Top 10: Melhores Filmes de 2013

Top 10 – Melhores Filmes de 2013

Fim do ano, hora de escolher os melhores filmes que rolaram aqui no heuvi! Vamos direto ao assunto?

10- O Homem de Aço
Produção de Christopher Nolan, direção de Zack Snyder, o Superman finalmente teve um filme do nível do clássico de 1978.
http://heuvi.com.br/genero/acao/o-homem-de-aco/

9- Universidade Monstros
Prequell do genial Monstros S.A.. Sulley e Mike Wazowski nos tempos da faculdade!
http://heuvi.com.br/genero/animacao-2/universidade-monstros/

8- Mama
Um curta de 3 minutos chamou a atenção de Hollywood, que resolveu transformá-lo num dos melhores filmes de terror do ano.
http://heuvi.com.br/genero/terror/mama/

7- A Invocação do Mal
Terror à moda antiga dirigido por James Wan, o mesmo de Jogos MortaisSobrenatural.
http://heuvi.com.br/genero/terror/a-invocacao-do-mal/

6- O Hobbit 2 – A Desolação de Smaug
Peter Jackson mais uma vez mostra maestria em fantasias épicas. Pena que o filme é longo demais, senão teria posição melhor.
http://heuvi.com.br/atrizes/evangeline-lilly/o-hobbit-2-a-desolacao-de-smaug/

5- Jogos Vorazes 2 – Em Chamas
O primeiro Jogos Vorazes já foi bom, este segundo é melhor ainda, tecnicamente mais bem feito e com a trama mais bem desenvolvida.
http://heuvi.com.br/genero/acao/jogos-vorazes-em-chamas/

4- Além da Escuridão – Star Trek
Os trekers xiitas não concordam comigo, mas IMHO, JJ Abrams melhorou – e muito – a franquia Star Trek. Benedict Cumberbatch faz um ótimo vilão.
http://heuvi.com.br/genero/ficcao-cientifica-2/alem-da-escuridao-star-trek/

3- The World’s End – Herois de Ressaca
Agradável surpresa, comédia inglesa misturada com ficção científica, que fecha a trilogia começada por Todo Mundo Quase MortoChumbo Grosso.
http://heuvi.com.br/genero/comedia/the-worlds-end/

2- Gravidade
Planos-sequência alucinantes flutuando em órbita da Terra, numa história curta e tensa. A gravidade zero nunca foi tão bem filmada.
http://heuvi.com.br/genero/ficcao-cientifica-2/gravidade/

1- Django Livre
O último Tarantino é de 2012, mas foi lançado este ano aqui. Diálogos perfeitos e um elenco afiadíssimo no melhor filme do ano!
http://heuvi.com.br/atores/samuel-l-jackson/django-livre/

Feliz 2014 pra todos!

Temporada de Caça

Crítica – Temporada de Caça

John Travolta e Robert De Niro juntos? Boa, vamos ver qualé.

Um americano, veterano da Guerra da Bósnia, que decide morar em uma cabana isolada na floresta para esquecer os traumas dos anos de combate, recebe a visita de um militar sérvio que procura um acerto de contas.

Às vezes a gente cai em erros básicos, né? Vi os dois atores no elenco, mas esqueci de checar quem era o diretor. Só depois que notei meu erro: Temporada de Caça (Killing Season, no original) foi dirigido por Mark Steven Johnson, o mesmo de Demolidor e Motoqueiro Fantasma.

Temporada de Caça não é tão ruim quanto os outros dois, mas está bem longe de ser um bom filme. O filme não tem ritmo, a trama é previsível, os personagens são mal construídos e o final é horroroso.

Ah, tem os atores, quase esqueci. Se Temporada de Caça tem alguma coisa que presta são os dois protagonistas. Nenhum dos dois está mal, mas como seus personagens são inconsistentes demais, não adianta ter bons atores.

Resumindo: desnecessário.

Top 10 – Melhores Dragões do Cinema

Top 10 – Melhores Dragões do Cinema

Uma das melhores coisas do segundo Hobbit é Smaug, um dragão absurdamente muito bem feito. Aí me lembrei que até hoje ainda não tinha feito um Top 10 de melhores dragões…

Boa parte da lista é de desenhos animados. Fazer o que se são vários desenhos com dragões legais? E olha que deixei o Shrek de fora da lista!

