Oldboy – Dias de Vingança (2013)

0-OldBoy-Dias-de-VingançaCrítica – Oldboy – Dias de Vingança (2013)

Ninguém pediu, mas olha lá… Refilmagem do filme coreano, obra prima dirigida por Chan-wook Park…

Obcecado por vingança, um homem tenta descobrir por que ele foi sequestrado e mantido preso em uma solitária por vinte anos sem nenhuma aparente razão.

O novo Oldboy tem virtudes. Mas sofre de um problema parecido com o novo O Vingador do Futuro: é um bom filme, mas perde na comparação com o original. Não só o Oldboy coreano é um filme muito acima da média, como tem um final devastador. A refilmagem só funcionaria se tivesse outro nome e, principalmente, outro fim.

Sem spoilers aqui – se você não viu o primeiro filme, faça um favor a você mesmo e veja, e antes de ler sobre o fim em qualquer lugar por aí. O fato é que a trama traz um final impressionante, um dos finais mais surpreendentes da história do cinema. E ver a refilmagem perde metade da graça se você já sabe aquilo que vai acontecer no fim.

É uma pena, porque o filme dirigido pelo Spike Lee tem alguns ângulos de câmera bem legais (gostei da câmera presa nas costas do Josh Brolin quando ele está bêbado), e traz algumas excelentes coreografias de lutas.

Parágrafo à parte para falar da “cena do martelo”. Uma das cenas mais marcantes do filme original, claro que a refilmagem teria que ter uma cena-homenagem. Armado incialmente apenas com um martelo, o personagem de Brolin enfrenta uns vinte oponentes durante um plano-sequência que dura quase dois minutos e ocupa dois andares do prédio. Se a cena do martelo do filme original já era muito boa, esta arrisca ser ainda melhor.

Agora falemos do diretor. Spike Lee? Seriously? Gosto do cara desde que vi Faça a Coisa Certa no cinema, na época do lançamento, mas ele não tem nada a ver com o estilo! Bem, pelo menos posso dizer que ele me surpreendeu positivamente. As coreografias de luta estão muito bem filmadas.

O elenco foi bem escalado. Acompanho a carreira do Josh Brolin desde Os Goonies, não sabia que ele lutava tão bem! Sharlto Copley mostra mais uma vez seus dotes “camaleônicos” – é difícil de acreditar que é o mesmo ator de Distrito 9, Elysium e Esquadrão Classe A. Samuel L. Jackson faz o mesmo Samuca de sempre, e consegue um jeito de proferir o seu característico “motherf*ucker”. Ainda no elenco, Elizabeth Olsen e Michael Imperioli.

Pena, porque acredito que o filme não vai funcionar. Porque, se você não viu o filme original, prefira o coreano. E se você já viu, esta refilmagem não tem graça…

A Família

0-a famíliaCrítica – A Família

Pouca gente viu, mas, olha só, ano passado teve filme novo do Luc Besson!

A família Manzoni, uma notória família da máfia, é realocada para a Normandia, na França, depois de aderir ao programa de proteção à testemunha, onde tem problemas para se adaptar, porque não consegue se livrar dos antigos hábitos.

A Família (The Family, no original) é uma despretensiosa comédia de ação, com pitadas de humor negro. Se visto assim, é um fime divertido. Pena que o currículo do diretor faz a gente pensar mais alto.

Pra quem não sabe: Besson é um dos maiores nomes do cinema contemporâneo francês quando se fala em filmes pop. Já nos anos 80 e 90 ele se destacava por usar na França uma linguagem hollwoodiana em filmes de ação como Nikita, O Profissional e O Quinto Elemento. Nos anos 2000, ele dirigiu menos, mas produziu e escreveu roteiros pra um monte de filmes, quase todos de ação, como Carga Explosiva, B13, Busca Implacável e Dupla Implacável, enquanto variava o estilo nos poucos filmes que dirigia – o drama fantástico Angel-A, a aventura As Múmias do Faraó, o drama histórico Além da Liberdade e a trilogia infantil Arthur e os Minimoys.

Com um currículo desses, e com Robert de Niro e Michelle Pfeiffer no elenco, fica difícil não ter expectativa alta. E este é o problema aqui: A Família não é um filme ruim, mas também está longe de ser um filmaço.

