Crítica – Jack & Diane
Mais um filme indie besta…
Jack e Diane são duas jovens que se conhecem em Nova York e logo se sentem atraídas uma pela outra. Só que ao descobrir que Diane está de mudança para a Europa, Jack tenta se afastar.
Falei aqui outro dia do Kid-Thing. Jack & Diane tem um problema bem parecido: falta história.
O filme é mais ou menos assim: Diane encontra Jack, Jack encontra Diane, algumas coisas aleatórias acontecem com as duas, e o filme acaba sem levar nada a lugar algum.
Tem gente no imdb citando Jack & Diane como um filme “lésbico de lobisomem”. Seria um caminho interessante, mas passa bem longe do resultado final. Tem lesbianismo sim. Mas não espere lobisomens!
No fim de Jack & Diane rola uma cena nada a ver com o resto da história, um “plot twist” completamente inesperado, e se a trama fosse naquela direção, o filme seria bem melhor. Mas nada, tudo logo volta ao marasmo…
Me parece que o diretor e roteirista Bradley Rust Gray estava perdido. Além do “plot twist” inesperado, rolam outras ideias igualmente desperdiçadas ao longo da projeção. Por exemplo: a cena com a cantora Kylie Minogue é completamente dispensável, não leva a lugar nenhum. Ou a constrangedora cena onde Diane tenta raspar os pelos púbicos e sei lá por que não consegue. Aliás, acho que o filme inteiro é assim, cenas desconexas aglomeradas, tentando criar uma linha narrativa. Tentativa frustrada…
Num filme desses, é complicado falar do elenco – os atores não têm nada a fazer. Só posso dizer que a Juno Temple é boa atriz porque a vi em outras produções (nos próximos dias falarei aqui de Killer Joe onde Juno está sensacional), aqui ela só anda de um lado pro outro usando roupas feias. Ah, Riley Keough (que interpreta Jack) é neta de Elvis Presley.
Enfim, dispensável.