisando em cima de um “não roteiro” com um resultado pra lá de sonolento.

Aliás, é bom explicar que Procura-se Um Amigo Para O Fim Do Mundo não tem nenhuma cena de destruição. Apesar de ser um filme sobre o fim do mundo, não tem nada de cinema-catástrofe como Armageddon ou Impacto Profundo E sabe que não fez falta?

No elenco, Steve Carell mostra que também sabe fazer drama – apesar de seu personagem ser parecido com o “Steve Carell de sempre”. Keira Knightley faz um bom par, eles convencem justamente por serem uma dupla improvável. Ainda no filme, em papeis menores, Melanie Lynskey, William Petersen, Martin Sheen, Adam Brody, Connie Britton e Rob Corddry.

Filme simpático. Não vai mudar a vida de ninguém, mas pode ser uma boa opção.