Killers

0-Killers (2014)Crítica – Killers

Mais um filme da Indonésia!

Um frio psicopata japonês acidentalmente aciona o “lado negro” de um jornalista tailandês. Eles começam a se comunicar pela internet e criam um estranho laço.

Depois que vi Macabre, vi no imdb que os diretores Kimo Stamboel e Timo Tjahjanto (os Mo Brothers) tinham um filme novo a ser lançado em 2014. Killers visto: com 5 minutos de filme, a gente já vê uma cena de sexo e um assassinato brutal. Nada mal!

Killers tem a narrativa dividida: são duas histórias paralelas, uma na Indonésia e outra no Japão, que vão se encontrar em determinado momento do filme. E o que é mais legal é que os personagens são completamente diferentes, mas o elo de ligação entre eles é coerente.

Os Mo Brothers mostraram em Macabre que têm boa mão para a violência. Killers não tem tanto sangue como o filme anterior, mas quem curte violência gráfica não vai se decepcionar. Além disso, as atuações são boas e a fotografia é bem cuidada – adorei a cena do vidro do carro quebrando em câmera lenta!

O nome do Gareth Evans está no poster, ele estava na produção de Killers. Mas não esperem nada parecido com a série The Raid. Acho que não tem nenhum lutador aqui…

Killers é bem legal, pena que escorrega aqui e acolá. Certa cena, um cara sozinho, cercado por uns vinte que querem capturá-lo, consegue fugir, sem nenhum dos perseguidores pular em cima dele. Aí não, né?

Enfim, mais uma boa opção indonésia. Definitivamente, virei fã do cinema daquele país!

Podcrastinadores.S03E01 – Os Melhores Filmes de 2014

Podcrastinadores.S03E01 – Os Melhores Filmes de 2014

Bem-vindos senhoras e senhores ao primeiro episódio da terceira temporada dos Podcrastinadores! 

Entrando 2015 com um podcast especial para os fãs do cinema, vamos debater os melhores filmes que estiveram nas telonas do Brasil em 2014. Guardiões das GaláxiasNo Limite do AmanhãLucyOperação Invasão, e muitos outros.

Será que você concorda com a nossa lista e nossos argumentos? Participe e opine você também!

Play

Podcast (podcrastinadores-plus): Play in new window | Download (73.3MB)

00:00
00:00

Podcast: Play in new window | Download (55.8MB)

Com Gustavo GuimarãesHelvécio ParenteRodrigo Montaleão e Tibério Velasquez.


Links relacionados a este episódio:

Episódio dos Podcrastinadores sobre Frozen The Raid, e Interestelar.


À propósito, queremos ouvir sua opinião sobre os episódios do ano passado ano. Qual você mais gostou? Conta pra gente aqui: https://pt.surveymonkey.com/s/GXGTZYD


Participe você também escrevendo pra gente: podcrastinadores@gmail.com
Queremos saber quem é você que nos ouve: vá em facebook.com/podcrastinadores e mande seuLike lá.
Lembrando que temos duas opções de feeds pra você nos assinar:
rss-feed-icon-NORMALFeed normal: http://feeds.feedburner.com/podcrastinadores
rss-feed-icon_PLUSFeed plus*: http://feeds.feedburner.com/podcrastinadoresplus
*Se seu player for compatível com formato m4a (plataforma Apple iOS), você vai preferir acompanhar por este formato. Ele divide o podcast em capítulos com imagens individuais, e você pode navegar entre esses capítulos pelo comando “próximo” ou “anterior” do seu player. Assim você pode pular spoilers, ou achar rapidamente um assunto determinado que tenha maior interesse.

Whiplash – Em Busca da Perfeição

WhiplashCrítica – Whiplash – Em Busca da Perfeição

Imagine o que acontece quando um aluno de música obcecado com a perfeição encontra um professor rígido demais, a ponto de agredir física e psicologicamente os seus alunos?

Andrew, um jovem e talentoso baterista, estudante de uma prestigiada universidade de música, entra na banda do professor Fletcher, o mais conceituado da escola, mas que costuma abusar psicologicamente dos seus alunos, sempre forçando os limites de cada um.

Antes de tudo, um comentário vindo de um músico semi-profissional (toco em bandas há quase trinta anos): sou contra os métodos do professor Fletcher, assim como sou contra a obsessão de Andrew. Mas admito que, no filme, a exploração desta relação de amor e ódio funcionou muito bem.