Visto de maneira descompromissada, A Família é até divertido. As maneiras como a família Manzoni resolve os seus problemas geram momentos bem engraçados, como quando Maggie coloca fogo no mercado só porque falaram mal dos EUA, ou as estratégias de Warren para tomar conta da escola.

Sobre o elenco, parece que Robert de Niro assumiu que hoje ele é uma caricatura dele mesmo – em determinada cena, seu personagem assiste a Os Bons Companheiros, filme estrelado pelo próprio De Niro! Acho que nunca a metalinguagem foi tão explícita… Michelle Pfeiffer não é famosa por filmes de máfia, mas não podemos esquecer que ela estava em Scarface e De Caso Com a Máfia. Tommy Lee Jones faz o polcial do serviço de proteção à testemunha. Ainda no elenco, Dianna Agron e John D’Leo como os filhos.

Enfim, nada demais. Mas pelo menos dei algumas risadas.

Rio 2

0-Rio1Crítica – Rio 2

Não, não estou falando daquele condomínio entre a Barra e Jacarepaguá, e sim da continuação do desenho quase brasileiro Rio!

Blu e Jade vivem felizes no Rio de Janeiro, levando uma vida urbana ao lado de seus três filhotes. Mas ao descobrir que talvez não sejam os últimos da espécie, partem para a Amazônia para tentar encontrar outras araras azuis.

Admiro muito o diretor brasileiro Carlos Saldanha. Depois de conseguir reconhecimento internacional dirigindo os três primeiros A Era do Gelo, ele conseguiu fazer, através de um estúdio gringo, um longa de animação que se passa no Rio de Janeiro, repleto de personagens e paisagens cariocas.

Este segundo Rio é aquilo que a gente espera. Leve, divertido e com todos os clichês esperados – clichês bem utilizados, é bom dizer. Temos os problemas de adaptação, o conflito entre o heroi e o sogro, a rivalidade com o ex namorado… Mas o roteiro sabe aproveitar os elementos de modo que o filme fica leve e divertido.

Certas cenas parecem propagandas da Embratur – pelo filme, parece que no Rio só existe samba, e que o carnaval é uma unanimidade (conheço muitos cariocas que não dão bola pro carnaval…). Mesmo assim, prefiro ver o Brasil retratado por um brasileiro, pelo menos a geografia está correta. E o Rio só aparece no início do filme, depois os pássaros passam rapidamente por algumas cidades, para enfim chegarem ao cenário onde se passa quase todo o segundo filme: a floresta amazônica.

Rio 2 tem muitos números musicais, e, claro, uma partida estilizada de futebol. O filme é muito colorido e tem belas imagens – a qualidade técnica da animação é impressionante – mas, na minha humilde opinião, a parte “broadway” chega a cansar. A parte musical que funciona são as “audições”, responsáveis pelos momentos mais engraçados do filme – as tartarugas capoeiristas são sensacionais!

Nem tudo funcionou na versão dublada – Nigel cantando I Will Survive no original deve ser bem melhor. É, as dublagens brasileiras atingiram um nível excelente, mas não conseguem acertar sempre…

Achei curioso não ter o nome de nenhum ator nem nos créditos iniciais, nem nos finais. Pra descobrir o elenco tive que checar no imdb: Rodrigo Santoro, Anne Hathaway, Leslie Mann, Jesse Eisenberg, Jamie Foxx, John Leguizamo, Andy Garcia e Bruno Mars, entre outros.

Por fim, o 3D. Sim, tem 3D. Não, não precisava. 😉

Tudo Por Justiça

0-Tudo-Por-JustiçaCrítica – Tudo Por Justiça

Dá uma sacada no elenco desse filme: Christian Bale, Zoe Saldana, Forest Whitaker, Woody Harrelson, Willem Dafoe e Casey Affleck. Nada mal, hein?

Quando Rodney Baze misteriosamente desaparece e a lei se mostra incompetente, Russell, seu irmão mais velho, resolve procurar justiça com as próprias mãos.

Trata-se do segundo filme de Scott Cooper, que, quatro anos antes, com seu filme de estreia, Coração Louco, deu o Oscar a Jeff Bridges. Tudo Por Justiça (Out Of The Furnace, no original) tem um elenco excelente e inspirado, mas tem dois problemas básicos: previsibilidade e falta de ritmo.

