Hick

Crítica – Hick

Filme novo da Chloe Moretz. Vamos ver qualé?

Logo após completar 13 anos, uma adolescente foge da casa dos pais bêbados e tenta ir para Las Vegas, mas encontra pessoas ao longo do caminhgo que a fazem repensar seus objetivos.

Não li nada sobre Hick antes, fui ver o filme apenas porque sou fã da Chloe Moretz (Kick-Ass, Deixe-me Entrar, Hugo Cabret, Sombras da Noite). Bem, ela não decepciona. Já o filme…

Dirigido pelo desconhecido Derick Martini, Hick não chega a ser ruim. Mas é mal desenvolvido. O roteiro cria situações desnecessárias, e alguns personagens são mal construídos e jogados na trama desordenadamente – por exemplo, me parece que Alec Baldwin só entrou no filme como uma espécie de “agradecimento”, já que Chloe Moretz fez uma participação na sua série 30 Rock

O que é curioso é saber que o roteiro foi escito pela mesma Andrea Portes, autora do livro no qual o filme foi baseado. Será que o livro tem os mesmos problemas do roteiro?

Se salvam as atuações. Chloe Moretz, que ainda tem 15 anos (tinha 14 na época do lançamento de Hick), até hoje não decepcionou. Além dela, o filme conta com Blake Lively, Juliette Lewis, Eddie Redmayne e Rory Culkin, além da já citada ponta de Alec Baldwin.

Enfim, não os fãs de Chloe Moretz vão gostar. Mas que Hick podia ser melhor, ah, isso podia.

Top 10: Filmes Sobre Corrida

Top 10: Filmes Sobre Corrida

Pouco mais de um ano atrás comecei a correr. Corridas a pé, de rua, nada de veículos! Desde então, corri pouco mais de dez corridas de 5 e de 10 km, além de uma meia maratona de 21 km. Já escrevi duas vezes sobre isso no TBBT, aqui e aqui.

Depois de rever Corra Lola Corra, pensei: por que não um Top 10 de filmes de corrida?

Como sempre, não cabem todos os filmes na lista. Menção honrosa para Rocky, que é sobre boxe mas tem uma famosa cena de corrida; e para The Loneliness of the Long Distance Runner, filme semi-obscuro de 1962, que nem sei se foi lançado por aqui.

Bons treinos!

10. O Sobrevivente (The Running Man, 1987)

Ficção científica baseada em Stephen King. Arnold Schwarzenegger corre pela sua vida, num jogo onde ele é o alvo.

9. Maratona do Amor (Run Fatboy Run, 2007)

Disposto a reconquistar a ex-namorada, Simon Pegg resolve correr uma maratona onde vai competir com o atual namorado dela. Filme de estreia como diretor de David Schwimmer, de Friends.

8. Prova de Fogo (Without Limits, 1998)

Biografia de Steve Prefontaine, corredor olímpico que morreu jovem, com Billy Crudup e Donald Sutherland no elenco. Existe outro filme sobre o mesmo Prefontaine, estrelado por Jared Leto, lançado no ano anterior.

7. Juno (idem, 2007)

Paulie Bleeker, personagem de Michael Cera, um dos protagonistas deste badalado filme independente, faz parte da equipe de corrida da escola.

6. Grease – Nos Tempos da Brilhantina (Grease, 1978)
O Danny Zuko de John Travolta larga (temporariamente) o estilo bad boy e entra na equipe de corrida para tentar conquistar a Sandy de Olivia Newton-John.

5. Corra Lola Corra (Lola Rennt, 1998)

Neste filme alemão, não só Lola corre o filme inteiro, como as cenas da corrida se repetem, pra gente a ver correndo de novo.

4. Os Incríveis (The Incredibles, 2004)

Desenho da Pixar sobre uma família de super herois. O super poder do filho do meio é a velocidade.

3. Maratona da Morte (Marathon Man, 1976)

Filmão clássico dos anos 70. O protagonista, interpretado por Dustin Hoffman, está se preparando para uma maratona.

2. Carruagens de Fogo (Chariots of Fire, 1981)

O filme mostra a equipe britânica de atletismo nas Olimpíadas de 1924. O tema, composto por Vangelis, virou símbolo de corridas.