O filme é dos dois, de Andrew versus Fletcher – aliás, o filme é dos atores Miles Teller e J.K. Simmons. Ambos estão impressionantes!

Miles Teller não é um rosto muito conhecido, mas passa a impressão de “já vi esse cara em algum lugar”. Bem, ele estava em Divergente, Projeto X e na nova versão de Footloose, e agora está escalado para o papel de Sr Fantástico no polêmico reboot do Quarteto Fantástico. Já J.K. Simmons é um eterno coadjuvante (quem não se lembra do seu JJ Jameson em Homem Aranha?). Com certeza o star power de ambos vai aumentar depois de Whiplash.

Ainda Teller: o ator toca bateria desde os 15 anos de idade. Para o filme fez 4 horas de aula, 3 vezes por semana. Boa parte do que vemos nas telas era o próprio ator tocando!

Whiplash foi escrito e dirigido pelo pouco conhecido Damien Chazelle. Sem fundos para realizar seu filme, Chazelle fez um curta homônimo (também estrelado por Simmons) e o inscreveu no festival Sundance. O curta acabou ganhando a competição, e assim Chazelle conseguiu seu financiamento.

Não vi o curta, mas pelo longa podemos atestar o talento de Chazelle, que consegue um excelente ritmo no seu duelo entre personalidades fortes, além de usar ótimos ângulos ao filmar os instrumentos da big band em closes.

Ah, tem a música, né? Não sou muito fã de jazz, mas curto big bands, assim como curto compassos compostos (a música Whiplash é em 7/8 – em vez de contar 1, 2, 3, 4, conta-se 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7). E, vamos combinar: é sempre legal ver boa música sendo bem tocada, independente do estilo. E Whiplash está repleto de música boa!

Diz a lenda que todas as sessões de Whiplash no Festival do Rio de 2014 terminaram com a plateia batendo palmas. Bem, o final do filme realmente pede palmas, isso deve acontecer em várias sessões por aí.

p.s.: Determinado momento rola uma alfinetada, onde o filme diz “quem não é bom músico vai tocar rock”. Bem, os 3 melhores bateristas que conheço – Ian Paice, Carl Palmer e Neil Peart – são de bandas de rock…

Modus Anomali

modus-anomaliCrítica – Modus Anomali

Mais um filme da Indonésia!

Depois de ser enterrado vivo, um homem acorda, sem memória, e agora precisa encontrar seus filhos.

Estou virando fã do cinema indonésio. Ok, tenho que confessar que Modus Anomali não é tão bom quanto Macabre, mas mesmo assim, é melhor do que o terror que Hollywood tem feito. Pelo menos uma das mortes mostradas no filme me fez pular da poltrona.

Dirigido por Joko Anwar, Modus Anomali é uma produção simples, um filme curto (87 min), poucos atores, poucos cenários – tudo se passa em uma floresta e em cabanas dentro desta floresta. O grande lance do filme é que a parte final do roteiro também escrito por Anwar tem uma reviravolta sensacional. Não vou falar muito por causa de spoilers, só digo que o fim do filme é genial.

Provavelmente pensando no mercado internacional, os diálogos são em inglês, diferente dos outros quatro filmes indonésios que vi recentemente. Não sei se isso atrapalhou os atores. Mas sei que não gostei muito do elenco coadjuvante, pra mim, o único ator que fez um bom trabalho foi o protagonista Rio Dewanto.

Claro, Modus Anomali não foi lançado no Brasil – se não me engano, só passou no Fantaspoa de 2013 (o filme é de 2012). Tomara que um dia o brasileiro perca o preconceito com o cinema indonésio!

(enquanto isso não acontece, vou catar Killers, o filme novo dos diretores de Macabre…)

Snowpiercer – Expresso do Amanhã

SnowpiercerCrítica – Snowpiercer – Expresso do Amanhã

Filme novo do Joon-ho Bong!

No futuro, uma tentativa de se combater o aquecimento global falha e acaba criando uma nova era do gelo, matando toda a vida do planeta, exceto alguns poucos sortudos que conseguiram embarcar no Snowpiercer, um trem autossuficiente que fica rodando pelo globo, e onde uma luta de classes está prestes a acontecer.

O coreano Bong ficou famoso no ocidente com O Hospedeiro, um “filme de monstro” que era bem mais complexo do que o cinema americano costuma apresentar. Agora ele conseguiu cacife para seu primeiro filme em inglês, uma superprodução com estrelas hollywoodianas e parte técnica de primeira linha.

