Crítica – Sunshine – Alerta Solar
Continuemos com ficção científica. Vamos de Danny Boyle?
No ano 2057, o sol está morrendo. A nave Icarus II leva uma missão com oito astronautas e uma bomba nuclear com a mesma massa da ilha de Manhattan para tentar “reiniciar” o sol.
Danny Boyle já tinha uma carreira sólida na época de Sunshine – Alerta Solar, com alguns bons filmes no currículo, como Cova Rosa, Trainspotting e Extermínio. Boyle tem um estilo característico, muitas cores, muitos cortes rápidos – seus filmes têm muito de linguagem publicitária. E ele conseguiu encaixar seu estilo numa ficção científica fora do eixo aventura-fantasia, como a maioria das fcs que chegam às telas.
Nesta terceira parceria com o roteirista Alex Garland (Extermínio, A Praia), Boyle conseguiu criar um ótimo clima tenso e claustrofóbico. Sunshine tem muito de 2001 (como um computador falante) e de Alien, o Oitavo Passageiro (como poucos passageiros em uma grande nave com algo misterioso escondido). Os efeitos especiais funcionam perfeitamente, e a trilha sonora também é muito boa.
No elenco, é curioso notar um coadjuvante que tem hoje muito mais star power do que na época do lançamento: Chris Evans, o Capitão América (e ex-Tocha Humana). Cillian Murphy está bem como o protagonista (repetindo a parceria com Boyle, que lhe deu sua primeira grande oportunidade na carreira com Extermínio). Ainda no elenco, Rose Byrne (Sobrenatural 1 e 2), Michelle Yeoh (O Tigre e o Dragão), Hiroyuki Sanada (Wolverine Imortal), Mark Strong (Sherlock Holmes), Troy Garity, Benedict Wong e Cliff Curtis.
Não gostei muito do fim, acho que o elemento sobrenatural enfraquece a trama original. Felizmente, não chegou a “estragar” o filme. Sunshine ainda é uma boa ficção científica “séria”.
p.s.: O desenho do capacete dourado, que eles usam para sair da Icarus, foi inspirado no capuz do Kenny, de South Park…