Crítica – As Aventuras de Pi
Filme novo do Ang Lee, com cara de Oscar!
Pi Patel é filho do dono de um zoológico na Índia. Quando a família resolve se mudar para o Canadá, o cargueiro onde todos viajam acaba naufragando. Pi consegue sobreviver em um bote salva-vidas, mas precisa dividir o pouco espaço disponível com uma zebra, um orangotango, uma hiena e um tigre de bengala chamado Richard Parker. Baseado no best seller de Yann Martel.
Tem uma coisa que gostei muito em A História de Pi: o cartaz nos leva a acreditar em uma história “mágica” onde o garoto será um “amigo” do tigre dentro do barco. Nada disso: o tigre é selvagem e assim continua mesmo depois de se ver sozinho no barco. Pi tem que sobreviver ao naufrágio e ao tigre!
O ritmo do filme é um pouco lento, acho que não precisava ter mais de duas horas. Mesmo assim, não achei cansativo. E gostei da revelação da metáfora no final.
As Aventuras de Pi tem um belíssimo visual. Tanto a parte dos bichos quanto (principalmente) as cenas no mar são fantásticas. O naufrágio é impressionante, e a cena da baleia é belíssima.
Os efeitos especiais são top de linha. Li no imdb que Suraj Sharma, que interpreta Pi no barco, não interagiu nem com o mar nem com o tigre. As cenas foram todas filmadas com ele sozinho no barco, dentro de uma piscina. O mar e o tigre são cgi. Impressionante, não?
(Ah, tem o 3D. É bem feito, e tal, mas cansei de 3D, acho que não precisava disso…)
No elenco, só um nome famoso, Gerard Depardieu, num papel minúsculo. Os menos conhecidos Irfan Khan (O Espetacular Homem Aranha) e Rafe Spall (Prometheus) estão bem como os narradores da história. Mas o destaque sem dúvida é Suraj Sharma, que passa a maior parte do filme sozinho no barco.
Estreia esta semana, e já está concorrendo a três Globos de Ouro…