1. Forrest Gump (Forrest Gump, 1995)
Não é exatamente um filme sobre corrida, mas o personagem Forrest Gump passa boa parte do filme correndo.

Valente

Crítica – Valente

Era uma vez a indústria de longas metragem de animação, dominada pela Disney, garantia de qualidade, mas que usava quase sempre a mesma fórmula. Aí apareceu a Pixar, mezzo parceira, mezzo concorrente, que nos mostrou, através de filmes como Toy Story, Monstros S.A. e Wall-E, que longas de animação poderiam almejar um patamar bem mais alto. A qualidade excepcional da Pixar nos deixou mal acostumados…

Em Valente, a jovem princesa Merida foi criada pela mãe para ser a sucessora perfeita ao cargo de rainha. Mas, rebelde, a menina não quer saber da rígida vida de herdeira, então resolve procurar uma bruxa pra tentar se livrar do destino.

Dirigido pela dupla Mark Andrews e Brenda Chapman, Valente não é ruim, longe disso. Parte técnica impecável, história envolvente e personagens carismáticos – o problema é que a Pixar nos ensinou a esperar sempre algo mais. E Valente não tem nada demais. Aliás, Valente parece mais Disney do que Pixar: mais uma princesa para vender bonecas no natal, com uma história convencional, e ainda rolam os números musicais pra vender cds com a trilha sonora. Nada contra, mas isso tem cara de Disney.

Bem, como disse, Valente não é ruim (diferente de Carros 2, o único Pixar que ficou devendo até agora). A parte técnica, como esperado, é impressionante, o cabelo desgrenhado de Merida está perfeito. O roteiro traz um bom equilíbrio entre o humor, a ação e o drama – os três moleques ruivos são um alívio cômico sensacional, do nível do esquilo Scrat d’A Era do Gelo. Não posso falar do 3D, vi a versão 2D. Tampouco posso falar das vozes originais de Kelly Macdonald, Billy Connolly, Emma Thompson, Robbie Coltrane e Kevin McKidd, porque vi dublado – a dublagem é boa, felizmente algo comum atualmente.

Só fica aquela decepção no ar por ser uma produção da Pixar. Como falei, ficamos mal acostumados. A Pixar nos ensinou que “bom” não é o suficiente…

p.s.: Não entendi muito o “Valente” do título. A Mulan merecia mais este nome…

Triângulo do Medo

Crítica – Triângulo do Medo

Ouvi falar deste Triângulo do Medo quando pesquisava para o Top 10 de filmes com Viagens no Tempo. Consegui ver agora.

Um grupo de amigos vai para o alto mar em um passeio de veleiro, e são surpreendidos por uma tempestade. Pouco depois conseguem alcançar um navio aparentemente abandonado. Mas talvez entrar no navio não seja a melhor escolha.

Parece sinopse de filme de terror, mas trata-se de um suspense com toques de viagem no tempo. Escrito e dirigido pelo pouco conhecido Christopher Smith, Triângulo do Medo (Triangle, no original) tem um roteiro muito bem organizado, que brinca com loops temporais, sem deixar furos na história. A estrutura do filme me lembrou o espanhol Los Cronocrimenes, onde pontas soltas são deixadas e depois resolvidas. É filme pra gente prestar atenção nos detalhes, tudo o que aparece tem sentido!

O roteiro é muito bom, mas teve uma coisa que me incomodou. Mas antes, os avisos de spoiler.

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

A única coisa estranha do roteiro foi a amnésia de Jess. Por que ela esquece tudo é repete os atos que deram errado?

FIM DOS SPOILERS!!!

No elenco, dois nomes conhecidos, a protagonista Melissa George, de Cidade das Sombras; e Liam Hemsworth (Jogos Vorazes, Os Mercenários 2, irmão do Thor Chris Hemsworth). Ainda no elenco, Rachael Carpani, Emma Lung, Jack Taylor e Henry Nixon.

Triângulo do Medo foi muito mal lançado por aqui. Tem que dar sorte de encontrar numa locadora, ou então, só via “torrent TV”…

O Iluminado

Crítica – O Iluminado

Hora de rever o clássico de Stanley Kubrick!

O escritor Jack Torrance é contratado como zelador de um grande hotel que fica fechado durante o inverno. Porém, o contínuo isolamento começa a lhe causar problemas e ele vai se tornado cada vez mais agressivo e perigoso.