Baseado na graphic novel francesa “Le Transperceneige”, Expresso do Amanhã (Snowpiercer, no original) é mais uma “ficção científica usando futuro distópico”. Mas, diferente dos filmes adolescentes que querem pegar carona no sucesso de Jogos Vorazes, Expresso do Amanhã tem um tema mais adulto, é quase um estudo sobre a sociedade, baseado no microcosmo que habita o trem.

A ambientação claustrofóbica do trem é excelente. A fotografia bem cuidada consegue criar um estilo diferente para cada vagão, desde os sujos e apertados vagões do fim do trem até os agradáveis vagões da primeira classe. E a cena do “vagão escola” é sensacional!

Os efeitos também são ótimos. Além disso, o cinema oriental sabe filmar lutas como ninguém no ocidente. Expresso do Amanhã não é um “filme de luta”, mas temos uma luta sensacional, alternando momentos em câmera lenta e câmera normal, assim como momentos claros e escuros. Ah, é bom avisar: o filme é bem violento, tem muito sangue.

Liderando o elenco, temos talvez a melhor interpretação da carreira de Chris Evans, hoje um nome grande em Hollywood por causa do Capitão América. Mas quem chama mais a atenção é Tilda Swinton, num papel completamente diferente de tudo o que vemos por aí. Expresso do Amanhã também conta com duas estrelas coreanas, Kang-ho Song e Ah-sung Ko (ambos estavam em O Hospedeiro), e isso me fez pensar por que não havia nenhum brasileiro em O Jardineiro Fiel (2005) e Robocop (2014), as estreias hollywoodianas de Fernando Meirelles (Cidade de Deus) e José Padilha (Tropa de Elite)… Ainda no elenco, John Hurt (em seu terceiro filme de futuros distópicos, depois de 1984 e V de Vingança), Ed Harris, Jamie Bell, Octavia Spencer, Ewen Bremner e Allison Pill.

Expresso do Amanhã não vai agradar a todos. Algumas coisas soam forçadas, como o trem levar um ano inteiro para dar uma volta ao mundo (a que velocidade este trem anda?). Mas isso não me incomodou. Na minha humilde opinião, o ponto fraco do filme é o final – mas não digo mais por causa de spoilers.

Não sei por que, mas Expresso do Amanhã não foi lançado por aqui – mesmo tendo nomes fortes (e vendáveis) no elenco, e mesmo constando em listas de melhores filmes de 2014. Aguardemos um bom lançamento em dvd/blu-ray.

Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba

Uma-Noite-no-Museu-3Crítica – Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba

Ninguém pediu, mas, olha lá fizeram mais um Uma Noite no Museu

Para salvar a tábua de Ahkmenrah, Larry precisa levá-la até o British Museum em Londres.

A série Uma Noite no Museu não é ruim. São filmes leves e com cara de sessão da tarde, com algumas piadas boas, e outras nem tanto. O problema é que a ideia original era divertida, mas não pedia continuações. Porque fica tudo previsível, algumas piadas acabam se repetindo…

Dirigido pelo mesmo Shawn Levy (dos outros dois filmes da série), Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba (Night at the Museum: Secret of the Tomb, no original) é aquilo mesmo que o espectador está esperando. Mas o cara que se propuser a ir ao cinema para ver a parte 3 de uma franquia destas sabe o tipo de piada que o espera, e sabe que vai ver algumas delas repetidas.

Pra não dizer que Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba só tem piadas repetidas e previsíveis, tem pelo menos duas sequências “novas” muito boas: rola uma perseguição sensacional dentro de um quadro do Escher, e a piada do Wolverine foi hilária!

Sobre o elenco: parece que Robin Williams já tinha filmado toda a sua parte (o ator faleceu alguns meses antes do filme ficar pronto), o seu Teddy Roosevelt tem grande participação ao longo de todo o filme. A outra nota triste: também foi o último filme do veterano Mickey Rooney. Ben Stiller, Owen Wilson, Steve Coogan e Ricky Gervais voltam aos seus papeis, e o elenco ainda ganha os nomes de Ben Kingsley, Rebel Wilson, e Dan Stevens como sir Lancelot, além de pontas de Hugh Jackman e Alice Eve.

Enfim, Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba não vai mudar a vida de ninguém, mas proporcionará uma hora e meia de um divertimento honesto àqueles que se aventurarem.

p.s.: Mais alguém achou que o Laa, interpretado pelo Ben Stiller, ficou a cara do Tom Cruise? 🙂