Vamos ao que funciona: o elenco está quase todo muito bem. Disse quase todo, porque Zoe Saldana tem muito pouco tempo de tela, e o personagem de Forest Whitaker parece perdido – não me pareceu culpa do ator, e sim da (falta de) construção do personagem (tire Whitaker e coloque um extra qualquer, não muda nada na trama). Por outro lado Bale, Affleck, Dafoe e, principalmente, Harrelson, estão muito bem. O filme não fica cansativo, apesar de longo, por causa das inspiradas atuações.

A violência física também está muito bem retratada. Tudo Por Justiça é um filme muito violento, os golpes soam secos e parecem doer mais do que os socos estilizados que estamos acostumados a ver.

Mas… O roteiro é tão previsível… Só de ler a sinopse e ver 10 minutos de filme, a gente já adivinha todo o caminho até a cena final. E o ritmo lento e arrastado não ajuda.

Enfim, os fãs do Christian Bale vão curtir, mais uma vez ele mostra que é muito mais do que “o Batman”. Mas ele já fez coisa melhor.

Dead Sushi

dead-sushiCrítica – Dead Sushi

Outro dia ouvi falar de um filme novo de Noboru Iguchi, o diretor de Machine Girl. Opa! Bora ver qualé?

A filha de um sushi-man não se adapta ao estilo do pai de fazer sushi usando artes marciais e por isso foge de casa. Consegue emprego em um hotel, mas tem problemas com funcionários e clientes.

O estilo de humor insano presente em Machine Girl não é pra qualquer um, mas admito que gosto dessas maluquices – também neste estilo, já vi Toquio Gore Police e Vampire Girls Vs Frankenstein Girl, entre outros. Mas Dead Sushi decepciona neste aspecto. Não que não seja insano, mas é bem mais comportado que os outros citados.

A primeira meia hora de filme, por exemplo, fica naquela lenga lenga chata da menina-que-sabe-lutar-e-também-quer-fazer-sushi, com um humor meio Didi Mocó. Só uma cena se salva, a primeira aparição do tal sushi monstro, que faz uma cabeça voar longe e dar um dos beijos mais engraçados que já vi nas telas. Mas é pouco pra quase meio filme.

Quando aparecem os sushis “do mal” a coisa melhora, mas aí o filme já caiu no marasmo. O homem atum podia ser algo legal, mas ficou bobo. Se salvam as cenas insanas dos sushis voadores assassinos, algumas cenas são realmente engraçadas – se fosse um curta, seria um curta excelente.

Agora vou catar RoboGeisha, filme de Noboru Iguchi de 2009…

Toque de Mestre

0-toque de mestreCrítica – Toque de Mestre

Sabe aquele filme Por um Fio, onde o Colin Farrell está em uma cabine telefônica sob a mira de um sniper? Troque o ator pelo Elijah Wood e a cabine por um piano e voilá! Temos Toque de Mestre!

No dia da sua volta aos palcos depois de cinco anos sem tocar, Tom Selznick, um pianista que sofre de medo do palco, descobre que está sob a mira de um rifle, e que precisa tocar sem errar uma única nota se quiser salvar a própria vida.

Sim, além de Por um Fio, a trama também lembra Velocidade Máxima – uma pessoa precisa agir sob pressão senão uma tragédia pode acontecer. Velocidade Máxima tinha a Sandra Bulock e o Keanu Reeves, ator famoso por… Bill e Ted! E alguém se lembra do outro ator de Bill e Ted? (pule 5 parágrafos, se estiver curioso)

Parece um filme americano, mas Toque de Mestre (Grand Piano, no original) é na verdade uma produção espanhola, filmada em Barcelona e dirigida por Eugenio Mira (Agnosia), e com produção de Rodrigo Cortés (Enterrado Vivo).

Toque de Mestre não é um grande filme, nem pretende ser isso. E essa é a sua maior virtude: um filme curto (os créditos finais começam aos 78 minutos), sem muita enrolação, que apenas se propõe a ser um tenso passeio por uma orquestra, quase em tempo real. E o diretor Mira mostra segurança com a câmera, criando vários ângulos e movimentos de câmera fora do convencional.

