Crítica – Oblivion
Filme novo do Tom Cruise! Mais: filme novo de Joseph Kosinski, o diretor de Tron – O Legado!
Décadas depois de uma guerra contra alienígenas, o planeta Terra está devastado. Quase toda a população foi transferida para uma lua de Saturno, os poucos que ficaram trabalham cuidando da exploração dos últimos recursos do planeta. Neste ambiente, o técnico de reparos Jack é assombrado por misteriosos sonhos.
Joseph Kosinski tem uma carreira curta – este é apenas seu segundo longa. Por enquanto, o cara tá bem: mais uma vez, ele apresenta um filme acima da média. Oblivion tem uma trama que foge do óbvio, um bom elenco, excelentes efeitos especiais, uma boa trilha sonora e efeitos sonoros que faziam tremer as poltronas do cinema.
Tom Cruise, como de costume, lidera bem o elenco. É impressionante como Cruise sabe administrar bem sua carreira, com muitos blockbusters e poucos fracassos no currículo. Sua interpretação não foge ao habitual, é o mesmo feijão com arroz de quase sempre – mas ninguém pode negar que ele faz muito bem este feijão com arroz. Ainda no elenco, Olga Kurilenko, Andrea Riseborough, Morgan Freeman, Melissa Leo, Nicolaj Coster-Waldau e Zoe Bell.
O visual do filme chama a atenção, os cenários pós apocalípticos são extremamente bem feitos. Foram usadas locações na Islândia, fiquei imaginando o que era real e o que era computador. São belíssimas paisagens, a Nova York destruída de 2070 é impressionante.
Um parágrafo para falar da trilha sonora. Kosinski chamou o grupo eletrônico Daft Punk para a trilha de Tron O Legado e o resultado ficou excelente. Agora, outro grupo eletrônico foi chamado, o M83 (confesso que nunca tinha ouvido falar), e mais uma vez a trilha é um dos destaques do filme. Trilha sonora forte e presente, com bons temas ao longo de todo o filme. E além da trilha sonora, outra coisa que chama a atenção são os efeitos sonoros. O ruído dos drones se destaca, um ruído grave e forte que chega a dar medo.
O roteiro é bom, com uns toques de Matrix, 2001, Prometheus, Moon e pelo menos uma referência explícita a Guerra nas Estrelas (impossível não nos lembrarmos da cena do ataque à Estrela da Morte e da “manobra Millenium Falcon”). As reviravoltas estão bem colocadas no roteiro, mas este não é perfeito – algumas coisas soam forçadas, principalmente na parte final (certa cena me lembrou de ID4). O fim do filme é hollywoodiano, deve agradar a maioria dos espectadores. Heu preferia que tomassem outro caminho, mas não é nada tão grave que atrapalhe o bom conjunto do filme.
Enfim, bom filme. Sr. Kosinski, mantenha o bom trabalho!