Sem mais delongas, vamos à lista!

p.s.: O Top 10 é de dragões no cinema, mas a imagem principal é da TV. Todos reconheceram de onde? 😉

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10- SaphiraEragon (2006)
O protagonista tem um dragão fêmea de escamas azuis, a Saphira. Mas o filme não é lá grandes coisas. A voz é da Rachel Weisz.

9- O Dragão e O Feiticeiro (1981)
Produção da Disney, talvez seja o melhor dragão da era pré-cgi. Só não tem uma posição melhor aqui porque o filme tem cara de sessão da tarde.

8- FalcorA História Sem Fim (1984)
Falcor tem cara de cachorro bobão, e voa mesmo sem ter asas. Mas o que seria de A História Sem Fim sem ele?

7- Rabo-Córneo HúngaroHarry Potter e o Cálice de Fogo (2005)
O Rabo-Córneo Húngaro é um bom dragão, mas aparece pouco. Se fosse mais relevante para a saga Harry Potter, podia ter uma posição melhor.

6- Reino de Fogo (2002)
Filme maomeno e pouco conhecido, apesar de ter Mathew McConaughey, Christian Bale e Gerard Butler no elenco. O dragão é um dos maiores da história do cinema.

5- BanguelaComo Treinar seu Dragão (2010)
São várias as espécies de dragões que assolam a aldeia do jovem Soluço. Banguela é um raro “Fúria da Noite”. Raro e simpático…

4- MushuMulan (1998)
Sim, é um dragão pequeno e que não voa. Mas é engraçado, simpático, e ainda tem a voz do Eddie Murphy.

3- DracoCoração de Dragão (1996)
Hoje pode não parecer, mas na época do lançamento, Draco usava efeitos especias top de linha. A voz era de Sean Connery, e foram usadas fotos suas para a cara do dragão.

2- MalévolaA Bela Adormecida (1959)
Sim, é desenho de princesa. Mas no fim, a bruxa se transforma em um dos dragões mais assustadores da história do cinema.

1- Smaug – O Hobbit – A Desolação de Smaug (2013)
Taí o Smaug. Grande, inteligente, arrogante, e ainda voa e solta fogo. E além disso tudo, uma perfeição em cgi.

Esqueceram de Mim

Crítica – Esqueceram de Mim

Vamos de filme natalino?

Um garoto de 8 anos de idade é acidentalmente esquecido em casa quando a família vai viajar para Paris para passar o natal. Sozinho em casa, ele precisa se defender contra ladrões atrapalhados.

Grande clássico do “cinema família” dos anos 90, Esqueceram de Mim (Home Alone, no original) é um daqueles filmes que TODO MUNDO viu. Os mais velhos viram no cinema; os mais novos, em alguma reprise televisiva.

O que falar sobre um filme que todo mundo viu? Bem, podemos dizer que Esqueceram de Mim continua divertido até hoje, 23 anos depois do lançamento (o filme é de 1990). O humor pastelão da parte final mostra um raro equilíbrio e consegue ser muito engraçado sem cair na baixaria nem na escatologia nenhuma vez.

Quando se fala em Esqueceram de Mim, todos lembram logo de Macauley Culkin. Mas alguns nomes por trás das câmeras devem ser citados. O roteiro era de John Hughes, o diretor de Curtindo a Vida AdoidadoClube dos Cinco, um dos nomes mais importantes do cinema infanto-juvenil dos anos 80. A direção estava nas mãos de Chris Columbus, que na época era mais famoso por ser o roteirista de Gremlins, GooniesO Enigma da Pirâmide, mas hoje já tem uma carreira mais sólida como diretor (dirigiu, entre outros, os dois primeiros Harry PotterPercy Jackson e o Ladrão de Raios). A edição foi feita por Raja Gosnell, hoje mais conhecido por ter dirigido os dois filmes dos Smurfs (ele também dirigiu o terceiro Esqueceram de Mim). Por fim, a trilha sonora de John Williams chegou a ser indicada ao Oscar.

