Crítica – American Mary
Vamos de filme de terror obscuro?
Mary Mason, estudante de medicina com problemas financeiros, se envolve com o submundo das cirurgias clandestinas. Depois de um problema com um professor, larga a faculdade e procura vingança.
American Mary é um filme estranho, tanto o filme em si quanto o tema tratado: body modification – segundo a wikipedia, “é a alteração deliberada e permanente do corpo humano por razões não médicas. Consiste em qualquer alteração realizada em qualquer parte do corpo, com o intuito de diferenciar o indivíduo de outros. Pode se utilizar de várias técnicas como tatuagem, inclusão de corpos estranhos (metal, madeira, silicone, piercings etc.) e até mesmo criação de cicatrizes através de cortes (escarificação) ou queimaduras.” Me lembrei de Mórbido Silêncio, aquele filme escrito pelo Dee Snyder…
A jornada da protagonista Mary é bem construída – como ela entra e acaba se tornando uma pessoa importante no submundo do body modification. Mas o roteiro, escrito pelas diretoras Jen e Sylvia Soska, falha mais do que acerta, principalmente na segunda metade do filme. Por exemplo, pra que focar no relacionamento entre Mary e o dono do clube, enquanto a trama principal de vingança era mais interessante?
American Mary tem outro problema, que nem sei se é exatamente um problema. A temática permite muito gore – cirurgias e body modification – rola até uma homenagem ao Eli Roth (O Albergue) no fim dos créditos. Mesmo assim o filme mostra pouco gore. Mas, como falei, não sei se isso é ruim.
No elenco, o único nome conhecido é Katharine Isabelle, uma “scream queen” contemporânea – ela protagonizou a trilogia de lobisomens Possuída e estava em Freddy vs Jason e Carrie A Estranha de 2002, além de participações na série Supernatural. Ah, as gêmeas alemãs são as roteiristas e diretoras Jen e Sylvia Soska.
Por fim, me questiono sobre o nome. Por que “American Mary”? O filme é canadense!