Crítica – Caça Aos Gângsteres
Los Angeles, 1940. Mickey Cohen, um dos líderes da máfia do Brooklyn, decide expandir suas atividades pelo oeste dos Estados Unidos. Um grupo especial da polícia é encarregado de capturá-lo.
Bom elenco, excelente ambientação de época… Mesmo assim, Caça Aos Gângsteres (Gangster Squad, no original) ficou devendo.
O diretor Ruben Fleischer (Zumbilândia) fez um bom trabalho no visual do filme – além de uma câmera lenta bem utilizada, várias sequências são esteticamente muito bonitas. Some-se a isso uma reconstituição de época bem cuidada e temos um filme onde o visual chama a atenção.
Mas, por outro lado, o roteiro é muito fraco. Não só toda a trama é previsível, como todos os personagens são unidimensionais – isso porque não estou falando do maniqueísmo onde os maus são muito maus e os bons são perfeitos.
Pior que o elenco é bom. Acho uma pena ver Sean Penn desperdiçado como um vilão esquecível (Mickey Cohen existiu de verdade, mas os fatos aqui são ficção); enquanto parece que Emma Stone só aparece pra mostrar uma menina bonitinha. Ryan Gosling é badalado atualmente, mas não consigo entender por que, ele fica o filme inteiro com a mesma cara de paisagem que faz em todos os seus filmes (Gosling me parece uma versão masculina da Kirsten Stewart, um rostinho bonito que não consegue fazer uma expressão). Ainda no elenco, Josh Brolin, Nick Nolte, Giovanni Ribisi, Robert Patrick, Anthony Mackie e Michael Peña – todos mal aproveitados.
Por fim, o nome nacional mais uma vez enfraquece a ideia do filme. “Esquadrão de Gângsteres” é porque eles agem paralelamente à lei. “Caça aos Gângsteres” não chega a ser errado, mas passa uma ideia diferente da original.
Enfim, plasticamente, Caça Aos Gângsteres é bonito. Mas trata-se de um filme vazio. É preferível rever Os Intocáveis.