Crítica – V/H/S 2
O primeiro V/H/S já não foi grandes coisas. Mas, ok, vamos ver qualé a do segundo, uma nova coleção de filminhos de terror de câmera encontrada, independentes entre si.
V/H/S 2 repete um dos erros do primeiro filme: a história que liga os episódios é fraca, sem sentido e desnecessária. Pelo menos tem uma vantagem sobre o outro, são só quatro histórias – o anterior tem cinco, e mais de duas horas de duração.
Filme em episódios é sempre irregular. Então analisemos os episódios separadamente.
– “Clinical Trials” – Um cara coloca um olho robô, que filma tudo, inclusive fantasmas invisíveis a olho nu. Historinha curta de fantasmas, meio bobinha, nada demais.
– “A Ride in the Park” – Um ciclista com uma GoPro no capacete é atacado por zumbis. Ok, é interessante ver o ponto de vista de um zumbi. Mas… 1- Filmes feitos com a estética da câmera encontrada não podem ter edição, se não perdem a razão de ser “câmera encontrada”. Vemos o ciclista pedalando por mais de um ângulo, e ainda tem uma trilha sonora rolando ao fundo; 2- Vem cá, aconteceu o apocalipse zumbi, mas foi só num parque? Não tem sentido alguém ver uma gravação de um “apocalipse” se o mundo continua igual depois, né?
– “Safe Heaven” – Um grupo de documentaristas vai entrevistar o líder de um polêmico culto. A história começa muito bem, bom clima, bom ritmo. Mas o final é tão ridículo que chega a dar raiva. Aparece uma criatura tão tosca que parece que foi tirada dos estúdios da Troma, e que quase estraga o bom filminho.
– “Slumber Party Alien Abduction” – O título diz tudo: “Abdução alienígena na festa do pijama”. Um grupo de adolescentes, mais a irmã de um deles e o namorado, enfrentam aliens. De positivo, inventaram de prender a câmera num cachorro, então existe uma desculpa pra continuarem filmando o tempo todo. De negativo, os aliens são tão toscos quanto a criatura do filme anterior. Em vez de medo, causa risos.
– Tape 49 – Um casal de detetives particulares é chamado para um caso e encontram uma pilha de fitas de vhs. Historinha dispensável, como foi no primeiro filme.
Ninguém conhecido no elenco, claro. Um dos diretores é Eduardo Sánchez, que fez “um tal de Bruxa de Blair“. O que achei curioso foi o nome Gareth Evans como um dos diretores de Safe Heaven. Sim, o mesmo de Operação Invasão / The Raid Redemption. Sr. Evans, volte para os filmes de ação, lá você faz diferença!
Enfim, nada essencial, mas pode até divertir quem estiver no clima certo.