Claro, precisamos de muita suspensão de descrença para conseguir comprar a ideia de um pianista tocando uma peça muito difícil sob aquelas condições. O cara consegue tocar rápido com a mão direita enquanto digita um sms com a esquerda!

Procurei no imdb informações sobre como foram filmadas as mãos de Elijah Wood no piano, mas não achei nada. As cenas são muito bem feitas, realmente parece que é Wood quem está tocando. Ou foi usado um dublê de mãos inserido por cgi, ou o sr. Frodo é um exímio pianista.

Aliás, o elenco está bem. Elijah Wood tem cara de assustado, combinou bem com o papel de pianista com medo de palco. John Cusack pouco aparece, mas ouvimos sua voz o tempo todo. Seu comparsa é vivido por Alex Winter – o amigo do Keanu Reeves nos dois Bill e Ted! Ainda no elenco, Kerry Bishé, Tamsin Egerton e Don McManus.

(Curiosidade: não é o primeiro filme espanhol de Elijah Wood, ele também estrelou The Oxford Murders, de Álex de la Iglesia, outro filme espanhol com cara de americano…)

Toque de Mestre tem um problema: a conclusão não é tão interessante quanto o desenvolvimento. Não vi um caminho melhor para fechar a trama. Mesmo assim, não estraga o caminho percorrido até lá.

O Grande Heroi

0-O-Grande-HeróiCrítica – O Grande Heroi

Há tempos não vejo uma propaganda pró militar dos EUA tão maniqueísta!

Afeganistão. Uma equipe de quatro soldados americanos se vê encurralada por soldados do Taliban. Baseado em fatos reais.

Vamulá. Não tenho nada contra os EUA, absolutamente nada contra a cultura norte-americana e o american way of life. Sou fã de fast food e do cinema feito em Hollywood, seria hipocrisia da minha parte falar mal dos EUA à toa. Mas, do jeito que as coisas são mostradas em O Grande Heroi, me senti mal.

Pegando um exemplo recente: em Capitão Philips, sabemos que os americanos são os mocinhos e que os piratas somalis são os vilões. E mesmo assim, vemos “o lado de lá”, os piratas têm uma motivação. Aqui não. Não interessa se os EUA invadiram o Afeganistão. Todo americano é santo e bonzinho, enquanto quase todos os afegãos são malvados e vão queimar no inferno.

Uma cena em particular me causou náuseas. Depois de matar vários afegãos, um soldado americano é atingido e capturado. Ele carregava um papel com opções de cores para a reforma da sua casa. E, enquanto ele morre, close cheio de estilo no papel amassado. “Coitadinho, olha como os inimigos malvados destruiram o sonho do heroi americano…”

Ah, tem outro problema: o nome original, “Lone Survivor” (“único sobrevivente”), é um grande spoiler, né? 😉

O diretor Peter Berg (Battleship) até mostra algum talento nas cenas de batalha – as cenas da galera rolando ribanceira abaixo são impressionantes. E o elenco é bom – Mark Wahlberg, Taylor Kitsch, Emile Hirsch, Ben Foster e Eric Bana – nenhum grande ator, mas todos funcionam dentro do esperado.

Mas, a não ser que você seja fã do “american way of war“, O Grande Heroi é intragável. E o fim, mostrando fotos dos “herois” reais, só piora tudo.

Blue Jasmine

BLUE-JASMINECrítica – Blue Jasmine

Um pouco atrasado, vi o novo Woody Allen.

Uma socialite de Nova York, falida, tem que se mudar para a casa da irmã de criação, que é pobre e mora em São Francisco.

Na crítica de Clube de Compras Dallas, falei que Matthew McConaughey fez um bom trabalho, mas nada excepcional. E citei este Blue Jasmine como um trabalho de ator que realmente se destaca. Cate Blanchett está excepcional aqui! Ela consegue construir um personagem difícil, a socialite decadente que a gente sente ao mesmo tempo pena e desprezo por ela.

Não só Cate, mas o elenco todo, de um modo geral, está bem nesta mistura de drama com comédia. O elenco conta com inspiradas atuações de Sally Hawkins, Alec Baldwin, Bobby Canavale, Louis C.K, Peter Sarsgaard e Michael Stuhlbarg.

