Crítica – Venom: A Última Rodada
Sinopse (imdb): Eddie e Venom estão fugindo. Caçados pelos dois mundos e com a rede se aproximando, a dupla é forçada a tomar uma decisão devastadora que fechará as cortinas da última dança de Venom e Eddie.
O primeiro Venom, de 2018, é ruim. Venom 2, de 2021, também é ruim. Alguém acreditava que um terceiro filme, Venom: A Última Rodada (Venom: The Last Dance, no original), seria bom?
Analisando sob este aspecto, até que Venom: A Última Rodada nem é tão ruim. É do mesmo nível dos outros. Se você curtiu os anteriores, talvez se divirta neste terceiro (e, esperamos, último) Venom.
Filme de estreia da diretora Kelly Marcel (roteirista dos dois primeiros e também de Cruella e Cinquenta Tons de Cinza), como falei, Venom: A Última Rodada não é muito ruim. Mas achei o roteiro bem forçado. Há tempos não via conveniências tão convenientes. Vou dar um exemplo: existe um monstro perseguindo um tal codex, que só é visível quando o Venom e o Eddie Brock estão juntos. Quando estão juntos, o monstro consegue ver a quilômetros de distância. Mas quando o monstro vai atacar, é só se separar que ele fica cego. Continua vendo e atacando as pessoas em volta, mas Eddie e o simbionte ficam invisíveis!
E isso porque não tô falando da cena da sra. Chen, aquela da loja de conveniência. Ela não só estava em Las Vegas (outra cidade), e no mesmo cassino, como estava numa grande maré de sorte e ganhou uma suíte na cobertura. Completamente forçado, e ao mesmo tempo, completamente desnecessário – tire essa sequência e o filme não perde nada.
Cabe outro problema do roteiro? Existe um núcleo com cientistas, onde a principal era pra ser a personagem da Juno Temple, que tem um background que não serve pra nada. Mas quem ganha protagonismo na sequencia final é aquela personagem secundária do broche de árvore de natal, tão secundária que nem lembro o nome dela.
Mas, como falei lá em cima, já esperava algo meio tosco. E dentro da tosqueira, tem coisas divertidas. Gostei da família de hippies (a cena deles cantando na van é gostosinha), e rolam algumas boas piadas, como a citação ao Tom Cruise na cena do avião. A trilha sonora também escolhe algumas boas músicas pra embalar o filme.
Mas é pouco. Tem coisa melhor por aí. A não ser que você curta muito o Venom e queira ver uma sequência em cgi de vários venoms de cores diferentes lutando contra monstros.
Ah, tem duas cenas pós créditos. Nenhuma vale a pena.