Incontestavelmente, Stanley Kubrick foi um dos maiores diretores da história do cinema. No fim de sua vida, seu ritmo de filmar era lento. Depois de Barry Lyndon, de 1975, Kubrick só fez três filmes: este O Iluminado, de 1980, Nascido Para Matar, de 1987, e De Olhos Bem Fechados, que estava sendo finalizado quando Kubrick morreu, em 1999. Se a quantidade era pequena, pelo menos a qualidade não caiu. Diferente de alguns colegas de profissão, seus últimos filmes mantiveram a qualidade de sempre (só tenho um pé atrás com De Olhos Bem Fechados, um dia hei de rever e ter uma segunda opinião).

Aqui Kubrick mostra porque é um dos gigantes na sua área. O ritmo do filme é diferente do que estamos acostumados, mais lento, com muitos planos longos e muita câmera parada. O ritmo lento é acentuado pela edição, que traz várias sequências longas com poucos cortes.

Tem mais: rolam vários movimentos de câmera bem planejados, como os travellings seguindo o velocípede pelos corredores do hotel, ou andando pelo labirinto. Isso é aliado a grandiosos cenários e a uma trilha sonora muito bem escolhida (acho que boa parte das músicas já existia, não foram compostas para o filme). O resultado final é um filme tenso como poucas vezes visto na história do cinema.

Kubrick era um perfeccionista, famoso por refilmar as cenas incontáveis vezes, até que ficasse satisfeito com o resultado. A cena onde Halloran conversa com Danny foi filmada 148 vezes – o recorde mundial! E a cena do sangue escorrendo pelo elevador só foi filmada três vezes, mas a preparação para ela durou quase um ano. Esses atrasos na produção acabaram atrasando outros filmes que precisavam do mesmo estúdio em Londres, como O Império Contra-Ataca e Os Caçadores da Arca Perdida.

O Iluminado foi baseado em um livro de Stephen King. Li por aí que o livro teria monstros (não li o livro, então não tenho certeza da informação), e que a adaptação de Kubrick não foi muito fiel neste aspecto. Mas gostei desta mudança, o filme ficou mais sério, mais assustador.

Um dos grandes responsáveis por O Iluminado ser um filme tão assustador foi a magnífica interpretação de Jack Nicholson, uma das mais impressionantes de sua premiada carreira. Nicholson faz uma cara de louco que dá medo! Outros atores foram cogitados para o papel, como Robert de Niro, Robin Williams e até Harrison Ford, mas vendo Nicholson na tela, fica difícil de imaginar Jack Torrance vivido por outro ator. Outro destaque é o garoto Danny Lloyd, que curiosamente só fez mais um filme. Ainda no elenco, Shelley Duvall com sua “beleza exótica” e Scatman Crothers.

Curiosidade: nem todos concordam que O Iluminado é um grande filme. Na época do lançamento, concorreu a duas Framboesas de Ouro, de pior diretor e pior atriz (para Shelley Duvall). Claro que não ganhou…

Enfim, filmaço. Recomendadíssimo!

Battlestar Galactica: Blood and Chrome

Crítica – Battlestar Galactica: Blood and Chrome

Alvíssaras! Battlestar Galactica está de volta!

Estamos no décimo ano da primeira guerra contra os cylons, cerca de 40 anos antes do BSG de 2004. O cadete William Adama, cabeça quente, rebelde e recém formado na Academia, é designado para servir a bordo da nave de combate Galactica.

Em 2009 tivemos outro prequel, Caprica, que mostrava a origem dos cylons. Caprica teve só uma temporada, de 18 episódios, e decepcionou os fãs – os últimos dez minutos do episódio final são sensacionais, mas o resto da série foi devagar demais. O ideal seria alguém editar os episódios em uma minissérie de duas ou três horas, aí Caprica valeria a pena…

O novo Battlestar Galactica: Blood and Chrome tem um formato incomum. Era pra ser o piloto de uma série do canal Syfy, mas a série foi cancelada por causa do alto custo dos efeitos especiais. Resolveram então fazer um telefilme, que foi dividido em 10 webisódios, de 10 a 12 minutos cada, exibidos pelo site Machinima – os dois primeiros saíram na sexta passada. No início do ano que vem, o filme será exibido na televisão americana pelo próprio Syfy, e o blu-ray tem o lançamento previsto para 19 de fevereiro (já está em pré-venda pela Amazon). O Syfy ainda não descarta sua produção como série, embora isto dependa da receptividade dos webisódios, da transmissão na TV e da venda dos blu-rays.