O roteiro (também de Woody Allen) faz bom uso de flashbacks e valoriza os atores. Blue Jasmine é um filme “menor” na filmografia de Allen, não é tão bom quanto Meia Noite Em Paris, por exemplo. Mas “meio Woody Allen” ainda é melhor que muito cineasta “inteiro”…

(Li em algum lugar que a história é muito parecida com Um Bonde Chamado Desejo, mas como nunca vi a peça nem vi o filme, não posso palpitar aqui.)

Enfim, um filme leve, despretensioso e simpático. E essencial para os fãs de Cate Blanchett.

Europa Report / Viagem À Lua de Júpiter

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Crítica – Europa Report / Viagem À Lua de Júpiter

Documentário fake mostrando uma suposta missão tripulada até Europa, uma das luas de Júpiter.

Uma tripulação internacional de astronautas leva uma missão até Europa, a quarta maior lua de Júpiter, onde teoricamente existe gelo, para verificar a possibilidade de existir vida.

Dirigido pelo desconhecido equatoriano Sebastián Cordero, Europa Report (que parece que aqui no Brasil vai ganhar o nome Viagem À Lua de Júpiter) tenta inovar no já saturado estilo de filme de câmera encontrada. Vemos um documentário, com imagens da missão e comentaristas falando sobre os desdobramentos da viagem.

Se por um lado temos uma novidade por ser documentário, por outro isso deixa tudo lento demais – a cada acontecimento, corta para explicações. Isso sem falar do spoiler óbvio: se apenas uma tripulante aparece nas filmagens, desde o início do filme a gente sabe que ou ela sobreviveu, ou foi uma das últimas a morrer.

O elenco, que conta com gente como Sharlto Copley, Karolina Wydra, Michael Nyqvist, Embeth Davidtz e Dan Fogler, nem é ruim. Mas o fato de termos personagens sem carisma é outro fator que atrapalha.

O que Europa Report tem de bom é que é uma ficção “cientificamente correta”. É um “hard sci fi”, um filme que se preocupa com os detalhes para parecer o mais próximo possível da realidade. Este estilo de FC tem o seu público.

Enfim, só serve para os hard fãs de hard sci fi.

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Sharktopus

SharktopusCrítica – Sharktopus

Sharktopus visto!

Sinopse: uma criatura metade tubarão, metade polvo, metade godzila, se solta e sai matando a galera.

(Falei “terceira metade” porque o Sharktopus sai da água andando, usando os tentáculos como pernas. Descupe, nunca vi um povo fazer isso, tem mais alguma coisa na mistura.)

Ouvi falar de Sharktopus, de 2010, na época que vi Sharknado, de 2013. Será que este é tão ruim quanto aquele? Porque o maluco que vai ver um filme chamado “sharktopus” sabe que não ai ver um filme bom, né?

Vamulá: as atuações são péééssimas. O elenco principal é ruim, mas dentro do esperado – o único nome conhecido é Eric Roberts, não dá pra esperar muita coisa. Já aqueles que aparecem só para virar vítima do “tubarolvo”, gente, acho que nunca vi atores tão ruins!

Os efeitos especiais? São terrivelmente ruins! Os efeitos daqui estão para efeitos “de verdade” assim como um photoshop bem feito está para um paint preguiçoso. Acho que nunca vi um sangue em cgi tão mal feito!

Pra não dizer que tudo é ruim na concepção de Sharktopus, gostei do filme começar sem perder tempo explicando a origem da criatura. Ninguém precisa de explicação, o melhor é partir pra porrada sem perder tempo.

Mas… Os roteiristas podiam ter tomado cuidado com algumas coisas meio básicas, como o fato de rios terem água doce, ou então o comprimento dos tentáculos, que parece que mudam de tamanho conforme o que a cena pede…Tem uma cena que eles descobrem que resolvem atirar um dardo no sharktopus, porque os tiros de metralhadora não furam a pele dele!!!

Bem, pelo menos foi legal ver o próprio Roger Corman, produtor do filme, na cena do dobrão.

Enfim, dispensável. Mas tem gente que vai curtir…