Sobre o elenco, o grande nome é mesmo Macauley Culkin. Então com 10 anos de idade, o moleque esbanja carisma e simpatia. Na época, Culkin virou uma grande estrela e protagonizou vários outros filmes, como Riquinho, Meu Primeiro Amor, Pagemaster e O Anjo Malvado. Pena que o ator não segurou a barra, e, de criança prodígio, virou um jovem problemático, se envolveu com drogas, ficou quase dez anos sem filmar e nunca mais teve sucesso na carreira. Além de Culkin, também destacam-se Joe Pesci e Daniel Stern como os vilões. John Candy pouco aparece, num papel pequeno.

Dois anos depois, Esqueceram de Mim teve uma continuação com o mesmo elenco e mesma equipe. Fizeram uma parte 3 em 97 e uma parte 4 em 2002, mas estes dois filmes não trazem ninguém do elenco original.

Enfim, boa opção de filme para ver com a família no natal!

Vertigem

Crítica – Vertigem

Cinco amigos vão escalar em uma montanha na Croácia. Mas nem tudo corre como previsto.

Filme francês, sem ninguém conhecido. Tem a maior cara de “filme pra ser lançado direto em dvd”. A chance de ser um filme fraco era grande, mas resolvi arriscar.

Vertigem (Vertige, no original; High Lane, em inglês) começa bem. Belas paisagens nas montanhas, e um clima tenso muito bem construído enquanto o grupo passa por problemas ligados à trilha. O diretor Abel Ferry consegue alguns planos e ângulos muito bons na primeira metade do filme.

Mas Vertigem tem um problema básico: a primeira metade é muito melhor que a segunda. Na minha humilde opinião, a trama deveria ter focado nos problemas da escalada, porque a segunda metade resolve introduzir um novo elemento, e o filme perde muito a partir daí.

Tem outro problema, desta vez um problema comum a filmes do estilo: precisamos de uma grande dose da tal da suspensão de descrença. Tem muita coisa forçada, como personagem sobrevivendo depois de cair em armadilha cheia de pontas de lança, ou um cabo de aço sendo cortado por uma faquinha. E, na boa, quando a ponte caiu, o mosquetão ia ficar preso na ponta do cabo de aço, né? A sequência da ponte é muito boa, mas fica difícil levar a sério vários cabos se soltando ao mesmo tempo.

O filme é bem violento, mas confesso que heu esperava mais gore – se a gente comparar com alguns filmes franceses recentes, como Martyrs, A l’Interieur e Haute Tension, Vertigem não mostra nada demais.

Enfim, nota 8 pela primeira metade, mas nota 1 pela segunda. É, não deu pra passar…

Rio Sex Comedy

Crítica – Rio Sex Comedy

Um filme feito no Rio com a Irène Jacob, a Charlotte Rampling e o Bill Pullman no elenco? Vamos ver qualé.

O filme mostra algumas histórias independentes sobre estrangeiros no Rio de Janeiro: o novo embaixador dos EUA foge para uma favela; uma conceituada cirurgiã plástica resolve convencer os pacientes a não fazerem cirurgias; um casal de cineastas franceses está fazendo um documentário sobre a desigualdade social relativa às empregadas domésticas; e um americano que trabalha com turismo quer casar com uma índia.

Lembro da época que Rio Sex Comedy passou no Festival do Rio, uns anos atrás. Achei a ideia curiosa, mas dei preferência a outros filmes. Aí agora apareceu outra oportunidade e aproveitei. Mas talvez fosse melhor nem ter visto…

Rio Sex Comedy tem dois problemas básicos. O primeiro é a longa duração e a insistência em desenvolver histórias desinteressantes. Mais de duas horas para acompanhar tramas bestas? Por exemplo, tire a parte dos índios que o filme não perde nada. E o final da trama do embaixador é completamente sem sentido. Ah, e precisamos lembrar que um filme que tem “comedy” no título deveria ser engraçado, o que não acontece aqui.

Mas o pior é ver o que os gringos pensam sobre o Rio e sobre o povo carioca. Parece que aqui no Rio todos só pensam em sexo o tempo todo, e a única outra opção de assunto é a busca do corpo perfeito através de cirurgias plásticas. Sim, Rio Sex Comedy mostra que, lá fora, a única coisa que existe na imagem do Rio é o turismo sexual.