E qual foi o resultado?

Bem, ainda não dá pra falar muito, já que até agora só temos dois episódios de 12 minutos cada. Mas o início foi muito bom – a sequência inicial é uma batalha espacial de tirar o fôlego, que não fica devendo nada à série antiga. E, ao fim do segundo episódio, a expectativa é grande para o que vem por aí. Mas… Infelizmente, tenho que admitir que ver um filme assim, em doses homeopáticas, não é a melhor opção. Quando começa a “esquentar”, acaba…

Mesmo assim, contarei os dias para cada novo webisódio. Não é todo dia que temos material inédito de BSG, e material de qualidade – se os efeitos especiais sofreram algum corte de orçamento, não foi nada que ficasse visível, os efeitos são muito bons.

No elenco, ninguém conhecido – Edward James Olmos, o Adama original, já era um nome famoso antes de BSGCaprica trazia dois nomes “médios”, Eric Stoltz e Esai Morales. Battlestar Galactica: Blood and Chrome conta com Luke Pasqualino, Ben Cotton, Lili Bordan, Jill Teed, Adrian Holmes e Carmen Moore.

Agora, resta esperar os outros oito episódios, e depois comprar o blu-ray. Heu apoio a volta de BSG!

So say we all!

 

Lockout – Sequestro no Espaço

Lockout – Sequestro no Espaço

Produção e roteiro de Luc Besson, nomes famosos no elenco… Mas apesar disso, não se deixe enganar, Lockout – Sequestro no Espaço é mais um filme “B”!

Ano 2079. Um homem acusado de um crime que não cometeu é convocado para resgatar a filha do presidente dos EUA, que está sequestrada em uma cadeia que fica em órbita.

Dirigido pela dupla estreante Stephen St. Leger e James Mather (que escreveram o roteiro junto com Luc Besson) Lockout – Sequestro no Espaço é uma produção B que, se vista no espírito certo, é até divertida. Parece uma versão espacial de Fuga de Nova York – que já tinha cara de filme B (mas era beeem melhor…), com uma pitada de Duro de Matar.

No início do filme rola uma perseguição de carros com cara de videogame. Sério, as ruas não parecem reais, nem os carros, muito menos as pessoas. Achei que seria proposital, um estilo, algo a ser repetido ao longo do filme. Nada, foi só naquela cena. Ficou tosco. As cenas espaciais que acontecem mais pra frente no filme não são nenhuma maravilha, mas pelo menos não têm cara de videogam.

As cenas de ação do resto do filme podem não ter muito sentido em questão de roteiro, mas pelo menos são bem feitas, o ritmo de Lockout – Sequestro no Espaço é o suficiente para chegarmos ao fim do filme sem desistir no meio do caminho.

O elenco tem pelo menos três nomes conhecidos: Guy Pearce, Maggie Grace e Peter Stormare. Não sei se propositalmente ou não, mas Lennie James e Vincent Regan fazem versões genéricas de Don Cheadle e Gerard Butler, respectivamente – James chegou a me enganar, procurei o nome de Cheadle nos créditos…

Resumindo: Lockout – Sequestro no Espaço não é um grande filme, mas acho que nunca almejou tal feito – tem cara de filme que é lançado direto em home video. Mas é divertido pra quem entrar no clima.

 

Looper – Assassinos do Futuro

Crítica – Looper – Assassinos do Futuro

Em 2074, quando a máfia deseja se livrar de alguém, eles enviam a pessoa de volta 30 anos no tempo, no momento exato em que haverá um assassino armado esperando para executá-la. Esses assassinos são chamados “Loopers”.

Gosto de filmes com viagem no tempo, tanto que já fiz um Top 10 sobre o assunto. Não sei se Looper – Assassinos do Futuro teria vaga no Top 10, mas posso dizer que é um bom filme. Escrito e dirigido pelo semi desconhecido Rian Johnson, o filme traz uma equilibrada mistura entre ação, ficção científica e drama, com uma pitada de elementos fantásticos.

