Crítica – Caçadores de Obras Primas
Filme novo escrito, dirigido e estrelado por George Clooney!
Durante a Segunda Guerra Mundial, um pelotão formado por conhecedores de arte é formado para tentar recuperar e proteger obras de arte cobiçadas pelos nazistas. Baseado numa história real.
O melhor de Caçadores de Obras Primas (The Monuments Men, no original) é o elenco. Arrisco a dizer que o mesmo filme com atores desconhecidos ia passar desapercebido.
O elenco vale o ingresso. Não é sempre que temos George Clooney, Matt Damon, John Goodman, Bill Murray, Cate Blanchett, Jean Dujardin, Hugh Bonneville e Bob Balaban. E, felizmente, todos estão inspirados.
O ponto fraco é o roteiro, escrito por Clooney e seu parceiro Grant Heslov (este é o terceiro filme que escrevem juntos), livremente baseado no livro de Robert M. Edsel e Bret Witter (os personagens não estão no livro), que não se decide entre o drama e uma comédia no estilo de 11 Homens e um Segredo (que também tinha um elenco excelente, mas tinha um roteiro melhor). O filme se arrasta entre os vários núcleos de personagens, e só se sustenta pelo carisma dos atores.
A produção é bem cuidada, filme de época, segunda guerra mundial, etc. Caçadores de Obras Primas é um filme tecnicamente “correto”, Clooney tem prestígio perante os estúdios. Pena que isso não é o suficiente para se fazer um filme “bom”.
Por fim, o título nacional. Não é um título ruim. Mas meu amigo Oswaldo Lopes Jr., crítico da finada revista Cinemin, fez um ótimo comentário: “perderam a chance de chamar o filme de ‘Os Caçadores da Arte Perdida’…” Realmente, ia ser uma boa piada interna…