O pior é que parece que o diretor e roteirista Jonathan Nossiter morava no Rio na época do filme. Ou seja, o cara deveria ter legitimidade pra falar da cidade. Só não sei que Rio é esse. Porque o Rio onde heu nasci e moro até hoje não é assim.

Salvam-se a atuação das duas francesas. E vale notar: Irène Jacob está linda e bem à vontade nas cenas de nudez, apesar dos 44 anos.

Mas é pouco, muito pouco. Rio Sex Comedy é uma decepção.

Ender’s Game – O Jogo do Exterminador

Crítica – Ender’s Game – O Jogo do Exterminador

Uma das mais esperadas FC dos últimos tempos!

Em um futuro próximo, extra-terrestres hostis que parecem formigas gigantes atacaram a Terra, mas foram derrotados. Desde então, as forças militares terrestres treinam as crianças mais talentosas do planeta desde pequenas, no intuito de prepará-las para um próximo ataque. Ender Wiggin, um garoto tímido e brilhante, é selecionado para fazer parte da elite.

Trata- se da adaptação do livro de Orson Scott Card, escrito em 1985. Há tempos que os fãs do livro esperavam esta adaptação. Pena que o filme falhou. E feio.

O filme é bem feito, a produção é bem cuidada, bom elenco, bons efeitos especiais, mas… Ender’s Game – O Jogo do Exterminador tem um problema sério: a história não começa nunca! São quase duas horas de introduções e preparativos, e quando a ação realmente começa, passa rapidinho e o filme acaba.

Pra piorar, Ender’s Game parece um filme sem identidade. Parece uma mistura de Harry Potter com Tropas Estrelares, com uma pitada de Independence Day – logo no início vemos que a “grande manobra salvadora” é igualzinha à de ID4 (isso não é spoiler, é bem no começo do filme).

Ender’s Game foi escrito e dirigido pelo sul-africano Gavin Hood, que chamou a atenção com o bom drama Infância Roubada (Tsotsi), mas depois chamou atenção negativamente pela bomba X-Men Origens: Wolverine. Será que estamos diante de um “novo Shyamalan”?

Até nos efeitos especiais Ender’s Game deu azar. Os efeitos de gravidade zero são legais, mas inferiores ao Gravidade, lançado alguns meses antes…

O elenco é bom, mas não consegue salvar o filme. Asa Butterfield (Hugo Cabret) mostra que pode ser uma estrela do primeiro time, se souber trabalhar a carreira. Harrison Ford interpreta o mesmo Han Solo de sempre; Ben Kingsley aparece menos, mas está um pouco melhor. Ainda no elenco, Hailee Steinfeld, Abigail Breslin e Viola Davis.

O fim tem um gancho, mas nada muito forte. Se não vier um segundo filme, podemos considerar a história fechada. E, sinceramente, espero que a continuação não venha.

Questão de Tempo

Crítica – Questão de Tempo

Sabe quando uma boa ideia é desperdiçada?

Ao completar 21 anos, Tim descobre que os homens de sua família são capazes de de viajar no tempo e mudar coisas do próprio passado. Ao descobrir o dom, o jovem tenta usá-lo para conquistar uma namorada.

Gosto de filmes com viagens no tempo. Gosto de me imaginar nas situações apresentadas. E a viagem no tempo aqui tinha uma proposta diferente e interessante: você só pode alterar a sua própria linha temporal. Ok, não podemos conhecer outras épocas, mas poderíamos apagar vários momentos constrangedores e decisões erradas. Legal, não?

O problema de Questão de Tempo (About Time, no original) é que aqui a viagem no tempo é algo secundário. O mais importante é o lado romântico e meloso – e chato… Não tenho nada contra filmes românticos. O problema é que a trama se arrasta – o roteirista (e diretor) Richard Curtis tinha muitas opções legais para explorar, mas sempre escolhe o lado “açucarado”. E o fato do filme ter mais de duas horas ainda piora a situação.

