Crítica – RIPD – Agentes do Além
Um policial recém falecido é recrutado para trabalhar no Departamento Descanse em Paz, uma espécie de agência que trabalha às escondidas na Terra, caçando mortos que se recusam a seguir seus destinos e continuam vagando pela Terra.
RIPD – Agentes do Além tem um problema básico: parece uma versão de MIB, mas com fantasmas no lugar dos alienígenas. Aliás parece uma mistura de MIB com Caça-Fantasmas. Mas… Quem me conhece sabe que não tenho nada contra a reciclagem de ideias, desde o resultado final fique bom. E isso acontece aqui: se RIPD não tem muita originalidade, isso é compensado pelo fato de ser um filme muito divertido.
Adaptado dos quadrinhos homônimos escritos por Peter M. Lenkov, RIPD – Agentes do Além é uma eficiente mistura de ação, comédia e ficção científica – um bom filme pipoca, uma montanha russa divertida e absurda. O diretor é Robert Schwentke, o mesmo de Red – Aposentados e Perigosos – coincidência ou não, outra adaptação de quadrinhos.
O elenco é um dos pontos fortes de RIPD – Agentes do Além. Jeff Bridges parece estar se divertindo muito como um velho xerife do velho oeste; já Ryan Reynolds interpreta o mesmo Ryan Reynolds de sempre. Kevin Bacon está bem como o vilão; Mary Louise Parker e Stephanie Szostak também estão bem como as principais personagens femininas. E James Hong (Blade Runner) e Marisa Miller têm papeis menores mas que geram boas piadas.
Os efeitos especiais são irregulares. Se por um lado temos algumas cenas fantásticas, como um efeito bullet time estendido quando o protagonista morre (não é spoiler, é logo no início do filme); por outro lado alguns dos mortos são tão malfeitos que parecem saídos de um filme trash!
A sessão para a imprensa foi em 3D. Algumas cenas usam bem o efeito, mas não acho algo essencial.
Enfim, boa diversão. Apesar de requentada.