Crítica – Sob a Pele
Scarlett Johansson em cenas de nu frontal! Nuff said!
A sinopse: uma alienígena seduz e captura homens pelas ruas da Escócia. Aos poucos, ela começa a ter questionamentos sobre isso.
Mais ou menos um mês atrás, vazaram na internet umas imagens da Scarlett Johansson nua, tiradas de seu novo filme. Um amigo meu comentou: “tiro no pé, muita gente vai deixar de ver o filme porque já viu as imagens”. Nada disso, foi um ótimo marketing. Porque muita gente vai querer ver o filme só pela nudez. Que, na verdade, é uma das poucas coisas boas de Sob a Pele.
O filme é lento e pretensioso. Parece que o diretor Jonathan Glazer quis imitar o Kubrick, mas errou longe. Caro sr. Glazer, não basta fazer uma ficção científica cabeça contemplativa. Precisa ter talento.
O filme é tão lento que quase procurei nos créditos se o editor tinha o sobrenome Caymmi. O filme é tão lento que, em uma cena, quando a protagonista pega uma garfo para comer bolo, cochilei quando ela estava cortando o bolo com o garfo, e acordei antes do garfo chegar à boca!
Mas o filme não é ruim só porque é lento, filmes lentos podem ser bons. Sob a Pele é ruim porque não tem ritmo, porque a história é rasa, porque as atuações são ruins, porque a trilha sonora é irritante…
O diretor teve uma ideia que podia ter um resultado interessante. Tinha uma câmera escondida no carro que Scarlett dirigia pelas ruas de Glasgow – as pessoas que ela encontra não são atores, são pessoas “normais” que estavam passando na hora. Por um lado, foi interessante ver a reação espontânea dos homens ao serem abordadas por uma mulher bonita aparentando segundas intenções. Por outro lado, o resultado parece um documentário, e só serviu para deixar o filme ainda mais chato. E o sotaque escocês fortíssimo só atrapalhou.
Tem outra coisa: o roteiro não explica quase nada. Só fui entender alguns detalhes da história quando li o fórum do imdb. Um filme que necessita de “manual de instruções” é um filme que falhou, na minha humilde opinião.
Pra não dizer que nada se salva, gostei do efeito usado para a captura das vítimas, num ambiente escuro com o chão espelhado. Apesar da trilha irritante, as cenas ficaram bem legais.
E a “Scarlett Johansson pelada”? Bem, nisso o filme não decepciona. Ela aparece sem roupa algumas vezes. Por outro lado, sua atuação está apática, ela faz olhar de peixe morto por todo o filme. Os fãs dos atributos físicos da atriz vão gostar, mas quem for esperando uma grande atuação vai quebrar a cara.
Enfim, desnecessário. A não ser para aqueles que têm insônia.