O Clube do Vamos-Fazer-a-Professora-Abortar

Crítica – O Clube do Vamos Fazer a Professora Abortar

Quando li que teria um filme japonês de apenas uma hora de duração, com o nome “O Clube do Vamos Fazer a Professora Abortar”, lembrei logo de divertidos trashs japas como Tokyo Gore Police, Machine Girl ou Vampire Girls Vs Frankenstein Girl. Que nada, O Clube do Vamos-Fazer-a-Professora-Abortar é sério…

A sinopse tá quase toda no título do filme. Cinco adolescentes de uma escola japonesa gastam seu tempo fazendo pequenas maldades dentro e fora da escola. Quando descobrem que uma das professoras da escola está grávida de quatro meses, elas resolvem fazer de tudo para causar o aborto.

Escrito e dirigido por Eisuke Naitô, O Clube do Vamos-Fazer-a-Professora-Abortar (Let’s-Make-the-Teacher-Have-a-Miscarriage Club em inglês ou Sensei wo ryûzan saseru-kai no original em japonês) é um filme sério, como falei no primeiro parágrafo. Sério e bobo. Ao não assumir a vocação trash desta trama, O Clube do Vamos-Fazer-a-Professora-Abortar perdeu uma ótima oportunidade de criar mais um clássico da recente podreira japonesa.

O Clube do Vamos-Fazer-a-Professora-Abortar é apenas um drama. Tem uma cena engraçada aqui, outra ali, mas no geral, um drama. Bobo e desnecessário.

Saudades dos trashs japas…

Sightseers / Turistas

Crítica – Sightseers / Turistas

Tina e seu namorado Chris desejam fazer uma viagem romântica, embarcando num trailer para desbravar paisagens e lugares históricos da Inglaterra. O problema é que Chris e Tina vão se envolvendo em acontecimentos estranhos e violentos.

De vez em quando aparece um filme desses. Muita violência e assassinatos em doses desmedidas, tudo executado por pessoas com cara de gente comum. Lembrei logo de Henry, O Retrato de um Assassino, que, por coincidência, também vi no mesmo Festival, anos atrás. É o caso deste Sightseers, novo filme de Ben Whitley (Kill List).

O interessante de Sightseers é que os protagonistas são apresentados como pessoas normais. O elenco foi bem escolhido, Alice Lowe e Steve Oram (também autores do roteiro) têm cara de pessoas normais, não têm nada do glamour hollywoodiano. Digo mais: parecem ingleses que a gente esbarra nos pubs quando viaja por lá pelas cidades pequenas.

Sightseers tem algumas cenas muito violentas. A crueza mostrada é o mais assustador: não estamos lidando com um mal sobrenatural, o mal está no vizinho que mora ao lado.

O ritmo do filme começa devagar, mas depois engrena. E como é curto (pouco menos de uma hora e meia), flui fácil.

Sightseers não deve entrar no circuito. Mas Kill List também não entrou. Quem quiser ver, é só procurar…

p.s.: Apesar do título em português, cuidado para não confundir este filme com aquele Turistas de 2006, filmado aqui no Brasil!