Tenho coisas boas e ruins pra falar do roteiro de Johnson. O lado bom é que é um roteiro bem escrito que usa de maneira inteligente os paradoxos da viagem temporal – tem uma cena chave que acontece duas vezes, com uma pequena variação, e tudo faz sentido (tive que rever esta parte pra sacar os detalhes).

Mas… Por outro lado, o roteiro tem umas falhas bizarras. Vou falar depois dos avisos de spoiler.

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

Não vou falar que este sistema inventado pra mandar alguém pro passado pra então ser assassinado não tem lógica, porque seria muito mais fácil matar no futuro e mandar só o corpo, ou mandar o cara com um peso nos pés no meio do oceano. Também não vou falar que ninguém explicou como os loopers saberiam o local e a hora que receberiam a “encomenda”. Tampouco vou falar que seria mais fácil mandar outra pessoa pra matar o looper velho, pra não ter problemas de consciência.

Só vou falar uma coisa: se no futuro é tão complicado matar alguém que tiveram que inventar um sistema envolvendo viagens no tempo, como é que uma das coisas que movimenta a trama é justamente o assassinato da mulher do Bruce Willis???

FIM DOS SPOILERS!!!

Uma outra coisa me incomodou no conceito de Looper – Assassinos do Futuro: a escolha do elenco principal. Sinceramente, não acho Bruce Willis parecido com Joseph Gordon-Levitt. Ok, a maquiagem ficou bem feita. Mas Gordon-Levitt já é um rosto conhecido, ele ficou com cara de “Joseph Gordon-Levitt maquiado”, e não com cara de Bruce Willis!

Apesar desses detalhes, gostei do filme, que tem um bom ritmo e traz uma visão interessante de um sombrio futuro próximo.  Looper – Assassinos do Futuro também traz personagens bem construídos e um bom elenco – além de Willis e Gordon-Levitt, o filme conta com Emily Blunt, Piper Perabo, Paul Dano, Jeff Daniels, Noah Segan, Tracie Thoms, Garret Dillahunt e o garoto Pierce Gagnon.

O que é uma pena é ver que uma história bem bolada com viagens no tempo ter um roteiro com tantos furos. Looper – Assassinos do Futuro é legal, mas poderia ser bem melhor.

Top 10: Disco Music

Top 10: Disco Music

Toco em uma banda de disco music (banda Boogie Nights), por isso tive vontade de fazer um top 10 de filmes ligados ao estilo.

Não é tarefa das mais fáceis, porque não existem muitos filmes famosos sobre o assunto. Mas, mesmo assim, ainda consegui mais do que dez filmes. Achei três que não sei se merecem estar no Top 10, talvez valham uma menção honrosa: A Música Não Pode Parar / Can’t Stop The Music (1980), biografia do Village People; Roller Boogie (1979), filme estrelado pela Linda Blair sobre patinadores que frequentam a pista de dança; e The Apple (1980), dirigido pelo Menahem Golan – o mesmo de Comando Delta – nuff said.

Vamos aos filmes?

10. Xanadu (1980)

Tá, o filme é famoso e tem Olivia Newton-John e Gene Kelly nos papeis principais. Mas tem um pé no trash. Talvez dois pés. Está no top 10 pela boa trilha sonora.

9. Disco Godfather (1979)

Um policial aposentado vira um DJ famoso em um clube: o Disco Godfather! Não vi, tem cara de ser um trash divertido.

8. Car Wash (1976)

Filme sobre um dia na vida dos funcionários de um lava a jato em Los Angeles. Estrelado por Richard Pryor e pelas Pointer Sisters.

7. Até que Enfim é Sexta-Feira / Thank God It’s Friday (1978)

É sexta feira e todos planejam ir à boate. Filme estrelado por Jeff Goldblum e Donna Summer, ela mesma!

6. Funkytown (2011) 5,7

Filme canadense (mal) lançado ano passado, sobre um grupo de amigos que frequenta uma boate em Montreal, no ano de 1976.

