Crítica – Clube de Compras Dallas
O filme que deu o Oscar a Matthew McConaughey!
Dallas, 1985. O eletricista texano Ron Woodroof é diagnosticado com AIDS e logo começa uma batalha contra a indústria farmacêutica, que passa por uma fase de testes atrás de algum remédio eficiente. Procurando tratamentos alternativos, ele passa a contrabandear drogas ilegais do México, e acaba criando um grande grupo de consumidores de remédios não aprovados pelo FDA: o Clube de Compras Dallas.
Dirigido pelo pouco conhecido Jean-Marc Vallée, Clube de Compras Dallas (Dallas Buyers Club, no orginal) concorreu a seis Oscars em 2014 – inclusive melhor filme – mas achei um certo exagero. Não se trata de um filme ruim, longe disso, mas também não tem nada demais. É apenas um filme “correto”.
Ah, mas ganhou Oscars de melhor ator e ator coadjuvante! Verdade. Concordo em “gelo no mingau” com Jared Leto como ator coadjuvante. Mas será que Matthew McConaughey merecia? Ele está bem, mas não achei uma interpretação tão impressionante (diferente da Cate Blanchet em Blue Jasmine, onde realmente arrebenta).
O lance é que a Academia gosta de premiar atores que perdem ou ganham muito peso por um papel. Foi assim com Christian Bale em O Vencedor, Anne Hathaway em Os Miseráveis e Charlize Theron em Monster. E McConaughey perdeu 17 kg para interpretar Ron Woodroof! Só que, diferente do Robert de Niro (que engorda ao longo de Touro Indomável) e do Tom Hanks (que emagrece ao longo de Filadelfia), McConaughey emagreceu antes do filme. Quem não conhecia o ator vai achar que ele já era magro…
Ainda no elenco, precisamos falar de Griffin Dunne, irreconhecível como o médico no México. E Jennifer Garner faz o principal papel feminino.
Bem, fora os atores magros, Clube de Compras Dallas não tem muitos atrativos. A história é interessante, mas tudo é mostrado de modo muito convencional. O que salva é a gente saber que é baseado em uma história real, e que existiu um Ron de verdade, que comprou a briga e revolucionou o tratamento da aids.
Interessante. Mas nada essencial. A não ser para fãs do Matthew McConaughey e do Jared Leto.