Alguém pode dizer “ah, mas você deveria esperar isso de um filme do Richard Curtis!”. Bem, ele foi o roteirista de Um Lugar Chamado Notting Hill e de O Diário de Bridget Jones. Mas… Dentre os poucos filmes que ele dirigiu (este é o seu terceiro), está Simplesmente Amor, que é um filme romântico que não tem nada de chato.

No elenco, uma coisa curiosa. É “um filme romântico de viagem no tempo estrelado pela Rachel McAdams” – mas não estamos falando de Te Amarei Para Sempre (The Time Traveler’s Wife)! Sei lá, sei que são histórias diferentes, mas achei estranho a mesma atriz em dois filmes com argumentos tão parecidos. É como se chamassem o Michael J. Fox pra outra trilogia de viagem no tempo…

Ainda sobre o elenco: muita gente vai ficar se perguntando “onde já vi esse cara ruivo?”. É Domhnall Gleeson, um dos irmãos Weasley de Harry Potter… Bill Nighy é o terceiro (e último) nome conhecido do elenco.

Enfim, Questão de Tempo vai agradar os românticos. Mas vai decepcionar aqueles que curtem viagens no tempo. Pode levar a namorada ao cinema, mas vá com expectativa baixa.

Os Garotos Perdidos

Crítica – Os Garotos Perdidos

Hora de rever mais um clássico oitentista!

Uma mãe recém separada se muda com seus filhos para Santa Clara, uma cidade que tem muitos jovens desaparecidos. Logo os irmãos descobrem que uma gangue de vampiros age na cidade, e Michael, o irmão mais velho, gradualmente começa a se tornar um deles.

É estranho rever Os Garotos Perdidos (Lost Boys, no original) hoje em dia. Por um lado, mesmo tendo momentos e personagens caricatos, é um filme que leva a sério o mito dos vampiros e não inventa modas – diferente de boa parte dos filmes atuais. Mas, por outro lado, o visual é tão datado que às vezes fica difícil de acompanhar sem rir do visual.

Os Garotos Perdidos é muito datado. Figurinos, cabelos, trilha sonora, tudo tem muita cara de anos 80. Mas, se a gente conseguir “comprar” a ideia, o filme é bem legal, e consegue um bom equilíbrio entre os momentos assustadores e os momentos bem humorados. Como se fazia muito naquela década, o filme é repleto de frases de efeito, e consegue ter trechos engraçados sem virar uma comédia.

A direção é de Joel Schumacher, num tempo em que ele ainda acertava. Preciso admitir que já fui fui fã do cara, por filmes como O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas (1985), Linha Mortal (90) e Um Dia de Fúria (93) – mas hoje é impossível a gente não lembrar de seus dois filmes com o “Batman carnavalesco” (95 e 97). Enfim, apesar dos Batman, Schumacher tem talento (ou pelo menos tinha), e mostra isso aqui.

Ainda precisamos citar a fotografia, muito bem trabalhada, apesar de parecer oitentista demais. A trilha sonora também é muito boa. E os efeitos especiais são simples e eficientes.

O elenco é muito bom. Jason Patric, projeto de galã que nunca decolou alto, faz um dos irmãos; o outro, Corey Haim, também nunca foi um grande nome, apesar de alguns filmes legais no currículo. Kiefer Sutherland, o Jack Bauer em pessoa, faz o líder dos vampiros; Corey Feldman anda sumido, mas esteve em vários filmes importantes da época (Os Goonies, Gremlins, Conta Comigo). Jami Gertz parecia que ia virar uma estrela – ela também estava em Abaixo de Zero, A Encruzilhada e A Primeira Transa de Jonathan – mas sua carreira nunca vingou; Jamison Newlander tem uma carreira curiosa: só fez cinco filmes, sendo que três são da franquia Garotos Perdidos. Ainda no elenco, Dianne Wiest, Edward Herrman e Barnard Hughes.

Os Garotos Perdidos teve duas continuações, mas que curiosamente, só vieram mais de vinte anos depois do primeiro filme: Lost Boys 2 – The Tribe, de 2008, e Lost Boys 3 – The Thirst, de 2010. Existia um gancho para um quarto filme, mas até agora, nada.