5. Studio 54 (1998) 5,6

Filme que conta a história da famosa boate nova-iorquina. A ambientação é excelente, mas o filme não é lá grandes coisas.

http://heuvi.com.br/drama/studio-54/

4. Os Últimos Embalos da Disco (1998) 6,4

Duas amigas frequentam uma boate em Manhattan. Estrelado por Chloë Sevigny e Kate Beckinsale

3. Tony Manero (2008) (6,8)
Filme chileno recente onde o protagonista é fã do personagem de John Travolta em Embalos de Sábado À Noite

2. Os Embalos de Sábado À Noite (1977) 6,7

Talvez o mais famoso de todos os filmes feitos no fim dos anos 70 sobre a era da discoteca. Alçou John Travolta ao status de símbolo sexual.

1. O Pagamento Final (1993) 7,9

Filmaço de Brian de Palma, não se trata de um filme sobre a música disco. Mas o protagonista Carlito Brigante (Al Pacino) gerencia uma discoteca.

http://heuvi.web73.f1.k8.com.br/acao/o-pagamento-final/

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Hors Concours – Boogie Nights (1997)

Sou muito fã do filme de Paul Thomas Anderson, mas os maiores focos aqui são a indústria pornográfica e as drogas, por isso o deixei de fora do Top 10.

Frankenweenie

Crítica – Frankenweenie

Novo longa-metragem em animação stop motion de Tim Burton!

Depois de perder inesperadamente o seu querido cão Sparky, o menino Victor usa experimentos com energia elétrica aprendidos na aula de ciências para trazer seu melhor amigo de volta à vida.

Tim Burton começou a chamar a atenção em 1988, com Beetlejuice – Os Fantasmas Se Divertem, seu terceiro longa-metragem. Mas ele já tinha feito alguns curtas interessantes antes. Um deles, de 1984, era justamente Frankenweenie, também em stop motion. Agora que Tim Burton é um nome consagrado em Hollywood, ele resolveu retomar seu velho curta e transformá-lo em um longa. Como já era previsível, o resultado ficou muito bom!

Falei previsível porque já mencionei aqui que Tim Burton é um dos poucos diretores contemporâneos com personalidade própria. Seus filmes quase sempre têm “cara de Tim Burton”. E ele usar stop motion em um longa não é exatamente uma novidade – ele produziu O Estranho Mundo de Jack em 1993 e dirigiu A Noiva Cadáver em 2005.

O melhor de Frankenweenie são as inúmeras referências a filmes clássicos de terror, como o Frankenstein de 1931 (a referência mais óbvia, na cena onde Sparky é trazido de volta), A Noiva de Frankenstein (o “cabelo” da cachorrinha), Gamera (ou Godzilla), A Múmia, nomes de alguns personagens (Elsa Van Helsing, Edgar E. Gore), o professor que tem a cara do Vincent Price, e até Gremlins (os ‘kikos marinhos”). Isso sem contar com Christopher Lee, que aparece em imagens de arquivo, tiradas do filme Drácula, O Vampiro da Noite.

Outra coisa muito legal é a caracterização dos personagens. A turma da escola só tem freaks, cada personagem é melhor que o outro! Adorei a menina dona do gato, com olhos enormes e pupilas minúsculas. Também gostei muito da fotografia em preto e branco e da trilha sonora de Danny Elfman.

Justamente por estes fatores citados nos dois parágrafos acima, não sei se o filme vai agradar os mais novos. O filme não é exatamente para crianças, apesar de não ser assustador – é uma mistura de terror com fantasia, com pitadas de drama e de comédia. Aliás, é bom falar: não é exatamente uma comédia, mas traz uma cena engraçadíssima de humor negro (a cena do “Colosso”).

Vi o filme dublado, então não posso falar muito sobre o elenco, que conta com vozes de Winona Ryder, Martin Landau, Martin Short e Catherine O’Hara, contracenando com crianças menos conhecidas como Charlie Tahan e Atticus Shaffer. Curiosamente, Frankenweenie não tem Johnny Depp nem Helena Bonham-Carter, os “atores assinatura” de Burton – é a primeira vez desde Peixe Grande (2003) que Depp não está num filme de Burton (foram cinco filmes seguidos).

O fim do filme traz um final “disneyano” desnecessário (o filme é da Disney), o fã de Tim Burton não precisa necessariamente de um final feliz. Mas nada que estrague o filme.

p.s.: Procurei no youtube o curta Frankenweenie original, de 1984, mas só achei este link que traz também outro curta, Vincent, feito em stop motion pelo mesmo Tim Burton dois anos antes, em 1982. Frankenweenie começa aos 5:57. Mas recomendo ver os dois!