Crítica – Duro de Matar 5: Um Bom Dia para Morrer
John McClane está de volta! Será uma boa notícia?
John McClane viaja até a Rússia para tentar ajudar seu filho, Jack, que está preso acusado de assassinato. Lá, descobre que seu filho é da CIA, e pai e filho precisam deixar de lado velhos problemas familiares para se unirem em uma missão contra o terrorismo.
Respondendo a pergunta do primeiro parágrafo: não é uma boa notícia. Este quinto filme é de longe o mais fraco da série.
John McClane é um personagem ótimo. O primeiro Duro de Matar (1988) é um dos melhores filmes de ação da década de 80. As partes 2 (90) e 3 (95) também são muito boas. E doze anos depois veio o divertido 4.0, que parecia uma grande e engraçada galhofa em cima da trilogia.
Mas agora, amigos, acho que John McClane já era…
Acho que foi um erro apostarem num diretor semi desconhecido – dele, só vi o fraco Max Payne. Mas acredito que o pior de Duro de Matar 5 seja o roteiro do também pouco conhecido Skip Woods (se bem que gostei do seu trabalho Esquadrão Classe A).
O roteiro deste quinto filme é bem fraco. Mas acho que o pior de tudo foi ver que o John McClane foi desperdiçado. No primeiro filme, ele era um cara “real” – a cena com seus pés cortados pelos cacos de vidro é um marco no cinema de ação. Agora ele pula do alto de um prédio, arrebenta um monte de andaimes e sai inteirão, apesar de estar 25 anos mais velho. E isso porque não citei que ele está muito menos irônico e sarcástico do que nos outros filmes.
Outra grande falha do roteiro é a ausência de um bom vilão. O vilão aqui é fraaaco… E pensar que Alan Rickman e Jeremy Irons já foram antagonistas de McClane…
Ainda no roteiro: são tantos furos, que a gente se questiona se alguém leu o que estava escrito antes de começar a filmar. Vamos lá, sem spoilers. Como McClane soltou as mãos logo após o momento do “vilão dançarino”? Onde estava a polícia russa durante tiroteios nas ruas da cidade, e, principalmente, durante o pesado ataque de um helicóptero? Como eles chegaram tão rápido e entraram tão fácil em Chernobyl? Por que todos pararam de usar proteção contra radiação? E o mais importante: por que a sub trama desnecessária com o plano do vilão, logo antes do “plot twist” sem sentido? Tem mais, mas vou parar por aqui.
O lado bom é que a perseguição de carros no início do filme é bem legal, apesar da mentirada sem tamanho – dei gargalhadas enquanto o carro de McClane “descia os degraus” em cima dos carros. Mas é pouco, muito pouco.
No elenco, Bruce Willis mostra que ainda tem pique, apesar de já estar com 57 anos. Jai Courtney (o Varro da primeira temporada de Spartacus) tenta, mas não tem um décimo do carisma de Willis. Mary Elisabeth Winstead aparece numa ponta reprisando o papel do quarto filme. E o resto nem merece ser citado.
Enfim, dispensável. Triste constatação, mas era melhor termos ficado só com quatro filmes. Se resolverem fazer um sexto, que contratem um bom diretor e, principalmente, um bom roteirista.