Crítica – Walt nos Bastidores de Mary Poppins
A escritora P.L. Travers reflete sobre sua infância, enquanto negocia com Walt Disney os direitos para adaptar seu livro Mary Poppins para o cinema.
O título nacional “Walt nos Bastidores de Mary Poppins” é ruim. Não só é grande demais, como é um título mentiroso. Em primeiro lugar, Walt Disney é um personagem secundário, o filme é focado na escritora P.L. Travers, personagem de Emma Thompson. E em segundo lugar, não vemos exatamente os bastidores do filme. Tudo se passa na concepção do roteiro e das músicas, bem antes das filmagens.
Dito isso, Walt nos Bastidores de Mary Poppins (Saving Mr. Banks, no original) é bem interessante. Já faz anos desde a última vez que vi Mary Poppins, e mesmo assim me lembrei de várias músicas. É legal ver como surgiram algumas dessas músicas.
Emma Thompson está ótima como a escritora P. L. Travers. Não sei o quanto Travers era rabugenta na vida real, mas aqui ela virou um personagem que é um prato cheio para uma grande atriz como Thompson. Tom Hanks, como era esperado, também está bem como Walt Disney, mas é Emma Thompson quem rouba a cena. Ainda no elenco, Colin Farrell, Jason Schwartzman, Paul Giamatti, Ruth Wilson e Rachel Griffiths.
O ponto fraco do filme dirigido pelo pouco conhecido John Lee Hancock (diretor de Um Sonho Possível e roteirista de Branca de Neve e o Caçador) são os longos flashbacks mostrando a infância de Travers. Sim, os flashbacks são essenciais para a história. Mas podiam ser beeem mais curtos.
Walt nos Bastidores de Mary Poppins não é um filme essencial. Mas é divertido, principalmente para os fãs de Mary Poppins.