Ao lado de A Hora do EspantoOs Garotos Perdidos continua sendo um dos meus filmes favoritos de vampiros dos anos 80!

O Hobbit 2: A Desolação de Smaug

Crítica – O Hobbit 2: A Desolação de Smaug

Dezembro de 2013, hora de ver a segunda parte da “trilogia de um livro só”!

Bilbo Bolseiro continua sua jornada ao lado de Gandalf e dos doze anões, que querem reconquistar Erebor, sua terra, hoje tomada pelo dragão Smaug.

Existe um problema previsível aqui – O Hobbit 2: A Desolação de Smaug é um filme lento. Anos atrás, Peter Jackson pegou três livros e fez a excelente trilogia O Senhor dos Anéis. Agora, pegou apenas um livro, mas resolveu esticar a história para fazer outra trilogia. E o pior é que são filmes longos, este segundo tem duas horas e quarenta e um minutos. Ou seja: é inevitável que o filme fique cansativo. Se fosse um filme de uma hora e quarenta, acho que tudo fluiria melhor.

O Hobbit 2: A Desolação de Smaug tem outro problema, mas a culpa não é do filme, e sim do livro. Na outra trilogia tínhamos nove personagens (quatro hobbits, dois homens, um elfo, um anão e um mago), e já era difícil acompanhar todos – quem nunca confundiu Merry e Pippin, mesmo sabendo que um fica em Gondor enquanto o outro acompanha os Cavaleiros de Rohan? Aqui fica impossível acompanhar cada personagem em uma troupe de quatorze, onde doze são anões. A gente reconhece Thorin, Balin… Kili tem uma trama paralela, e… o resto poderia ser condensado em uns dois ou três personagens. A trama ia ser mais fácil de acompanhar com cinco anões em vez de doze.

(Outro problema menor, mas precisa ser citado: parece que o centro de treinamento dos orcs é junto com o dos stormtroopers. Os orcs erram TUDO!)

Pelo menos Jackson tem talento naquilo que se propõe a fazer. O Hobbit 2: A Desolação de Smaug tem seus momentos sonolentos, mas por outro lado, são várias as sequências eletrizantes ao longo do filme. Jackson consegue tomadas excelentes, com a câmera em movimento, no meio de batalhas épicas.

Aliás, os efeitos especiais, como era de esperar, são excelentes. A sequência dos anões nos barris impressiona pela nitidez que acompanhamos cada gesto e cada golpe, enquanto elfos, anões e orcs brigam entre si. E o dragão é um assombro de tão bem feito. Fico me imaginando o quanto do filme foi realmente filmado e o quanto é cgi.

O elenco repete todos que estavam no primeiro filme, e ainda traz algumas novidades, como Stephen Fry, Luke Evans e Evangeline Lilly, que faz Tauriel, uma elfa que não estava no livro, uma espécie de Arwen mais ativa. Martin Freeman mais uma vez está muito bem no papel título; Ian McKellen repete a competência de sempre no quinto filme como Gandalf. Cate Blanchet pouco aparece com sua Galadriel; Orlando Bloom volta com seu Legolas, aqui num papel menor. Benedict Cumberbatch não aparece, mas sua voz está bem presente – o cara empresta a voz para dois vilões: tanto o Necromante, quanto o dragão Smaug. Aliás, fico me questionando como deve ter sido a gravação de uma cena onde os atores já trabalharam juntos como Sherlock Holmes e Watson…

(O Gollum de Andy Serkis não aparece aqui. Mas Serkis estava por perto, ele foi o diretor de segunda unidade…)

A sessão pra imprensa (que quase não aconteceu por problemas técnicos) foi no tradicional 24 quadros por segundo. Mas parece que algumas salas têm exibições em 48 qps. Pretendo rever no outro formato para comparar. Ah, claro, tem o 3D. Muito bem feito, mas, sei lá, cansei. E achei algumas cenas escuras, não sei se foi por causa dos óculos. E os óculos começam a incomodar depois de mais de duas horas.

O Hobbit 2: A Desolação de Smaug, como era de se esperar, não tem fim. Agora temos que esperar dezembro de 2014 pra ver a conclusão…