Crítica – Oldboy
Parece que este ano teremos a refilmagem do Oldboy coreano, dirigida por Spike Lee. Tenho dois pés atrás com esta refilmagem – primeiro por não achar necessária uma refilmagem; depois por achar que o estilo de Spike Lee não tem nada a ver com o filme. Bem, independente do filme novo, é hora de rever o original.
Oh Dae-su é sequestrado e preso por 15 anos, sem que lhe seja dada justificativa alguma sobre o ato. Depois da libertação, Dae-su agora quer vingança, e para isso precisa descobrir quem o prendeu e o por que.
Na minha humilde opinião, Oldboy é o melhor filme de vingança da história do cinema. Sou fã dos dois Kill Bill, mas reconheço que a vingança de Oldboy é muito mais elaborada, e MUITO mais cruel.
Baseado no mangá japonês de mesmo nome escrita por Nobuaki Minegishi e Garon Tsuchiya, Oldboy foi o primeiro filme de Chan-wook Park a entrar em circuito aqui no Brasil – hoje seu nome é conhecido entre cinéfilos.
Além da boa história e do bom roteiro, Oldboy tem uma parte visual forte e muito bem construída. Temos várias imagens com muita violência gráfica e alguma escatologia, e pelo menos um plano-sequência genial, onde Dae-su, armado apenas com um martelo, briga com uns vinte inimigos em um corredor.
Oldboy é o segundo filme da “trilogia da vingança”, do diretor Chan-wook Park. Mas os outros dois são bem mais fracos – Mr. Vingança, de 2002, é meio tosco; Lady Vingança, de 2005, parece uma cópia barata de Kill Bill. Os dois filmes até são legais, mas Oldboy é infinitamente melhor.
Como é um filme sul-coreano, admito que não conhecia ninguém no elenco. Os atores seguem o estilo oriental de interpretação, algo mais intenso, mais exagerado do que estamos acostumados no cinema ocidental. Min-sik Choi, o protagonista, está impressionante, vai do zero a 100 por hora em segundos.
Oldboy é de 2003, mas só foi lançado aqui no Brasil em 2005 – e esteve presente em várias listas de melhores daquele ano. E, revisto hoje em 2013, continua um filme excelente.